SlideShare a Scribd company logo
1 of 19
Download to read offline
Ano lectivo 2010/2011
Cadeira: Psicologia da Educação

Docente: Helena Marchand
Trabalho realizado por: Alice Dias
Ana Paula
Marisa Jesus
“A educação dos valores não é uma ideia nova.”
Sócrates
Platão
Entre outros
Dewey
Kohlberg
Piaget
Entre outros

Dupla tarefa:
- inteligência e conhecimentos;
- valores.

Autonomia moral;
Autonomia
intelectual.

Objectivos fundamentais da educação
Metodologia…
Anos 60…
. Clarificação dos valores;
Endoutrinação

Educação do carácter

Críticas:
• Resultados pobres;
- Confunde
Professores questões triviais com questões éticas importantes;
- Não diferencia o gostar•Transposiçãodever o domínio da
de fazer, do para fazer;
Curriculum
- Baseia-se no relativismo moral
moralidade da concepção de
Escolas
relatividade de Einstein;

•Comportamentos variam com a
especificidade das situações;

Virtudes do patriotismo
Trabalho
Honestidade
•Desenvolvimento do positivismo
Coragem
lógico.
 Cognitivo desenvolvimentista do desenvolvimento moral e de
educação moral :
-Rejeita a Endoutrinação e o relativismo ético da
Moralidade «privatiza-se»;
clarificação dos valores e evidencia a componente cognitiva da
A educação dos valores faz parte do currículo escondido
moralidade.

Anos 70…
Método…
Participantes:
• 26 crianças (5-6 anos);
•Nível Sócio-económico baixo e médio;
•1º ano do ensino básico de uma escola pública.
Procedimentos:
•Individualmente pré-testadas e pós-testadas/ utilizaram-se
histórias morais piagetianas e o método clínico;
•Depois de pré-testadas, 13 crianças de uma classe uma vez por
semana ouviam, discutiam e interpretavam histórias piagetianas;
•Sessões duraram 8 semanas;
•A outra classe, com 13 crianças da mesma idade e com os
mesmos meios sócio-económicos, seguiram a escolaridade regular,
sem sessões de activação, deliberada do desenvolvimento moral.
Resultados




Alunos que antes da pesquisa já se encontravam no nível autónomo,
intervieram como indutores do conflito sócio – cognitivo, não sendo os seus
resultados considerados no estudo estatístico. Por esta razão os resultados
obtidos não são numericamente idênticos nas diferentes dimensões da
moralidade.

A – Responsabilidade objectiva/subjectiva em situações
de descuido
Níveis

Pré - teste

Pós - teste

G.E.

G.C.

G.E.

G.C.

Autónomo

(5) 0

(1) 0

(5) 3

1

Intermédio

0

0

0

1

Heterónom
o

8

12

5

11

13

13

13

13
Fig. 1 - Quadro 1
No G.E.:
• 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo Progressos importantes;
•5 mantêm-se no nível heterónomo -Ausência de progressos;
•As crianças autónomas no pré - teste mantiveram-se no mesmo nível no
pós – teste.
No G.C.:
•1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo - Progressos
importantes;
•11 mantêm-se no nível heterónomo - Ausência de progressos.
• A criança autónoma no pré – teste, regrediu no pós-teste para o nível
intermédio.

Conclusão:
As crianças que não eram autónomas nos pré-testes, com o teste de Fisher,
não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C.
Os resultados no pós – teste com o teste do Qui-quadrado, pelo contrário,
revelaram algumas diferenças.
O G.E. tende a ser autónomo, enquanto que o G.C. apresenta-se mais
heterónomo.
Homogeneidade no grupos, relativamente ao estado intermédio.
B – Responsabilidade objectiva/ subjectiva em situações
em que os protagonistas mentem
Níveis

Pré - teste

Pós - teste

G.E.

G.C.

G.E.

G.C.

Autónomo

(11) 0

(7) 0

(11) 0

(7)1

Intermédio

1

1

1

0

Heterónom
o

1

5

1

5

13

13

13

13

Fig. 2 - Quadro 2

No G.E.:
• 11 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas
mentem no pré - teste;
•Após o teste as 2 crianças não autónomas mantém-se no mesmo nível.
No G.C.:
• 7 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas mentem
no pré – teste;
•1 criança evolui do nível do nível heterónomo para o nível autónomo –
progressos importantes;
•1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo.
Conclusão:
As crianças, que nos pré – testes, não eram autónomas, com o teste do Quiquadrado, neste estado, o G.E. e o G.C. são homogéneos;
Após o teste, as mesmas crianças, não revelam diferenças significativas
(5%);
O G.C. tende a ser mais heterónomo, havendo homogeneidade, entre
grupos, nos níveis autónomo e intermédio.

