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VitralVitral
ArtísticoArtístico
Falso VitralFalso Vitral
Imitação de Vidro ChumbadoImitação de Vidro Chumbado
Prof. António MateusProf. António Mateus
O VITRAL ARTÍSTICOO VITRAL ARTÍSTICO
 Actualmente, o vidro pode pintar-se de váriasActualmente, o vidro pode pintar-se de várias
maneiras graças ao aparecimento de tintasmaneiras graças ao aparecimento de tintas
transparentes que, sobre o vidro, secam com relativatransparentes que, sobre o vidro, secam com relativa
rapidez e adquirem uma notável dureza. No entanto,rapidez e adquirem uma notável dureza. No entanto,
para os artistas vitraleiros profissionais, a únicapara os artistas vitraleiros profissionais, a única
técnica aceite é a que consegue a coloração do vidrotécnica aceite é a que consegue a coloração do vidro
através da fusão e corantes minerais em fornosatravés da fusão e corantes minerais em fornos
especiais, a uma temperatura que, aproximadamente,especiais, a uma temperatura que, aproximadamente,
coincide com a da gelificação do vidro.coincide com a da gelificação do vidro.
 A técnica tradicional para a criação de vitrais artísticosA técnica tradicional para a criação de vitrais artísticos
é a popularmente conhecida comoé a popularmente conhecida como vidrovidro ­­chumbado,chumbado,
que combina peças de cores diferentes, unidas comque combina peças de cores diferentes, unidas com
filetes de chumbo de secção H e com a possibilidadefiletes de chumbo de secção H e com a possibilidade
de conseguir nelas desenhos lineares com vernizesde conseguir nelas desenhos lineares com vernizes
aplicados a pincel, que depois serão submetidos aaplicados a pincel, que depois serão submetidos a
uma cocção.uma cocção.
 Trata-se de uma técnicaTrata-se de uma técnica
ancestral, aparecida noancestral, aparecida no
final do século XI, quando afinal do século XI, quando a
arte românica começava aarte românica começava a
evoluir para formasevoluir para formas
construtivas, que permitiamconstrutivas, que permitiam
maiores aberturas nasmaiores aberturas nas
paredes.paredes.
 O desenvolvimento e oO desenvolvimento e o
aperfeiçoamento da arte deaperfeiçoamento da arte de
vidro chumbado é um factovidro chumbado é um facto
paralelo ao doparalelo ao do
aparecimento e daaparecimento e da
evolução da arte gótica,evolução da arte gótica,
que se inicia em França,que se inicia em França,
em meados do séculoem meados do século XII.XII.
Fragmento de vitral da Sé de Gerona
(século XIV). Faz parte de um vitral que
representa a Anunciação aos pastores.
 O aparecimento do arco ogival, da abóbada deO aparecimento do arco ogival, da abóbada de
cruzaria de ogivas e do arcobotante permitiucruzaria de ogivas e do arcobotante permitiu
adelgaçar as paredes e abrir nelas grandes janelasadelgaçar as paredes e abrir nelas grandes janelas
que, logicamente, deveriam fechar-se para protegerque, logicamente, deveriam fechar-se para proteger
o espaço interior, mas sem renunciar à conquistao espaço interior, mas sem renunciar à conquista
que significava poder encher de luz os grandesque significava poder encher de luz os grandes
recintos, técnica que permitiu cobrir grandesrecintos, técnica que permitiu cobrir grandes
aberturas com peças de vidro pequenas e que, deaberturas com peças de vidro pequenas e que, de
certo modo, podia substituir o que nas navescerto modo, podia substituir o que nas naves
românicas se atribuía à pintura a fresco.românicas se atribuía à pintura a fresco.
 Com efeito, os vitrais são um dos elementos maisCom efeito, os vitrais são um dos elementos mais
característicos das grandes catedrais góticas e ocaracterísticos das grandes catedrais góticas e o
suporte transparente onde os artistas vitraleirossuporte transparente onde os artistas vitraleiros
ilustraram as cenas bíblicas, feitos de santos e deilustraram as cenas bíblicas, feitos de santos e de
reis e onde ousaram dar rédea solta à suareis e onde ousaram dar rédea solta à sua
imaginação criadora através de motivosimaginação criadora através de motivos
estritamente decorativos e geométricos.estritamente decorativos e geométricos.
Vitral com cenas daVitral com cenas da vidavida
de Cristo (c. 1300),de Cristo (c. 1300),
pertencente à Igrejapertencente à Igreja dede
Santes Creus,Santes Creus, emem
Tarragona.Tarragona.
 O vitral gótico não só deu luz eO vitral gótico não só deu luz e
cor aos grandes templos,cor aos grandes templos,
como ocupou rapidamente umcomo ocupou rapidamente um
lugar importante em palácios elugar importante em palácios e
edifícios públicos, comoedifícios públicos, como
principal elemento sumptuário.principal elemento sumptuário.
 Como é lógico, a arte do vitralComo é lógico, a arte do vitral
evoluiu estilisticamente para seevoluiu estilisticamente para se
adaptar a novas correntesadaptar a novas correntes
estéticas do Renascimento eestéticas do Renascimento e
do período barroco, época emdo período barroco, época em
que o uso excessivo deque o uso excessivo de
grisalhas e de vernizes acabougrisalhas e de vernizes acabou
por transformar a pintura sobrepor transformar a pintura sobre
vidro num quadro quasevidro num quadro quase
opaco.opaco.
 As novas correntes artísticasAs novas correntes artísticas
(neoclassicismo e romantismo)(neoclassicismo e romantismo)
representam épocas derepresentam épocas de
declínio para o vitral artístico,declínio para o vitral artístico,
que não viveu um novoque não viveu um novo
esplendor até à chegada daesplendor até à chegada da
arte nova e, em geral, doarte nova e, em geral, do
modernismo.modernismo.
Fragmento de vitralFragmento de vitral efectuado na Catedralefectuado na Catedral dede
Gerona.Gerona.
ApresentaApresenta uma imagem de Sãouma imagem de São Jaime, muitoJaime, muito
característica.característica.
Se é bomSe é bom observador, notará comobservador, notará com facilidadefacilidade
as grisalhasas grisalhas aplicadas sobre o vidroaplicadas sobre o vidro parapara
conseguir os traçosconseguir os traços lineares de um certolineares de um certo
claro-escuro.claro-escuro.
 Este ideal estético representou umaEste ideal estético representou uma
autêntica exaltação dos ofíciosautêntica exaltação dos ofícios
artísticos e a aplicação ao objecto deartísticos e a aplicação ao objecto de
uso quotidiano das novas tendênciasuso quotidiano das novas tendências
artísticas, para conseguir que, além doartísticas, para conseguir que, além do
útil, se tomasse um objecto artísticoútil, se tomasse um objecto artístico
muito apreciado. Fundamentalmentemuito apreciado. Fundamentalmente
em Paris e em Barcelona, oem Paris e em Barcelona, o
modernismo representou um novomodernismo representou um novo
ressurgir das artes decorativas eressurgir das artes decorativas e
sumptuárias, que se integram nasumptuárias, que se integram na
arquitectura para dar a todo o tipo dearquitectura para dar a todo o tipo de
edifícios uma unidade conceptualedifícios uma unidade conceptual
poucas vezes conseguido.poucas vezes conseguido.
 E no que ao vitral se refere, ambas asE no que ao vitral se refere, ambas as
cidades foram entusiastas acolhedorascidades foram entusiastas acolhedoras
e focos de expansão dos êxitos doe focos de expansão dos êxitos do
inglês William Morris (1834-1896), oinglês William Morris (1834-1896), o
grande renovador da arte do vitralgrande renovador da arte do vitral
chumbado e, posteriormente, dochumbado e, posteriormente, do
americano Louis Comfort Tiffany, aamericano Louis Comfort Tiffany, a
quem se deve a mais importante dasquem se deve a mais importante das
renovações técnicas da arte do vitralrenovações técnicas da arte do vitral
artístico, na procura de vidros deartístico, na procura de vidros de
grande qualidade.grande qualidade.
 A partir do modernismo, os vitraisA partir do modernismo, os vitrais
artísticos evoluíram conceptual eartísticos evoluíram conceptual e
tecnicamente para se adaptarem aostecnicamente para se adaptarem aos
novos gostos e necessidades; apesarnovos gostos e necessidades; apesar
disso, a técnica do vitral chumbado
Vitral da sala capitularVitral da sala capitular do Mosteiro dedo Mosteiro de
Pedralbes, Barcelona,Pedralbes, Barcelona, que representa aque representa a
cenacena da crucifixão de Cristo.da crucifixão de Cristo. Trata-se de umTrata-se de um
vitralvitral que recorda osque recorda os esquemas utilizadosesquemas utilizados
normalmente para osnormalmente para os esmaltes e que nesteesmaltes e que neste
casocaso denuncia uma influênciadenuncia uma influência muito próximamuito próxima
dasdas correntes italianascorrentes italianas do período gótico.do período gótico.
