E-book sobre autoestima para bailarinos.
Maria Cristina Lopes | Psicóloga da dança CRP5/47829
Mestranda pela Universidade de Coimbra
www.mariacristinalopes.com
1. AUTOESTIMA
na dança
UM GUIA PRÁTICO
Para jovens bailarino
Maria Cristina Lopes | Psicóloga da dança
Mestranda pela Universidade de Coimbra
www.mariacristinalopes.com
2. O QUE É AUTOESTIMA?
"um conjunto de
sentimentos e pensamentos do indivíduo
sobre seu próprio valor, competência e
adequação, que se reflete em uma atitude
positiva ou negativa em relação a si
mesmo" (Rosenberg, 1965, citado
por Sbicigo, Bandeira, & Dell'Aglio, 2010)
O QUE É AUTOESTIMA?um guia
Para quem pratica dança desde muito cedo a
autoestima é construída em torno da sua experiência
com a dança. Nossas percepções, desempenho e
amizades no contexto da dança moldam nossos
pensamentos sobre nós próprios.
3. A autoestima abrange muitas questões
e talvez nunca possamos atingir um
nível máximo de autoestima. Mas
devemos nos cuidar neste sentido.
Afinal, a autoestima interfere no bem-
estar e pode desencadear transtornos
mentais. Alguns autores sugerem que a
autoestima interfere no sucesso
profissional, relacionamentos afetivos e
desempenho acadêmico (Sbicigo,
Bandeira & Dell'Aglio, 2010).
"A baixa autoestima se expressa pelo
sentimento de incompetência,
inadequação e incapacidade de
enfrentar os desafios; a média é
caracterizada pela oscilação do
indivíduo entre o sentimento de
aprovação e rejeição de si; e a alta
consiste no autojulgamento de valor,
confiança e competência" (Rosenberg,
1965 citado por Sbicigo, Bandeira &
Dell'Aglio, 2010). Ter confiança em si
mesmo e sentimento de competência
são fatores positivos para o bom
desempenho na dança. Quando
acredito que posso ter um bom
desempenho me proponho a fazer mais
atividades.
O contrário também é verdadeiro. Quando
não tenho confiança no meu valor e
capacidade me retraio de novas atividades
e possibilidades na dança. A autoestima
surge da percepção dos outros sobre si. "a
alta autoestima surge do reconhecimento
positivo por pares e outros considerados
significativos como pais e professores."
(Hewitt, 2009 citado por Hutz & Zanon,
2011). Portanto, as minhas relações e
vivências são extremamente importantes o
desenvolvimento de uma autoestima alta.
Considerando isso, precisamos pensar
sobre o universo da dança e como se dão
as relações neste contexto. Bailarinos que
se apresentam em palcos ou em contextos
competitivos como festivais de dança
recebem alta carga de exigências e
expectativas em relação ao seu
desempenho. Independente do nível
técnico todo bailarino vivencia esta
exigência. Obviamente, enquanto aluno da
escola regular o aluno também vivencia
esta exigência dos professores. Mas
aqueles que praticam a dança a dança
com seriadade e objetivo de tornarem-se
bailarinos profissionais sabem que a
exigência na dança é mais constante e
profunda.
É SOBRE VOCÊ
A AUTOESTIMA É O RESULTADO DOS
SEUS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS EM
RELAÇÃO A VOCÊ MESMO E SUA
POSIÇÃO NO MUNDO
4. EXIGÊNCIA SEM SUPORTE
Quando não há suporte social, a exigência
leva a percepção de que não somos
capazes. Ou seja, a exigência sem incentivo
e reconhecimento é interpretada como um
sinal de fracasso e incompetência.
A EXIGÊNCIAe dança
Bailarinos que buscam uma carreira amam a
dança. Mas sem o suporte adequado este amor
pode vir acompanhado por uma percepção
negativa quanto a si mesmos.