C – O sentido de justiça em situações de punição

Níveis

Pré - teste

Pós - teste

G.E.

G.C.

G.E.

G.C.

Autónomo

(2) 0

(1) 0

(1) 4

(1) 0

Intermédio

0

1

2

1

Heterónom
o

11

11

(1) 5

11

13

13

13

13

Fig. 3 - Quadro 3
No G.E.:
• 3 crianças – evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –
Progressos importantes;
• 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio –
Progressos médios;
• 6 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos.
• De entre as crianças autónomas no pré-teste, uma regride no pós-teste
para o nível heterónomo.
No G.C.:
• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos
médios;
• 11 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos;
•1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo.

Conclusão:
As crianças que nos pré-testes não eram autónomas, com o teste do Quiquadrado, não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C.
Nos pós-testes, não há diferenças significativas (5%) entre o G.E. e o G.C.
O G.C. revela tendência a ser mais heterónomo e o G.E. mais autónomo,
havendo homogeneidade entre os grupos, nos níveis intermédios.
D – Sentido de justiça em situações em que se analisa a
eficácia das punições (punições arbitrárias ou expiatórias/
punições baseadas na restituição/reciprocidade
Níveis

Pré - teste

Pós - teste

G.E.

G.C.

G.E.

G.C.

Autónomo

(5) 0

(8) 0

(4) 1

(5) 1

Intermédio

2

2

5

(1) 2

Heterónom
o

6

3

3

(2) 2

13

13

13

13

No G.E.:
• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes;
• 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios;
• 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência de progressos;
• 3 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos

No G.C.:
• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes;
• 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência progressos;
• 2 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos;
• Entre os sujeitos autónomos no pré-teste, 1 regride para o nível intermédio e 2 para o
nível autónomo.
Conclusão:
Utilizando teste do Qui-quadrado verifica-se que não existem diferenças
significativas nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C..
Nos pós-testes, também, não revelam diferenças significativas entre o G.E.
e o G.C.

E – Sentido da justiça – Igualdade/autoridade

Níveis

Pré - teste

Pós - teste

G.E.

G.C.

G.E.

G.C.

Autónomo

(4) 0

(3) 0

(4) 5

(1) 3

Intermédio

1

1

2

(1) 1

Heterónom
o

8

9

2

(1) 6

13

13

13

13
No G.E.:
• 5 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –
Progressos importantes;
• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos
médios;
• 1 criança permanece no nível intermédio – Ausência de progressos.
• 2 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos.
No G.C.:
• 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –
Progressos importantes;
• 1 criança mantêm-se no nível intermédio – Ausência de progressos;
•7 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos;
• 2 regressões em sujeitos autónomos no pré-teste: um para o nível
intermédio e o outro para o nível heterónomo.

Conclusão:
Utilizando o teste de Qui-quadrado, verifica-se que não existem diferenças
significativas, nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C.
Nos pós-testes existem diferenças significativas (10%) entre o G.E. e o
G.C.
O G.E. tende a ser mais autónomo, enquanto o G.C. apresenta-se mais
heterónomo, havendo homogeneidade, entre os grupos, nos níveis
intermédios.
Síntese






A escuta, role-playing e a discussão de histórias inspiradas
na moral de Piaget tem um efeito de maturidade moral no
G.E. (significativo na responsabilidade objectiva/subjectiva
em situações de descuido; autoridade/igualdade) mas não
em outros (responsabilidade quando os protagonistas
mentem; justiça no âmbito das punições), embora o G.E.
tende a ser mais autónomo nestes últimos casos.
Coexistem moralidades de nível diferente na mesma criança
(constrangimento e cooperação), os seus níveis variam de
acordo com os domínios.
Algumas crianças manifestam regressões inesperadas entre
os pré-testes e o pós-testes.
Considerações finais:
Hipótese
s

Objectivo

1.A escuta role-playing
e
discussão
de
histórias iria promover
o
desenvolvimento
moral das crianças;
2.A
natureza
dos
progressos
dependeria dos níveis
iniciais
de
desenvolvimento em
que as crianças se
encontravam.