O modernismo representou aO modernismo representou a
integrarão das artesintegrarão das artes decorativas nadecorativas na
arquitectura, na qual o vitralarquitectura, na qual o vitral
chumbadochumbado esteve presente comoesteve presente como
parte consubstancial de grandesparte consubstancial de grandes
projectosprojectos
Na estampa, vitrais da CasaNa estampa, vitrais da Casa
Navas, em Reus,Navas, em Reus, do ano 1901,do ano 1901,
obra de Luís Domènech iobra de Luís Domènech i
Montaner.Montaner.
Imitação do vidroImitação do vidro
chumbadochumbado
Uma técnica de substituiçãoUma técnica de substituição
 E como aperitivo, para que, antes de conhecer aE como aperitivo, para que, antes de conhecer a
verdadeira técnica do vidro chumbado - que semverdadeira técnica do vidro chumbado - que sem
dúvida o vai cativar - possa ter o prazer dedúvida o vai cativar - possa ter o prazer de
conseguir vitrais pintados de grande impactoconseguir vitrais pintados de grande impacto
decorativo, vamos ensinar-lhe uma técnica simples,decorativo, vamos ensinar-lhe uma técnica simples,
com a qual poderá efectuar os seus vitrais semcom a qual poderá efectuar os seus vitrais sem
necessidade de grandes instalações.necessidade de grandes instalações.
 Será suficiente que as idealize para conseguir, noSerá suficiente que as idealize para conseguir, no
seu estúdio, algum sistema que lhe permitaseu estúdio, algum sistema que lhe permita
trabalhar com o vidro em posição horizontal e comtrabalhar com o vidro em posição horizontal e com
uma luz difusa situada por debaixo do mesmo parauma luz difusa situada por debaixo do mesmo para
poder ver as cores sempre por transparência.poder ver as cores sempre por transparência.
O material necessárioO material necessário
11.Uma folha de acetato, embora não seja absolutamente necessária..Uma folha de acetato, embora não seja absolutamente necessária.
22.Tintas transparentes, especiais para vidro, das quais falaremos.Tintas transparentes, especiais para vidro, das quais falaremos
imediatamente.imediatamente.
33. Um ou mais frascos de vidro para preparar o diluente das cores.. Um ou mais frascos de vidro para preparar o diluente das cores.
44.Dissolvente nitrocelulósico..Dissolvente nitrocelulósico.
55.Laca transparente para diluir as cores e conseguir tons mais claros..Laca transparente para diluir as cores e conseguir tons mais claros.
66.Marcadores, um de ponta normal (0,8 mm, por exemplo) e outro de.Marcadores, um de ponta normal (0,8 mm, por exemplo) e outro de
ponta grossa, em bisel.ponta grossa, em bisel.
77.Um lápis de gradação 2B..Um lápis de gradação 2B.
88.Tira de chumbo auto-adesiva de 6 mm de largura..Tira de chumbo auto-adesiva de 6 mm de largura.
Pode encontrar-se em lojas especia­lizadas em trabalhos manuaisPode encontrar-se em lojas especia­lizadas em trabalhos manuais
artísticos ou de belas-artes, em carretes de diferentes medidas: 6 m,artísticos ou de belas-artes, em carretes de diferentes medidas: 6 m,
25 m ou 50 m, segundo as marcas.25 m ou 50 m, segundo as marcas.
99. Pequeno aplicador de plástico, que alguns fabricantes fornecem. Pequeno aplicador de plástico, que alguns fabricantes fornecem
junto com o carrete de chumbo.junto com o carrete de chumbo.
1010.Pincéis redondos de pêlo fino de diferentes números. Convém.Pincéis redondos de pêlo fino de diferentes números. Convém
dispor de algum pincel para poder aplicar a cor nos cantos maisdispor de algum pincel para poder aplicar a cor nos cantos mais
fechados.fechados.
1111. Pauzinho de escultor (de construção própria ou comprado), que. Pauzinho de escultor (de construção própria ou comprado), que
facilita a aplicação do chumbo no vidro. A utilização do aplicador defacilita a aplicação do chumbo no vidro. A utilização do aplicador de
plástico ou o pauzinho de escultor é sempre uma decisão queplástico ou o pauzinho de escultor é sempre uma decisão que
dependerá das suas preferências. Nós pensamos que o pauzinho édependerá das suas preferências. Nós pensamos que o pauzinho é
muito mais prático.muito mais prático.
1212.Chávenas, ou qualquer outro tipo de recipiente, para preparar as.Chávenas, ou qualquer outro tipo de recipiente, para preparar as
cores. Embora possam ser limpas com dissolvente, é recomendávelcores. Embora possam ser limpas com dissolvente, é recomendável
utilizar vasilhas de pouco valor.utilizar vasilhas de pouco valor.
1313.Tesouras curtas e fortes para cortar o chumbo com facilidade..Tesouras curtas e fortes para cortar o chumbo com facilidade.
1414.«X-acto» de lâmina grande e forte..«X-acto» de lâmina grande e forte.
CaracterísticaCaracterística
s das coress das cores
para vidropara vidro
São várias as fábricas de tintas para artistas que comercializam lacas transparentes de bases celulósicas
especiais para pintar no vidro. Nós trabalhámos com lacas Deka Farben, sem que isso signifique qualquer
referência ou razão de qualidade. A verdade é que qualquer marca é boa.
Ao trabalhar com este tipo de material pictórico, deve ter em conta algumas normas de uso de correntes da
sua natureza especial:
1. As tintas devem ser agitadas antes de serem usadas.
2.Antes de as aplicar no vidro, assegure-se da absoluta limpeza do mesmo. Deve estar seco e isento de pó,
gorduras e marcas digitais.
3. Aplique as cores com pincéis suaves e camadas espessas para obter uma película uniforme.
4. A maior uniformidade tonal e resistência à luz serão obtidas aplicando a tinta sem a diluir, o que nem
sempre é possível, devido à grande intensidade que oferecem as tintas tal qual saem do frasco.
5.Para conseguir tonalidades mais claras, as cores devem ser misturadas coma laca cerâmica incolor.
6.As tintas secam e ficam espessas com relativa rapidez. Para conseguir maior fluidez, devem diluir-se com
nitrodiluente.
7. As superfícies pintadas secam em duas horas, mas tem de considerar que uma camada espessa não
estará completamente seca antes de vinte e quatro horas após a sua aplicação.
8. As cores podem ser misturadas entre si para conseguir novos matizes.
9. Tenha seriamente em conta que, por se tratar de cores transparentes, só conhecerá o efeito quando as vir
por transparência.
10. A tonalidade aparente da cor diminui quando aumenta a intensidade da luz, e escurece quando a luz
diminui.
11. Como acontece com todas as tintas transparentes (a aguarela, por exemplo), o tom de uma cor escurece-
se com camadas sucessivas.
12. Enquanto mantêm a sua fluidez, as tintas fundem-se facilmente entre si.
A verdadeira cor de cada fresco só se nota quando se vê atravésA verdadeira cor de cada fresco só se nota quando se vê através
da transparência e tendo em conta que, para cada intensidadeda transparência e tendo em conta que, para cada intensidade
de luz, oferecerá uma tonalidade distinta.de luz, oferecerá uma tonalidade distinta.
Pela razão anterior é conveniente trabalhar sobre um vidro
iluminado por debaixo e verificar o efeito de cada cor
(pura ou misturada), antes de a aplicar ao vitral em execução.
A cor deve formar uma camada espessa e
uniforme. Aplica-se, geralmente, com um
pincel de pêlo suave e muito carregado.
O pincel deve acompanhar a cor para a
distribuir, mas não a deve arrastar. A fluidez
da cor e o facto de trabalhar com camadas
espessas obrigam a manter o vidro num
plano perfeitamente horizontal, para evitar
que a camada de tinta escorra para um lado.
Enquanto a cor conserva a sua fluidez, é fácil de conseguir nela outros
tons ou matizes, acrescentando-lhe mais cor, deixando que goteje do
pincel A cor acres­centada fundir-se-á facilmente com a do fundo.
Aplicação do ChumboAplicação do Chumbo
O chumbo aplica-se no vidro directamente com as mãos. Não éO chumbo aplica-se no vidro directamente com as mãos. Não é
aconselhável levantá-lo depois de aplicado, dado que a cola perdeaconselhável levantá-lo depois de aplicado, dado que a cola perde parteparte
da sua aderência. E muito melhor trabalhar cuidadosamenteda sua aderência. E muito melhor trabalhar cuidadosamente e não ter dee não ter de
rectificar, embora seja possível fazê-lo.rectificar, embora seja possível fazê-lo.
