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 O Benzeno é um hidrocarboneto classificado como
hidrocarboneto aromático.
 E é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos os
aromáticos possuem um anel benzênico (benzeno),
que, por isso, é também chamado de anel aromático,
possui a fórmula C 6H6.
 À temperatura ambiente, o benzeno é um líquido
volátil, estável e incolor;
 É altamente inflamável;
 Além de inflamável e incolor, tem um aroma doce e
agradável;
 Tem efeito anestésico geral;
 O nome benzeno deriva do ácido benzoico, que foi
descoberto no século XVI, e que recebeu este nome
por ter sido obtido pela essência do benjoeiro.
 O benzeno foi descoberto em 1825 por Michael
Faraday (1791 - 1867) no gás de iluminação usado
em Londres na época.
 Em 1834, o químico Edilhardt Mitscherlich
determinou a fórmula molecular do benzeno como
sendo C6H6.
 Só em 1865, Kekulé(1829 - 1896) propôs a idéia de
um anel hexagonal para a fórmula C6H6.
 É utilizado como matéria prima para síntese de
outros compostos orgânicos e como aditivo nos
combustíveis para veículos, substituindo, em
parte, o chumbo.
 O Benzeno é encontrado em detergentes,
refrigerantes, antissépticos bucais, plásticos,
sabão em pó, gasolina, anilina , tintas, copos
descartáveis, isopor, nylon, etc.
 As indústrias que envolvem o uso de benzeno
incluem a indústria da borracha, refinarias de
petróleo, indústrias químicas, fabricantes de
calçados e indústrias conexas à gasolina.
 O benzeno era utilizado como um solvente comum
na industria, bem como o tíner e aguarrás;
 Devido ao seu alto perigo à saúde e à vida,
facilmente reconhecido por sua própria história, o
benzeno foi substituído por tolueno, que ainda
continha 25% de benzeno, e o tolueno substituído
na industria pelo xileno. Um processo de
substituição gradativo que durou décadas.
 A espuma de poliuretano, muito utilizada em
isolamentos acústicos, é produzida por anilina,
que por sua vez deriva-se do benzeno.
 Medicamentos, corantes, perfumes, adoçantes
de sacarina, detergentes e etc., também
possuem benzeno, que por sua vez encontra-se
na composição do tolueno.
 Desinfetantes comuns também possuem uma
certa quantidade de benzeno, que por sua vez
estão localizados nas cadeias aromáticas do
fenol.
Perigos para o ser
humano
 O benzeno produz um
considerável número de
efeitos biológicos.
 Os efeitos agudos do
benzeno refletem a sua
atividade como anestésico
geral e podem conduzir a
uma depressão do sistema
nervoso central , perda da
consciência entre outros.
 Os vapores do benzeno, se inalados, causam
tontura, dores de cabeça e até mesmo
inconsciência. Se inalados em pequenas
quantidades por longos períodos causam sérios
problemas sanguíneos, como leucopenia.
 Na história recente, tem havido muitos
exemplos dos efeitos nocivos para a saúde do
benzeno e seus derivados. A síndrome do óleo
tóxico causou imunossupressão localizada em
Madrid em 1981 de pessoas ingerindo óleo de
colza contaminado com anilida.
 Leucopenia
 A leucopenia é a redução no número
de leucócitos, por volume
de sangue circulante. Os leucócitos,
também conhecidos como glóbulos
brancos, são células presentes no sangue e
produzidas na medula óssea e no tecido
linfático.
 São chamados de glóbulos brancos, pois,
ao contrário das hemácias (glóbulos
vermelhos), não possuem pigmentos.
Realizar a defesa do organismo contra
agentes infecciosos, isso se dá pelo seu
potencial de produzir anticorpos.
