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O FIM

DO
ANTIGO REGIME
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Idade Média
• político: Absolutismo
• econômico: Mercantilis-

Feudalismo
Idade
Moderna

Capitalismo

mo ou Capitalismo Comercial
• cultural: Renascimento
Cultural e Científico
• religioso: Reforma

Protestante ou Reforma
Religiosa

Idade
Contemporânea
Idade Média
• político: Absolutismo
• econômico: Mercantilis-

Feudalismo
Idade
Moderna

Capitalismo

mo ou Capitalismo Comercial
• cultural: Renascimento
Cultural e Científico
• religioso: Reforma

Protestante ou Reforma
Religiosa

Idade
Contemporânea
Idade Média
• político: Absolutismo
• econômico: Mercantilis-

Feudalismo
Idade
Moderna

Capitalismo

mo ou Capitalismo Comercial
• cultural: Renascimento
Cultural e Científico
• religioso: Reforma

Protestante ou Reforma
Religiosa

Idade
Contemporânea
Idade Média
• político: Absolutismo
• econômico: Mercantilis-

Feudalismo
Idade
Moderna

Capitalismo

mo ou Capitalismo Comercial
• cultural: Renascimento
Cultural e Científico
• religioso: Reforma

Protestante ou Reforma
Religiosa

Idade
Contemporânea
Idade Média
• político: Absolutismo

Feudalismo

• econômico: Mercantilis-

mo ou Capitalismo Comercial
Idade
• cultural: Renascimento
 As revoluções Inglesas do
Moderna
Cultural e Científico
século XVII.
Capitalismo
• religioso: Reforma
 A Revolução Industrial.
Protestante ou Reforma
 A Independência dos EUA.
Religiosa
Idade
 A Revolução Francesa.
Contemporânea
Conceito de Revolução:
Série de acontecimentos econômicos, políticos e
culturais, na maioria das vezes impulsionados por
insurreições armadas, e dirigidos, numa primeira
etapa, no sentido da destruição de regimes sociais
historicamente condenados e, por isso, injustos.

Em suas fases ulteriores (seguintes), as
revoluções visam à implantação de uma nova ordem
de coisas, para retomar a marcha do progresso
material e espiritual, comprometido e interrompido
pela estagnação do sistema social derrubado.
Conceito de Revolução: (cont.)
O conceito de revolução nada tem em comum com
os conceitos de rebelião, golpe de Estado, sublevação e
guerra civil.
Ao contrário dessas últimas formas violentas de
manifestação política, que procuram promover a simples
substituição de grupos dominantes por outros, a
revolução tem como objetivo final alterar radicalmente o
conteúdo do poder político, o que se efetua mediante a
destruição de relações sociais caducas.
Conceito de Revolução: (cont.)
Embora as diversas revoluções ocorridas na História
apresentem características próprias, é possível distinguir
certas semelhanças que permitem estudá-las em conjunto.

Em primeiro lugar, a eclosão do movimento é sempre
precedida de uma fase marcada pela propagação das ideias
revolucionárias, que expressam o descontentamento popular
em relação ao regime social vigente.
Segue-se, então, a luta armada, através da qual as
forças revolucionárias, depois de esmagar as classes
dominantes, instalam-se no poder.
A última fase – a da consolidação das conquistas
revolucionárias – caracteriza-se pela concretização das
medidas de transformação política e econômica, exigidas pelas
classes que compõem o novo poder.
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Introdução à Revolução Francesa:
No final do século XVIII, diversos setores da sociedade
francesa se uniram para por fim ao Absolutismo.
A burguesia liderou o movimento, pois queria expandir
seus negócios, mas os resquícios do sistema feudal atrapalhavam
seus planos.
As massas populares, estimuladas pelos ideais iluministas
de liberdade, igualdade e fraternidade, também aderiram ao
movimento.
O movimento radicalizou-se, originando uma verdadeira
revolução. No final, tudo ficou com a cara da burguesia.

A Revolução Francesa é considerada o marco inicial da
História Contemporânea. Ela inspirou movimentos de libertação
em diversas partes do mundo e abriu caminho para a expansão
definitiva do Capitalismo.
A França nas vésperas da Revolução:
Grave Crise econômica, causada por:
Economia predominantemente agrária e ainda
mantinha estruturas feudais;
Problemas climáticos, provocando péssimas colheitas
e desabastecimento alimentício;
Déficit crônico causado pelos enormes gastos públicos;
Despesas com guerras (dos Sete Anos e da
Independência dos EUA);

Crise da indústria, que não conseguia competir com a
indústria inglesa;
Miséria, fome e desesperança.
A França nas vésperas da Revolução: (cont.)
Sociedade
Estamental e de Privilégios
OS ESTADOS GERAIS
A França ainda era
um país agrário:
de uma população de
25 milhões, 20 milhões
viviam no campo.

1º
ESTADO
CLERO

2º ESTADO
NOBREZA

3º ESTADO
COMPOSTO PELA ALTA, MÉDIA E
BAIXA BURGUESIA,
SANS-CULOTTES E CAMPONESES.

O 1º e 2º Estado
representavam
apenas 3% da
População

O 3º Estado
representava
97 % da
população
A França nas vésperas da Revolução: (cont.)
A Sociedade:
Primeiro Estado:

 Clero.

