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APLICAÇÕES EM REDES DE COMPUTADORES – 2012




   REDES: arquitetura de redes RM/OSI e TCP/IP




                    AUTOR:

        LUIZ PAULO ARAUJO LADEIRA




                VARGINHA, 2012
APLICAÇÕES EM REDES DE COMPUTADORES – 2012




                        Trabalho     extra-classe   apresentado     no
                        curso   de    Tecnologia    em    análise    e
                        desenvolvimento de sistemas do Centro
                        Universitário    do   Sul    de   Minas      –
                        UNIS/MG, tendo como pré-requisito a
                        obtenção de aprendizado para a conclusão
                        do conhecimento de arquitetura de redes.




              VARGINHA, 2012
Índice

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1
ARQUITETURAS ....................................................................................................................................... 2
   Arquitetura de redes RM/OSI ............................................................................................................. 2
       Camada Física .................................................................................................................................. 5
       Camada de Enlace ........................................................................................................................... 5
       Camada de Rede.............................................................................................................................. 6
       Camada de Transporte .................................................................................................................... 7
       Camada de Sessão ........................................................................................................................... 8
       Camada de Apresentação ............................................................................................................... 8
       Camada de aplicação....................................................................................................................... 9
   Arquitetura de redes TCP/IP ............................................................................................................. 10
       Camada Inter-Redes ...................................................................................................................... 10
       Camada de Transporte .................................................................................................................. 12
       Camada de Aplicação .................................................................................................................... 12
       Camada de Host/Rede .................................................................................................................. 13
COMPARAÇÕES ..................................................................................................................................... 13
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 17
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................. 18
INTRODUÇÃO




       Os protocolos associados ao modelo OSI raramente são usados nos dias de hoje, o

modelo em si é de fato bastante geral e ainda é válido, suas caracteristicas descritas em cada

camada ainda são muito importantes.

        O modelo TCP/IP tem características opostas, pois o modelo propriamente dito não é

muito utilizado, mas os protocolos têm uso geral. Por essa razão, examinaremos

ambos em detalhes.




                                                                                                 1
ARQUITETURAS


Arquitetura de redes RM/OSI


       O modelo de arquitetura RM/OSI surgiu em 1984, através de uma proposta da ISO

(International Standard Organization) para facilitar o desenvolvimento de padrões para a

interconexão de sistemas. O modelo é chamado de referência OSI (Open Systems

Interconection), pois ele trata da interconexão de sistemas abertos – no sentido de que não

impõem a utilização de nenhuma implementação ou tecnologia específica.

       O modelo de arquitetura RM/OSI divide todas suas tarefas relacionadas a redes de

computadores em sete camadas sendo elas: física, enlace, rede, transporte, sessão,

apresentação e aplicação conforme o Quadro 01. Os princípios aplicados para se chegar as

sete camadas foram:


       1. Uma camada deve ser criada onde houver necessidade de outro grau de abstração;

       2. Cada camada deve executar uma função bem definida.

       3. A função de cada camada deve ser escolhida tendo em vista a definição de

          protocolos padronizados internacionalmente.

       4. Os limites de camadas devem ser escolhidos para minimizar o fluxo de

          informações pelas interfaces.

       5. O número de camadas deve ser grande o bastante para que funções distintas não

          precisem ser desnecessariamente colocadas na mesma camada e pequeno o

          suficiente para que a arquitetura não se torne difícil de controlar.




                                                                                           2
Cada camada é responsavel por um subconjunto de funçoes que devem ser realizadas

por uma rede. Para isso, cada camada tem seus proprios protocolos que são manipulados por

uma unidade de dados que é chamada de PDU (Unit Protoco Data - Unidade de Dados do

Protocolo). O PDU nada mais é que um conjunto de informações, pacotes gerados por uma

camada.


                           Nº                Camada                         PDU
                           7                Aplicação                     Mensagem
                           6               Apresentação                   Mensagem
                           5                  Sessão                      Mensagem
                           4                Transporte                    Segmento
                           3                   Rede                        Pacote
                           2                  Enlace                       Quadro
                           1                  Físico                         Bit
                      Quadro 01 - Camadas do modelo de referência OSI com suas respectivas PDU’s



       Conforme o Quadro 01, tem se uma breve explicação de como é feito a comunicação

entre suas camadas. “ No transmissor, as informações descem da camada 7 até a camada 1 e

no receptor elas são recebidas pela camada 1 e sobem até a camada 7. À medida que os dados

descem nas camadas, a camada inferior trata os dados recebidos da camada superior como

uma caixa preta, colocando-os no seu campo de dados. Desse modo, a PDU é formada por um

campo de dados que corresponde aos dados recebidos da camada superior, acrescido de

alguns campos adicionais que são inseridos pela própria camada para que possa realizar suas

tarefas. Esses campos adicionais são chamados de cabeçalhos. Na máquina receptora, à

medida que as informações sobem nas camadas, cada camada lê as informações do cabeçalho

da sua PDU (gerada pela mesma camada na origem), processa essas informações, e as retira

do pacote passando apenas o conteúdo da parte de dados para a camada superior. O conteúdo

desse campo de dados é, evidentemente, a PDU da camada superior. Explicaremos quais

informações são exatamente esses cabeçalhos quando descreveremos cada camada



                                                                                                   3
individualmente.”(http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html> Acessado

em 17 de Junho às 13h 48m)




        Figura 1 - Transmissão de dados no modelo OSI
        Fonte: <http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html> Acessado em 17 de Junho às 13h 48m.




        Na Figura 1, podem-se ver as PDUs ao lado de cada camada. As PDUs de aplicação e

apresentação estão delimitadas por uma linha oval. Observe que os cabeçalhos adicionados

por cada camada são representados por um retângulo cinza dentro da PDU com a letra inicial

da camada. A parte branca (sem nenhuma cor) de cada PDU corresponde ao seu campo de

dados. Veja que eles são exatamente a PDU da camada superior. Isso mostra que quando uma

PDU é passada para uma camada inferior, seu conteúdo é tratado apenas como uma sequência

de bytes a serem transferidos por essa camada, sem que ela se preocupe com seu significado.

        De acordo com o livro de Andrew Tanenbaum “O modelo OSI propriamente dito não

é uma arquitetura de rede, pois não especifica os serviços e os protocolos exatos que devem

ser usados em cada camada. Ele apenas informa o que cada camada deve fazer.”

(TANENBAUM, Andrew S, 4. ed. 2003).