A tira de chumbo, uma vez situada, deve ser coladaA tira de chumbo, uma vez situada, deve ser colada
definitivamente,definitivamente, já sem possibilidade de qualquer rectificação,já sem possibilidade de qualquer rectificação,
apertando-a contraapertando-a contra o vidro através de várias passagens doo vidro através de várias passagens do
aplicador. Assegure-seaplicador. Assegure-se 1 de que os bordos da tira estão em1 de que os bordos da tira estão em
contacto com o vidrocontacto com o vidro
As tiras cortam-seAs tiras cortam-se facilmente com tesouras. É melhorfacilmente com tesouras. É melhor
cortá-las umacortá-las uma vez aplicadas no vidro,vez aplicadas no vidro, para evitar errospara evitar erros
nasnas medidas, que ocorremmedidas, que ocorrem sobretudo quando sesobretudo quando se
chumbam linhas curvas,chumbam linhas curvas, das quais nem sempredas quais nem sempre é fácilé fácil
calcular ocalcular o comprimento.comprimento.
Imitação do vidroImitação do vidro
chumbado. Um exemplo.chumbado. Um exemplo.
 Desenho a lápis doDesenho a lápis do projecto que preparámosprojecto que preparámos comocomo
arranque doarranque do exercício que nosexercício que nos dispomos desenvolver.dispomos desenvolver. ComCom
um lápis deum lápis de gradação 2B, comgradação 2B, com muita suavidade emuita suavidade e sobresobre
papelpapel CansonCanson de grão fino, delineámosde grão fino, delineámos a nossa ideia que,a nossa ideia que,
pouco a pouco, fomospouco a pouco, fomos retocando até chegar aoretocando até chegar ao desenhodesenho
que emerge dosque emerge dos primeiros apontamentosprimeiros apontamentos graças a umagraças a uma
linhalinha mais intensa. Estemais intensa. Este método que seguimosmétodo que seguimos é o habitualé o habitual
e muitoe muito recomendável Nãorecomendável Não creio que à primeiracreio que à primeira tentativatentativa
encontreencontre sempre a ideia feliz.sempre a ideia feliz. Pegue no lápis e váPegue no lápis e vá
improvisando até queimprovisando até que o projecto vá surgindoo projecto vá surgindo e come com
alterações,alterações, rectificações erectificações e pormenores se definapormenores se defina
completamente.completamente.
 Com um marcador preto de ponta cónica de 1 mm deCom um marcador preto de ponta cónica de 1 mm de
espessura, rectificámos o desenho definitivo para conseguirespessura, rectificámos o desenho definitivo para conseguir
este esboço onde cada flor e cada folha ficameste esboço onde cada flor e cada folha ficam
perfeitamente definidas com figuras planas, cuja áreaperfeitamente definidas com figuras planas, cuja área
interior corresponde, ao mesmo tempo, a uma zona de cor,interior corresponde, ao mesmo tempo, a uma zona de cor,
ou seja, aquilo que num vitral chumbado seria uma peça deou seja, aquilo que num vitral chumbado seria uma peça de
vidro de uma determinada cor.vidro de uma determinada cor.
1. O projecto1. O projecto
 Toda a obra artística e artesanal começa por umaToda a obra artística e artesanal começa por uma
simples ideia, cuja concretizarão passa por umasimples ideia, cuja concretizarão passa por uma
série de etapas, a primeira das quais, como sabessérie de etapas, a primeira das quais, como sabes
perfeitamente, consiste em fazer uma série deperfeitamente, consiste em fazer uma série de
apontamentos que nos levam ao esboço definitivo.apontamentos que nos levam ao esboço definitivo.
 Tratando-se de uma obra cujas medidas sãoTratando-se de uma obra cujas medidas são
determinadas pelas dimensões de uma abertura, édeterminadas pelas dimensões de uma abertura, é
absolutamente necessário que estas dimensões eabsolutamente necessário que estas dimensões e
as do esboço sejam as mesmas. Dito de outroas do esboço sejam as mesmas. Dito de outro
modo: o esboço que fizermos do futuro vitralmodo: o esboço que fizermos do futuro vitral
deverá ser desenhado à escala.deverá ser desenhado à escala.
 Para vitrais grandes, os esboços desenham-se,Para vitrais grandes, os esboços desenham-se,
geralmente, à escala 1:10 e, para vitrais maisgeralmente, à escala 1:10 e, para vitrais mais
pequenos, à escala 1:5.pequenos, à escala 1:5.
2. Donde conseguir2. Donde conseguir
ideiasideias
 Antes de mais, deve ter o discernimento suficiente para saber queAntes de mais, deve ter o discernimento suficiente para saber que
uma imitação nunca poderá ter as mesmas qualidades que éuma imitação nunca poderá ter as mesmas qualidades que é
possível conseguir com a técnica do vidro chumbado;possível conseguir com a técnica do vidro chumbado;
fundamentalmente porque não pode trabalhar com diferentes tiposfundamentalmente porque não pode trabalhar com diferentes tipos
de vidro. O nosso vitral pintado será formado por uma só peça dede vidro. O nosso vitral pintado será formado por uma só peça de
vidro.vidro.
 O que se toma possível é a obtenção de desenhos interessantes,O que se toma possível é a obtenção de desenhos interessantes,
porque isso não depende de uma técnica, mas da imaginação e daporque isso não depende de uma técnica, mas da imaginação e da
criatividade de um artista.criatividade de um artista.
 Recomendamos-lhe que procure documentação. Os motivosRecomendamos-lhe que procure documentação. Os motivos
vegetais característicos da tradição da arte nova e do modernismovegetais característicos da tradição da arte nova e do modernismo
são, aliás, os mais apropriados para se iniciar, primeiro, na imitaçãosão, aliás, os mais apropriados para se iniciar, primeiro, na imitação
e, depois (quem sabe?), na verdadeira técnica do vitral chumbado.e, depois (quem sabe?), na verdadeira técnica do vitral chumbado.
Mais do que copiar vitrais, trata-se de combiná-los e adaptá­los àsMais do que copiar vitrais, trata-se de combiná-los e adaptá­los às
proporções e às medidas dos nossos trabalhos.proporções e às medidas dos nossos trabalhos.
 Outra fonte interessante de inspiração pode ser determinadas obrasOutra fonte interessante de inspiração pode ser determinadas obras
de artistas contemporâneos que, como Braque, Kandinsky, Klee,de artistas contemporâneos que, como Braque, Kandinsky, Klee,
Picasso e outros, trabalharam o desenho e a pintura estritamentePicasso e outros, trabalharam o desenho e a pintura estritamente
bidimensional, renunciando voluntariamente à possibilidade debidimensional, renunciando voluntariamente à possibilidade de
sugerir a terceira di­mensão.sugerir a terceira di­mensão.
Este é o esboço definitivo, àEste é o esboço definitivo, à
escala 1:5 do vitral que vamosescala 1:5 do vitral que vamos
pintar, imitando o vidropintar, imitando o vidro
chumbado.chumbado.
Insistimos no facto de a corInsistimos no facto de a cor queque
juntámos ao desenhojuntámos ao desenho
representar só uma ideia inicialrepresentar só uma ideia inicial
que,que, com toda a certeza, serácom toda a certeza, será
parcialmente modificada, àparcialmente modificada, à
medidamedida que formos pintando oque formos pintando o
vidro com cores transparentes.vidro com cores transparentes.
3. O vidro3. O vidro
 Até aqui nada dissemos sobre o tipo de vidroAté aqui nada dissemos sobre o tipo de vidro
que mais nos convém utilizar, mas chegou oque mais nos convém utilizar, mas chegou o
momento de nos referirmos a isso.momento de nos referirmos a isso.
 Há vidros de muitos tipos que, deixando deHá vidros de muitos tipos que, deixando de
lado a cor que podem ter (questão que para olado a cor que podem ter (questão que para o
nosso objectivo actual não nos interessa), senosso objectivo actual não nos interessa), se
distinguem basicamente pela sua textura, pelodistinguem basicamente pela sua textura, pelo
tipo de gravura de uma das suas faces.tipo de gravura de uma das suas faces.