Alto Clero: bispos, abades e cônegos, vindos de
famílias da nobreza. A riqueza econômica do
alto clero tinha como base o recebimento do
dízimo e a propriedade imobiliária da terra.
Baixo Clero: padres e vigários economicamente
pobres, que formavam uma plebe eclesiástica.
A França nas vésperas da Revolução: (cont.)
A Sociedade:
Segundo Estado:

 Nobreza.

Nobreza Cortesã: vivia no palácio do rei,
recebendo pensões da monarquia;
Nobreza Provincial: vivia nos campos, às custas
dos rendimentos feudais recebidos de suas terras;
Nobreza de Toga: formada por burgueses que
compravam títulos nobiliárquicos e cargos
políticos de prestígio.
A França nas vésperas da Revolução: (cont.)
A Sociedade:
Terceiro Estado:

 Burguesia e Trabalhadores.

Grande Burguesia: banqueiros, poderosos empresários e
comerciantes;
Média Burguesia: profissionais liberais, como médicos,
advogados, professores e médios comerciantes;
Pequena Burguesia: pequenos comerciantes e pelos
sans-culottes, camada social urbana (artesãos, aprendizes
de ofícios, assalariados e desempregados marginalizados);
Camponeses: servos ainda presos às obrigações feudais
e por trabalhadores livres rurais.
 Sans-culottes

A “sansculotterie”
formou-se entre
1791 e 1792.

Era um agregado
de patriotas
armados
recrutados em
defesa da
Revolução.
O que é o terceiro estado?
Tudo.
O que tem ele sido em
nosso sistema político?
Nada.
O que ele pretende?
Ser alguma coisa.
A Assembleia dos Estados Gerais
Palácio de Versalhes:
local da Assembleia Geral dos Estados.
A votação na Assembleia:
1º Estado

2º Estado

3º Estado
Voto por estado,
o 3º estado
nunca vence.
Assim estava
determinado
Voto por
indivíduo. A
maioria dos
votos vence!
Exigência do 3º
Estado
A votação na Assembleia:
1º Estado

2º Estado

3º Estado

O rei não aceitou
por estado,
a proposta do 3º Estado. Votoestado
o 3º
nunca
Membros do 3º Estado e alguns do vence.
2º e 1º, declararam-se em Assim estava
determinado
Assembleia
Voto por
Nacional Constituinte,
indivíduo. A
em Julho/1789.
maioria dos
votos vence!
Exigência do 3º
Estado
A Liberdade Guiando o Povo
(em francês: La Liberté Guidant le Peuple)
é uma pintura de Eugène Delacroix em
comemoração à Revolução de Julho de
1830, com a queda de Carlos X.
Uma mulher representando a Liberdade,
guia o povo por cima dos corpos dos
derrotados, levando a bandeira tricolor
da Revolução francesa em uma mão
e brandindo um mosquete
com baioneta na outra.
O Processo Revolucionário:
As Etapas da Revolução:
Período da Assembleia Nacional
Constituinte ou do Grande Medo.
Período da Convenção Nacional:
Girondinos.

Período da Convenção Nacional:
Jacobinos – O Terror.
Período do Diretório.
Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.

 9/7/1789 - É proclamada a Assembleia
Nacional Constituinte.
 14/7/1789 - O povo parisiense toma de
assalto a fortaleza-prisão da Bastilha. É o
início do Grande Medo.
 4/8/1789 - A Assembleia abole os direitos
feudais.
 26/8/1789 - A Assembleia aprova a
Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão
que estabelece a igualdade de
todos perante a lei e o direito à liberdade
individual.
Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.

 12/7/1790 - Pela Constituição Civil do Clero
os membros da Igreja passam a ser
funcionários civis do Estado, dividindo-se em
Juramentados e Refratários.
 20/6/1791 - Luís XVI tenta fugir do país.
Preso em Varennes, no dia seguinte, é levado
de volta a Paris e mantido sob vigilância.

 Agosto-1791 - Áustria e Prússia, através do
Tratado de Pillnitz, ameaçam invadir a França
para restabelecer o absolutismo. Crescem as
forças contrarrevolucionárias no exterior.
A Queda da Bastilha
O Grande Medo
Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.

 3/9/1791 - É votada a Primeira Constituição
Francesa.
 30/9/1791 - Dissolve-se a Assembleia
Constituinte.
 1/10/1791 - É eleita a Assembleia Legislativa,
com maioria dos membros da alta burguesia:
os feuillants, favoráveis à manutenção da
monarquia constitucional, e os girondinos.
A minoria é formada pelos jacobinos,
representantes da pequena e média
burguesia, e das camadas mais populares.
Jacobinos:
representavam a
baixa burguesia e
defendiam uma maior
participação popular
no governo.
Liderados por
Robespierre e SaintJust, os jacobinos
eram radicais e
defendiam também
profundas mudanças
na sociedade que
beneficiassem os
mais pobres. Os
jacobinos eram o
grupo político mais
radical da Convenção.

