O documento discute o papel do professor na era digital. Argumenta-se que os professores precisam se adaptar às novas tecnologias e usá-las de forma pedagógica para enriquecer o aprendizado. Também defende que os professores devem ser mediadores entre os alunos e a informação online, guiando-os na pesquisa e discussão de temas.
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O professor como mediador digital
1. Texto 1
Texto 2
O professor, a tecnologia e a sala de aula
Paula Doirado Marcelo
O professor de hoje convive com mais um recurso que pode contribuir para suas aulas, a
tecnologia. E dentre elas podemos destacar a televisão, o rádio, o retroprojetor, a câmera
fotográfica e o computador com suas diversas ferramentas.
O uso da tecnologia da informação e da comunicação se transformou numa importante
ferramenta para o aprendizado. Mas é preciso ter cuidado, pois seu uso não deve (nem pode) ser
usado de forma aleatória, mas sim com um objetivo pedagógico para que o aprendizado seja rico e
tenha um foco, ensinar.
E como diz Pedro Demo: “As tecnologias não são apenas instrumentos de alfabetização. São
elas mesmas a alfabetização, desde que sejam usadas de maneira correta”.
Pedro Demo afirma também que “o melhor caminho para promover a inclusão digital dos
docentes é uma nova pedagogia, tecnologicamente correta, que tenha como objetivo inserir,
definitivamente, a aprendizagem virtual na vida do professor”, algo que, infelizmente, ainda não é
comum acontecer.
Alguns professores usam a tecnologia com a expectativa dos benefícios que ela pode trazer.
Outros, porém, evitam fazer seu uso, muitas vezes pelo medo de não a dominar.
Uma pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita e disponibilizada pela revista Nova
Escola (Edição especial, dezembro de 2009) revela que dentre os professores entrevistados, 72%
não se consideram preparados para utilizar o computador na sala de aula.
É fundamental que esses instrumentos sejam usados a serviço da aprendizagem, mas para isso
é preciso aprender a lidar com esses saberes que são produzidos por essas novas tecnologias.
Por esse motivo, o educador precisa de orientação para adquirir um conhecimento básico que
pode ser conquistado por meio de cursos, os quais são, muitas vezes, oferecidos pelos municípios
RedaCEM
20.31
Ano/Série: 2ª Ensino Médio Entrega: 06/11/2017
Tema: Qual o papel do educador na era digital?
2. em que o professor atua.
É o caso, por exemplo, de Osasco/SP, no qual, em parceria com a empresa Planeta Educação
desde 2010, é oferecida formação continuada aos professores da educação infantil, os quais
participam do Programa de Informática Educacional.
Há também instituições que disponibilizam diversos cursos gratuitos para a comunidade, tanto
em encontros presenciais como a distância.
O professor também pode apostar na sua capacidade autodidata e explorar recursos básicos
como os editores de texto e de desenho, correio eletrônico e mecanismos de busca na internet.
Afinal, o educador precisa ser aquele que pesquisa, pois ele é “construtor de si mesmo e da
sua história”, diz Claudia da Silva Brito e Ivonéia da Purificação, autoras do livro Educação e novas
tecnologias.
As autoras afirmam também que o professor “é criador e criatura ao mesmo tempo: sofre as
influências do meio em que vive e com as quais deve autoconstruir”.
É preciso, então, que esse profissional firme um compromisso de ser um eterno e persistente
pesquisador, de modo que ele consiga utilizar os diversos recursos que circundam a sala de aula.
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2054
Texto 3
Texto 4
Professor deve se transformar em 'promotor de interações'
Se os alunos estão conectados em rede e ganham maior autonomia, qual é o papel do
professor? Está superado? Não, de acordo com os especialistas e professores ouvidos pela
reportagem. Mas aquela figura do docente dono da informação e que ditava o que os alunos
deveriam aprender, essa sim deve sumir com a popularização das redes sociais nas escolas.
Para o especialista em redes sociais na educação Augusto de Franco, da forma como estão
tanto o professor como a escola estão defasados. "A escola é uma estrutura extremamente
burocrática. O professor tem uma quantidade rígida de conteúdos para ensinar. Ela ainda se baseia
em fazer o aluno decorar uma série de conceitos."