 A nossa recomendação é que, quando quiserA nossa recomendação é que, quando quiser
efectuar uma imitação de vitral chumbado,efectuar uma imitação de vitral chumbado,
trabalhe com vidro de catedral, assimtrabalhe com vidro de catedral, assim
denominado por ser uma versão industrial dedenominado por ser uma versão industrial de
um tipo de vidro muito utilizado pelosum tipo de vidro muito utilizado pelos
vitraleiros de tempos passados na realizaçãovitraleiros de tempos passados na realização
de vitrais de igreja. Trata-se de um vidro que,de vitrais de igreja. Trata-se de um vidro que,
graças ao lavrado de uma das suas faces,graças ao lavrado de uma das suas faces,
proporciona uma luz sempre difusa queproporciona uma luz sempre difusa que
uniformiza a tonalidade da cor depositada nauniformiza a tonalidade da cor depositada na
face lisa.face lisa.
 Experimente pintar sobre um vidro normal,Experimente pintar sobre um vidro normal,
transparente e liso e verá que se toma muitotransparente e liso e verá que se toma muito
difícil conseguir superfícies de cor uniformes,difícil conseguir superfícies de cor uniformes,
a não ser que se trate de superfícies muitoa não ser que se trate de superfícies muito
pequenas.pequenas.
4. Aplicação da cor4. Aplicação da cor
 Trabalhando sempre com o vidro absolutamenteTrabalhando sempre com o vidro absolutamente
plano e com a luz por debaixo, começamos aplano e com a luz por debaixo, começamos a
aplicar a cor, sem esquecer que não podemosaplicar a cor, sem esquecer que não podemos
guiar-nos pela cor aparente que vemos dentro doguiar-nos pela cor aparente que vemos dentro do
recipiente onde a tivermos preparado. A cor querecipiente onde a tivermos preparado. A cor que
devemos aplicar em cada zona do desenho será adevemos aplicar em cada zona do desenho será a
que se vê por transparência.que se vê por transparência.
 Agora é o momento de ter presente asAgora é o momento de ter presente as
generalidades que expusemos anteriormente sobregeneralidades que expusemos anteriormente sobre
as cores transparentes.as cores transparentes.
5.Começar pelas5.Começar pelas
superfícies mais pequenassuperfícies mais pequenas
 Por muito que se domine o ofício, é sempre prudente, para tomarPor muito que se domine o ofício, é sempre prudente, para tomar
contacto com a cor, começar por pintar as superfícies mais pequenascontacto com a cor, começar por pintar as superfícies mais pequenas
que, no nosso exemplo, são os círculos e as formas centrais dasque, no nosso exemplo, são os círculos e as formas centrais das
flores, cuja cor decidimos que deve oscilar entre o amarelo-escuro e oflores, cuja cor decidimos que deve oscilar entre o amarelo-escuro e o
laranja-ambarino. São matizes que podemos obter a partir dolaranja-ambarino. São matizes que podemos obter a partir do
amarelo, acrescentando-lhe laranja e vermelhão em diferentesamarelo, acrescentando-lhe laranja e vermelhão em diferentes
proporções e a quantidade necessária de laca incolor para asproporções e a quantidade necessária de laca incolor para as
tonalidades mais pálidas.tonalidades mais pálidas.
 Aplicámos a cor com um pincel de pêlo fino (do n.º14) e nalguns dosAplicámos a cor com um pincel de pêlo fino (do n.º14) e nalguns dos
círculos acrescentámos, sobre uma base de tinta ainda fresca, umascírculos acrescentámos, sobre uma base de tinta ainda fresca, umas
gotas de cor mais intensa tirada directamente do frasco.gotas de cor mais intensa tirada directamente do frasco.

Quando fizer os seus próprios vitrais pintados, não esqueça que a corQuando fizer os seus próprios vitrais pintados, não esqueça que a cor
deve ser aplicada com generosidade e com muito cuidado,deve ser aplicada com generosidade e com muito cuidado,
procurando que alcance os bordos interiores do chumbo, mas sem osprocurando que alcance os bordos interiores do chumbo, mas sem os
ultrapassar. Se, apesar de tudo, a cor manchar a tira de chumbo, nãoultrapassar. Se, apesar de tudo, a cor manchar a tira de chumbo, não
a limpe logo de seguida; espere que esteja completamente seca.a limpe logo de seguida; espere que esteja completamente seca.
Tire-a depois raspando com um «X-acto» ou com um pano eTire-a depois raspando com um «X-acto» ou com um pano e
dissolvente.dissolvente.
Pormenor da aplicação da corPormenor da aplicação da cor
dentro de uma circunferência.dentro de uma circunferência. OO
pincel fornece calor e ajuda apincel fornece calor e ajuda a
desfazer-se até ocupar todadesfazer-se até ocupar toda aa
superfície, sem necessidade desuperfície, sem necessidade de
dar pinceladasdar pinceladas
Fotografia feita no momento deFotografia feita no momento de
acrescentar vermelho puro noacrescentar vermelho puro no
centrocentro de um círculo previamentede um círculo previamente
pintado a laranja.pintado a laranja.
Aspecto do nosso trabalho depoisAspecto do nosso trabalho depois
de ter pintado as superfíciesde ter pintado as superfícies
circulares e os centros das flores.circulares e os centros das flores.
6.Encher de cor as6.Encher de cor as
superfícies maioressuperfícies maiores
 Trata-se, em definitivo, deTrata-se, em definitivo, de
continuar a pintar até ter cheias decontinuar a pintar até ter cheias de
cor todas as zonas fechadas pelascor todas as zonas fechadas pelas
tiras de chumbo, umas maiores etiras de chumbo, umas maiores e
outras mais pequenas. E nasoutras mais pequenas. E nas
superfícies mais extensas que asuperfícies mais extensas que a
inexperiência pode conduzir a uminexperiência pode conduzir a um
mau passo, sobretudo no quemau passo, sobretudo no que
respeita à uniformidade do tom. Serespeita à uniformidade do tom. Se
se trabalha com pincéis, emborase trabalha com pincéis, embora
sejam grossos, a velocidade desejam grossos, a velocidade de
secagem faz com que sejasecagem faz com que seja
realmente difícil obter umarealmente difícil obter uma
superfície de cor uniforme.superfície de cor uniforme.
 A experiência autoriza-nos aA experiência autoriza-nos a
recomendar-lhe uma técnica,recomendar-lhe uma técnica,
talvez pouco ortodoxa, que,talvez pouco ortodoxa, que,
connosco, funciona muito bem:connosco, funciona muito bem:
trata-se de cobrir as grandes áreastrata-se de cobrir as grandes áreas
depositando a cor com um conta-depositando a cor com um conta-
gotas.gotas.
 Antes de encher deAntes de encher de
tinta uma determinadatinta uma determinada
zona, é conveniente terzona, é conveniente ter
à mão um panoà mão um pano
humedecido comhumedecido com
dissolvente paradissolvente para
eliminareliminar possíveispossíveis
manchas de cor nãomanchas de cor não
desejadas.desejadas.
 SeSe a cor manchar aa cor manchar a
tira de chumbo, não atira de chumbo, não a
limpelimpe logo de seguida;logo de seguida;
 Espere, até ter secadoEspere, até ter secado
por completo.por completo.
 Fotografia do vitralFotografia do vitral
já acabado, masjá acabado, mas
ainda sobreainda sobre a mesaa mesa
de luz, ondede luz, onde
permanecerá vintepermanecerá vinte
e quatroe quatro horas, ohoras, o
tempo necessáriotempo necessário
para uma secagempara uma secagem
total.total.
 Eis aqui o nosso vitralEis aqui o nosso vitral
já terminado ejá terminado e
colocadocolocado na suana sua
localização definitiva.localização definitiva.
 É evidente queÉ evidente que a suaa sua
visibilidade evisibilidade e
espectacularidadeespectacularidade
devem serdevem ser analisadosanalisados
em contraluz.em contraluz.
 Aqui também se tomaAqui também se toma
ilustrativo poderilustrativo poder
observar todo o tecidoobservar todo o tecido
de chumbode chumbo
confeccionadoconfeccionado
propositadamente.propositadamente.
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colocado no seu localcolocado no seu local
definitivodefinitivo
 Quando pintar o seu primeiroQuando pintar o seu primeiro
vitral, verificará que o verdadeirovitral, verificará que o verdadeiro
acabamento da obra consiste naacabamento da obra consiste na
sua colocação na abertura parasua colocação na abertura para
que foi criado.que foi criado.
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pintado é muito diferente vistopintado é muito diferente visto
sobre a mesa de luz ou vistosobre a mesa de luz ou visto
numa posição vertical, recebendonuma posição vertical, recebendo
a luz que o vai iluminara luz que o vai iluminar
definitivamente.definitivamente.