E

D

S

I

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A

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R
E
I

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A

Girondinos:
representavam a alta
burguesia e
queriam
evitar uma
participação
maior dos
trabalhadores urbanos
e rurais na
política.
 Agosto-1792 – Luís XVI, forçado pela burguesia,
declara guerra à Áustria e à Prússia.
 Agosto-1792 – O povo parisiense ocupa o
palácio das Tulherias e aprisiona o rei e a família
real. Forma-se a Comuna Insurrecional de Paris.
 Setembro-1792 – O povo parisiense, liderado
por Robespierre, Danton, Marat e Saint Just,
massacra nobres e padres refratários nas
prisões: o MASSACRE DE SETEMBRO.

 20/9/1792 – Tropas francesas derrotam os
prussianos e austríacos na Batalha de Walmy.
Período da Convenção Nacional: Girondinos.

 21/9/1792 – A
Assembleia Legislativa é
substituída pela
Convenção Nacional,
eleita pelo sufrágio
universal masculino.
 22/9/1792 – A
República é proclamada.
 21/1/1793 – Acusado de
traição, Luís XVI é
guilhotinado.

Execução do rei
Luís XVI
aprovada pela
Convenção em
21 de janeiro
de 1793.
Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.

 Março-1793 – Eclode a Revolta de Vendeia,
rebelião camponesa. Forma-se a Primeira
Coligação contra a França.
 31/5-2/6/1793 – Os jacobinos cercam a
Convenção e prendem os deputados
girondinos e pântanos, e assumem o controle
da Revolução.
 16/10/1793 – Maria Antonieta é guilhotinada.
Execução de
Maria
Antonieta
em 16 de
outurbor de
1793.
Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.

 Abril-1793 – Criados o Comitê de Salvação
Nacional, o Comitê de Salvação Pública e o
Tribunal Revolucionário.

 24/6/1793 – Promulgada a Constituição do
Ano I.
 13/7/1793 – Marat é assassinado pela
girondina Charlotte Corday.
 Setembro-1793 – Instala-se a Era do Terror.

 Dezembro-1793 – Começa a luta no interior do
grupo revolucionário:
Herbertista X Indulgentes.
Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.

 1793 – Com a vitória dos
Herbertistas, Robespierre
assume o poder.
 1794 – Grupos conservadores assumem o poder
através do Golpe do “Golpe
do 9 Termidor”.
 1794 – Período conhecido
como Reação Termidoriana:
a alta burguesia volta ao
poder.
Período do Diretório.
 1795 – Inicia-se o Diretório. O poder
Executivo passa a ser exercido por 5
diretores. O Legislativo é confiado a duas
Câmaras: o Conselho dos Anciãos e o
Conselho dos Quinhentos.

 1796 – É iniciada a Campanha da Itália,
comandada pelo general Napoleão
Bonaparte.
 1796 – É descoberta a Conjura dos Iguais,
movimento popular liderado por Graco
Babeuf.
Período do Diretório.
 1798 – Napoleão inicia a campanha do Egito,
contra a Inglaterra;
 1799 – Forma-se a Segunda Coligação contra
a França;
 1799 – depois de retornar do Egito Napoleão
derruba o Diretório através do Golpe do 18
Brumário. Começa a ERA NAPOLEÔNICA.
A REVOLUÇÃO FRANCESA ATRAVÉS DA ARTE
ALGUNS
PERSONAGENS e
SÍMBOLOS DA
REVOLUÇÃO
FRANCESA
BASTILHA
ROBESPIERRE
DANTON
MARAT
GUILHOTINA
REI LUÍS XVI
MARIA ANTONIETA
 1787: Revolta dos Notáveis
 1789: Revolta do Terceiro Estado; 14 de julho: Tomada da Bastilha;
26 de agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
 1790: Confisco dos bens do Clero.
 1791: Constituição que estabeleceu a Monarquia Constitucional.
 1791: Tentativa de fuga e prisão do rei Luís XVI.
 1792: Invasão da França pela Áustria e Prússia.
 1793: Oficialização da República e morte do Rei Luís XVI; 2ª
Constituição.
 1793: Terror contra os inimigos da revolução.
 1794: Deposição de Robespierre.
 1795: Regime do Diretório — 3ª Constituição.
 1799: Golpe do 18 de Brumário (9 de novembro) de Napoleão.
A ERA
NAPOLEÔNICA
Fraqueza e ambigüidades do Diretório fazem com que a
burguesia se apóie cada vez mais no exército para dispersar a

oposição, a contra-revolução e o radicalismo popular.
Invasões estrangeiras de 1799 demonstram
fraqueza do Diretório e abrem caminho

para o golpe de 18 de Brumário
(9/11/1799):
Napoleão Bonaparte torna-se o 1º. Cônsul,

dissolvendo o Diretório e o Conselho
dos Quinhentos.
O Período
Napoleônico

Consulado
(Novembro de 1799 a 1804)

Império
(1804 a Março de 1814)