                                                                                                                                      4
Camada Física

       Essa camada é a responsável por transformar os bits (0 e 1) que representam as

informações a serem transmitidas pelos meios de transmissão (cabos de par trançado, cabos

coaxiais, fibras ópticas e etc.) em forma de pulsos elétricos ou em forma de sinais de luz (caso

das fibras ópticas). No receptor, a camada física desfaz o processo, ou seja, transforma esses

sinais recebidos em bits novamente. Como foi mostrado no Quadro 1, a PDU da camada

física é o bit, pois essa camada se preocupa apenas em transmitir os bits individualmente, sem

se importar com o que eles significam em conjunto.

       Como as principais funções da camada física, podemos citar:

       1) Definir como os bits 0 e 1 serão representados no enlace durante a transmissão;

       2) A quantidade de tempo dado em nano segundos que um bit deve durar;

       3) Especificar se a transmissão pode ocorrer nos dois sentidos simultaneamente;

       4) A quantidade de pinos dos conectores, e qual será a finalidade de cada pino etc.

       Desse modo, como a camada física é responsável por essas questões, a especificação

dos tipos de cabeamento e conectores que podem ser utilizados em uma dada rede é

determinado por essa camada. Saiba que o esquema de codificação e decodificação dos bits,

ou seja, a forma como os 0 e 1 são representados através dos sinais elétricos ou pulsos de luz,

tem influência direta na taxa de transmissão da rede.


Camada de Enlace


       A principal tarefa da camada de enlace de dados é transformar um canal de

transmissão bruta em uma linha que pareça livre de erros de transmissão não detectados para a

camada de rede. Para executar essa tarefa, a camada de enlace de dados faz com que o

transmissor divida os dados de entrada em quadros de dados (que, em geral, têm algumas

centenas ou alguns milhares de bytes), e as transmita os quadros sequencialmente. Se o


                                                                                              5
serviço for confiável, o receptor confirmará a recepção correta de cada quadro, enviando de

volta um quadro de confirmação.

        Outra questão que surge na camada de enlace de dados (e na maioria das camadas

mais altas) é como impedir que um transmissor rápido envie uma quantidade excessiva de

dados a um receptor lento. Com frequencia, é necessário algum mecanismo que regule o

tráfego para informar ao transmissor quanto espaço o buffer do receptor tem no momento.

Muitas vezes, esse controle de fluxo e o tratamento de erros estão integrados.

        As redes de difusão têm uma questão adicional a ser resolvida na camada de enlace de

dados: como controlar o acesso ao canal compartilhado. Uma subcamada especial da camada

de enlace de dados, a subcamada de controle de acesso ao meio é o que cuida desse problema.


Camada de Rede


        A camada de rede controla as operações da sub-rede. Uma questão fundamental de

projeto é determinar a maneira como os pacotes são roteados da origem até o seu destino. As

rotas podem se basear em tabelas estáticas, "amarradas" à rede e raramente alteradas, podendo

também ser determinadas no início de cada conversação. Por fim, elas podem ser altamente

dinâmicas, sendo determinadas para cada pacote, com o objetivo de refletir a carga atual da

rede.

        Se houver muitos pacotes na sub-rede ao mesmo tempo, eles dividirão o mesmo

caminho, provocando gargalos. O controle desse congestionamento também pertence à

camada de rede. De modo geral, qual é a idade do serviço fornecido (retardo, tempo em

trânsito, instabilidade etc.) também é uma questão da camada de rede. Quando um pacote tem

de viajar de uma rede para outra até chegar a seu destino, podem surgir muitos problemas. O

endereçamento utilizado pela segunda rede pode ser diferente do que é empregado pela

primeira rede. Pois, talvez a segunda rede não aceite o pacote devido a seu tamanho


                                                                                           6
excessivo. Os protocolos podem ser diferentes e assim por diante. Cabe à camada de rede

superar todos esses problemas, a fim de permitir que redes heterogêneas sejam

interconectadas. Nas redes de difusão, o problema de roteamento é simples, e assim a camada

de rede com frequência é estreita, ou mesmo inexistente.


Camada de Transporte


       As funções implementadas pelas camadas físicas, enlace e de rede estão preocupadas

em fazer a informação transmitida chegar à máquina de destino. Como foi possivel observar,

o serviço fornecido pela camada de rede permite o envio de informações entre duas máquinas

em rede diferentes. A camada de transporte é a primeira camada (olhando de baixo para cima)

onde as informações de cabeçalhos adicionadas serão analisadas apenas na máquina de

destino.

       O objetivo da camada de transporte é permitir que as aplicações usem os serviços

oferecidos pela camada de rede. Quando se escreve um programa que transmite informações

pela rede, utilizam-se funções para interagir com a camada de transporte. Assim como a

camada de rede, a camada de transporte é um software instalado na máquina.

       Se a mensagem passada para a camada de transporte for muito grande, a camada pode

optar em dividi-lá em partes menores para que sejam transmitidas separadamente. Lembre-se

de que a camada de rede pode ou não garantir a entrega dos pacotes em ordem ou não. Desse

modo, é função da camada de transporte fornecer esses recursos caso eles sejam necessários,

podendo também realizar controle de fluxo. Veja que controle de erros e de fluxo também

podem ser serviços oferecidos na camada de enlace, mas lá essas operações eram realizadas

para um enlace isoladamente, enquanto aqui ela é realizada fim a fim.

       Uma mesma máquina pode ter mais de uma implementação (protocolo) de camada de

transporte instalada e cada aplicação pode usar o protocolo que quiser. Isso é importante


                                                                                         7
porque as aplicações têm características diferentes. Para uma aplicação, a perda de um pacote

pode não ser importante, como é o caso de aplicações que transmitem voz, mas para outras

aplicações isso seria inaceitável, de modo que o pacote perdido precisaria ser retransmitido.

Naturalmente, uma aplicação só consegue se comunicar com outras que utilizem a mesma

camada de transporte.

       Até agora, falamos sempre em endereços para identificar as máquinas, mas precisamos

de uma forma de identificar para qual aplicação as informações transmitidas são destinadas.

Existem, evidentemente, várias aplicações sendo executadas em cada máquina, de modo que

quando ela recebe um pacote precisa saber para qual das aplicações deve entregá-lo. A PDU

da camada de transporte possui um dos seus campos de cabeçalho destinado a essa finalidade.


Camada de Sessão


       A camada de sessão permite que os usuários de diferentes máquinas estabeleçam

sessões entre eles. Uma sessão oferece diversos serviços, inclusive o controle de diálogo

(mantendo o controle de quem deve transmitir em cada momento), o gerenciamento de

símbolos (impedindo que duas partes tentem executar a mesma operação crítica ao mesmo

tempo) e a sincronização (realizando a verificação periódica de transmissões longas para

permitir que elas continuem a partir do ponto em que estavam ao ocorrer uma falha).