5. Para os objetivos deste guia estamos
preocupados com o período da
adolescência. Por isso, precisamos
compreender quais as características de
desenvolvimento interferem na
autoestima. "O jovem também passa a
atribuir maior importância à percepção
que os outros têm sobre ele, o que
parece levar, segundo pesquisas, a uma
redução nos níveis de autoestima na
adolescência inicial e média" (Clay,
Vignoles & Dittmar, 2005; Heaven &
Ciarrochi, 2008 citado por Sbicigo,
Bandeira & Dell'Aglio, 2010). Na
adolescência a pessoa está
desenvolvendo a sua identidade e
personalidade. Assim, o cuidado com a
autoestima deve ser maior durante este
período.
A questão da exigência e expectativas
em relação ao jovem bailarino podem
se desenvolver de forma positiva
quando o seu esforço compensa em
termos de obter um bom desempenho e
resposta positiva dos professores e
pares. No fundo, o que vai moldar a
autoestima não é a exigência e sim a
qualidade do suporte social.
Os adolescentes que recebem feedback
positivo de seus professores, suporte
social dos pares e apoio dos pais
possivelmente lidarão bem com a
exigência do universo da dança. Porém,
este cenário não é tão comum quanto
gostaríamos.
Há muitos relatos sobre a falta de
suporte dos pais. Além disso, muitos
professores não tem formação adequada
no sentido de olhar o bailarino como um
todo e compreender a importância das
emoções para o bom desempenho. Há
também casos em que o ambiente é
altamente competitivo e não há um bom
suporte dos colegas.
Portanto, apesar da dança por si só não
ser um fator preditor de baixa
autoestima, bailarinos podem não ter o
suporte social necessário para lidar com
as questões do mundo da dança.
Precisamos compreender como
identificar os sintomas de baixa
autoestima. Então podemos aprender
sobre como trabalhar a percepção de si
mesmo.
É HORA DE
NÃO É O MUNDO DA DANÇA QUE
INTERFERE DIRETAMENTE A
AUTOESTIMA, MAS SIM AS RELAÇÕES
SOCIAIS NESTE CONTEXTO.
REFLETIR
6. VOCÊ TEM BAIXA AUTOESTIMA?
Pessoas com baixa autoestima têm maiores
dificuldades nas relações sociais, têm uma
visão negativa quanto ao futuro, não se
enxergam como capazes de realizar seus
sonhos e têm dificuldade em regular suas
próprias emoções.
BAIXAautoestima
Muitas vezes não sabemos o que ocorre dentro da
nossa mente e isso impede qualquer
melhora. Reconhecer a baixa autoestima é o
primeiro passo para a mudança.
7. o que fazer?
Se você tem baixa autoestima
provavelmente vai querer
melhorar isso. Pessoas com
maiores níveis de autoestima têm
maior satisfação com a vida.
Suprimir suas emoções negativas
tende a não trazer um bom
resultado na mudança deste
quadro. Modificar a sua
perspectiva sobre os
acontecimentos da vida parecem
trazer melhores resultados.
É no contato com o outro que
desenvolvemos nossa autoestima.
Portanto, um primeiro passo para
melhorar a autoestima é
desenvolver boas relações. Este
não é um passo fácil, simples ou
rápido. Mas é um passo eficaz que
funciona a longo prazo. Ter um
suporte social nos beneficia em
diversos âmbitos o que reflete na
nossa autoestima.
Outro passo importante é
aprender a modificar nossa visão
sobre os acontecimentos. Quando
nos dizem que devemos nos
importar menos com a opinião
dos outros precisamos aprender a
contar mais com a nossa própria
interpretação. Isso permite que a
nossa autoestima seja resultado
da nossa visão de vida.
Abaixo você encontra exercícios
práticos para tomar
responsabilidade sobre a sua
autoestima e aprender a
ressignificar suas vivências.
APRENDA A
DESENVOLVER SUA
AUTOESTIMA!
8. SEU CADERNO DE EXERCÍCIOS
Um passo importante para melhorar sua autoestima é ressignificar suas vivências. Imprima
as páginas do caderno de exercícios e no quadro abaixo escreva alguma situação negativa
que você viveu recentemente com a dança da forma como você encara hoje.
No próximo quadro escreva a mesma história de uma forma positiva. Algumas perguntas
que podem te ajudar neste exercício são: "o que você aprendeu com esta situação?" ou "o
que você pode levar de positivo desta situação?". Se sua autoestima estiver baixa você
pode sentir dificuldade neste exercício o que é normal. Neste caso, peça ajuda para um
amigo a ressignificar esta história. Quanto mais você praticar mais ficará bom em
enxergar as situações negativas por outras perspectivas.