Napoleão cruzando os Alpes,
por Jacques Louis David
Invasões estrangeiras de
1799 demonstram
fraqueza do Diretório e
abrem caminho para o
golpe de 18 de Brumário
(9/11/1799): Napoleão
torna-se o 1o Cônsul,
dissolvendo o Diretório e
o Conselho dos 500.
Napoleão Bonaparte surge
como símbolo da
reconciliação e unidade
nacional.
Cônsul vitalício em 1802
Imperador em 1804
“O Consulado põe fim às oscilações e estabiliza
as instituições. Bonaparte faz uma triagem nas
experiências da Revolução, adota o que
considera viável, restabelece por vezes o que
lhe parece deveria ser restaurado, faz uma
amálgama disso tudo e lança as bases da
administração moderna. O capítulo
administrativo da reforma consular é um de
seus aspectos mais duradouros (...). Diz-se que
Bonaparte deu à França sua constituição
administrativa. Se as constituições políticas
do Consulado e do Império não sobreviveram
à Napoleão, a constituição administrativa foi
conservada por todos os regimes posteriores.”
(Rémond, 1986, p. 135)

Administração
centralizada e
hierarquizada

Funcionários
públicos
Liceus

Código
Civil de
1804
AS

GUERRAS

1792 a 1815: guerra quase ininterrupta na Europa
“natureza binária” das guerras desse período:

entre
entre

Estados-poderes

sistemas sociais
diferentes

guerras de conquista

expansão da Revolução
1793-1794: franceses preservaram a Revolução.
1794-1795: ocupação dos
Países Baixos, Renânia, partes
da Espanha, Suiça, Savóia.
1796: campanha italiana de
Napoleão Bonaparte.
1797-1799: recuos e novas
ofensivas.
1801-1802: imposição da paz
aos aliados: continentais e
Inglaterra.
1805: Áustria derrotada na
batalha de Austerlitz.
Batalha de Trafalgar, outubro 1805: derrota para Inglaterra na guerra naval.
Franceses admitem impossibilidade de invadir ilhas britânicas.
1806: Prússia derrotada e desmembrada

Bloqueio Continental (Sistema Continental):
derrotar Inglaterra por meio da pressão econômica.
1807: Tratado de Tilsit com Rússia (derrotada mas não
destruída como potência militar); hegemonia francesa
na Europa continental, exceto Escandinávia e Bálcãs
turcos.
1808: invasão da península Ibérica; revolta espanhola
abre campo de operações para ingleses.
O Império se
consolida em 1810 e
em 1812 adquire sua
máxima expansão
territorial.
Desde 1807 as
contínuas anexações
territoriais fazem com
que a hegemonia
francesa na Europa se
estruture na forma de
estados familiares,
vassalos e aliados.

Governado por
Napoleão
Irmão de Napoleão ou enteado
Cunhado de Napoleão, sobrinho ou sogro do enteado
Estado satélite napoleônico
Pitt e Napoleão fatiando o mundo: enquanto Napoleão toma a Europa,
Pitt (a Inglaterra) separa a maior fatia, o oceano.
1812: a campanha russa de Napoleão Bonaparte
Dificuldades de imposição do Bloqueio
Continental minaram estabilidade alcançada com
Tratado de Tilsit e levaram ao rompimento com
Rússia.
Guerra com Rússia: invasão e retirada (Czar não
capitulou e perspectiva era guerra interminável).
Napoleão derrotado menos pelo inverno que pelo
seu fracasso em manter suprimento adequado ao
exército. A retirada de Moscou destruiu o exército.
O declínio começa em 1812
Fracasso da campanha da Rússia estimula onda de resistências ao
domínio napoleônico em todas as regiões ocupadas entre 1813 e
1814.
Aliança entre Rússia, Prússia e Áustria consegue derrubar
sistema napoleônico nas regiões da Alemanha, Holanda e norte
da Itália.
Portugal e Espanha, invadidos em 1808, mantiveram resistência
constante à ocupação francesa com apoio inglês. A partir de 1812,
ofensivas hispano-inglesas conseguem liberar progressivamente
o território ibérico, com a expulsão definitiva dos franceses em
meados de 1813.

Coalizão final anti-francesa: velhos inimigos e vítimas + todos os
que estavam ansiosos por estar do lado vencedor.
Francisco de Goya y Lucientes
31 de março de 1814: os aliados (Rússia, Prússia e Áustria) entram em Paris
6 de abril de 1814: Paris ocupada, renúncia do imperador; forma-se um governo
provisório.
Junho de 1815: Waterloo
Efeitos das décadas de guerra:
1- Conforme Hobsbawm (1982), as fronteiras políticas da Europa
foram redesenhadas várias vezes, mas algumas mudanças
sobreviveram à derrota de Napoleão:
a) Racionalização do mapa político europeu, especialmente na
Alemanha e Itália:
- implantação do Estado Moderno em termos de geografia política
(territórios contínuos);
- fim do Sacro Império; fim das cidades-Estado e cidades livres.
b) Fora da Europa: expansão do império britânico; movimentos de
libertação colonial na América espanhola e portuguesa.
2- Mudanças institucionais introduzidas direta ou indiretamente pela
conquista francesa.
3- Profunda transformação na atmosfera política européia.
Governo dos Cem Dias (março/junho de 1815):
- Luís XVIII (irmão de Luís XVI) assume o governo da
França.
- Napoleão foge da ilha de Elba e reassume o poder
(com ajuda até das tropas que foram enviadas para
prendê-lo).
- Luís XVIII foge.