Camada de Apresentação


       Os computadores representam as informações através de códigos binários. A tabela

ASCII, por exemplo, define um valor inteiro de um byte para cada possível caractere. Mas,

existem outras formas de representação, como o EBCDIC. Portanto, Uma máquina pode

utilizar a tabela ASCII enquanto outra utiliza o esquema EBCDIC. Desse modo, uma mesma

sequência de bits vai significar um valor se for considerada como um código ASCII e outra se

forem considerada como EBCDIC. Problemas semelhantes também ocorrem para tipos de
                                                                                           8
dados numéricos com mais de um byte. Um inteiro em uma máquina pode ter 2 bytes

enquanto em outra pode ter 4 bytes. Além disso, a forma como esses bytes são armazenados

na memória do computador pode ser diferente.

       Uma das funções da camada de apresentação é evitar que as máquinas precisem

conhecer os esquemas de codificação utilizados pelas outras máquinas. Para isso, as

informações são transmitidas usando um formato padrão de representação. Caso o formato

utilizado pelo transmissor seja diferente desse formato, ele realiza uma operação de conversão

antes da transmissão. Do mesmo modo, caso o formato do receptor seja diferente do formato

padrão, ele converte as informações recebidas para seu formato.

       Além dessa operação, a camada de apresentação também pode realizar a compressão

dos dados, de modo a gastar menos banda de rede, e a criptografia, para proteger as

informações transmitidas contra a leitura indevida e adulteração.


Camada de aplicação


       A camada de aplicação contém uma série de protocolos comumente necessários para

os usuários. Um protocolo de aplicação amplamente utilizado é o HTTP (Hyper Text Transfer

Protocol), que constitui a base para a World Wide Web. Quando um navegador deseja uma

página da Web, ele envia o nome da página desejada ao servidor, utilizando o HTTP. Então, o

servidor transmite a página de volta. Outros protocolos de aplicação são usados para

transferências de arquivos, correio eletrônico e transmissão de notícias pela rede.




                                                                                            9
Arquitetura de redes TCP/IP


       O Modelo de Referencia TCP/IP foi originado através da história da ARPANET, logo

após isso centenas de universidades e repartições públicas começaram a conectar, usando

linhas telefônicas dedicadas. Quando foram criadas as redes de televisão, rádio e satélite

começou a surgir problemas com os protocolos existentes, o que forçou a criação de uma

nova arquitetura de referência chamada TCP/IP.

       Diante da preocupação do Departamento de Defesa dos EUA de que seus preciosos

hosts, roteadores e gateways de interconexão de redes fossem destruídos de uma hora para

outra, definiu-se também que a rede deveria ser capaz de sobreviver à perda do hardwa re de

sub-redes, com as conversações existentes sendo mantidas em atividade. Em outras palavras,

o Departamento de Defesa dos EUA queria que as conexões permanecessem intactas

enquanto as máquinas de origem e de destino estivessem funcionando, mesmo que algumas

máquinas ou linhas de transmissão intermediárias deixassem de operar repentinamente. Além

disso, era necessária uma arquitetura flexível, capaz de se adaptar a aplicações com requisitos

divergentes como, por exemplo, a transferência de arquivos e a transmissão de dados de voz

em tempo real.



Camada Inter-Redes


       Todas essas necessidades levaram à escolha de uma rede de comutação de pacotes

baseada em uma camada de interligação de redes sem conexões. Essa camada, chamada

camada inter-redes, integra toda a arquitetura. Sua tarefa é permitir que os hosts injetassem

pacotes em qualquer rede e garantir que eles trafegarão independentemente até o destino

(talvez em uma rede diferente).


                                                                                            10
Eles podem chegar até mesmo em uma ordem diferente daquela em que foram

enviados, obrigando as camadas superiores a reorganizá-los, caso a entrega em ordem seja

desejável. Observe que, nesse caso, a expressão "inter-rede" é usada em sentido genérico,

muito embora essa camada esteja presente na Internet.

       A analogia usada nesse caso diz respeito ao sistema de correio (convencional). Uma

pessoa pode deixar uma sequência de cartas internacionais em uma caixa de correio em um

país e, com um pouco de sorte, a maioria delas será entregue no endereço correto no país de

destino. Provavelmente, as cartas atravessarão um ou mais gateways internacionais ao longo

do caminho, mas esse processo é transparente para os usuários. Além disso, o fato de cada

país (ou seja, cada rede) ter seus próprios selos, tamanhos de envelope preferidos e regras de

entrega fica oculto dos usuários.

       A camada inter-redes define um formato de pacote oficial e um protocolo chamado IP

(Internet Protocol). A tarefa da camada inter-redes é entregar pacotes IP onde eles são

necessários. O roteamento de pacotes é uma questão de grande importância nessa camada,

assim como a necessidade de evitar o congestionamento. Por esses motivos, é razoável dizer

que a função da camada inter-redes do TCP/IP é muito parecida com a da camada de rede do

OSI. A Figura 2 mostra a correspondência entre elas.




                                Figura 2 - O modelo de referência TCP/IP

                                                                                           11
Camada de Transporte


       No modelo TCP/IP, a camada localizada acima da camada inter-redes é chamada

camada de transporte. A finalidade dessa camada é permitir que as entidades pares dos hosts

de origem e de destino mantenham uma conversação, exatamente como acontece na camada

de transporte OSI.

       Dois protocolos fim a fim foram definidos aqui.         O primeiro deles, o TCP

(Transmission Control Protocol — protocolo de controle de transmissão), é um protocolo

orientado a conexões confiável que permite a entrega sem erros de um fluxo de bytes

originário de uma determinada máquina em qualquer computador da inter-rede. Esse

protocolo fragmenta o fluxo de bytes de entrada em mensagens discretas e passa cada uma

delas para a camada inter-redes. No destino, o processo TCP receptor volta a montar as

mensagens recebidas no fluxo de saída.

       O TCP também cuida do controle de fluxo, impedindo que um transmissor rápido

sobrecarregue um receptor lento com um volume de mensagens maior do que ele pode

manipular.



Camada de Aplicação


       O modelo TCP/IP não tem as camadas de sessão e de apresentação. Como não foi

percebida qualquer necessidade, elas não foram incluídas. A experiência com o modelo OSI

demonstrou a correção dessa tese: elas são pouco usadas na maioria das aplicações. Acima da

camada de transporte, encontramos a camada de aplicação. Ela contém todos os protocolos

de nível mais alto. Dentre eles estão o protocolo de terminal virtual (TELNET), o protocolo

de transferência de arquivos (FTP) e o protocolo de correio eletrônico (SMTP). O protocolo

de terminal virtual permite que um usuário de um computador se conecte a uma máquina
                                                                                        12
distante e trabalhe nela. O protocolo de transferência de arquivos permite mover dados com

eficiência de uma máquina para outra.