1º hipótese – parcialmente comprovada.
Teve um aumento do desenvolvimento
moral estatisticamente significativo em
apenas
algumas
dimensões
da
moralidade.



2º hipótese – confirmada empiricamente
em alguns casos.
Na maior parte das crianças a evolução
realizou-se do nível heterónimo para o
autónomo – progressos importantes.
Algumas crianças evoluiram parcialmente
- progressos médios.
Algumas crianças não evoluiram embora
se situassem em níveis intermédios –
ausência de progressos.
Foram observadas:

• Regressões
inesperadas entre os
pré-testes e os póstestes.

• A coexistência de

Algumas do nível
de autonomia para
o de heteronomia.
Sugere que:

As
respostas
de autonomia
níveis de moralidade
dadas nos prédiferente nas mesmas
testes
ainda
crianças.
Sugere que:
não
eram
estáveis.
A moralidade é dependente dos contextos.
Os resultados obtidos tem implicações:




Práticas

Teóricas

“Mostram que intervenções
centradas na escuta, role
playing, e análise crítica de
histórias morais, proporcionam
desenvolvimento relativamente
rápido em diversos domínios
da moralidade”
Informações
adicionais
às
proporcionadas por Piaget.


A
abordagem
cognitivodesenvolvimento é uma abordagem
com grandes virtualidades para a
activação do desenvolvimento moral
em sala de aula.

Os docentes devem
receber uma formação
sobre a teoria estruturalconstrutivista
do
desenvolvimento moral e
sobre a utilização do
étodo clínico em sala de
aula.

Só resulta se
existir
em
clima
de
escola.
Educação de valores e desenvolvimento moral em crianças

More Related Content

What's hot

Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescencia
Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescenciaDesenvolvimento fisico e psíquico na adolescencia
Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescenciaMari Oldoni
 
Alteraçãoes físicas e psicológicas
Alteraçãoes físicas e psicológicasAlteraçãoes físicas e psicológicas
Alteraçãoes físicas e psicológicasgrupo1adp
 
Infância...
Infância...Infância...
Infância...Guima2011
 
Manual de formação psi mod ss. i
Manual de formação psi mod ss. iManual de formação psi mod ss. i
Manual de formação psi mod ss. iJoão Patrício
 

What's hot (6)

Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescencia
Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescenciaDesenvolvimento fisico e psíquico na adolescencia
Desenvolvimento fisico e psíquico na adolescencia
 
Chegou a adolescência
Chegou a adolescênciaChegou a adolescência
Chegou a adolescência
 
Alteraçãoes físicas e psicológicas
Alteraçãoes físicas e psicológicasAlteraçãoes físicas e psicológicas
Alteraçãoes físicas e psicológicas
 
Infância...
Infância...Infância...
Infância...
 
Manual de formação psi mod ss. i
Manual de formação psi mod ss. iManual de formação psi mod ss. i
Manual de formação psi mod ss. i
 
A adolescencia
A adolescenciaA adolescencia
A adolescencia
 

Similar to Educação de valores e desenvolvimento moral em crianças

Gleitman_Cap°tulo 11.ppt
Gleitman_Cap°tulo 11.pptGleitman_Cap°tulo 11.ppt
Gleitman_Cap°tulo 11.pptPerissonDantas
 
Ambiente familiar X problemas de comportamento
 Ambiente familiar X problemas de comportamento Ambiente familiar X problemas de comportamento
Ambiente familiar X problemas de comportamentoJemima Giron
 
O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016Italo Santana
 
O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016Italo Santana
 
A crianca em desenvolvimento helen bee
A crianca em desenvolvimento   helen beeA crianca em desenvolvimento   helen bee
A crianca em desenvolvimento helen beeKarina Regy
 
Adoção fatores de risco e proteção
Adoção  fatores de risco e proteçãoAdoção  fatores de risco e proteção
Adoção fatores de risco e proteçãoLudmila Moura
 
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Van Der Häägen Brazil
 
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptx
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptxEscala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptx
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptxArthurCalegari1
 
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergArtigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergRoni Chittoni
 
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescente
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescenteAula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescente
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescenteJoelma Alves
 
A mãe, o filho e a síndrome
A mãe, o filho e a síndromeA mãe, o filho e a síndrome
A mãe, o filho e a síndromeJuliana Roza
 