- Com o retorno do ex-imperador, os países aliados
derrotaram em definitivo os franceses na Batalha de
Waterloo. Aprisionado, Napoleão foi mandado para
Santa Helena, uma ilha minúscula no Atlântico onde
ficou até a morte, em 1821.
Ilha de Elba
Oceano
Atlântico
Oceano
Atlântico
Oceano
Atlântico
A Ilha de
Santa Helena
A Ilha de
Santa
Helena
"Sabia-se agora que a revolução num só país
podia ser um fenômeno europeu, que suas
doutrinas podiam atravessar as fronteiras e, o que
era pior, que seus exércitos podiam fazer explodir
os sistemas políticos de um continente. Sabia-se
agora que a revolução social era possível, que as
nações existiam independentemente dos Estados,
os povos independentemente de seus
governantes, e até mesmo que os pobres existiam
independentemente das classes governantes."
(Hobsbawm, 1982, p. 109)
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  • 3. Idade Média • político: Absolutismo • econômico: Mercantilis- Feudalismo Idade Moderna Capitalismo mo ou Capitalismo Comercial • cultural: Renascimento Cultural e Científico • religioso: Reforma Protestante ou Reforma Religiosa Idade Contemporânea
  • 4. Idade Média • político: Absolutismo • econômico: Mercantilis- Feudalismo Idade Moderna Capitalismo mo ou Capitalismo Comercial • cultural: Renascimento Cultural e Científico • religioso: Reforma Protestante ou Reforma Religiosa Idade Contemporânea
  • 5. Idade Média • político: Absolutismo • econômico: Mercantilis- Feudalismo Idade Moderna Capitalismo mo ou Capitalismo Comercial • cultural: Renascimento Cultural e Científico • religioso: Reforma Protestante ou Reforma Religiosa Idade Contemporânea
  • 6. Idade Média • político: Absolutismo • econômico: Mercantilis- Feudalismo Idade Moderna Capitalismo mo ou Capitalismo Comercial • cultural: Renascimento Cultural e Científico • religioso: Reforma Protestante ou Reforma Religiosa Idade Contemporânea
  • 7. Idade Média • político: Absolutismo Feudalismo • econômico: Mercantilis- mo ou Capitalismo Comercial Idade • cultural: Renascimento  As revoluções Inglesas do Moderna Cultural e Científico século XVII. Capitalismo • religioso: Reforma  A Revolução Industrial. Protestante ou Reforma  A Independência dos EUA. Religiosa Idade  A Revolução Francesa. Contemporânea
  • 8.
  • 9. Conceito de Revolução: Série de acontecimentos econômicos, políticos e culturais, na maioria das vezes impulsionados por insurreições armadas, e dirigidos, numa primeira etapa, no sentido da destruição de regimes sociais historicamente condenados e, por isso, injustos. Em suas fases ulteriores (seguintes), as revoluções visam à implantação de uma nova ordem de coisas, para retomar a marcha do progresso material e espiritual, comprometido e interrompido pela estagnação do sistema social derrubado.
  • 10. Conceito de Revolução: (cont.) O conceito de revolução nada tem em comum com os conceitos de rebelião, golpe de Estado, sublevação e guerra civil. Ao contrário dessas últimas formas violentas de manifestação política, que procuram promover a simples substituição de grupos dominantes por outros, a revolução tem como objetivo final alterar radicalmente o conteúdo do poder político, o que se efetua mediante a destruição de relações sociais caducas.
  • 11. Conceito de Revolução: (cont.) Embora as diversas revoluções ocorridas na História apresentem características próprias, é possível distinguir certas semelhanças que permitem estudá-las em conjunto. Em primeiro lugar, a eclosão do movimento é sempre precedida de uma fase marcada pela propagação das ideias revolucionárias, que expressam o descontentamento popular em relação ao regime social vigente. Segue-se, então, a luta armada, através da qual as forças revolucionárias, depois de esmagar as classes dominantes, instalam-se no poder. A última fase – a da consolidação das conquistas revolucionárias – caracteriza-se pela concretização das medidas de transformação política e econômica, exigidas pelas classes que compõem o novo poder.
  • 13. Introdução à Revolução Francesa: No final do século XVIII, diversos setores da sociedade francesa se uniram para por fim ao Absolutismo. A burguesia liderou o movimento, pois queria expandir seus negócios, mas os resquícios do sistema feudal atrapalhavam seus planos. As massas populares, estimuladas pelos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade, também aderiram ao movimento. O movimento radicalizou-se, originando uma verdadeira revolução. No final, tudo ficou com a cara da burguesia. A Revolução Francesa é considerada o marco inicial da História Contemporânea. Ela inspirou movimentos de libertação em diversas partes do mundo e abriu caminho para a expansão definitiva do Capitalismo.
  • 14. A França nas vésperas da Revolução: Grave Crise econômica, causada por: Economia predominantemente agrária e ainda mantinha estruturas feudais; Problemas climáticos, provocando péssimas colheitas e desabastecimento alimentício; Déficit crônico causado pelos enormes gastos públicos; Despesas com guerras (dos Sete Anos e da Independência dos EUA); Crise da indústria, que não conseguia competir com a indústria inglesa; Miséria, fome e desesperança.