       Originalmente, o correio eletrônico era um tipo de transferência de arquivos; no

entanto, foi desenvolvido mais tarde um protocolo especializado para essa função (o

SMTP). Muitos outros protocolos foram incluídos com o decorrer dos anos, como o DNS

(Domain Name Service), que mapeia os nomes de hosts para seus respectivos

endereços de rede, o NNTP, o protocolo usado para mover novos artigos de notícias da

USENET, e o HTTP, o protocolo usado para buscar páginas na World Wide Web, entre

muitos outros.



Camada de Host/Rede


       Abaixo da camada inter-redes, encontra-se um grande vácuo. O modelo de referência

TCP/IP não especifica muito bem o que acontece ali, exceto o fato de que o host tem de se

conectar à rede utilizando algum protocolo para que seja possível enviar pacotes IP . Esse

protocolo não é definido e varia de host para host e de rede para rede.



COMPARAÇÕES


       Os modelos de referência OSI e TCP/IP têm muito em comum. Os dois se baseiam no

conceito de uma pilha de protocolos independentes.             Além disso, as camadas têm

praticamente as mesmas funções. Por exemplo, em ambos os modelos estão presentes as

camadas que englobam até a camada de transporte para oferecer um serviço de transporte fim

a fim independente da rede a processos que desejam se comunicar. Essas camadas formam o

provedor de transporte.


                                                                                             13
Apesar dessas semelhanças fundamentais, os dois modelos também têm muitas

diferenças. As principais diferenças existentes entre os dois modelos de referência. É

importante notar que estamos comparando os modelos de referência, e não as pilhas de

protocolos correspondentes. Para examinar as semelhanças e as diferenças entre o TCP/IP e o

OSI são:

O modelo OSI tem três conceitos fundamentais:

       Serviços

       Interfaces

       Protocolos



   Provavelmente, a maior contribuição do modelo OSI é de se tornar explícita a distinção

entre esses três conceitos. Cada camada executa alguns serviços para a camada acima dela. A

definição do serviço informa o que a camada faz, e não a forma como as entidades acima dela

o acessam ou como a camada funciona. Essa definição estabelece a semântica da camada. A

interface de uma camada informa como os processos acima dela podem acessá-la. A interface

especifica quais são os parâmetros e os resultados a serem esperados. Ela também não revela

o funcionamento interno da camada.

   A camada pode usar os protocolos que quiser desde que eles viabilizem a realização do

trabalho (ou seja, forneçam os serviços oferecidos). Ela também pode alterar esses protocolos

sem influenciar o software das camadas superiores. Essas ideias se adaptam perfeitamente aos

novos conceitos da programação orientada a objetos. Um objeto, assim como uma camada,

tem um conjunto de métodos (operações) que os processos externos ao objeto podem invocar.

A semântica desses métodos define o conjunto de serviços que o objeto oferece. Os

parâmetros e os resultados dos métodos formam a interface do objeto. O código interno do

objeto é seu protocolo, que não é visível e nem interessa aos elementos que estão fora do

                                                                                          14
objeto. Originalmente, o modelo TCP/IP não distinguia com clareza a diferença entre serviço,

interface e protocolo, embora as pessoas tenham tentado adaptá-lo ao modelo OSI. (Por

exemplo, os únicos serviços reais oferecidos pela camada inter-redes são: SEND IP PACKET

que envia pacotes IP) e RECEIVE IP PACKET (que recebe pacotes IP).

    Por essa razão, os protocolos do modelo OSI são mais bem encapsulados que os do

modelo TCP/IP e podem ser substituídos com relativa facilidade, conforme as mudanças da

tecnologia. Um dos principais objetivos das diversas camadas de protocolos é permitir a

implementação dessas alterações.

    O modelo de referência OSI foi concebido antes dos protocolos correspondentes terem

sido criados. Isso significa que o modelo não foi desenvolvido com base em um determinado

conjunto de protocolos, o que o deixou bastante flexível e genérico. No entanto, por não terem

experiência no assunto, os projetistas não tinham muita noção sobre a funcionalidade que

deveria ser incluída em cada camada.

    Por exemplo, a camada de enlace de dados lidava originalmente com redes ponto a ponto.

Quando surgiram as redes de difusão, foi preciso criar uma nova camada no modelo. Quando

as pessoas começaram a criar redes reais com base no modelo OSI e nos protocolos

existentes, elas perceberam que as especificações de serviço obrigatórias não eram

compatíveis. Portanto, foi necessário enxertar no modelo subcamadas de convergência que

permitissem atenuar as diferenças. Por fim, como acreditava que cada país teria uma rede

controlada pelo governo e baseada nos protocolos OSI, o comitê não se preocupou com as

conexões inter-redes. Para encurtar a história: na prática, tudo aconteceu de maneira muito

diferente da teoria. Com o TCP/IP, ocorreu exatamente o contrário: como os protocolos

vieram primeiro, o modelo foi criado como uma descrição desses protocolos.

    Os protocolos não tiveram problemas para se adaptar ao modelo. Foi um casamento

perfeito.   O único problema foi o fato de o modelo não se adaptar a outras pilhas de

                                                                                           15
protocolos. Consequentemente, ele não tinha muita utilidade para descrever outras redes que

não faziam uso do protocolo TCP/IP.

   Deixando a filosofia de lado e entrando em questões ma is práticas, uma diferença óbvia

entre os dois modelos está no número de camadas: o modelo OSI tem sete camadas e o

TCP/IP tem quatro. Ambos têm as camadas de (inter-) rede, transporte e aplicação, mas as

outras são diferentes. Outra diferença está na área da comunicação sem conexão e da

comunicação orientada a conexões. Na camada de rede, o modelo OSI é compatível com a

comunicação sem conexão e com a comunicação orientada a conexões, no entanto, na camada

de transporte, o modelo aceito apenas a comunicação orientada a conexões, onde ela de fato é

mais importante (pois o serviço de transporte é visível para os usuários). O modelo TCP/IP só

tem um modo de operação na camada de rede (sem conexão), mas aceita ambos os modos na

camada de transporte, oferecendo aos usuários a possibilidade de escolha.     Essa escolha é

especialmente importante para os protocolos simples de solicitação.




                                                                                          16
CONCLUSÃO

       O modelo de referência OSI, é dividido em funções de uma rede em grupos, os quais

são chamados de camadas. Sempre que se comenta sobre algum protocolo de rede ou sobre

algum equipamento é comum se fazer referência a qual camada do modelo OSI ele trabalha.

Desse modo, já se sabe um pouco sobre as funções que ele desempenha. Essa estruturação em

camadas facilita bastante o processo de entendimento do funcionamento de uma rede.