Desenvolvimento humano e ciclo vital
Desenvolvimento humano e ciclo vitalDesenvolvimento humano e ciclo vital
Desenvolvimento humano e ciclo vitalViviane Pasqualeto
 
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4Paulo Barata
 
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTESEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTEKsiaEvan
 
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológico
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológicoBaixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológico
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológicoVan Der Häägen Brazil
 
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!Van Der Häägen Brazil
 
O que é Desenvolvimento.pptx
O que é Desenvolvimento.pptxO que é Desenvolvimento.pptx
O que é Desenvolvimento.pptxssuserd293d11
 

Similar to Educação de valores e desenvolvimento moral em crianças (20)

Gleitman_Cap°tulo 11.ppt
Gleitman_Cap°tulo 11.pptGleitman_Cap°tulo 11.ppt
Gleitman_Cap°tulo 11.ppt
 
Ambiente familiar X problemas de comportamento
 Ambiente familiar X problemas de comportamento Ambiente familiar X problemas de comportamento
Ambiente familiar X problemas de comportamento
 
O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016
 
O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016O aluno que não aprende 2016
O aluno que não aprende 2016
 
A crianca em desenvolvimento helen bee
A crianca em desenvolvimento   helen beeA crianca em desenvolvimento   helen bee
A crianca em desenvolvimento helen bee
 
Adoção fatores de risco e proteção
Adoção  fatores de risco e proteçãoAdoção  fatores de risco e proteção
Adoção fatores de risco e proteção
 
Bee_Cap 09.ppt
Bee_Cap 09.pptBee_Cap 09.ppt
Bee_Cap 09.ppt
 
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
 
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptx
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptxEscala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptx
Escala de Avaliação Qualidade de Vida AUQEI.pptx
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergArtigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
 
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescente
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescenteAula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescente
Aula 01 -_cuidados_com_a_saãºde_do_adolescente
 
A mãe, o filho e a síndrome
A mãe, o filho e a síndromeA mãe, o filho e a síndrome
A mãe, o filho e a síndrome
 
Depressão Infância e Adolescência
Depressão Infância e AdolescênciaDepressão Infância e Adolescência
Depressão Infância e Adolescência
 
Desenvolvimento humano e ciclo vital
Desenvolvimento humano e ciclo vitalDesenvolvimento humano e ciclo vital
Desenvolvimento humano e ciclo vital
 
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4
Data show teorias_sobre_o_desenvolvimento_humano-4
 
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTESEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
SEMINARIO DESENVOLVIMENTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
 
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológico
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológicoBaixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológico
Baixa estatura;deprivação materna ou nanismo psicológico
 
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!
Crescimento e Desenvolvimento de Criança, Infantil e Juvenil Saibam Mais!!!
 
O que é Desenvolvimento.pptx
O que é Desenvolvimento.pptxO que é Desenvolvimento.pptx
O que é Desenvolvimento.pptx
 

Recently uploaded

Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullyingMary Alvarenga
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLaseVasconcelos1
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzAlexandrePereira818171
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxHenriqueLuciano2
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...nexocan937
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimWashingtonSampaio5
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxJMTCS
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 

Recently uploaded (20)

Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
Minha Luta (Mein Kampf), A História do País que Lutou contra a União Soviétic...
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE” _
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE”       _“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE”       _
“O AMANHÃ EXIGE O MELHOR DE HOJE” _
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 