  • 15. A França nas vésperas da Revolução: (cont.) Sociedade Estamental e de Privilégios
  • 16. OS ESTADOS GERAIS A França ainda era um país agrário: de uma população de 25 milhões, 20 milhões viviam no campo. 1º ESTADO CLERO 2º ESTADO NOBREZA 3º ESTADO COMPOSTO PELA ALTA, MÉDIA E BAIXA BURGUESIA, SANS-CULOTTES E CAMPONESES. O 1º e 2º Estado representavam apenas 3% da População O 3º Estado representava 97 % da população
  • 17. A França nas vésperas da Revolução: (cont.) A Sociedade: Primeiro Estado:  Clero. Alto Clero: bispos, abades e cônegos, vindos de famílias da nobreza. A riqueza econômica do alto clero tinha como base o recebimento do dízimo e a propriedade imobiliária da terra. Baixo Clero: padres e vigários economicamente pobres, que formavam uma plebe eclesiástica.
  • 18. A França nas vésperas da Revolução: (cont.) A Sociedade: Segundo Estado:  Nobreza. Nobreza Cortesã: vivia no palácio do rei, recebendo pensões da monarquia; Nobreza Provincial: vivia nos campos, às custas dos rendimentos feudais recebidos de suas terras; Nobreza de Toga: formada por burgueses que compravam títulos nobiliárquicos e cargos políticos de prestígio.
  • 19. A França nas vésperas da Revolução: (cont.) A Sociedade: Terceiro Estado:  Burguesia e Trabalhadores. Grande Burguesia: banqueiros, poderosos empresários e comerciantes; Média Burguesia: profissionais liberais, como médicos, advogados, professores e médios comerciantes; Pequena Burguesia: pequenos comerciantes e pelos sans-culottes, camada social urbana (artesãos, aprendizes de ofícios, assalariados e desempregados marginalizados); Camponeses: servos ainda presos às obrigações feudais e por trabalhadores livres rurais.
  • 20.  Sans-culottes A “sansculotterie” formou-se entre 1791 e 1792. Era um agregado de patriotas armados recrutados em defesa da Revolução.
  • 21. O que é o terceiro estado? Tudo. O que tem ele sido em nosso sistema político? Nada. O que ele pretende? Ser alguma coisa.
  • 22. A Assembleia dos Estados Gerais
  • 23. Palácio de Versalhes: local da Assembleia Geral dos Estados.
  • 24. A votação na Assembleia: 1º Estado 2º Estado 3º Estado Voto por estado, o 3º estado nunca vence. Assim estava determinado Voto por indivíduo. A maioria dos votos vence! Exigência do 3º Estado
  • 25. A votação na Assembleia: 1º Estado 2º Estado 3º Estado O rei não aceitou por estado, a proposta do 3º Estado. Votoestado o 3º nunca Membros do 3º Estado e alguns do vence. 2º e 1º, declararam-se em Assim estava determinado Assembleia Voto por Nacional Constituinte, indivíduo. A em Julho/1789. maioria dos votos vence! Exigência do 3º Estado
  • 26.
  • 27. A Liberdade Guiando o Povo (em francês: La Liberté Guidant le Peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X. Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.
  • 28. O Processo Revolucionário: As Etapas da Revolução: Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo. Período da Convenção Nacional: Girondinos. Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror. Período do Diretório.
  • 29. Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.  9/7/1789 - É proclamada a Assembleia Nacional Constituinte.  14/7/1789 - O povo parisiense toma de assalto a fortaleza-prisão da Bastilha. É o início do Grande Medo.  4/8/1789 - A Assembleia abole os direitos feudais.  26/8/1789 - A Assembleia aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que estabelece a igualdade de todos perante a lei e o direito à liberdade individual.
  • 30. Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.  12/7/1790 - Pela Constituição Civil do Clero os membros da Igreja passam a ser funcionários civis do Estado, dividindo-se em Juramentados e Refratários.  20/6/1791 - Luís XVI tenta fugir do país. Preso em Varennes, no dia seguinte, é levado de volta a Paris e mantido sob vigilância.  Agosto-1791 - Áustria e Prússia, através do Tratado de Pillnitz, ameaçam invadir a França para restabelecer o absolutismo. Crescem as forças contrarrevolucionárias no exterior.
  • 31. A Queda da Bastilha
  • 33. Período da Assembleia Nacional Constituinte ou do Grande Medo.  3/9/1791 - É votada a Primeira Constituição Francesa.  30/9/1791 - Dissolve-se a Assembleia Constituinte.  1/10/1791 - É eleita a Assembleia Legislativa, com maioria dos membros da alta burguesia: os feuillants, favoráveis à manutenção da monarquia constitucional, e os girondinos. A minoria é formada pelos jacobinos, representantes da pequena e média burguesia, e das camadas mais populares.
  • 34. Jacobinos: representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e SaintJust, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres. Os jacobinos eram o grupo político mais radical da Convenção. E D S I Q U E R D A X R E I T A Girondinos: representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política.