 Naturalmente, a transparência daNaturalmente, a transparência da
cor proporcionará umacor proporcionará uma
luminosidade cambiante,luminosidade cambiante,
conforme a hora do dia, o queconforme a hora do dia, o que
significa que, a cada momento,significa que, a cada momento,
teremos interessantesteremos interessantes
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Vitral artístico

  • 1. VitralVitral ArtísticoArtístico Falso VitralFalso Vitral Imitação de Vidro ChumbadoImitação de Vidro Chumbado Prof. António MateusProf. António Mateus
  • 2. O VITRAL ARTÍSTICOO VITRAL ARTÍSTICO  Actualmente, o vidro pode pintar-se de váriasActualmente, o vidro pode pintar-se de várias maneiras graças ao aparecimento de tintasmaneiras graças ao aparecimento de tintas transparentes que, sobre o vidro, secam com relativatransparentes que, sobre o vidro, secam com relativa rapidez e adquirem uma notável dureza. No entanto,rapidez e adquirem uma notável dureza. No entanto, para os artistas vitraleiros profissionais, a únicapara os artistas vitraleiros profissionais, a única técnica aceite é a que consegue a coloração do vidrotécnica aceite é a que consegue a coloração do vidro através da fusão e corantes minerais em fornosatravés da fusão e corantes minerais em fornos especiais, a uma temperatura que, aproximadamente,especiais, a uma temperatura que, aproximadamente, coincide com a da gelificação do vidro.coincide com a da gelificação do vidro.  A técnica tradicional para a criação de vitrais artísticosA técnica tradicional para a criação de vitrais artísticos é a popularmente conhecida comoé a popularmente conhecida como vidrovidro ­­chumbado,chumbado, que combina peças de cores diferentes, unidas comque combina peças de cores diferentes, unidas com filetes de chumbo de secção H e com a possibilidadefiletes de chumbo de secção H e com a possibilidade de conseguir nelas desenhos lineares com vernizesde conseguir nelas desenhos lineares com vernizes aplicados a pincel, que depois serão submetidos aaplicados a pincel, que depois serão submetidos a uma cocção.uma cocção.
  • 3.  Trata-se de uma técnicaTrata-se de uma técnica ancestral, aparecida noancestral, aparecida no final do século XI, quando afinal do século XI, quando a arte românica começava aarte românica começava a evoluir para formasevoluir para formas construtivas, que permitiamconstrutivas, que permitiam maiores aberturas nasmaiores aberturas nas paredes.paredes.  O desenvolvimento e oO desenvolvimento e o aperfeiçoamento da arte deaperfeiçoamento da arte de vidro chumbado é um factovidro chumbado é um facto paralelo ao doparalelo ao do aparecimento e daaparecimento e da evolução da arte gótica,evolução da arte gótica, que se inicia em França,que se inicia em França, em meados do séculoem meados do século XII.XII. Fragmento de vitral da Sé de Gerona (século XIV). Faz parte de um vitral que representa a Anunciação aos pastores.
  • 4.  O aparecimento do arco ogival, da abóbada deO aparecimento do arco ogival, da abóbada de cruzaria de ogivas e do arcobotante permitiucruzaria de ogivas e do arcobotante permitiu adelgaçar as paredes e abrir nelas grandes janelasadelgaçar as paredes e abrir nelas grandes janelas que, logicamente, deveriam fechar-se para protegerque, logicamente, deveriam fechar-se para proteger o espaço interior, mas sem renunciar à conquistao espaço interior, mas sem renunciar à conquista que significava poder encher de luz os grandesque significava poder encher de luz os grandes recintos, técnica que permitiu cobrir grandesrecintos, técnica que permitiu cobrir grandes aberturas com peças de vidro pequenas e que, deaberturas com peças de vidro pequenas e que, de certo modo, podia substituir o que nas navescerto modo, podia substituir o que nas naves românicas se atribuía à pintura a fresco.românicas se atribuía à pintura a fresco.  Com efeito, os vitrais são um dos elementos maisCom efeito, os vitrais são um dos elementos mais característicos das grandes catedrais góticas e ocaracterísticos das grandes catedrais góticas e o suporte transparente onde os artistas vitraleirossuporte transparente onde os artistas vitraleiros ilustraram as cenas bíblicas, feitos de santos e deilustraram as cenas bíblicas, feitos de santos e de reis e onde ousaram dar rédea solta à suareis e onde ousaram dar rédea solta à sua imaginação criadora através de motivosimaginação criadora através de motivos estritamente decorativos e geométricos.estritamente decorativos e geométricos.
  • 5. Vitral com cenas daVitral com cenas da vidavida de Cristo (c. 1300),de Cristo (c. 1300), pertencente à Igrejapertencente à Igreja dede Santes Creus,Santes Creus, emem Tarragona.Tarragona.
  • 6.  O vitral gótico não só deu luz eO vitral gótico não só deu luz e cor aos grandes templos,cor aos grandes templos, como ocupou rapidamente umcomo ocupou rapidamente um lugar importante em palácios elugar importante em palácios e edifícios públicos, comoedifícios públicos, como principal elemento sumptuário.principal elemento sumptuário.  Como é lógico, a arte do vitralComo é lógico, a arte do vitral evoluiu estilisticamente para seevoluiu estilisticamente para se adaptar a novas correntesadaptar a novas correntes estéticas do Renascimento eestéticas do Renascimento e do período barroco, época emdo período barroco, época em que o uso excessivo deque o uso excessivo de grisalhas e de vernizes acabougrisalhas e de vernizes acabou por transformar a pintura sobrepor transformar a pintura sobre vidro num quadro quasevidro num quadro quase opaco.opaco.  As novas correntes artísticasAs novas correntes artísticas (neoclassicismo e romantismo)(neoclassicismo e romantismo) representam épocas derepresentam épocas de declínio para o vitral artístico,declínio para o vitral artístico, que não viveu um novoque não viveu um novo esplendor até à chegada daesplendor até à chegada da arte nova e, em geral, doarte nova e, em geral, do modernismo.modernismo. Fragmento de vitralFragmento de vitral efectuado na Catedralefectuado na Catedral dede Gerona.Gerona. ApresentaApresenta uma imagem de Sãouma imagem de São Jaime, muitoJaime, muito característica.característica. Se é bomSe é bom observador, notará comobservador, notará com facilidadefacilidade as grisalhasas grisalhas aplicadas sobre o vidroaplicadas sobre o vidro parapara conseguir os traçosconseguir os traços lineares de um certolineares de um certo claro-escuro.claro-escuro.
  • 7.  Este ideal estético representou umaEste ideal estético representou uma autêntica exaltação dos ofíciosautêntica exaltação dos ofícios artísticos e a aplicação ao objecto deartísticos e a aplicação ao objecto de uso quotidiano das novas tendênciasuso quotidiano das novas tendências artísticas, para conseguir que, além doartísticas, para conseguir que, além do útil, se tomasse um objecto artísticoútil, se tomasse um objecto artístico muito apreciado. Fundamentalmentemuito apreciado. Fundamentalmente em Paris e em Barcelona, oem Paris e em Barcelona, o modernismo representou um novomodernismo representou um novo ressurgir das artes decorativas eressurgir das artes decorativas e sumptuárias, que se integram nasumptuárias, que se integram na arquitectura para dar a todo o tipo dearquitectura para dar a todo o tipo de edifícios uma unidade conceptualedifícios uma unidade conceptual poucas vezes conseguido.poucas vezes conseguido.  E no que ao vitral se refere, ambas asE no que ao vitral se refere, ambas as cidades foram entusiastas acolhedorascidades foram entusiastas acolhedoras e focos de expansão dos êxitos doe focos de expansão dos êxitos do inglês William Morris (1834-1896), oinglês William Morris (1834-1896), o grande renovador da arte do vitralgrande renovador da arte do vitral chumbado e, posteriormente, dochumbado e, posteriormente, do americano Louis Comfort Tiffany, aamericano Louis Comfort Tiffany, a quem se deve a mais importante dasquem se deve a mais importante das renovações técnicas da arte do vitralrenovações técnicas da arte do vitral artístico, na procura de vidros deartístico, na procura de vidros de grande qualidade.grande qualidade.  A partir do modernismo, os vitraisA partir do modernismo, os vitrais artísticos evoluíram conceptual eartísticos evoluíram conceptual e tecnicamente para se adaptarem aostecnicamente para se adaptarem aos novos gostos e necessidades; apesarnovos gostos e necessidades; apesar disso, a técnica do vitral chumbado Vitral da sala capitularVitral da sala capitular do Mosteiro dedo Mosteiro de Pedralbes, Barcelona,Pedralbes, Barcelona, que representa aque representa a cenacena da crucifixão de Cristo.da crucifixão de Cristo. Trata-se de umTrata-se de um vitralvitral que recorda osque recorda os esquemas utilizadosesquemas utilizados normalmente para osnormalmente para os esmaltes e que nesteesmaltes e que neste casocaso denuncia uma influênciadenuncia uma influência muito próximamuito próxima dasdas correntes italianascorrentes italianas do período gótico.do período gótico.