Educação de valores e desenvolvimento moral em crianças

  • 1. Ano lectivo 2010/2011 Cadeira: Psicologia da Educação Docente: Helena Marchand Trabalho realizado por: Alice Dias Ana Paula Marisa Jesus
  • 2. “A educação dos valores não é uma ideia nova.” Sócrates Platão Entre outros Dewey Kohlberg Piaget Entre outros Dupla tarefa: - inteligência e conhecimentos; - valores. Autonomia moral; Autonomia intelectual. Objectivos fundamentais da educação
  • 3. Metodologia… Anos 60… . Clarificação dos valores; Endoutrinação Educação do carácter Críticas: • Resultados pobres; - Confunde Professores questões triviais com questões éticas importantes; - Não diferencia o gostar•Transposiçãodever o domínio da de fazer, do para fazer; Curriculum - Baseia-se no relativismo moral moralidade da concepção de Escolas relatividade de Einstein; •Comportamentos variam com a especificidade das situações; Virtudes do patriotismo Trabalho Honestidade •Desenvolvimento do positivismo Coragem lógico.  Cognitivo desenvolvimentista do desenvolvimento moral e de educação moral : -Rejeita a Endoutrinação e o relativismo ético da Moralidade «privatiza-se»; clarificação dos valores e evidencia a componente cognitiva da A educação dos valores faz parte do currículo escondido moralidade. Anos 70…
  • 4. Método… Participantes: • 26 crianças (5-6 anos); •Nível Sócio-económico baixo e médio; •1º ano do ensino básico de uma escola pública. Procedimentos: •Individualmente pré-testadas e pós-testadas/ utilizaram-se histórias morais piagetianas e o método clínico; •Depois de pré-testadas, 13 crianças de uma classe uma vez por semana ouviam, discutiam e interpretavam histórias piagetianas; •Sessões duraram 8 semanas; •A outra classe, com 13 crianças da mesma idade e com os mesmos meios sócio-económicos, seguiram a escolaridade regular, sem sessões de activação, deliberada do desenvolvimento moral.
  • 5. Resultados   Alunos que antes da pesquisa já se encontravam no nível autónomo, intervieram como indutores do conflito sócio – cognitivo, não sendo os seus resultados considerados no estudo estatístico. Por esta razão os resultados obtidos não são numericamente idênticos nas diferentes dimensões da moralidade. A – Responsabilidade objectiva/subjectiva em situações de descuido Níveis Pré - teste Pós - teste G.E. G.C. G.E. G.C. Autónomo (5) 0 (1) 0 (5) 3 1 Intermédio 0 0 0 1 Heterónom o 8 12 5 11 13 13 13 13 Fig. 1 - Quadro 1
  • 6. No G.E.: • 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo Progressos importantes; •5 mantêm-se no nível heterónomo -Ausência de progressos; •As crianças autónomas no pré - teste mantiveram-se no mesmo nível no pós – teste. No G.C.: •1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo - Progressos importantes; •11 mantêm-se no nível heterónomo - Ausência de progressos. • A criança autónoma no pré – teste, regrediu no pós-teste para o nível intermédio. Conclusão: As crianças que não eram autónomas nos pré-testes, com o teste de Fisher, não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C. Os resultados no pós – teste com o teste do Qui-quadrado, pelo contrário, revelaram algumas diferenças. O G.E. tende a ser autónomo, enquanto que o G.C. apresenta-se mais heterónomo. Homogeneidade no grupos, relativamente ao estado intermédio.
  • 7. B – Responsabilidade objectiva/ subjectiva em situações em que os protagonistas mentem Níveis Pré - teste Pós - teste G.E. G.C. G.E. G.C. Autónomo (11) 0 (7) 0 (11) 0 (7)1 Intermédio 1 1 1 0 Heterónom o 1 5 1 5 13 13 13 13 Fig. 2 - Quadro 2 No G.E.: • 11 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas mentem no pré - teste; •Após o teste as 2 crianças não autónomas mantém-se no mesmo nível. No G.C.: • 7 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas mentem no pré – teste; •1 criança evolui do nível do nível heterónomo para o nível autónomo – progressos importantes; •1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo.
  • 8. Conclusão: As crianças, que nos pré – testes, não eram autónomas, com o teste do Quiquadrado, neste estado, o G.E. e o G.C. são homogéneos; Após o teste, as mesmas crianças, não revelam diferenças significativas (5%); O G.C. tende a ser mais heterónomo, havendo homogeneidade, entre grupos, nos níveis autónomo e intermédio. C – O sentido de justiça em situações de punição Níveis Pré - teste Pós - teste G.E. G.C. G.E. G.C. Autónomo (2) 0 (1) 0 (1) 4 (1) 0 Intermédio 0 1 2 1 Heterónom o 11 11 (1) 5 11 13 13 13 13 Fig. 3 - Quadro 3
  • 9. No G.E.: • 3 crianças – evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes; • 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios; • 6 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos. • De entre as crianças autónomas no pré-teste, uma regride no pós-teste para o nível heterónomo. No G.C.: • 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios; • 11 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos; •1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo. Conclusão: As crianças que nos pré-testes não eram autónomas, com o teste do Quiquadrado, não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C. Nos pós-testes, não há diferenças significativas (5%) entre o G.E. e o G.C. O G.C. revela tendência a ser mais heterónomo e o G.E. mais autónomo, havendo homogeneidade entre os grupos, nos níveis intermédios.