  • 35.  Agosto-1792 – Luís XVI, forçado pela burguesia, declara guerra à Áustria e à Prússia.  Agosto-1792 – O povo parisiense ocupa o palácio das Tulherias e aprisiona o rei e a família real. Forma-se a Comuna Insurrecional de Paris.  Setembro-1792 – O povo parisiense, liderado por Robespierre, Danton, Marat e Saint Just, massacra nobres e padres refratários nas prisões: o MASSACRE DE SETEMBRO.  20/9/1792 – Tropas francesas derrotam os prussianos e austríacos na Batalha de Walmy.
  • 36. Período da Convenção Nacional: Girondinos.  21/9/1792 – A Assembleia Legislativa é substituída pela Convenção Nacional, eleita pelo sufrágio universal masculino.  22/9/1792 – A República é proclamada.  21/1/1793 – Acusado de traição, Luís XVI é guilhotinado. Execução do rei Luís XVI aprovada pela Convenção em 21 de janeiro de 1793.
  • 37.
  • 38. Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.  Março-1793 – Eclode a Revolta de Vendeia, rebelião camponesa. Forma-se a Primeira Coligação contra a França.  31/5-2/6/1793 – Os jacobinos cercam a Convenção e prendem os deputados girondinos e pântanos, e assumem o controle da Revolução.  16/10/1793 – Maria Antonieta é guilhotinada.
  • 39. Execução de Maria Antonieta em 16 de outurbor de 1793.
  • 40. Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.  Abril-1793 – Criados o Comitê de Salvação Nacional, o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário.  24/6/1793 – Promulgada a Constituição do Ano I.  13/7/1793 – Marat é assassinado pela girondina Charlotte Corday.  Setembro-1793 – Instala-se a Era do Terror.  Dezembro-1793 – Começa a luta no interior do grupo revolucionário: Herbertista X Indulgentes.
  • 41. Período da Convenção Nacional: Jacobinos – O Terror.  1793 – Com a vitória dos Herbertistas, Robespierre assume o poder.  1794 – Grupos conservadores assumem o poder através do Golpe do “Golpe do 9 Termidor”.  1794 – Período conhecido como Reação Termidoriana: a alta burguesia volta ao poder.
  • 42. Período do Diretório.  1795 – Inicia-se o Diretório. O poder Executivo passa a ser exercido por 5 diretores. O Legislativo é confiado a duas Câmaras: o Conselho dos Anciãos e o Conselho dos Quinhentos.  1796 – É iniciada a Campanha da Itália, comandada pelo general Napoleão Bonaparte.  1796 – É descoberta a Conjura dos Iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf.
  • 43. Período do Diretório.  1798 – Napoleão inicia a campanha do Egito, contra a Inglaterra;  1799 – Forma-se a Segunda Coligação contra a França;  1799 – depois de retornar do Egito Napoleão derruba o Diretório através do Golpe do 18 Brumário. Começa a ERA NAPOLEÔNICA.
  • 44. A REVOLUÇÃO FRANCESA ATRAVÉS DA ARTE
  • 45.
  • 50. MARAT
  • 54.  1787: Revolta dos Notáveis  1789: Revolta do Terceiro Estado; 14 de julho: Tomada da Bastilha; 26 de agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.  1790: Confisco dos bens do Clero.  1791: Constituição que estabeleceu a Monarquia Constitucional.  1791: Tentativa de fuga e prisão do rei Luís XVI.  1792: Invasão da França pela Áustria e Prússia.  1793: Oficialização da República e morte do Rei Luís XVI; 2ª Constituição.  1793: Terror contra os inimigos da revolução.  1794: Deposição de Robespierre.  1795: Regime do Diretório — 3ª Constituição.  1799: Golpe do 18 de Brumário (9 de novembro) de Napoleão.
  • 55.
  • 57. Fraqueza e ambigüidades do Diretório fazem com que a burguesia se apóie cada vez mais no exército para dispersar a oposição, a contra-revolução e o radicalismo popular. Invasões estrangeiras de 1799 demonstram fraqueza do Diretório e abrem caminho para o golpe de 18 de Brumário (9/11/1799): Napoleão Bonaparte torna-se o 1º. Cônsul, dissolvendo o Diretório e o Conselho dos Quinhentos.
  • 58. O Período Napoleônico Consulado (Novembro de 1799 a 1804) Império (1804 a Março de 1814) Napoleão cruzando os Alpes, por Jacques Louis David
  • 59. Invasões estrangeiras de 1799 demonstram fraqueza do Diretório e abrem caminho para o golpe de 18 de Brumário (9/11/1799): Napoleão torna-se o 1o Cônsul, dissolvendo o Diretório e o Conselho dos 500. Napoleão Bonaparte surge como símbolo da reconciliação e unidade nacional. Cônsul vitalício em 1802 Imperador em 1804
  • 60. “O Consulado põe fim às oscilações e estabiliza as instituições. Bonaparte faz uma triagem nas experiências da Revolução, adota o que considera viável, restabelece por vezes o que lhe parece deveria ser restaurado, faz uma amálgama disso tudo e lança as bases da administração moderna. O capítulo administrativo da reforma consular é um de seus aspectos mais duradouros (...). Diz-se que Bonaparte deu à França sua constituição administrativa. Se as constituições políticas do Consulado e do Império não sobreviveram à Napoleão, a constituição administrativa foi conservada por todos os regimes posteriores.” (Rémond, 1986, p. 135) Administração centralizada e hierarquizada Funcionários públicos Liceus Código Civil de 1804