       O modelo de referência TCP/IP foi criado principalmente para facilitar o

desenvolvimento de novos padrões de rede, uma vez que torna as tarefas mais independentes

uma das outras. Cada camada não determina como as coisas devem ser feitas, mas apenas

limita o que deve ser feito.




                                                                                      17
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


FOROUZAN, B. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.



KUROSE, J.; ROSS, K. Redes de computadores e a internet. 5. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2010.



SOARES, l. F. G. Redes de computadores das LANs, MANs e WANs às redes ATM. 2. ed. São Paulo:

Editora Campus, 1995.



TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2003.



Metrópole Digital

<http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html>

Acessado dia 16/05/2012 às 13:48




                                                                                                   18

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Arquiteturas de Redes

  • 1. APLICAÇÕES EM REDES DE COMPUTADORES – 2012 REDES: arquitetura de redes RM/OSI e TCP/IP AUTOR: LUIZ PAULO ARAUJO LADEIRA VARGINHA, 2012
  • 2. APLICAÇÕES EM REDES DE COMPUTADORES – 2012 Trabalho extra-classe apresentado no curso de Tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/MG, tendo como pré-requisito a obtenção de aprendizado para a conclusão do conhecimento de arquitetura de redes. VARGINHA, 2012
  • 3. Índice INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1 ARQUITETURAS ....................................................................................................................................... 2 Arquitetura de redes RM/OSI ............................................................................................................. 2 Camada Física .................................................................................................................................. 5 Camada de Enlace ........................................................................................................................... 5 Camada de Rede.............................................................................................................................. 6 Camada de Transporte .................................................................................................................... 7 Camada de Sessão ........................................................................................................................... 8 Camada de Apresentação ............................................................................................................... 8 Camada de aplicação....................................................................................................................... 9 Arquitetura de redes TCP/IP ............................................................................................................. 10 Camada Inter-Redes ...................................................................................................................... 10 Camada de Transporte .................................................................................................................. 12 Camada de Aplicação .................................................................................................................... 12 Camada de Host/Rede .................................................................................................................. 13 COMPARAÇÕES ..................................................................................................................................... 13 CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 17 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................. 18
  • 4. INTRODUÇÃO Os protocolos associados ao modelo OSI raramente são usados nos dias de hoje, o modelo em si é de fato bastante geral e ainda é válido, suas caracteristicas descritas em cada camada ainda são muito importantes. O modelo TCP/IP tem características opostas, pois o modelo propriamente dito não é muito utilizado, mas os protocolos têm uso geral. Por essa razão, examinaremos ambos em detalhes. 1
  • 5. ARQUITETURAS Arquitetura de redes RM/OSI O modelo de arquitetura RM/OSI surgiu em 1984, através de uma proposta da ISO (International Standard Organization) para facilitar o desenvolvimento de padrões para a interconexão de sistemas. O modelo é chamado de referência OSI (Open Systems Interconection), pois ele trata da interconexão de sistemas abertos – no sentido de que não impõem a utilização de nenhuma implementação ou tecnologia específica. O modelo de arquitetura RM/OSI divide todas suas tarefas relacionadas a redes de computadores em sete camadas sendo elas: física, enlace, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicação conforme o Quadro 01. Os princípios aplicados para se chegar as sete camadas foram: 1. Uma camada deve ser criada onde houver necessidade de outro grau de abstração; 2. Cada camada deve executar uma função bem definida. 3. A função de cada camada deve ser escolhida tendo em vista a definição de protocolos padronizados internacionalmente. 4. Os limites de camadas devem ser escolhidos para minimizar o fluxo de informações pelas interfaces. 5. O número de camadas deve ser grande o bastante para que funções distintas não precisem ser desnecessariamente colocadas na mesma camada e pequeno o suficiente para que a arquitetura não se torne difícil de controlar. 2
  • 6. Cada camada é responsavel por um subconjunto de funçoes que devem ser realizadas por uma rede. Para isso, cada camada tem seus proprios protocolos que são manipulados por uma unidade de dados que é chamada de PDU (Unit Protoco Data - Unidade de Dados do Protocolo). O PDU nada mais é que um conjunto de informações, pacotes gerados por uma camada. Nº Camada PDU 7 Aplicação Mensagem 6 Apresentação Mensagem 5 Sessão Mensagem 4 Transporte Segmento 3 Rede Pacote 2 Enlace Quadro 1 Físico Bit Quadro 01 - Camadas do modelo de referência OSI com suas respectivas PDU’s Conforme o Quadro 01, tem se uma breve explicação de como é feito a comunicação entre suas camadas. “ No transmissor, as informações descem da camada 7 até a camada 1 e no receptor elas são recebidas pela camada 1 e sobem até a camada 7. À medida que os dados descem nas camadas, a camada inferior trata os dados recebidos da camada superior como uma caixa preta, colocando-os no seu campo de dados. Desse modo, a PDU é formada por um campo de dados que corresponde aos dados recebidos da camada superior, acrescido de alguns campos adicionais que são inseridos pela própria camada para que possa realizar suas tarefas. Esses campos adicionais são chamados de cabeçalhos. Na máquina receptora, à medida que as informações sobem nas camadas, cada camada lê as informações do cabeçalho da sua PDU (gerada pela mesma camada na origem), processa essas informações, e as retira do pacote passando apenas o conteúdo da parte de dados para a camada superior. O conteúdo desse campo de dados é, evidentemente, a PDU da camada superior. Explicaremos quais informações são exatamente esses cabeçalhos quando descreveremos cada camada 3