9. SEU CADERNO DE EXERCÍCIOS
Outra forma de modificar sua autoestima é ampliando e melhorando a qualidade de suas
relações. Abaixo escreva quais atividades você realiza com seus colegas e familiares e sua
satisfação com estas relações hoje.
Por vezes acreditamos que as relações sociais são construídas sem interferência das
nossas próprias competências e desejos. Isso, obviamente, não está correto. Para termos
maior suporte social é importante investir nestas relações. Abaixo escreva novas
atividades prazerosas que você pode propôr para colegas ou familiares esta semana
mesmo. Ex.: "chamar um colega para almoçar na sua casa", "pedir ajuda dos seus pais nos
estudos", "ligar para um amigo ou familiar com quem não conversa há um tempo", etc.
10. SEU CADERNO DE EXERCÍCIOS
Muitas vezes nossa autoestima depende da forma como nossos colegas, professores e pais
nos enxergam. Obviamente podemos mudar esta situação. Para isso sua autoestima vai
depender de avaliação positiva constante de você. Neste sentido, o exercício que proponho
para você é tirar alguns minutos ao fim do seu dia para listar comportamentos positivos que
você teve ao longo do dia. Ao fim, escreva qual qualidade mais combina com aquele
comportamento ou atitude. Atenção: este é um exercício para todos os dias! Ex.: "consegui
levantar na hora/dedicação", "estudei sem me desconcentrar/concentrada", "gravei toda a
coreografia/atenta", "dei boas risadas com meus colegas/alegre", etc.
Com baixa autoestima acreditamos que o futuro é desanimador. Por isso, é importante
começar a refletir de forma positiva quanto ao futuro. Depois de listar os
comportamentos e qualidades do dia preencha abaixo o que o futuro pode reservar para
uma pessoa com este perfil. Ex.: "dei boas risadas com meus colegas/alegre/bons amigos
no futuro"; "estudei sem me desconcentrar/concentrada/bom sucesso profissional", etc.
11. "Meu nome é Maria Cristina
Lopes, sou psicóloga da dança,
criadora do Ballet sem Estresse.
Trabalho com a dança desde
2013 e sou apaixonada pela área
na qual escolhi exercer. Treino
professores e psicólogos e
trabalho com bailarinos para
desenvolver aspectos
psicológicos."
OI!
OBRIGADA POR LER ESTE GUIA ATÉ AQUI. COLOQUE TUDO EM
PRÁTICA PARA DESENVOLVER SUA AUTOESTIMA!
ESPERO QUE POSSA TE AJUDAR A SE DESENVOLVER CADA VEZ MAIS
COMO BAILARINO E COMO PESSOA.
TE FAÇO UM CONVITE PARA CONHECER A CONSULTORIA ONLINE PARA
BAILARINOS. ATRAVÉS DA CONSULTORIA DESENVOLVEMOS
AUTOESTIMA, MOTIVAÇÃO, EMOÇÕES, PENSAMENTOS E DESEMPENHO
DE BAILARINOS.
Maria Cristina Lopes | Psicóloga da dança
Mestranda pela Universidade de Coimbra
mariacristinalopes.com
+55 21 993053432
12. REFERÊNCIAS
Sbicigo, J. B., Bandeira, D. R., &
Dell'Aglio, D. D. (2010). Escala de
Autoestima de Rosenberg (EAR):
validade fatorial e consistência
interna. Psico-USF, 15(3), 395-403.
Hutz, C. S., & Zanon, C. (2011).
Revisão da adaptação, validação e
normatização da escala de
autoestima de Rosenberg.
Avaliação Psicológica, 10(1).
Freire, T., & Tavares, D. (2011).
Influência da autoestima, da
regulação emocional e do gênero
no bem-estar subjetivo e
psicológico de adolescentes.
Revista de Psiquiatria Clínica,
38(5), 184-188.
SOU PAIXONADA POR
LEVAR CONTEÚDO DE
QUALIDADE PARA VOCÊ!