Deus nos mostra e a doutrina espírita nos confirma que somos todos iguais. Todos somos filhos de Deus, criados da mesma forma, simples e ignorantes, sem privilégios de qualquer tipo, submetidos às mesmas leis e todos tendendo para o mesmo fim, a felicidade e a perfeição. As aptidões vão sendo desenvolvidas de forma diferenciada em função das experiências, em função das nossas escolhas, mas todos nós temos as mesmas oportunidades. Não há seres criados puros, perfeitos, como se estivessem fora da humanidade, a parte da humanidade. Os anjos, são Espíritos criados simples e ignorantes e alcançaram a perfeição. Não há Espíritos destinados ao mal como chamados e conhecidos demônios. São ainda Espíritos imperfeitos criados também simples e ignorantes e que ainda estão no início da sua escala evolutiva. Todos nós somos iguais perante Deus. Para que possamos alcançar a perfeição precisamos ir acumulando as habilidades adquiridas, aumentando o arcabouço de conhecimento, de bondade, de sabedoria que temos. O Espírito não regride, conservando em si as habilidades adquiridas. Pode ser que em alguma encarnação algumas habilidades fiquem adormecidas pela necessidade ou pelas condições dessa reencarnação, mas não perdidas. As desigualdades sociais não são obras de Deus e sim do homem que em função do abuso, do egoísmo e do orgulho faz com que existam as desigualdades. Perante Deus a única desigualdade natural que existe é a do merecimento e que decorre do esforço próprio. É a hierarquia moral que faz a diferença perante Deus. Qualquer outro tipo de diferença material, social que exista quando o homem se tornar mais evoluído e menos egoísta, com certeza, as desigualdades sociais deixarão de existir. As desigualdades entre o homem e a mulher também deixarão de existir. O homem vem desde há muito tempo oprimindo a mulher porque ela é fisicamente mais frágil. A doutrina nos ensina que a mulher é mais frágil fisicamente porque ela tem funções diferentes, no sentido de trabalhar a maternidade, a sensibilidade, mas não para ser oprimida pelo homem. Esse domínio injusto e cruel que o homem exerceu e ainda exerce sobre a mulher é inadequado ferindo as leis de Deus e como tal, o homem vai responder por esses excessos. Homem e mulher têm funções distintas, mas ambos são filhos de Deus e merecem ter os mesmos direitos. Precisam se ajudarem mutuamente. São iguais em direitos, não em funções. A ajuda mútua faz com que ambos cresçam e evoluam