  • 61. AS GUERRAS 1792 a 1815: guerra quase ininterrupta na Europa “natureza binária” das guerras desse período: entre entre Estados-poderes sistemas sociais diferentes guerras de conquista expansão da Revolução
  • 62. 1793-1794: franceses preservaram a Revolução. 1794-1795: ocupação dos Países Baixos, Renânia, partes da Espanha, Suiça, Savóia. 1796: campanha italiana de Napoleão Bonaparte. 1797-1799: recuos e novas ofensivas. 1801-1802: imposição da paz aos aliados: continentais e Inglaterra. 1805: Áustria derrotada na batalha de Austerlitz.
  • 63.
  • 64. Batalha de Trafalgar, outubro 1805: derrota para Inglaterra na guerra naval. Franceses admitem impossibilidade de invadir ilhas britânicas.
  • 65.
  • 66. 1806: Prússia derrotada e desmembrada Bloqueio Continental (Sistema Continental): derrotar Inglaterra por meio da pressão econômica.
  • 67. 1807: Tratado de Tilsit com Rússia (derrotada mas não destruída como potência militar); hegemonia francesa na Europa continental, exceto Escandinávia e Bálcãs turcos. 1808: invasão da península Ibérica; revolta espanhola abre campo de operações para ingleses.
  • 68.
  • 69. O Império se consolida em 1810 e em 1812 adquire sua máxima expansão territorial. Desde 1807 as contínuas anexações territoriais fazem com que a hegemonia francesa na Europa se estruture na forma de estados familiares, vassalos e aliados. Governado por Napoleão Irmão de Napoleão ou enteado Cunhado de Napoleão, sobrinho ou sogro do enteado Estado satélite napoleônico
  • 70.
  • 71. Pitt e Napoleão fatiando o mundo: enquanto Napoleão toma a Europa, Pitt (a Inglaterra) separa a maior fatia, o oceano.
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  • 73. 1812: a campanha russa de Napoleão Bonaparte Dificuldades de imposição do Bloqueio Continental minaram estabilidade alcançada com Tratado de Tilsit e levaram ao rompimento com Rússia. Guerra com Rússia: invasão e retirada (Czar não capitulou e perspectiva era guerra interminável). Napoleão derrotado menos pelo inverno que pelo seu fracasso em manter suprimento adequado ao exército. A retirada de Moscou destruiu o exército.
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  • 75. O declínio começa em 1812 Fracasso da campanha da Rússia estimula onda de resistências ao domínio napoleônico em todas as regiões ocupadas entre 1813 e 1814. Aliança entre Rússia, Prússia e Áustria consegue derrubar sistema napoleônico nas regiões da Alemanha, Holanda e norte da Itália. Portugal e Espanha, invadidos em 1808, mantiveram resistência constante à ocupação francesa com apoio inglês. A partir de 1812, ofensivas hispano-inglesas conseguem liberar progressivamente o território ibérico, com a expulsão definitiva dos franceses em meados de 1813. Coalizão final anti-francesa: velhos inimigos e vítimas + todos os que estavam ansiosos por estar do lado vencedor.
  • 76. Francisco de Goya y Lucientes
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  • 79. 31 de março de 1814: os aliados (Rússia, Prússia e Áustria) entram em Paris 6 de abril de 1814: Paris ocupada, renúncia do imperador; forma-se um governo provisório. Junho de 1815: Waterloo
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  • 83. Efeitos das décadas de guerra: 1- Conforme Hobsbawm (1982), as fronteiras políticas da Europa foram redesenhadas várias vezes, mas algumas mudanças sobreviveram à derrota de Napoleão: a) Racionalização do mapa político europeu, especialmente na Alemanha e Itália: - implantação do Estado Moderno em termos de geografia política (territórios contínuos); - fim do Sacro Império; fim das cidades-Estado e cidades livres. b) Fora da Europa: expansão do império britânico; movimentos de libertação colonial na América espanhola e portuguesa. 2- Mudanças institucionais introduzidas direta ou indiretamente pela conquista francesa. 3- Profunda transformação na atmosfera política européia.
  • 84. Governo dos Cem Dias (março/junho de 1815): - Luís XVIII (irmão de Luís XVI) assume o governo da França. - Napoleão foge da ilha de Elba e reassume o poder (com ajuda até das tropas que foram enviadas para prendê-lo). - Luís XVIII foge. - Com o retorno do ex-imperador, os países aliados derrotaram em definitivo os franceses na Batalha de Waterloo. Aprisionado, Napoleão foi mandado para Santa Helena, uma ilha minúscula no Atlântico onde ficou até a morte, em 1821.
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  • 92. "Sabia-se agora que a revolução num só país podia ser um fenômeno europeu, que suas doutrinas podiam atravessar as fronteiras e, o que era pior, que seus exércitos podiam fazer explodir os sistemas políticos de um continente. Sabia-se agora que a revolução social era possível, que as nações existiam independentemente dos Estados, os povos independentemente de seus governantes, e até mesmo que os pobres existiam independentemente das classes governantes." (Hobsbawm, 1982, p. 109)