  • 7. individualmente.”(http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html> Acessado em 17 de Junho às 13h 48m) Figura 1 - Transmissão de dados no modelo OSI Fonte: <http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html> Acessado em 17 de Junho às 13h 48m. Na Figura 1, podem-se ver as PDUs ao lado de cada camada. As PDUs de aplicação e apresentação estão delimitadas por uma linha oval. Observe que os cabeçalhos adicionados por cada camada são representados por um retângulo cinza dentro da PDU com a letra inicial da camada. A parte branca (sem nenhuma cor) de cada PDU corresponde ao seu campo de dados. Veja que eles são exatamente a PDU da camada superior. Isso mostra que quando uma PDU é passada para uma camada inferior, seu conteúdo é tratado apenas como uma sequência de bytes a serem transferidos por essa camada, sem que ela se preocupe com seu significado. De acordo com o livro de Andrew Tanenbaum “O modelo OSI propriamente dito não é uma arquitetura de rede, pois não especifica os serviços e os protocolos exatos que devem ser usados em cada camada. Ele apenas informa o que cada camada deve fazer.” (TANENBAUM, Andrew S, 4. ed. 2003). 4
  • 8. Camada Física Essa camada é a responsável por transformar os bits (0 e 1) que representam as informações a serem transmitidas pelos meios de transmissão (cabos de par trançado, cabos coaxiais, fibras ópticas e etc.) em forma de pulsos elétricos ou em forma de sinais de luz (caso das fibras ópticas). No receptor, a camada física desfaz o processo, ou seja, transforma esses sinais recebidos em bits novamente. Como foi mostrado no Quadro 1, a PDU da camada física é o bit, pois essa camada se preocupa apenas em transmitir os bits individualmente, sem se importar com o que eles significam em conjunto. Como as principais funções da camada física, podemos citar: 1) Definir como os bits 0 e 1 serão representados no enlace durante a transmissão; 2) A quantidade de tempo dado em nano segundos que um bit deve durar; 3) Especificar se a transmissão pode ocorrer nos dois sentidos simultaneamente; 4) A quantidade de pinos dos conectores, e qual será a finalidade de cada pino etc. Desse modo, como a camada física é responsável por essas questões, a especificação dos tipos de cabeamento e conectores que podem ser utilizados em uma dada rede é determinado por essa camada. Saiba que o esquema de codificação e decodificação dos bits, ou seja, a forma como os 0 e 1 são representados através dos sinais elétricos ou pulsos de luz, tem influência direta na taxa de transmissão da rede. Camada de Enlace A principal tarefa da camada de enlace de dados é transformar um canal de transmissão bruta em uma linha que pareça livre de erros de transmissão não detectados para a camada de rede. Para executar essa tarefa, a camada de enlace de dados faz com que o transmissor divida os dados de entrada em quadros de dados (que, em geral, têm algumas centenas ou alguns milhares de bytes), e as transmita os quadros sequencialmente. Se o 5
  • 9. serviço for confiável, o receptor confirmará a recepção correta de cada quadro, enviando de volta um quadro de confirmação. Outra questão que surge na camada de enlace de dados (e na maioria das camadas mais altas) é como impedir que um transmissor rápido envie uma quantidade excessiva de dados a um receptor lento. Com frequencia, é necessário algum mecanismo que regule o tráfego para informar ao transmissor quanto espaço o buffer do receptor tem no momento. Muitas vezes, esse controle de fluxo e o tratamento de erros estão integrados. As redes de difusão têm uma questão adicional a ser resolvida na camada de enlace de dados: como controlar o acesso ao canal compartilhado. Uma subcamada especial da camada de enlace de dados, a subcamada de controle de acesso ao meio é o que cuida desse problema. Camada de Rede A camada de rede controla as operações da sub-rede. Uma questão fundamental de projeto é determinar a maneira como os pacotes são roteados da origem até o seu destino. As rotas podem se basear em tabelas estáticas, "amarradas" à rede e raramente alteradas, podendo também ser determinadas no início de cada conversação. Por fim, elas podem ser altamente dinâmicas, sendo determinadas para cada pacote, com o objetivo de refletir a carga atual da rede. Se houver muitos pacotes na sub-rede ao mesmo tempo, eles dividirão o mesmo caminho, provocando gargalos. O controle desse congestionamento também pertence à camada de rede. De modo geral, qual é a idade do serviço fornecido (retardo, tempo em trânsito, instabilidade etc.) também é uma questão da camada de rede. Quando um pacote tem de viajar de uma rede para outra até chegar a seu destino, podem surgir muitos problemas. O endereçamento utilizado pela segunda rede pode ser diferente do que é empregado pela primeira rede. Pois, talvez a segunda rede não aceite o pacote devido a seu tamanho 6
  • 10. excessivo. Os protocolos podem ser diferentes e assim por diante. Cabe à camada de rede superar todos esses problemas, a fim de permitir que redes heterogêneas sejam interconectadas. Nas redes de difusão, o problema de roteamento é simples, e assim a camada de rede com frequência é estreita, ou mesmo inexistente. Camada de Transporte As funções implementadas pelas camadas físicas, enlace e de rede estão preocupadas em fazer a informação transmitida chegar à máquina de destino. Como foi possivel observar, o serviço fornecido pela camada de rede permite o envio de informações entre duas máquinas em rede diferentes. A camada de transporte é a primeira camada (olhando de baixo para cima) onde as informações de cabeçalhos adicionadas serão analisadas apenas na máquina de destino. O objetivo da camada de transporte é permitir que as aplicações usem os serviços oferecidos pela camada de rede. Quando se escreve um programa que transmite informações pela rede, utilizam-se funções para interagir com a camada de transporte. Assim como a camada de rede, a camada de transporte é um software instalado na máquina. Se a mensagem passada para a camada de transporte for muito grande, a camada pode optar em dividi-lá em partes menores para que sejam transmitidas separadamente. Lembre-se de que a camada de rede pode ou não garantir a entrega dos pacotes em ordem ou não. Desse modo, é função da camada de transporte fornecer esses recursos caso eles sejam necessários, podendo também realizar controle de fluxo. Veja que controle de erros e de fluxo também podem ser serviços oferecidos na camada de enlace, mas lá essas operações eram realizadas para um enlace isoladamente, enquanto aqui ela é realizada fim a fim. Uma mesma máquina pode ter mais de uma implementação (protocolo) de camada de transporte instalada e cada aplicação pode usar o protocolo que quiser. Isso é importante 7
