Slides da palestra que realizei na trilha Gestão de Produtos do TDC SP 2018.
O objetivo é entender como a maior parte das organizações evoluem produtos considerando que elas possuem a necessidade de priorizar demandas e ideias em um roadmap por dois principais motivos: Garantir que as coisas mais importantes sejam feitas primeiro e ter visibilidade de quando elas ficarão prontas.
Com isso, as organizações fazem planejamentos anuais ou trimestrais, o que torna necessário responder às seguintes perguntas: Qual é o valor que isso irá agregar? Quanto dinheiro e tempo irá custar?
Trabalhar dessa forma pode gerar processos ineficientes e trazer diversos problemas. O objetivo dessa palestra é explorar e entender esses pontos.
Gestão de Produtos: Por que muitas empresas adotam práticas ágeis no desenvolvimento, mas continuam evoluindo produtos de forma tradicional?
1. Por que muitas empresas adotam
práticas ágeis no desenvolvimento
mas continuam evoluindo
produtos de forma tradicional
Maria Cláudia Provinciatto
TDC São Paulo
?
GESTÃO DE PRODUTOS
2. Oi, eu sou a Mary :)
@maryprovinc
maryprovinciatto.com
Lean & Agile Practitioner
Apaixonada por melhoria contínua
Jedi no tempo livre
Project Manager na ThoughtWorks
MBA em Marketing na ESPM
MBA em Gerenciamento de Projetos na FGV
Bacharelado em Ciência da Computação na UNESP
7. A origem
→ Tudo começa com ideias
→ Dentro: executivos, stakeholders-chave ou business owners
→ Fora: clientes atuais ou em potencial
→ O que precisa ser feito quando surge uma ideia?
9. Definindo prioridades
→ Priorização das ideias, para:
→ Garantir que as coisas mais importantes sejam feitas primeiro
→ Ter visibilidade de quando elas ficarão prontas.
→ Planejamento trimestral ou anual
→ Business cases:
→ Qual é o valor que isso irá agregar?
→ Quanto dinheiro e tempo irá custar?
12. Vamos ao trabalho
→ Começando das prioridades mais altas
→ Gerente de produto levanta requisitos com stakeholders-chave
→ User stories ou algum tipo de especificação funcional
→ Propósito: comunicar designers e desenvolvedoras
15. Quando o ÁGIL (finalmente) entra em cena
→ O time de desenvolvimento costuma adotar práticas ágeis
→ O trabalho é quebrado em iterações (ou sprints no Scrum)
→ Normalmente leva de 1 a 3 iterações para desenvolver uma ideia
→ Espera-se que os testes aconteçam dentro dessas iterações, mas...
19. A triste realidade por trás
→ A maioria das empresas (pequenas e grandes) fazem assim
→ Reclamações frequentes: "falta inovação", "demora muito"
→ Ágil é usado no desenvolvimento, mas isso é CASCATA
→ Mas quais são os problemas em trabalhar dessa forma?
22. De onde vêm as ideias
→ Abordagem que leva a produtos voltados a vendas e stakeholders-chave
→ Não é a melhor fonte de ideias
→ Falta de empoderamento no time
→ O time "só implementa"
24. Precisamos saber o que NÃO sabemos
→ Processos ineficientes para responder:
→ Qual é o valor que isso irá agregar?
→ Quanto dinheiro e tempo irá custar?
→ O valor depende da solução e do quão boa ela é
→ Sem sabermos a solução, também não sabemos o esforço necessário
→ Pressão para estimativas
→ Não temos a menor ideia e não temos como saber
26. Nem tudo são flores
→ Verdade #1: Pelo menos metade das ideias não vão funcionar
→ Os usuários podem não gostar tanto da ideia quanto a gente
→ Pode ser mais trabalhoso do que vantajoso usar a funcionalidade
→ Os usuários até amariam a ideia, mas decidimos não investir
→ Verdade #2: As ideias com potencial levarão tempo para entregar o valor de
negócio esperado (time to money)
→ O que faz a diferença é como lidamos com essas verdades
28. Produto ou projeto?
→ O papel do gerente de produtos está mais para gerente de projetos
→ O foco está em
→ Reunir requisitos
→ Documenta-los e comunica-los para o time de design e desenvolvimento
→ Oposto da gestão de produtos de tecnologia moderna
30. Lipstick on a pig
→ A equipe é envolvida no processo tardiamente
→ Não é possível extrair o valor real do design
→ Alterações superficiais ou cosméticas na tentativa de disfarçar a real
natureza do produto
→ UX designers tentam fazer com que pareça o mais agradável e consistente
que conseguem
32. Uma grande oportunidade perdida
→ Priorizamos as ideias e demandas de negócios sem dar espaço para as ideias
do time de desenvolvimento
→ Perspectiva valiosa para a evolução do produto: inovação
→ Ter o time de desenvolvimento somente para codar é utilizar metade do
valor que eles podem entregar
34. Ágil, mas só um pouco
→ As práticas ágeis são adotadas somente pelo time de desenvolvimento
→ Princípios e benefícios do ágil também demoram muito para fazerem parte
deste processo
→ Ágil somente para delivery
→ O restante da organização continua sendo qualquer coisa, menos ágil
36. Foco em projeto
→ O processo é totalmente focado em projetos, desde o financiamento até
staffing
→ Projetos focam em output, o que foi produzido, e produtos em outcome, o
resultado alcançado pelo que foi produzido
→ As consequências: projetos abandonados ou que, em sua maioria, geram
entregas que não atingem objetivos de negócio
38. Waterfall, é você?
→ A grande falha desse processo cascata é o alto risco no final
→ A validação do cliente acontece muito tarde
→ Alto desperdício: é necessário fazer o design, desenvolver, testar e entregar
uma ideia simplesmente para saber que ela não era boa
→ As ideias são testadas de uma das formas mais caras e lentas que
conhecemos
40. Estamos ocupados demais para entregar valor
→ O tempo e dinheiro são investidos em seguir o processo
→ A maior perda de todas acaba sendo o custo da oportunidade do que as
empresas poderiam e deveriam estar fazendo
→ Não podemos ter o tempo e dinheiro de volta
41. Não é nenhuma novidade
que muitas organizações
vêem seus produtos
fracassando ou alcançam
pouco retorno diante de
todo o tempo e dinheiro
investidos em seus
produtos