  • 8. O modernismo representou aO modernismo representou a integrarão das artesintegrarão das artes decorativas nadecorativas na arquitectura, na qual o vitralarquitectura, na qual o vitral chumbadochumbado esteve presente comoesteve presente como parte consubstancial de grandesparte consubstancial de grandes projectosprojectos Na estampa, vitrais da CasaNa estampa, vitrais da Casa Navas, em Reus,Navas, em Reus, do ano 1901,do ano 1901, obra de Luís Domènech iobra de Luís Domènech i Montaner.Montaner.
  • 9. Imitação do vidroImitação do vidro chumbadochumbado Uma técnica de substituiçãoUma técnica de substituição  E como aperitivo, para que, antes de conhecer aE como aperitivo, para que, antes de conhecer a verdadeira técnica do vidro chumbado - que semverdadeira técnica do vidro chumbado - que sem dúvida o vai cativar - possa ter o prazer dedúvida o vai cativar - possa ter o prazer de conseguir vitrais pintados de grande impactoconseguir vitrais pintados de grande impacto decorativo, vamos ensinar-lhe uma técnica simples,decorativo, vamos ensinar-lhe uma técnica simples, com a qual poderá efectuar os seus vitrais semcom a qual poderá efectuar os seus vitrais sem necessidade de grandes instalações.necessidade de grandes instalações.  Será suficiente que as idealize para conseguir, noSerá suficiente que as idealize para conseguir, no seu estúdio, algum sistema que lhe permitaseu estúdio, algum sistema que lhe permita trabalhar com o vidro em posição horizontal e comtrabalhar com o vidro em posição horizontal e com uma luz difusa situada por debaixo do mesmo parauma luz difusa situada por debaixo do mesmo para poder ver as cores sempre por transparência.poder ver as cores sempre por transparência.
  • 10. O material necessárioO material necessário 11.Uma folha de acetato, embora não seja absolutamente necessária..Uma folha de acetato, embora não seja absolutamente necessária. 22.Tintas transparentes, especiais para vidro, das quais falaremos.Tintas transparentes, especiais para vidro, das quais falaremos imediatamente.imediatamente. 33. Um ou mais frascos de vidro para preparar o diluente das cores.. Um ou mais frascos de vidro para preparar o diluente das cores. 44.Dissolvente nitrocelulósico..Dissolvente nitrocelulósico. 55.Laca transparente para diluir as cores e conseguir tons mais claros..Laca transparente para diluir as cores e conseguir tons mais claros. 66.Marcadores, um de ponta normal (0,8 mm, por exemplo) e outro de.Marcadores, um de ponta normal (0,8 mm, por exemplo) e outro de ponta grossa, em bisel.ponta grossa, em bisel. 77.Um lápis de gradação 2B..Um lápis de gradação 2B. 88.Tira de chumbo auto-adesiva de 6 mm de largura..Tira de chumbo auto-adesiva de 6 mm de largura. Pode encontrar-se em lojas especia­lizadas em trabalhos manuaisPode encontrar-se em lojas especia­lizadas em trabalhos manuais artísticos ou de belas-artes, em carretes de diferentes medidas: 6 m,artísticos ou de belas-artes, em carretes de diferentes medidas: 6 m, 25 m ou 50 m, segundo as marcas.25 m ou 50 m, segundo as marcas. 99. Pequeno aplicador de plástico, que alguns fabricantes fornecem. Pequeno aplicador de plástico, que alguns fabricantes fornecem junto com o carrete de chumbo.junto com o carrete de chumbo. 1010.Pincéis redondos de pêlo fino de diferentes números. Convém.Pincéis redondos de pêlo fino de diferentes números. Convém dispor de algum pincel para poder aplicar a cor nos cantos maisdispor de algum pincel para poder aplicar a cor nos cantos mais fechados.fechados. 1111. Pauzinho de escultor (de construção própria ou comprado), que. Pauzinho de escultor (de construção própria ou comprado), que facilita a aplicação do chumbo no vidro. A utilização do aplicador defacilita a aplicação do chumbo no vidro. A utilização do aplicador de plástico ou o pauzinho de escultor é sempre uma decisão queplástico ou o pauzinho de escultor é sempre uma decisão que dependerá das suas preferências. Nós pensamos que o pauzinho édependerá das suas preferências. Nós pensamos que o pauzinho é muito mais prático.muito mais prático. 1212.Chávenas, ou qualquer outro tipo de recipiente, para preparar as.Chávenas, ou qualquer outro tipo de recipiente, para preparar as cores. Embora possam ser limpas com dissolvente, é recomendávelcores. Embora possam ser limpas com dissolvente, é recomendável utilizar vasilhas de pouco valor.utilizar vasilhas de pouco valor. 1313.Tesouras curtas e fortes para cortar o chumbo com facilidade..Tesouras curtas e fortes para cortar o chumbo com facilidade. 1414.«X-acto» de lâmina grande e forte..«X-acto» de lâmina grande e forte.
  • 11. CaracterísticaCaracterística s das coress das cores para vidropara vidro São várias as fábricas de tintas para artistas que comercializam lacas transparentes de bases celulósicas especiais para pintar no vidro. Nós trabalhámos com lacas Deka Farben, sem que isso signifique qualquer referência ou razão de qualidade. A verdade é que qualquer marca é boa. Ao trabalhar com este tipo de material pictórico, deve ter em conta algumas normas de uso de correntes da sua natureza especial: 1. As tintas devem ser agitadas antes de serem usadas. 2.Antes de as aplicar no vidro, assegure-se da absoluta limpeza do mesmo. Deve estar seco e isento de pó, gorduras e marcas digitais. 3. Aplique as cores com pincéis suaves e camadas espessas para obter uma película uniforme. 4. A maior uniformidade tonal e resistência à luz serão obtidas aplicando a tinta sem a diluir, o que nem sempre é possível, devido à grande intensidade que oferecem as tintas tal qual saem do frasco. 5.Para conseguir tonalidades mais claras, as cores devem ser misturadas coma laca cerâmica incolor. 6.As tintas secam e ficam espessas com relativa rapidez. Para conseguir maior fluidez, devem diluir-se com nitrodiluente. 7. As superfícies pintadas secam em duas horas, mas tem de considerar que uma camada espessa não estará completamente seca antes de vinte e quatro horas após a sua aplicação. 8. As cores podem ser misturadas entre si para conseguir novos matizes. 9. Tenha seriamente em conta que, por se tratar de cores transparentes, só conhecerá o efeito quando as vir por transparência. 10. A tonalidade aparente da cor diminui quando aumenta a intensidade da luz, e escurece quando a luz diminui. 11. Como acontece com todas as tintas transparentes (a aguarela, por exemplo), o tom de uma cor escurece- se com camadas sucessivas. 12. Enquanto mantêm a sua fluidez, as tintas fundem-se facilmente entre si.
  • 12. A verdadeira cor de cada fresco só se nota quando se vê atravésA verdadeira cor de cada fresco só se nota quando se vê através da transparência e tendo em conta que, para cada intensidadeda transparência e tendo em conta que, para cada intensidade de luz, oferecerá uma tonalidade distinta.de luz, oferecerá uma tonalidade distinta. Pela razão anterior é conveniente trabalhar sobre um vidro iluminado por debaixo e verificar o efeito de cada cor (pura ou misturada), antes de a aplicar ao vitral em execução. A cor deve formar uma camada espessa e uniforme. Aplica-se, geralmente, com um pincel de pêlo suave e muito carregado. O pincel deve acompanhar a cor para a distribuir, mas não a deve arrastar. A fluidez da cor e o facto de trabalhar com camadas espessas obrigam a manter o vidro num plano perfeitamente horizontal, para evitar que a camada de tinta escorra para um lado. Enquanto a cor conserva a sua fluidez, é fácil de conseguir nela outros tons ou matizes, acrescentando-lhe mais cor, deixando que goteje do pincel A cor acres­centada fundir-se-á facilmente com a do fundo.
  • 13. Aplicação do ChumboAplicação do Chumbo O chumbo aplica-se no vidro directamente com as mãos. Não éO chumbo aplica-se no vidro directamente com as mãos. Não é aconselhável levantá-lo depois de aplicado, dado que a cola perdeaconselhável levantá-lo depois de aplicado, dado que a cola perde parteparte da sua aderência. E muito melhor trabalhar cuidadosamenteda sua aderência. E muito melhor trabalhar cuidadosamente e não ter dee não ter de rectificar, embora seja possível fazê-lo.rectificar, embora seja possível fazê-lo. A tira de chumbo, uma vez situada, deve ser coladaA tira de chumbo, uma vez situada, deve ser colada definitivamente,definitivamente, já sem possibilidade de qualquer rectificação,já sem possibilidade de qualquer rectificação, apertando-a contraapertando-a contra o vidro através de várias passagens doo vidro através de várias passagens do aplicador. Assegure-seaplicador. Assegure-se 1 de que os bordos da tira estão em1 de que os bordos da tira estão em contacto com o vidrocontacto com o vidro As tiras cortam-seAs tiras cortam-se facilmente com tesouras. É melhorfacilmente com tesouras. É melhor cortá-las umacortá-las uma vez aplicadas no vidro,vez aplicadas no vidro, para evitar errospara evitar erros nasnas medidas, que ocorremmedidas, que ocorrem sobretudo quando sesobretudo quando se chumbam linhas curvas,chumbam linhas curvas, das quais nem sempredas quais nem sempre é fácilé fácil calcular ocalcular o comprimento.comprimento.
  • 14. Imitação do vidroImitação do vidro chumbado. Um exemplo.chumbado. Um exemplo.  Desenho a lápis doDesenho a lápis do projecto que preparámosprojecto que preparámos comocomo arranque doarranque do exercício que nosexercício que nos dispomos desenvolver.dispomos desenvolver. ComCom um lápis deum lápis de gradação 2B, comgradação 2B, com muita suavidade emuita suavidade e sobresobre papelpapel CansonCanson de grão fino, delineámosde grão fino, delineámos a nossa ideia que,a nossa ideia que, pouco a pouco, fomospouco a pouco, fomos retocando até chegar aoretocando até chegar ao desenhodesenho que emerge dosque emerge dos primeiros apontamentosprimeiros apontamentos graças a umagraças a uma linhalinha mais intensa. Estemais intensa. Este método que seguimosmétodo que seguimos é o habitualé o habitual e muitoe muito recomendável Nãorecomendável Não creio que à primeiracreio que à primeira tentativatentativa encontreencontre sempre a ideia feliz.sempre a ideia feliz. Pegue no lápis e váPegue no lápis e vá improvisando até queimprovisando até que o projecto vá surgindoo projecto vá surgindo e come com alterações,alterações, rectificações erectificações e pormenores se definapormenores se defina completamente.completamente.  Com um marcador preto de ponta cónica de 1 mm deCom um marcador preto de ponta cónica de 1 mm de espessura, rectificámos o desenho definitivo para conseguirespessura, rectificámos o desenho definitivo para conseguir este esboço onde cada flor e cada folha ficameste esboço onde cada flor e cada folha ficam perfeitamente definidas com figuras planas, cuja áreaperfeitamente definidas com figuras planas, cuja área interior corresponde, ao mesmo tempo, a uma zona de cor,interior corresponde, ao mesmo tempo, a uma zona de cor, ou seja, aquilo que num vitral chumbado seria uma peça deou seja, aquilo que num vitral chumbado seria uma peça de vidro de uma determinada cor.vidro de uma determinada cor.
  • 15. 1. O projecto1. O projecto  Toda a obra artística e artesanal começa por umaToda a obra artística e artesanal começa por uma simples ideia, cuja concretizarão passa por umasimples ideia, cuja concretizarão passa por uma série de etapas, a primeira das quais, como sabessérie de etapas, a primeira das quais, como sabes perfeitamente, consiste em fazer uma série deperfeitamente, consiste em fazer uma série de apontamentos que nos levam ao esboço definitivo.apontamentos que nos levam ao esboço definitivo.  Tratando-se de uma obra cujas medidas sãoTratando-se de uma obra cujas medidas são determinadas pelas dimensões de uma abertura, édeterminadas pelas dimensões de uma abertura, é absolutamente necessário que estas dimensões eabsolutamente necessário que estas dimensões e as do esboço sejam as mesmas. Dito de outroas do esboço sejam as mesmas. Dito de outro modo: o esboço que fizermos do futuro vitralmodo: o esboço que fizermos do futuro vitral deverá ser desenhado à escala.deverá ser desenhado à escala.  Para vitrais grandes, os esboços desenham-se,Para vitrais grandes, os esboços desenham-se, geralmente, à escala 1:10 e, para vitrais maisgeralmente, à escala 1:10 e, para vitrais mais pequenos, à escala 1:5.pequenos, à escala 1:5.
  • 16. 2. Donde conseguir2. Donde conseguir ideiasideias  Antes de mais, deve ter o discernimento suficiente para saber queAntes de mais, deve ter o discernimento suficiente para saber que uma imitação nunca poderá ter as mesmas qualidades que éuma imitação nunca poderá ter as mesmas qualidades que é possível conseguir com a técnica do vidro chumbado;possível conseguir com a técnica do vidro chumbado; fundamentalmente porque não pode trabalhar com diferentes tiposfundamentalmente porque não pode trabalhar com diferentes tipos de vidro. O nosso vitral pintado será formado por uma só peça dede vidro. O nosso vitral pintado será formado por uma só peça de vidro.vidro.  O que se toma possível é a obtenção de desenhos interessantes,O que se toma possível é a obtenção de desenhos interessantes, porque isso não depende de uma técnica, mas da imaginação e daporque isso não depende de uma técnica, mas da imaginação e da criatividade de um artista.criatividade de um artista.  Recomendamos-lhe que procure documentação. Os motivosRecomendamos-lhe que procure documentação. Os motivos vegetais característicos da tradição da arte nova e do modernismovegetais característicos da tradição da arte nova e do modernismo são, aliás, os mais apropriados para se iniciar, primeiro, na imitaçãosão, aliás, os mais apropriados para se iniciar, primeiro, na imitação e, depois (quem sabe?), na verdadeira técnica do vitral chumbado.e, depois (quem sabe?), na verdadeira técnica do vitral chumbado. Mais do que copiar vitrais, trata-se de combiná-los e adaptá­los àsMais do que copiar vitrais, trata-se de combiná-los e adaptá­los às proporções e às medidas dos nossos trabalhos.proporções e às medidas dos nossos trabalhos.  Outra fonte interessante de inspiração pode ser determinadas obrasOutra fonte interessante de inspiração pode ser determinadas obras de artistas contemporâneos que, como Braque, Kandinsky, Klee,de artistas contemporâneos que, como Braque, Kandinsky, Klee, Picasso e outros, trabalharam o desenho e a pintura estritamentePicasso e outros, trabalharam o desenho e a pintura estritamente bidimensional, renunciando voluntariamente à possibilidade debidimensional, renunciando voluntariamente à possibilidade de sugerir a terceira di­mensão.sugerir a terceira di­mensão.
  • 17. Este é o esboço definitivo, àEste é o esboço definitivo, à escala 1:5 do vitral que vamosescala 1:5 do vitral que vamos pintar, imitando o vidropintar, imitando o vidro chumbado.chumbado. Insistimos no facto de a corInsistimos no facto de a cor queque juntámos ao desenhojuntámos ao desenho representar só uma ideia inicialrepresentar só uma ideia inicial que,que, com toda a certeza, serácom toda a certeza, será parcialmente modificada, àparcialmente modificada, à medidamedida que formos pintando oque formos pintando o vidro com cores transparentes.vidro com cores transparentes.
  • 18. 3. O vidro3. O vidro  Até aqui nada dissemos sobre o tipo de vidroAté aqui nada dissemos sobre o tipo de vidro que mais nos convém utilizar, mas chegou oque mais nos convém utilizar, mas chegou o momento de nos referirmos a isso.momento de nos referirmos a isso.  Há vidros de muitos tipos que, deixando deHá vidros de muitos tipos que, deixando de lado a cor que podem ter (questão que para olado a cor que podem ter (questão que para o nosso objectivo actual não nos interessa), senosso objectivo actual não nos interessa), se distinguem basicamente pela sua textura, pelodistinguem basicamente pela sua textura, pelo tipo de gravura de uma das suas faces.tipo de gravura de uma das suas faces.  A nossa recomendação é que, quando quiserA nossa recomendação é que, quando quiser efectuar uma imitação de vitral chumbado,efectuar uma imitação de vitral chumbado, trabalhe com vidro de catedral, assimtrabalhe com vidro de catedral, assim denominado por ser uma versão industrial dedenominado por ser uma versão industrial de um tipo de vidro muito utilizado pelosum tipo de vidro muito utilizado pelos vitraleiros de tempos passados na realizaçãovitraleiros de tempos passados na realização de vitrais de igreja. Trata-se de um vidro que,de vitrais de igreja. Trata-se de um vidro que, graças ao lavrado de uma das suas faces,graças ao lavrado de uma das suas faces, proporciona uma luz sempre difusa queproporciona uma luz sempre difusa que uniformiza a tonalidade da cor depositada nauniformiza a tonalidade da cor depositada na face lisa.face lisa.  Experimente pintar sobre um vidro normal,Experimente pintar sobre um vidro normal, transparente e liso e verá que se toma muitotransparente e liso e verá que se toma muito difícil conseguir superfícies de cor uniformes,difícil conseguir superfícies de cor uniformes, a não ser que se trate de superfícies muitoa não ser que se trate de superfícies muito pequenas.pequenas.
  • 19. 4. Aplicação da cor4. Aplicação da cor  Trabalhando sempre com o vidro absolutamenteTrabalhando sempre com o vidro absolutamente plano e com a luz por debaixo, começamos aplano e com a luz por debaixo, começamos a aplicar a cor, sem esquecer que não podemosaplicar a cor, sem esquecer que não podemos guiar-nos pela cor aparente que vemos dentro doguiar-nos pela cor aparente que vemos dentro do recipiente onde a tivermos preparado. A cor querecipiente onde a tivermos preparado. A cor que devemos aplicar em cada zona do desenho será adevemos aplicar em cada zona do desenho será a que se vê por transparência.que se vê por transparência.  Agora é o momento de ter presente asAgora é o momento de ter presente as generalidades que expusemos anteriormente sobregeneralidades que expusemos anteriormente sobre as cores transparentes.as cores transparentes.
  • 20. 5.Começar pelas5.Começar pelas superfícies mais pequenassuperfícies mais pequenas  Por muito que se domine o ofício, é sempre prudente, para tomarPor muito que se domine o ofício, é sempre prudente, para tomar contacto com a cor, começar por pintar as superfícies mais pequenascontacto com a cor, começar por pintar as superfícies mais pequenas que, no nosso exemplo, são os círculos e as formas centrais dasque, no nosso exemplo, são os círculos e as formas centrais das flores, cuja cor decidimos que deve oscilar entre o amarelo-escuro e oflores, cuja cor decidimos que deve oscilar entre o amarelo-escuro e o laranja-ambarino. São matizes que podemos obter a partir dolaranja-ambarino. São matizes que podemos obter a partir do amarelo, acrescentando-lhe laranja e vermelhão em diferentesamarelo, acrescentando-lhe laranja e vermelhão em diferentes proporções e a quantidade necessária de laca incolor para asproporções e a quantidade necessária de laca incolor para as tonalidades mais pálidas.tonalidades mais pálidas.  Aplicámos a cor com um pincel de pêlo fino (do n.º14) e nalguns dosAplicámos a cor com um pincel de pêlo fino (do n.º14) e nalguns dos círculos acrescentámos, sobre uma base de tinta ainda fresca, umascírculos acrescentámos, sobre uma base de tinta ainda fresca, umas gotas de cor mais intensa tirada directamente do frasco.gotas de cor mais intensa tirada directamente do frasco.  Quando fizer os seus próprios vitrais pintados, não esqueça que a corQuando fizer os seus próprios vitrais pintados, não esqueça que a cor deve ser aplicada com generosidade e com muito cuidado,deve ser aplicada com generosidade e com muito cuidado, procurando que alcance os bordos interiores do chumbo, mas sem osprocurando que alcance os bordos interiores do chumbo, mas sem os ultrapassar. Se, apesar de tudo, a cor manchar a tira de chumbo, nãoultrapassar. Se, apesar de tudo, a cor manchar a tira de chumbo, não a limpe logo de seguida; espere que esteja completamente seca.a limpe logo de seguida; espere que esteja completamente seca. Tire-a depois raspando com um «X-acto» ou com um pano eTire-a depois raspando com um «X-acto» ou com um pano e dissolvente.dissolvente.
  • 21. Pormenor da aplicação da corPormenor da aplicação da cor dentro de uma circunferência.dentro de uma circunferência. OO pincel fornece calor e ajuda apincel fornece calor e ajuda a desfazer-se até ocupar todadesfazer-se até ocupar toda aa superfície, sem necessidade desuperfície, sem necessidade de dar pinceladasdar pinceladas Fotografia feita no momento deFotografia feita no momento de acrescentar vermelho puro noacrescentar vermelho puro no centrocentro de um círculo previamentede um círculo previamente pintado a laranja.pintado a laranja. Aspecto do nosso trabalho depoisAspecto do nosso trabalho depois de ter pintado as superfíciesde ter pintado as superfícies circulares e os centros das flores.circulares e os centros das flores.
  • 22. 6.Encher de cor as6.Encher de cor as superfícies maioressuperfícies maiores  Trata-se, em definitivo, deTrata-se, em definitivo, de continuar a pintar até ter cheias decontinuar a pintar até ter cheias de cor todas as zonas fechadas pelascor todas as zonas fechadas pelas tiras de chumbo, umas maiores etiras de chumbo, umas maiores e outras mais pequenas. E nasoutras mais pequenas. E nas superfícies mais extensas que asuperfícies mais extensas que a inexperiência pode conduzir a uminexperiência pode conduzir a um mau passo, sobretudo no quemau passo, sobretudo no que respeita à uniformidade do tom. Serespeita à uniformidade do tom. Se se trabalha com pincéis, emborase trabalha com pincéis, embora sejam grossos, a velocidade desejam grossos, a velocidade de secagem faz com que sejasecagem faz com que seja realmente difícil obter umarealmente difícil obter uma superfície de cor uniforme.superfície de cor uniforme.  A experiência autoriza-nos aA experiência autoriza-nos a recomendar-lhe uma técnica,recomendar-lhe uma técnica, talvez pouco ortodoxa, que,talvez pouco ortodoxa, que, connosco, funciona muito bem:connosco, funciona muito bem: trata-se de cobrir as grandes áreastrata-se de cobrir as grandes áreas depositando a cor com um conta-depositando a cor com um conta- gotas.gotas.
  • 23.  Antes de encher deAntes de encher de tinta uma determinadatinta uma determinada zona, é conveniente terzona, é conveniente ter à mão um panoà mão um pano humedecido comhumedecido com dissolvente paradissolvente para eliminareliminar possíveispossíveis manchas de cor nãomanchas de cor não desejadas.desejadas.  SeSe a cor manchar aa cor manchar a tira de chumbo, não atira de chumbo, não a limpelimpe logo de seguida;logo de seguida;  Espere, até ter secadoEspere, até ter secado por completo.por completo.
  • 24.  Fotografia do vitralFotografia do vitral já acabado, masjá acabado, mas ainda sobreainda sobre a mesaa mesa de luz, ondede luz, onde permanecerá vintepermanecerá vinte e quatroe quatro horas, ohoras, o tempo necessáriotempo necessário para uma secagempara uma secagem total.total.
  • 25.  Eis aqui o nosso vitralEis aqui o nosso vitral já terminado ejá terminado e colocadocolocado na suana sua localização definitiva.localização definitiva.  É evidente queÉ evidente que a suaa sua visibilidade evisibilidade e espectacularidadeespectacularidade devem serdevem ser analisadosanalisados em contraluz.em contraluz.  Aqui também se tomaAqui também se toma ilustrativo poderilustrativo poder observar todo o tecidoobservar todo o tecido de chumbode chumbo confeccionadoconfeccionado propositadamente.propositadamente.
  • 26. O vitral depois deO vitral depois de colocado no seu localcolocado no seu local definitivodefinitivo  Quando pintar o seu primeiroQuando pintar o seu primeiro vitral, verificará que o verdadeirovitral, verificará que o verdadeiro acabamento da obra consiste naacabamento da obra consiste na sua colocação na abertura parasua colocação na abertura para que foi criado.que foi criado.  Realmente, o aspecto de um vitralRealmente, o aspecto de um vitral pintado é muito diferente vistopintado é muito diferente visto sobre a mesa de luz ou vistosobre a mesa de luz ou visto numa posição vertical, recebendonuma posição vertical, recebendo a luz que o vai iluminara luz que o vai iluminar definitivamente.definitivamente.  Naturalmente, a transparência daNaturalmente, a transparência da cor proporcionará umacor proporcionará uma luminosidade cambiante,luminosidade cambiante, conforme a hora do dia, o queconforme a hora do dia, o que significa que, a cada momento,significa que, a cada momento, teremos interessantesteremos interessantes modificações de cor.modificações de cor.
  • 27. Outros Exemplos deOutros Exemplos de VitraisVitrais Desenho eDesenho e realização: Vitraisrealização: Vitrais MariMari Desenho: Rosa Picó,Desenho: Rosa Picó, decoradora.decoradora. Realização.- Vitrais MaríRealização.- Vitrais Marí Desenho:Desenho: Keshava,Keshava, arquitecto.arquitecto. Realização: Vitrais MaríRealização: Vitrais Marí Desenho e realização: J. Giménez mestre vitraleiro.Desenho e realização: J. Giménez mestre vitraleiro.