  • 11. porque as aplicações têm características diferentes. Para uma aplicação, a perda de um pacote pode não ser importante, como é o caso de aplicações que transmitem voz, mas para outras aplicações isso seria inaceitável, de modo que o pacote perdido precisaria ser retransmitido. Naturalmente, uma aplicação só consegue se comunicar com outras que utilizem a mesma camada de transporte. Até agora, falamos sempre em endereços para identificar as máquinas, mas precisamos de uma forma de identificar para qual aplicação as informações transmitidas são destinadas. Existem, evidentemente, várias aplicações sendo executadas em cada máquina, de modo que quando ela recebe um pacote precisa saber para qual das aplicações deve entregá-lo. A PDU da camada de transporte possui um dos seus campos de cabeçalho destinado a essa finalidade. Camada de Sessão A camada de sessão permite que os usuários de diferentes máquinas estabeleçam sessões entre eles. Uma sessão oferece diversos serviços, inclusive o controle de diálogo (mantendo o controle de quem deve transmitir em cada momento), o gerenciamento de símbolos (impedindo que duas partes tentem executar a mesma operação crítica ao mesmo tempo) e a sincronização (realizando a verificação periódica de transmissões longas para permitir que elas continuem a partir do ponto em que estavam ao ocorrer uma falha). Camada de Apresentação Os computadores representam as informações através de códigos binários. A tabela ASCII, por exemplo, define um valor inteiro de um byte para cada possível caractere. Mas, existem outras formas de representação, como o EBCDIC. Portanto, Uma máquina pode utilizar a tabela ASCII enquanto outra utiliza o esquema EBCDIC. Desse modo, uma mesma sequência de bits vai significar um valor se for considerada como um código ASCII e outra se forem considerada como EBCDIC. Problemas semelhantes também ocorrem para tipos de 8
  • 12. dados numéricos com mais de um byte. Um inteiro em uma máquina pode ter 2 bytes enquanto em outra pode ter 4 bytes. Além disso, a forma como esses bytes são armazenados na memória do computador pode ser diferente. Uma das funções da camada de apresentação é evitar que as máquinas precisem conhecer os esquemas de codificação utilizados pelas outras máquinas. Para isso, as informações são transmitidas usando um formato padrão de representação. Caso o formato utilizado pelo transmissor seja diferente desse formato, ele realiza uma operação de conversão antes da transmissão. Do mesmo modo, caso o formato do receptor seja diferente do formato padrão, ele converte as informações recebidas para seu formato. Além dessa operação, a camada de apresentação também pode realizar a compressão dos dados, de modo a gastar menos banda de rede, e a criptografia, para proteger as informações transmitidas contra a leitura indevida e adulteração. Camada de aplicação A camada de aplicação contém uma série de protocolos comumente necessários para os usuários. Um protocolo de aplicação amplamente utilizado é o HTTP (Hyper Text Transfer Protocol), que constitui a base para a World Wide Web. Quando um navegador deseja uma página da Web, ele envia o nome da página desejada ao servidor, utilizando o HTTP. Então, o servidor transmite a página de volta. Outros protocolos de aplicação são usados para transferências de arquivos, correio eletrônico e transmissão de notícias pela rede. 9
  • 13. Arquitetura de redes TCP/IP O Modelo de Referencia TCP/IP foi originado através da história da ARPANET, logo após isso centenas de universidades e repartições públicas começaram a conectar, usando linhas telefônicas dedicadas. Quando foram criadas as redes de televisão, rádio e satélite começou a surgir problemas com os protocolos existentes, o que forçou a criação de uma nova arquitetura de referência chamada TCP/IP. Diante da preocupação do Departamento de Defesa dos EUA de que seus preciosos hosts, roteadores e gateways de interconexão de redes fossem destruídos de uma hora para outra, definiu-se também que a rede deveria ser capaz de sobreviver à perda do hardwa re de sub-redes, com as conversações existentes sendo mantidas em atividade. Em outras palavras, o Departamento de Defesa dos EUA queria que as conexões permanecessem intactas enquanto as máquinas de origem e de destino estivessem funcionando, mesmo que algumas máquinas ou linhas de transmissão intermediárias deixassem de operar repentinamente. Além disso, era necessária uma arquitetura flexível, capaz de se adaptar a aplicações com requisitos divergentes como, por exemplo, a transferência de arquivos e a transmissão de dados de voz em tempo real. Camada Inter-Redes Todas essas necessidades levaram à escolha de uma rede de comutação de pacotes baseada em uma camada de interligação de redes sem conexões. Essa camada, chamada camada inter-redes, integra toda a arquitetura. Sua tarefa é permitir que os hosts injetassem pacotes em qualquer rede e garantir que eles trafegarão independentemente até o destino (talvez em uma rede diferente). 10
  • 14. Eles podem chegar até mesmo em uma ordem diferente daquela em que foram enviados, obrigando as camadas superiores a reorganizá-los, caso a entrega em ordem seja desejável. Observe que, nesse caso, a expressão "inter-rede" é usada em sentido genérico, muito embora essa camada esteja presente na Internet. A analogia usada nesse caso diz respeito ao sistema de correio (convencional). Uma pessoa pode deixar uma sequência de cartas internacionais em uma caixa de correio em um país e, com um pouco de sorte, a maioria delas será entregue no endereço correto no país de destino. Provavelmente, as cartas atravessarão um ou mais gateways internacionais ao longo do caminho, mas esse processo é transparente para os usuários. Além disso, o fato de cada país (ou seja, cada rede) ter seus próprios selos, tamanhos de envelope preferidos e regras de entrega fica oculto dos usuários. A camada inter-redes define um formato de pacote oficial e um protocolo chamado IP (Internet Protocol). A tarefa da camada inter-redes é entregar pacotes IP onde eles são necessários. O roteamento de pacotes é uma questão de grande importância nessa camada, assim como a necessidade de evitar o congestionamento. Por esses motivos, é razoável dizer que a função da camada inter-redes do TCP/IP é muito parecida com a da camada de rede do OSI. A Figura 2 mostra a correspondência entre elas. Figura 2 - O modelo de referência TCP/IP 11
  • 15. Camada de Transporte No modelo TCP/IP, a camada localizada acima da camada inter-redes é chamada camada de transporte. A finalidade dessa camada é permitir que as entidades pares dos hosts de origem e de destino mantenham uma conversação, exatamente como acontece na camada de transporte OSI. Dois protocolos fim a fim foram definidos aqui. O primeiro deles, o TCP (Transmission Control Protocol — protocolo de controle de transmissão), é um protocolo orientado a conexões confiável que permite a entrega sem erros de um fluxo de bytes originário de uma determinada máquina em qualquer computador da inter-rede. Esse protocolo fragmenta o fluxo de bytes de entrada em mensagens discretas e passa cada uma delas para a camada inter-redes. No destino, o processo TCP receptor volta a montar as mensagens recebidas no fluxo de saída. O TCP também cuida do controle de fluxo, impedindo que um transmissor rápido sobrecarregue um receptor lento com um volume de mensagens maior do que ele pode manipular. Camada de Aplicação O modelo TCP/IP não tem as camadas de sessão e de apresentação. Como não foi percebida qualquer necessidade, elas não foram incluídas. A experiência com o modelo OSI demonstrou a correção dessa tese: elas são pouco usadas na maioria das aplicações. Acima da camada de transporte, encontramos a camada de aplicação. Ela contém todos os protocolos de nível mais alto. Dentre eles estão o protocolo de terminal virtual (TELNET), o protocolo de transferência de arquivos (FTP) e o protocolo de correio eletrônico (SMTP). O protocolo de terminal virtual permite que um usuário de um computador se conecte a uma máquina 12