 A exposição ao benzeno é uma das
principais causas motrizes para o
desenvolvimento da leucopenia, pois, em
após um longo tempo exposto ao agente,
as cadeias aromáticas acabam por causar
danos e supressões na medula óssea, onde
originam-se os leucócitos. Logo, o sangue
fica vulnerável sem suas células básicas
de defesa.
 A Síndrome de Fadiga
Crônica
 também foi correlacionada
com as pessoas que comem
alimento "desnaturado“ – que
sofre desnaturação de
proteínas – que utilizou
solventes para remover a
gordura ou que contenham
ácido benzoico, mas a
causalidade não está
provada.
Síndrome do
Óleo Tóxico
 Foi um surto de uma doença
ocorrido na Espanha, no ano de
1981, levando muitas pessoas à
morte. Caracterizava-se por
intensas mialgias e infiltrados
pulmonares;
 Teve como causa a ingestão de
um óleo fraudulentamente
comercializado como azeite de
oliva, o óleo de colza.
 Ele foi vendido por vendedores
ambulantes como sendo azeite
de oliva e, portanto, utilizado
por quem o comprava, na
alimentação;
 20.000 pessoas ingeriram o óleo;
 Cerca de 300 morreram após sua
ingestão
 Muitas outras
desenvolveram doença crônica
Intoxicação por
Benzeno
Dados: Não encontrados na
internet
Fonte: Livro Higiene Ocupacional,
de Ezio Brevigliero.
 Numa fábrica de colagem de peças
plásticas por imersão em benzeno,
110 trabalhadores foram expostos
ao elemento. A empresa tinha 150
colaboradores, e 106 deles
apresentaram alterações
compatíveis com a intoxicação pela
substância após exames médicos -
números estatísticos bem elevados.
 Quatro mortes foram
desencadeadas por tal exposição.
O tempo médio de exposição
desses quatro trabalhadores foi de
apenas 4 meses, e o mais alarmante
é que as vítimas não atuavam
diretamente com a substância.
 As vítimas fatais eram 3 auxiliares
de serviços gerais e 1 ajudante de
laboratório.
Explosão da central
petroquímica de Jilin
Data: 13 de novembro de
2005;
Local: Jilin – China.
 Este acidente constituiu uma
série de explosões que
provocaram 5 mortos e mais de
10.000 refugiados. As explosões
causaram uma nuvem tóxica e
não só, também foi poluído o
rio Songhua por uma extensão
de mais 80km.
 Esta contaminação impediu o
abastecimento de água das
aldeias próximas do local do
acidente.
 O produto mais poluente neste
acidente foi o benzeno.
 O benzeno tem como dose letal
500 mg/kg via oral.Mancha negra no rio Songhua
Frentistas
contaminados por
Benzeno
Data: 01 de outubro de 2015
Local: Santa Catarina – Brasil.
 A intoxicação humana pelo benzeno pode
ocorrer por três vias de absorção:
 Respiratória (aspiração por vapores);
 Cutânea;
 Digestiva.
- A via respiratória é a principal, do ponto de vista
toxicológico, sendo retido 46% do benzeno inalado.
Uma vez absorvido, quase imediatamente é
eliminado em 50% pelos pulmões.
 O benzeno que permanece no corpo, distribui-se
por vários tecidos. Na intoxicação aguda, a maior
parte é retida no sistema nervoso central, enquanto
que na intoxicação crônica permanece na medula
óssea (40%), no fígado (43%) e nos tecidos
gordurosos (10%).
 Após sua absorção, parte do benzeno distribuído
pelo organismo é metabolizado pelo fígado e cerca
de 30% é transformado em fenol e em derivados
como pirocatecol, hidroquinona e hidroxiquinona,
os quais são eliminados pela urina nas primeiras
horas até 24 horas após cessada a exposição.