  • 10. D – Sentido de justiça em situações em que se analisa a eficácia das punições (punições arbitrárias ou expiatórias/ punições baseadas na restituição/reciprocidade Níveis Pré - teste Pós - teste G.E. G.C. G.E. G.C. Autónomo (5) 0 (8) 0 (4) 1 (5) 1 Intermédio 2 2 5 (1) 2 Heterónom o 6 3 3 (2) 2 13 13 13 13 No G.E.: • 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes; • 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios; • 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência de progressos; • 3 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos No G.C.: • 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes; • 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência progressos; • 2 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos; • Entre os sujeitos autónomos no pré-teste, 1 regride para o nível intermédio e 2 para o nível autónomo.
  • 11. Conclusão: Utilizando teste do Qui-quadrado verifica-se que não existem diferenças significativas nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C.. Nos pós-testes, também, não revelam diferenças significativas entre o G.E. e o G.C. E – Sentido da justiça – Igualdade/autoridade Níveis Pré - teste Pós - teste G.E. G.C. G.E. G.C. Autónomo (4) 0 (3) 0 (4) 5 (1) 3 Intermédio 1 1 2 (1) 1 Heterónom o 8 9 2 (1) 6 13 13 13 13
  • 12. No G.E.: • 5 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes; • 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios; • 1 criança permanece no nível intermédio – Ausência de progressos. • 2 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos. No G.C.: • 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes; • 1 criança mantêm-se no nível intermédio – Ausência de progressos; •7 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos; • 2 regressões em sujeitos autónomos no pré-teste: um para o nível intermédio e o outro para o nível heterónomo. Conclusão: Utilizando o teste de Qui-quadrado, verifica-se que não existem diferenças significativas, nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C. Nos pós-testes existem diferenças significativas (10%) entre o G.E. e o G.C. O G.E. tende a ser mais autónomo, enquanto o G.C. apresenta-se mais heterónomo, havendo homogeneidade, entre os grupos, nos níveis intermédios.
  • 13. Síntese    A escuta, role-playing e a discussão de histórias inspiradas na moral de Piaget tem um efeito de maturidade moral no G.E. (significativo na responsabilidade objectiva/subjectiva em situações de descuido; autoridade/igualdade) mas não em outros (responsabilidade quando os protagonistas mentem; justiça no âmbito das punições), embora o G.E. tende a ser mais autónomo nestes últimos casos. Coexistem moralidades de nível diferente na mesma criança (constrangimento e cooperação), os seus níveis variam de acordo com os domínios. Algumas crianças manifestam regressões inesperadas entre os pré-testes e o pós-testes.
  • 14. Considerações finais: Hipótese s Objectivo 1.A escuta role-playing e discussão de histórias iria promover o desenvolvimento moral das crianças; 2.A natureza dos progressos dependeria dos níveis iniciais de desenvolvimento em que as crianças se encontravam.
  • 15.  1º hipótese – parcialmente comprovada. Teve um aumento do desenvolvimento moral estatisticamente significativo em apenas algumas dimensões da moralidade.  2º hipótese – confirmada empiricamente em alguns casos. Na maior parte das crianças a evolução realizou-se do nível heterónimo para o autónomo – progressos importantes. Algumas crianças evoluiram parcialmente - progressos médios. Algumas crianças não evoluiram embora se situassem em níveis intermédios – ausência de progressos.
  • 16. Foram observadas: • Regressões inesperadas entre os pré-testes e os póstestes. • A coexistência de Algumas do nível de autonomia para o de heteronomia. Sugere que: As respostas de autonomia níveis de moralidade dadas nos prédiferente nas mesmas testes ainda crianças. Sugere que: não eram estáveis. A moralidade é dependente dos contextos.
  • 17. Os resultados obtidos tem implicações:   Práticas Teóricas “Mostram que intervenções centradas na escuta, role playing, e análise crítica de histórias morais, proporcionam desenvolvimento relativamente rápido em diversos domínios da moralidade” Informações adicionais às proporcionadas por Piaget.
  • 18.  A abordagem cognitivodesenvolvimento é uma abordagem com grandes virtualidades para a activação do desenvolvimento moral em sala de aula. Os docentes devem receber uma formação sobre a teoria estruturalconstrutivista do desenvolvimento moral e sobre a utilização do étodo clínico em sala de aula. Só resulta se existir em clima de escola.