  • 16. distante e trabalhe nela. O protocolo de transferência de arquivos permite mover dados com eficiência de uma máquina para outra. Originalmente, o correio eletrônico era um tipo de transferência de arquivos; no entanto, foi desenvolvido mais tarde um protocolo especializado para essa função (o SMTP). Muitos outros protocolos foram incluídos com o decorrer dos anos, como o DNS (Domain Name Service), que mapeia os nomes de hosts para seus respectivos endereços de rede, o NNTP, o protocolo usado para mover novos artigos de notícias da USENET, e o HTTP, o protocolo usado para buscar páginas na World Wide Web, entre muitos outros. Camada de Host/Rede Abaixo da camada inter-redes, encontra-se um grande vácuo. O modelo de referência TCP/IP não especifica muito bem o que acontece ali, exceto o fato de que o host tem de se conectar à rede utilizando algum protocolo para que seja possível enviar pacotes IP . Esse protocolo não é definido e varia de host para host e de rede para rede. COMPARAÇÕES Os modelos de referência OSI e TCP/IP têm muito em comum. Os dois se baseiam no conceito de uma pilha de protocolos independentes. Além disso, as camadas têm praticamente as mesmas funções. Por exemplo, em ambos os modelos estão presentes as camadas que englobam até a camada de transporte para oferecer um serviço de transporte fim a fim independente da rede a processos que desejam se comunicar. Essas camadas formam o provedor de transporte. 13
  • 17. Apesar dessas semelhanças fundamentais, os dois modelos também têm muitas diferenças. As principais diferenças existentes entre os dois modelos de referência. É importante notar que estamos comparando os modelos de referência, e não as pilhas de protocolos correspondentes. Para examinar as semelhanças e as diferenças entre o TCP/IP e o OSI são: O modelo OSI tem três conceitos fundamentais: Serviços Interfaces Protocolos Provavelmente, a maior contribuição do modelo OSI é de se tornar explícita a distinção entre esses três conceitos. Cada camada executa alguns serviços para a camada acima dela. A definição do serviço informa o que a camada faz, e não a forma como as entidades acima dela o acessam ou como a camada funciona. Essa definição estabelece a semântica da camada. A interface de uma camada informa como os processos acima dela podem acessá-la. A interface especifica quais são os parâmetros e os resultados a serem esperados. Ela também não revela o funcionamento interno da camada. A camada pode usar os protocolos que quiser desde que eles viabilizem a realização do trabalho (ou seja, forneçam os serviços oferecidos). Ela também pode alterar esses protocolos sem influenciar o software das camadas superiores. Essas ideias se adaptam perfeitamente aos novos conceitos da programação orientada a objetos. Um objeto, assim como uma camada, tem um conjunto de métodos (operações) que os processos externos ao objeto podem invocar. A semântica desses métodos define o conjunto de serviços que o objeto oferece. Os parâmetros e os resultados dos métodos formam a interface do objeto. O código interno do objeto é seu protocolo, que não é visível e nem interessa aos elementos que estão fora do 14
  • 18. objeto. Originalmente, o modelo TCP/IP não distinguia com clareza a diferença entre serviço, interface e protocolo, embora as pessoas tenham tentado adaptá-lo ao modelo OSI. (Por exemplo, os únicos serviços reais oferecidos pela camada inter-redes são: SEND IP PACKET que envia pacotes IP) e RECEIVE IP PACKET (que recebe pacotes IP). Por essa razão, os protocolos do modelo OSI são mais bem encapsulados que os do modelo TCP/IP e podem ser substituídos com relativa facilidade, conforme as mudanças da tecnologia. Um dos principais objetivos das diversas camadas de protocolos é permitir a implementação dessas alterações. O modelo de referência OSI foi concebido antes dos protocolos correspondentes terem sido criados. Isso significa que o modelo não foi desenvolvido com base em um determinado conjunto de protocolos, o que o deixou bastante flexível e genérico. No entanto, por não terem experiência no assunto, os projetistas não tinham muita noção sobre a funcionalidade que deveria ser incluída em cada camada. Por exemplo, a camada de enlace de dados lidava originalmente com redes ponto a ponto. Quando surgiram as redes de difusão, foi preciso criar uma nova camada no modelo. Quando as pessoas começaram a criar redes reais com base no modelo OSI e nos protocolos existentes, elas perceberam que as especificações de serviço obrigatórias não eram compatíveis. Portanto, foi necessário enxertar no modelo subcamadas de convergência que permitissem atenuar as diferenças. Por fim, como acreditava que cada país teria uma rede controlada pelo governo e baseada nos protocolos OSI, o comitê não se preocupou com as conexões inter-redes. Para encurtar a história: na prática, tudo aconteceu de maneira muito diferente da teoria. Com o TCP/IP, ocorreu exatamente o contrário: como os protocolos vieram primeiro, o modelo foi criado como uma descrição desses protocolos. Os protocolos não tiveram problemas para se adaptar ao modelo. Foi um casamento perfeito. O único problema foi o fato de o modelo não se adaptar a outras pilhas de 15
  • 19. protocolos. Consequentemente, ele não tinha muita utilidade para descrever outras redes que não faziam uso do protocolo TCP/IP. Deixando a filosofia de lado e entrando em questões ma is práticas, uma diferença óbvia entre os dois modelos está no número de camadas: o modelo OSI tem sete camadas e o TCP/IP tem quatro. Ambos têm as camadas de (inter-) rede, transporte e aplicação, mas as outras são diferentes. Outra diferença está na área da comunicação sem conexão e da comunicação orientada a conexões. Na camada de rede, o modelo OSI é compatível com a comunicação sem conexão e com a comunicação orientada a conexões, no entanto, na camada de transporte, o modelo aceito apenas a comunicação orientada a conexões, onde ela de fato é mais importante (pois o serviço de transporte é visível para os usuários). O modelo TCP/IP só tem um modo de operação na camada de rede (sem conexão), mas aceita ambos os modos na camada de transporte, oferecendo aos usuários a possibilidade de escolha. Essa escolha é especialmente importante para os protocolos simples de solicitação. 16
  • 20. CONCLUSÃO O modelo de referência OSI, é dividido em funções de uma rede em grupos, os quais são chamados de camadas. Sempre que se comenta sobre algum protocolo de rede ou sobre algum equipamento é comum se fazer referência a qual camada do modelo OSI ele trabalha. Desse modo, já se sabe um pouco sobre as funções que ele desempenha. Essa estruturação em camadas facilita bastante o processo de entendimento do funcionamento de uma rede. O modelo de referência TCP/IP foi criado principalmente para facilitar o desenvolvimento de novos padrões de rede, uma vez que torna as tarefas mais independentes uma das outras. Cada camada não determina como as coisas devem ser feitas, mas apenas limita o que deve ser feito. 17
  • 21. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FOROUZAN, B. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. KUROSE, J.; ROSS, K. Redes de computadores e a internet. 5. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2010. SOARES, l. F. G. Redes de computadores das LANs, MANs e WANs às redes ATM. 2. ed. São Paulo: Editora Campus, 1995. TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2003. Metrópole Digital <http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/sist_conect/aula_05.html> Acessado dia 16/05/2012 às 13:48 18