 As atividades que manipulam ou tem exposição do benzeno são
sujeitas a aposentadoria especial, segundo o Perfil Profissiográfico
da Previdência(PPP)
Código Agente nocivo Tempo de Exposição
1.0.3
Benzeno e seus compostos tóxicos:
a) produção e processamento de
benzeno;
b) utilização de benzeno como
matéria-prima em sínteses orgânicas e
na produção de derivados;
c) utilização de benzeno como insumo
na extração de óleos vegetais e
álcoois;
d) utilização de produtos que
contenham benzeno, como colas,
tintas, vernizes, produtos gráficos e
solventes;
e) produção e utilização de
clorobenzenos e derivados;
f) fabricação e vulcanização de
artefatos de borracha;
g) fabricação e recauchutagem de
pneumáticos.
25 ANOS
 No Brasil, as principais fontes de produção do benzeno
são atualmente os centros de produção petroquímica e
refino de petróleo, os quais são responsáveis por
aproximadamente 95% da produção nacional. Os
outros 5% provém da destilação fracionada de óleos
leves de alcatrão e BTX (benzeno, tolueno,
xileno), obtido a partir da destilação seca do carvão
mineral nas siderúrgicas.
 O carvão mineral (hidrocarboneto) é um
combustível fóssil(não renovável) que está
presente em diversas regiões do planeta.
 A partir do século XVIII, este passou a ser cada
vez mais utilizado, substituindo a lenha, que
era a mais utilizada até então.
Benzeno e Carvão
Mineral
Carvão: fonte de substâncias
aromáticas
Principais fontes de hidro
carbonetos aromáticos:
•Hulha e Petróleo
•Na destilação seca(a 1000ºC) a
hulha fornece gases, vapores e um
resíduo sólido cinzento, com brilho
metálico e rico em carbono,
denominado “coque”.
•A condensação dos gases e vapores
produz o ALCATRÃO e as águas
amoniacais. Resta, sem se
condensar, uma mistura de gases:
Hidrogênio, Metano, Monóxido de
Carbono e Dióxido de Carbono,
entre outros.
 A mistura gasosa obtida na
destilação é utilizada como
combustível doméstico e
industrial. É conhecida também
como “gás de rua”, pois era
utilizada em lampiões a gás do
início do século XX.
 O ALCATRÃO é constituído
por uma mistura de compostos
aromáticos. Por destilação
fracionada, obtêm-se diversas
frações: benzeno, tolueno,
xileno, fenóis, anilinas, cresóis,
antraceno, fenantreno, etec.,
restando, ainda, um resíduo
chamado “piche”.
 1. O Anexo tem como objetivo regulamentar ações,
atribuições e procedimentos de prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno, visando à
proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se
de um produto comprovadamente cancerígeno.
 2. O presente Anexo se aplica a todas as empresas
que produzem, transportam, armazenam, utilizam
ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas
contendo 1% (um por cento) ou mais de volume e
aquelas por elas contratadas(terceirizadas), no que
couber.
 2.1 O presente anexo NÃO se aplica às
atividades de armazenamento, transporte,
distribuição, venda e uso de combustíveis
derivados de petróleo.
 Ou seja, o anexo se aplica às organizações que
manipulam benzeno, mas não às certas
atividades fins da organização.
 3.1 É proibido utilizar o benzeno para
quaisquer emprego, exceto nas INDÚSTRIAS e
LABORATÓRIOS que:
 O produzem;
 Utilizem como base;
 O empreguem em combustíveis derivados do
petróleo;
 O empreguem nos trabalhos de investigação feitos
em laboratórios, quando não for possível sua
substituição.
 4. As empresas que manipulam o benzeno têm
que cadastrar seus estabelecimentos no DSST
apresentando:
 Identificação da empresa, CNPJ, ramo e CNAE;
 Nº de trabalhadores por estabelecimento;
 Nome das empresas que fornecem o benzeno(se for
o caso);
 Utilização a que se destina o benzeno;
 Quantidade média de processamento mensal;
 Documento base do PPEOB.