Para ele, a dinâmica da internet fez com que fosse mais importante saber buscar a informação
do que decorá-la. É assim, diz, que os alunos irão aprender quando adultos. "E essa busca hoje é
colaborativa. Alguns alunos e professores já entenderam. Mesmo que de forma clandestina, as
redes vão entrando na educação. Seja por alunos que buscam por si só - e acabam destacando-se -
ou por professores que já entenderam a mudança. Mas a escola continua no passado."
Em muitas escolas privadas e públicas, a tecnologia ainda se resume a aulas na sala de
3. informática, lembra Camila Santana, pesquisadora em pedagogia da Universidade Estadual da
Bahia. "Há quem pense que é preciso ensinar Word, Excel. Mesmo alunos das públicas vão a lan
houses. A web e as redes devem estar presentes em todas as disciplinas, como complemento do
que é passado em aula."
Essa metodologia, diz a coordenadora de tecnologia do Colégio Dante Alighieri, Valdenice
Cerqueira, também torna o ensino mais atraente aos alunos, acostumados ao dinamismo da
internet. O colégio possui a sua rede - ou ambiente virtual de aprendizado. "Os alunos não têm
mais paciência só para aulas expositivas. Colocá-los em rede é uma forma de atraí-los para o
conteúdo, para que eles busquem o conhecimento."
A nova realidade faz com que o professor precise sair da posição de "enciclopédia humana"
para tornar-se um "promotor de interações", diz Ana Vilma Tijiboy, pesquisadora em educação da
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. "Na web, o conhecimento está na mão de todos. Ao
invés de ‘repassador de informações’, o professor deve preparar o aluno para escutar e respeitar a
opinião do outro, de forma que, em conjunto, eles formulem dúvidas e obtenham informações."
Isso significa, diz, não se deixar levar só pelo currículo engessado. "Uma vez que o ensino seja
direcionado não para a ‘decoreba’, mas para a pesquisa e o compartilhamento, surgem dúvidas
nos alunos que vão além do planejado e que, muitas vezes, não incluem uma só disciplina. O
professor tem de estar pronto para, inclusive, juntar-se a outros professores."
Uma experiência no Colégio Vera Cruz, onde será inaugurada uma rede social neste ano,
mostrou justamente isso. Em 2008, foi feito um balão de ensaio em que os alunos do 3º ano do
ensino médio, com informações mínimas passadas pela professora de química, deveriam se
aprofundar sobre o assunto entropia por meio de um fórum, pesquisando e compartilhando
informações. No final, entregariam um trabalho.
Cerca de cem alunos trabalharam juntos. E não deu outra: "Os alunos se sentiram instigados e
foram muito além do proposto. Um trabalho que seria de química, fez com que surgissem
hipóteses que também se relacionavam à física", explica a professora Lilian Starobinas.
Às vezes surgem hipóteses que nem o professor sabe responder. "As discussões fazem com
que o aluno até chegue com informações que desafiam o professor. E é positivo. Não somos os
donos da verdade. O professor precisa ir atrás. A internet acaba por deixar todos no mesmo nível,
o de aprendizes, tanto o professor como o aluno", justifica Davi Fazzolari, professor de literatura
da Escola Nossa Senhora das Graças.
Para chegar a tal ponto, entretanto, aí entra a parte mais importante do processo: o de guiar o
aluno. É esse papel, o de mediador, que o docente deve desempenhar, afirma George Hirata,
professor de física do I.L. Peretz. "Na web é preciso provocar discussões, estimular os alunos a
interagirem, alertar para que não acreditem em tudo na internet. Para engajá-los, dou pontos para
quem responder corretamente às dúvidas dos colegas. Fico de olho em tudo o que acontece, mas
só intervenho quando vejo que eles não conseguem resolver alguma questão. Eles precisam de
autonomia."
Outro ponto necessário para que o objetivo seja alcançado é a própria estrutura da escola.
"Depende que a escola motive os professores, que os docentes tenham treinamento, que os
alunos estejam motivados. Há muitos professores com dificuldades. Alguns nunca irão querer. As
redes crescem, mas não acho que irão virar regra", diz Fernanda Freire, pesquisadora em
pedagogia da Unicamp e uma das responsáveis pelo ambiente de aprendizagem Teleduc.
http://rizomas.net/educacao/o-educador/258-qual-e-o-papel-do-professor-na-era-da-internet.html
4. Proposta de Redação
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema: “QUAL O PAPEL DO EDUCADOR NA ERA DIGITAL?”Apresente uma proposta de
intervenção e/ou conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista.