Slide sobre a Mata Atlantica de Sergipe. Abordando questões gerais, regionais e locais sobre a luta pela conservação da mata atlântica e a criação e gestão de Unidades de Conservação.
A palestra está estruturada em
1- O que é a Mata Atlântica?
2 - Mata no Nordeste: Uma perspectiva regional
3- Fitogeografia, Unidades de Paisagem e Zoneamento RVSMJ
4- A Mata Atlântica em Sergipe
Palestra proferida na UFS, em 21/09/17 - com conteúdo editado devido a direitos autorais.
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
GRUPO DE PESQUISA EM GEOECOLOGIA E
PLANEJAMENTO TERRITORIAL
Prof Drnd. Judson Augusto Oliveira Malta
3. Estrutura
O que é a Mata Atlântica?
Mata no Nordeste: Uma
perspectiva regional
Fitogeografia, Unidades de
Paisagem e Zoneamento RVSMJ
A Mata Atlântica em Sergipe
4. A Mata Atlântica compreende
as formações vegetais da
região costeira do Brasil,
desde formações florestais
Tropicais a ecossistemas
associados ao litoral
brasileiro.
5. A Mata Atlântica representa cerca de 13% do território brasileiro,
(IBGE, 2005)
Fonte: www.sosma.org.br
6. • Tropical úmido;
• Microclimas.
Clima
• Médias elevadas;
• Alta Precipitação
Temperatura
• Planaltos;
• Serras.
Relevo
7. 1: Mar; 2: Praia; 3: Dunas;
4: Mata de
restingas;
5: Manguezal;
6: Mata
Pluvial
Costeira;
7: Mata de
encosta;
8: Mata de
neblina;
9: Mata semi-
seca do Vale
do Paraíba;
10: Região
seca à
“sombra” da
montanha.
8. Mais de 20 mil espécies de plantas, sendo 8 mil endêmicas;
270 espécies conhecidas de mamíferos;
992 espécies de pássaros;
197 répteis;
372 anfíbios;
350 peixes.
12. Aspectos Ambientais
A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira
que a serra constitui para os ventos que sopram do
mar.
No interior da mata, devido à densidade da
vegetação, a luz é reduzida.
A Mata Atlântica é considerada uma das grandes
prioridades para a conservação de biodiversidade
em todo o continente americano.
Em estado crítico, sua cobertura florestal achava-se
reduzida à cerca de 7,6% da área original, até
meados de 2004. Fonte: biobras.org.br
17. De acordo com o Mapa da Área de
Aplicação da Lei nº 11.428, de 2006,
segundo Decreto nº 6.660, de 21 de
novembro de 2008, publicado no
Diário Oficial da União de
24/11/2008.
Fonte: IBGE, 2008
2009
MATA ATLÂNTICA
19. Vive na Mata Atlântica atualmente quase 69% da
população brasileira (IBGE, 2014).
São mais de 131 milhões de habitantes
Projeto de Lei da Mata Atlântica, que regulamenta o uso
e a exploração de seus remanescentes florestais e
recursos naturais, tramitou por 14 anos no Congresso
Nacional e foi finalmente sancionado pelo presidente Lula
em dezembro de 2006.
O Brasil já tem mais de 1.100 RPPNs reconhecidas, sendo
que mais de 760 delas estão na Mata Atlântica.
Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no
Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica.
Fonte: www.sosma.org.br
21. As Reservas de Mata Atlântica da Costa do
Descobrimento possuem 112.000 hectares da
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
22. Judson Augusto Oliveira Malta
Orientadora: Profa. Dra. Rosemeri Melo e Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
GRUPO DE PESQUISA EM GEOECOLOGIA E
PLANEJAMENTO TERRITORIAL
23. O Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco (RVSMJ)
é um remanescente de Mata Atlântica localizado
em Capela/SE que tornou-se Unidade de
Conservação (UC) em dezembro de 2007, possui
conselho consultivo e plano de manejo.
A importância da Mata do Junco extrapola o aspecto
ecológico, pois nesta localidade constroem-se, a
partir da relação sociedade-natureza, uma rede de
interesses econômicos e significados
simbólicos que caracterizam os conflitos
socioambientais.
INTRODUÇÃO
24. Este espaço territorial protegido, destaca-se por:
INTRODUÇÃO
25. OBJETIVO GERAL
avaliar a dinâmica fitogeográfica a
partir da relação sociedade-
natureza, visando subsidiar a
proteção socialmente contextualizada
do RVSMJ enquanto espaço territorial
protegido.
26. METODOLOGIA
Pesquisa Bibliográfica
Levantamento de dados geográficos:
1. SRTM / SPOT / Atlas do estado de SE da SEMARH.
Realização de trabalhos de campo para:
1.Elaborar o perfil fitogeográfico e de uso do solo;
2.Levantar as características fitofisionômicas;
3.Fazer entrevistas semi-estruturadas com atores
sociais e comunidades do entorno.
Análise de solos (SOUZA, 2011) e da Climatologia
(EMDAGRO, 2010)
27. METODOLOGIA
Elaboração dos seguintes mapas com a utilização de
ArcGis 10 / SPRING 5 / Global Mapper 11:
Vegetação e uso do solo;
Geologia;
geomorfologia;
Declividade;
localização e acessos;
hipsometria e recursos hídricos;
fitogeografia e caminhos;
Unidades da paisagem (FAVERO et al, 2008): inventário
de informações pertinentes ao estudo e dos elementos
constituintes da paisagem do RVSMJ, trabalhos de
campo e produção da carta síntese.
28. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1 A RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA E A DINÂMICA
FITOGEOGRÁFICA.
2 CENÁRIOS DA PESQUISA: O REFÚGIO DE VIDA
SILVESTRE DA MATA DO JUNCO E O MUNICÍPIO DE
CAPELA/SE.
3 RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA NO ENTORNO DO
RVSMJ: ATORES SOCIAIS E CONFLITOS
SOCIOAMBIENTAIS.
4 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E UNIDADES DE
PAISAGEM NO RVSMJ
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
29. C.1 - A Relação Sociedade-Natureza e
a Dinâmica Fitogeográfica
1.1 A NATUREZA NA SOCIEDADE: UM
HISTÓRICO DO CONCEITO. (LIMBERGER, 2006)
(BERTALANFFY, 1950)
1.2 A SOCIEDADE NA NATUREZA: A
CONTRADIÇÃO NA (RE)PRODUÇÃO ESPACIAL
CAPITALISTA. (GOMES, 1991) (SMITH,1984)
1.3 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA, O PROCESSO
DE FRAGMENTAÇÃO E OS ESPAÇOS
TERRITORIAIS PROTEGIDOS COMO
RESULTANTES DA RELAÇÃO SOCIEDADE-
NATUREZA. (METZGER, 2001)
30. C.2 - CENÁRIOS DA PESQUISA: O
RVSMJ E O MUNICÍPIO DE CAPELA/SE.
2.1 SISTEMAS DA NATUREZA
Solos do RVSMJ; geomorfologia e declividade;
geologia; clima; recursos hídricos e hipsometria
2.2 SISTEMAS DA SOCIEDADE
História e economia de Capela; aspectos
demográficos do município; o histórico da luta do
MST pela terra e a criação do RVSMJ; vegetação e
uso do solo no RVSMJ.
33. C.3 - RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA NO ENTORNO
DO RVSMJ: ATORES SOCIAIS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS.
3.1 O HISTÓRICO DA DINÂMICA TERRITORIAL.
3.2 OS ATORES SOCIAIS.
3.3 ANÁLISE DOS ELEMENTOS CENTRAIS DA
RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA.
34. QUADRO SÍNTESE DA DINÂMICA TERRITORIAL NO RVSMJ.
Proteção Privada Desprotegida Proteção Pública
Periódo ... - 1990 1990-2007 2007-HOJE
Marcos históricos ... – Falecimento do Proprietário Falecimento – Criação do RVSMJ Criação do RVSMJ – ...
Ator Principal Sr. Ariosvaldo – Usina Santa Clara Comunidades / ocupantes do
MST
Estado / SEMARH, Conselho
Gestor Assentados / MST,
Atores Secundários Comunidades, SAAE, Prefeitura
Municipal
Usina Santa Clara (Falência),
SAAE, UFS / GEOPLAN
Comunidades, UFS, SAAE,
EMBRAPA, INCRA,
Proteção e
Fiscalização
Particular capangas Pessoas específicas, SAAE,
Pesquisadores,
Brigadistas, Guardas, Sede do
RVSMJ, SAAE, Pessoas da
Comunidade
Intensidade dos
Impactos
Pequena Grande Média
Principais Usos e
Impactos*
Lenha seca, lazer, medicina
alternativa(Controlada)
Caça, lenha, lazer, Pesquisas,
Medicina Alternativa, Educação
Ambiental.
Pesquisas; Educação Ambiental;
trilhas ecológicas.
Balanço dos
Impactos na
Dinâmica
Fitogeográfica
O RVSMJ era mais regenerado e
possuia melhores condições
ambientais.
O RVSMJ foi explorado, utilizado
e impactado de modo intensivo e
descontrolado.
O RVSMJ volta a ser fiscalizado
e a regenerar-se melhorando
assim a sua condição
35. C.3 - RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA NO ENTORNO
DO RVSMJ: ATORES SOCIAIS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS.
A sociedade se apropria da natureza e os atores
sociais desenvolvem atividades no entorno da UC,
atuando de maneira contraditória, ora promovendo a
conservação, ora desenvolvendo atividades
impactantes.
Neste sentido, observa-se que não há
homogeneidade por parte dos grupos sociais e que
as relações complexas carecem de amplo trabalho de
sensibilização das comunidades locais em prol da
conservação do RVSMJ.
36. C.4 - DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E
UNIDADES DE PAISAGEM NO RVSMJ
4.1 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E
GEOMORFOLOGIA: Análise do modelo numérico de
terreno.
4.2 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E TOPOGRAFIA:
O perfil fitogeográfico e de uso do solo.
4.3 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E
FRAGMENTAÇÃO : Análise da espacialização
fitofisionômica.
4.4 DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA, GEOMORFOLOGIA
E USOS: A análise das unidades da paisagem.
37. C.4 - DINÂMICA FITOGEOGRÁFICA E
UNIDADES DE PAISAGEM NO RVSMJ
38.
39. Confira o estudo completo no link:
https://bdtd.ufs.br/handle/tede/2231
40. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO
AMBIENTE
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO REFÚGIO DE
VIDA SILVESTRE MATA DO JUNCO
(CAPELA - SE).
Heloísa Thaís Rodrigues de Souza
Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA / UFS
Judson Augusto Oliveira Malta
Mestrando em Geografia/NPGEO – UFS
Prof ª Dr ª. Rosemeri Melo e Souza
Pós-doutora em Biogeografia (GPEM/UQ/Austrália)
41. 41
RESULTADOS - ZONEAMENTO
• O Zoneamento Geoambiental do
RVSMJ (Capela / SE), constitui
uma ferramenta importante para o
planejamento Territorial e Gestão
ambiental da UC.
• Através do zoneamento, podemos
definir e estabelecer as formas de
uso e proteção do RVSMJ,
compreendendo uma das etapas
do Plano de Manejo, que gerencia
a Unidade.
42.
43. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
•O espaço territorial protegido do
RVSMJ sofreu intensa ação
antrópica contendo fragmentos que
receberam diversos impactos
socioambientais.
•Na UC possui fitofisionomias com
níveis de regeneração e contextos
socioambientais diferentes os quais
precisam ser observados no
planejamento geoambiental desta
Unidade de Conservação.
44. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
•O Zoneamento Geoambiental do
RVSMJ é um estudo que contribui
para o processo de elaboração do
plano de manejo da UC, onde cada
zona precisa de uma determinada
ação estratégica para a
conservação ambiental desta UC.
45. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES:
• promover políticas de educação ambiental e
sensibilização das comunidades locais
• efetivação das políticas públicas e o
cumprimento na legislação ambiental
• maiores estudos, como a realização de
inventários florestais na área e o
reflorestamento das áreas degradadas.
• implantação de corredores ecológicos
• aumento na fiscalização e na formações de
brigadas de incêndios.
• elaboração e efetivação do plano de manejo
46. Confira o estudo completo no link:
https://bdtd.ufs.br/handle/tede/1254
SOUZA, Heloísa Thaís Rodrigues de. Zoneamento geoambiental da Unidade
de Conservação Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco (Capela SE). 2011.
180 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) -
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2011.
48. Vegetação em Sergipe
A mata Atlântica é estratificada;
As árvores chegam a 20, 30 ou 35 metros de altura;
Ocorre intenso epifitismo;
Principal característica é o aspecto denso de sua
vegetação, tornando a floresta fechada;
Possui árvores com folhas largas (latifoliadas)e
perenes (perenifólias);
No extrato superior estão as árvores também mais
altas, as que recebem grande parte da luz do sol;
Logo abaixo do dossel, está o extrato arbustivo, do
interior da mata, que reúne espécies sob a sombra
das árvores mais altas.
51. Restinga
Manguezais
Ocupam grandes extensões do litoral,
sobre dunas e planícies costeiras.
Iniciam-se junto à praia, com gramíneas
e vegetação rasteira, e tornam-se
gradativamente mais variadas e
desenvolvidas à medida que avançam
para o interior, podendo também
apresentar brejos com densa vegetação
aquática. Abrigam cactos e orquídeas.
Formação que ocorre ao longo dos
estuários, em função da água
salobra produzida pelo encontro da
água doce dos rios com a do mar. É
uma vegetação muito característica,
pois tem poucas espécies de
árvores, mas abriga uma
diversidade de microalgas pelo
menos dez vezes maior.
Fotos: Miriam Prochnow
Fonte: dialogoflorestal.org.br
52.
53.
54. Área de Proteção Ambiental Litoral Norte
Criada em 2004, possui 473,12 km² (USO),
objetivo geral a promoção do desenvolvimento
econômico-social da área, voltada às atividades
que protejam e conservem os ecossistemas
costeiros.
55. Reserva Biológica de Santa Izabel
45 Km de praia (INTEGRAL)
Criada, em 1988, com o objetivo de proteger a
desova das tartarugas marinhas.
O Projeto Tamar e educação ambiental
56. APA Litoral Sul
Transformada em UC em 1993, Rio Vaza Barris e
a e Rio Real, com cerca de 55,5 km de costa e
largura variável de 10 a 12 km.
As praias mais habitadas do Estado(Caueira,
Saco e Abais). Observam-se também as maiores
áreas de restingas arbóreas, manguezais e Mata
Atlântica.
57. Floresta Ombrófila Aberta
A vegetação é mais aberta, sem a
presença de árvores que fechem as
copas no alto, ocorre em regiões
onde o clima apresenta um período
de dois a, no máximo, quatro meses
secos, com temperaturas médias
entre 24ºC e 25ºC. É encontrada, por
exemplo, em Minas Gerais, Espírito
Santo e Alagoas.
Floresta Estacional Decidual Sua vegetação ocorre em locais com
duas estações bem demarcadas:
uma chuvosa, seguida de longo
período seco. Mais de 50% das
árvores perdem as folhas na época
de estiagem. Alguns encraves
ocorrem no nordeste, nos estados
do Piauí e da Bahia.
Fonte: dialogoflorestal.org.br
58. Floresta Nacional do Ibura
Em Socorro na BR 101 e rio Cotinguiba, esta UC
de 144 hectares foi criada em 2005 (USO)
objetivo de promover espécies florestais nativas
com formações de floresta estacional
semidecidual nos estágios médio e avançado de
regeneração, em associação com manguezal.
59. APA Morro do Urubu
Criada em 95 em Aracaju, limita-se ao Norte com o
rio do Sal, trata-se de região onde originalmente
predominava a Mata Atlântica e seus ecossistemas
associados.
O complexo de vegetação encontra-se hoje
bastante comprometido, sobretudo pela invasão,
construção e urbanização das favelas na área.
Parque da Cidade e Zoologico (Turismo e EA)
60. Judson A. O. Malta
Dr. Fernando Curado (EMBRAPA)
Prof.Dra. Rosemeri Melo e Sousa (GEOPLAN/UFS)
61. introdução
A Reserva do Caju abriga uma grande extensão
de área verde, remanescente de Mata Atlântica
e localiza-se no município de Itaporanga
D´ajuda.
O projeto de G.A. Reserva do Caju
implementado pela EMBRAPA Tabuleiros
Costeiros, visa o desenvolvimento de pesquisas
que permitam, além do conhecimento da região,
a elaboração de ferramentas pedagógicas para
a capacitação em Educação Ambiental das
comunidades do entorno.
65. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação sociedade-natureza é de fundamental
importância na conservação da Mata Atlântica em
Sergipe.
No Estado e no Nordeste o avanço do plantio da
monocultura da cana de açúcar, carncinicultura,
celulose e especulação imobiliária, desencadeiam
processos complexos e promovem relações
contraditórias entre os interesses de desenvolvimento
do modo de produção capitalista e os conflitos
socioambientais por parte dos atores sociais.
Mata Atlântica em Sergipe: Conhecer, educar e
articular.
66. A mata atlântica de Sergipe está sendo
derrubada para:
Agricultura Extração de madeira
Moradia, construção de
cidades
Construção de
rodovias
Industrialização, e
consequentemente poluição
67. Pesca predatória
em seus rios
Turismo
desordenado
Comércio ilegal de
plantas e animais nativos
Exportação ilegal de
material genético
Fragmentação das
áreas preservadas
A mata atlântica está sendo
derrubada para:
68. A configuração dos remanescentes
florestais é fruto de um mosaico de
funcionalidades atribuídas
socialmente, ao longo do processo
histórico de (re)apropriação dos
sistemas da natureza.
69. Segundo Silva (2012), a maioria dos espaços
territoriais “legalmente protegidos” de Sergipe
ainda não dispõem de mecanismos de gestão
ambiental, como por exemplo: plano de gestão e
de manejo e zoneamento ecológico econômico,
evidenciando fragilidade administrativa ao longo de
quase 20 anos, cujas UCs encontram-se
permeadas de fortes impactos socioambientais.
Os conflitos são os mais variados envolvendo
atores sociais e interesses diversos pela
apropriação, controle e uso desses territórios.
O Desafio de criar UCs e de realizar gestão
ambiental.
70. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste processo, no litoral recentemente
conectado por pontes ampliou sua capacidade
de aportes turísticos e especulação
imobiliária.
As catadoras de Mangaba e a RESEX.
Nos Tabuleiros costeiros, a floresta foi
pressionada pela sociedade através da ocupação
de locais mais baixos e planos, sendo
enclausurada nos locais mais ingrimes.
71. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A natureza precisa ser retomada como sendo mais que
um recurso, ou seja, mais que algo a ser apropriado
com uma determinada finalidade. Neste sentido, é crucial
entender a natureza de modo mais profundo, não
simplesmente como a base de nossa sobrevivência
imediatista ou como um objeto a ser explorado para o
lucro capitalista.
Faz-se, portanto, necessário resgatar e fortalecer a
relação entre o homem e a natureza na compreensão do
espaço geográfico, buscando a valorização das
identidades locais e a organização social para a
compreensão da necessidade de mudança política.
72. PUBLICAÇÕES
Artigos completos publicados em periódicos
1.MALTA, J. A. O. ; SOUZA, H. T. R. ; SOUZA, R. M. e . A CONTRADITÓRIA RELAÇÃO
SOCIEDADE-NATUEZA EM ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS - MATA DO
JUNCO, CAPELA/SE. Geografia Em Questão, v. 4, p. 126/8-152, 2011.
Trabalhos completos publicados em anais de congressos
1.MALTA, J. A. O. ; SOUZA, H. T. R. ; Melo e Souza, Rosemeri . APLICAÇÃO DE
SENSORIAMENTO REMOTO E MODELO NUMÉRICO DO TERRENO NA ANÁLISE
GEOAMBIENTAL DO RVS MATA DO JUNCO SE. In: II Simpósiio de Geografia
Contemporânea, 2011, Aracaju. Anais do II SIMGEOCOM, 2011.
2.MALTA, J. A. O. ; SOUZA, H. T. R. ; SOUZA, R. M. e . MODELO NUMÉRICO DE
TERRENO E FITOGEOGRAFIA NO REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DA MATA DO
JUNCO. In: XXIII Congresso Brasileiro de Cartografia, 2010, Aracaju. Anais do XXIII
Congresso Brasileiro de Cartografia, 2010.
3.SOUZA, H. T. R. ; MALTA, J. A. O. ; SOUZA, R. M. e . ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA UNIDADE
DE CONSERVAÇÃO REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE MATA DO JUNCO (CAPELA- SERGIPE). In: VI
Seminário Internacionrial de Dinâmica Territorial e Desenvolvimento Socioambientalal de Dinâmica
Territo, 2011, Salvador. ANAIS DO VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DINAMICA TERRITORIAL E
DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL: Desafios Contemporâneos, 2011. v. 1. p. 1-30.
4.SOUZA, H. T. R. ; REZENDE, W. X. ; MALTA, J. A. O. ; SOUZA, R. M. e . Avaliação Geoambiental De
Espaços Territoriais Protegidos: O Caso Da Mata Do Junco (Capela-Se).. In: XIII SBGFA - SImpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 2009, VIÇOSA, MG. ANAIS DO XIII SBGFA-2009. VIÇOSA :
EDITORA DA UFV, 2009.
Produção cartográfica: 8.
73. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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P(Eds). Social Changes and Conservation. Londres:Earthscan Publications Ltd.,1997, p. 97-130.
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Terborgh,j.et al.(Eds.). Making Parks Work. Washigton, DC: Island Press, 2002, p. 30-50.
DIEGUES, A.C.S. O Mito Moderno da Natureza Intocada. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1994.
DOROJEANNI,M.J. Political Will For Establishing And Managing Parks. Washigton, DC: Island Press, 2002.
GOMES, H. A Produção do Espaço Geográfico no Capitalismo. Editora Contexto, São Paulo, 1991.
GOMES,L.J.;SANTANA,V.;RIBEIRO.G.T. Unidades de Conservação no Estado de Sergipe. Revista da
FAPESE. V.2, N.1, P.101-109, 2006.
IBAMA. Diagnóstico Florestal de Sergipe. Brasília, DF, ITTO, IBAMA, FUNATURE, 1999, 67 p.
LARRERE, R.; NOUGAREDE, O. Des Homes Et Des Forets. Paris:Gallimard,1993.
LIMBERGER, L. Abordagem Sistêmica e Complexidade na Geografia. Geografia – v. 15, n. 2, jul./dez. p. 95-
109, 2006.
MALTA, J. A. O. ; SOUZA, H. T. R. ; SOUZA, R. M. e . A Contraditória Relação Sociedade-Natueza em
Espaços Territoriais Protegidos - Mata do Junco, Capela/Se. Geografia Em Questão, v. 4, p. 126/8-152, 2011.
METZGER, J. P. “Estrutura Da Paisagem E Fragmentação: Análise Bibliográfica”. An. Acad. Bras. Ci., V. 71,
N. 3, P. 445-462, 1999.
METZGER, J. P.. “O Que É Ecologia de Paisagens?” Biota Neotrópica. Vol. 01, N. 1/2, Issn 1676-0611,
Campinas-Sp, 2001.
MORAIS, E. M. B. de. Evolução Epistemológica do Conceito de Natureza. Boletim Goiano de Geografia, 19(2):
75-98, jan./dez., 1999, p. 75-98.
UHLMANN, G. W. Teoria Geral dos Sistemas: do atomismo ao sistemismo - uma abordagem sintética das
principais vertentes contemporâneas desta proto-teoria. CISC, São Paulo, 2002. Disponível em:
<http://www.cisc.org.br/portal/biblioteca/teoria_sistemas.pdf>. Acesso em 03 julho de 2008.
74. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, M. C. L. ; MELO & SOUZA, R. . O Exercício da Extensão através do Projeto 'Educação Ambiental
Comunitária no Entorno da Unidade de Conservação Mata do Junco, Capela, Sergipe'". Revista de Extensão
da UFS, v. 1, p. 181-195, 2011.
RAMOS FILHO, E. S.. Questão Agrária Atual: Sergipe Como Referência Para Um Estudo Confrontativo Das
Políticas De Reforma Agrária E Reforma Agrária De Mercado (2003 – 2006). Tese de Doutorado, Programa de
Pós-graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista,
Presidente Prudente/SP, 2008.
SANTOS, M. J. S.. Mata do Junco (Capela-SE): Identidade Territorial e Gestão de Conflitos Ambientais.
Dissertação de Mestrado, RPODEMA/UFS, São Cristóvão/SE, 2007.
SIQUEIRA, E. R.; RIBEIRO, F. E. Mata Atlântica de Sergipe. Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2001.
SMITH, N.. Desenvolvimento Desigual: natureza, capital e a produção do espaço.Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil,1984.
SOCIEDADE SEMEAR. Plano Diretor do Município de Capela / SE. Aracaju, SE, 2006.
SOUZA, H. T. R.; MELO E SOUZA, R. Caracterização Fitogeográfica da Mata do Junco (Capela SE).Relatório
final de pesquisa PIBIC, 2006.
SOUZA, H. T. R. Zoneamento Geoambiental da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre Mata do
Junco (Capela – SE). Dissertação de mestrado, PRODEMA / UFS, 2011.
SOUZA, H. T. R.; MELO E SOUZA, R. Biomonitoramento através de Indicadores Ambientais Abióticos Mata
do Junco (Capela/SE). Relatórios Semestral e Final. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC)-CNPq/UFS. 2007.
SOUZA, H. T. R. ; MALTA, J. A. O. ; SOUZA, R. M. e. Avaliação Geoambiental da Mata Do Junco (Capela
Sergipe).. In: 18º Encontro de Iniciação Científica e 4º Encontro de Pós-Graduação da UFS, 2008, Aracaju. 18º
Encontro de Iniciação Científica e 4º Encontro de Pós-Graduação da UFS, 2008.
SOUZA, H. T. R. ; REZENDE, W. X. ; MALTA, J. A. O. ; SOUZA, R. M. e . Avaliação Geoambiental de Espaços
Territoriais Protegidos: O Caso da Mata do Junco (Capela-SE).. In: XIII SBGFA - SImpósio Brasileiro de
Geografia Física Aplicada, 2009, VIÇOSA, MG. ANAIS DO XIII SBGFA-2009. VIÇOSA : EDITORA DA UFV, 2009.