 4.1.1 SOMENTE SERÃO CADASTRADAS AS
INSTALAÇÕES APTAS A OPERAR.
 O PPEOB – Programa de Proteção a Exposição
ao Benzeno – do laboratório ou instituições
deve ser mantido a disposição da
fiscalização(Sindicato da categoria, MTE, MP).
 As alterações de instalações que influenciem no
uso do benzeno devem ser informadas ao
DSST, para que se atualize os dados.
 O PPEOB foi legalmente ratificado com a
Portaria nº 25/94
 Deve representar o mais elevado grau de
compromisso de sua diretoria com os
princípios e diretrizes da prevenção da
exposição dos trabalhadores ao benzeno
devendo:
 Ser formalizado pela administração;
 Ter indicação de um responsável que responderá
pelo mesmo junto aos Órgãos Públicos e demais
mecanismos de regulação junto com os
trabalhadores;
 Dentro do PPEOB deve ter:
 O caráter das instalações ou misturas que contenham
concentração > 1%;
 Avaliação das concentrações;
 Ações de vigilância à saúde dos trabalhadores
próprios e terceirizados;
 Descrição dos acordos coletivos(tripartite) referentes
ao benzeno;
 Procedimento para seu arquivamento por 40 anos;
 Adequação da Proteção Respiratória;
 Definição das operações de manutenção;
 Levantamento de todas as situações onde possam ocorrer
concentrações elevadas de benzeno, com dados
qualitativos e quantitativos;
 Procedimentos para proteção coletiva e individual dos
trabalhadores, do risco exposto nas situações críticas
através de medidas como:
 Organização do trabalho, sinalização, isolamento de área,
treinamento, ventilação apropriada, proteção respiratória e
contra contato com a pele
 Descrição dos processos usuais nas operações de:
drenagem, lavagem, purga de equip., operação manual
de válvulas, transferências, limpezas, controle de
vazamentos, partidas e paradas de unidades que
requeiram procedimentos pesados no controle de vapores
e prevenção de contato diretos ao trabalhador;
 Descrição dos recursos básicos para controle da situação
emergencial, até que tudo se normalize;
 Cronograma detalhado das mudanças das mudanças que
podem ser realizadas na empresa para prevenção ao
agente e a adequação ao VRT;
 Exigências contratuais;
 Procedimentos específicos para proteção ao trabalho
do menor de 18 anos e à mulheres grávidas ou em
período de amamentação.
O Valor de Referência Tecnológico do
Benzeno deve ser considerado no
programa de melhoria contínua dos
ambientes de trabalho.
Para execução deste anexo, é definida
uma categoria de VRT que corresponde
à concentração média no ar ponderada
para uma jornada de 8 horas, obtida na
zona de respiração do trabalhador ou de
GHE.
Os valores são:
•1,0 ppm para as abrangidas
neste anexo;
•2,5 ppm para as empresas
siderúrgicas;
O prazo de adequação das empresas ao
VRT-MPT tem que ser acordado na
comissão tripartite.
 9.1. A organização, constituição, atribuições e treinamentos
devem ser acordadas entre a representação do empregador
e do trabalhador;
 10. Os trabalhadores e terceirizados devem participar dos
treinamentos a respeito do benzeno;
 11. Áreas, recipientes, equipamentos e pontos com risco de
exposição ao agente devem ser sinalizados com os dizeres:
“PERIGO: PRESENÇA DE BENZENO” e seu acesso é só
para autorizados;
 12. Informações sobre riscos do benzeno à saúde devem ser
permanentes, colocando uma Ficha de Informações de Seg.
sobre Benzeno à disposição do empregado;
 13. É responsabilidade do fabricante e fornecedor do
benzeno rotular o produto com informações básicas,
destacando carcinogenicidade e bula;
 O benzeno foi incluido no anexo 13-A da NR 15, item
"SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS".
 O benzeno foi retirado do anexo 11 da NR 15 onde constava com
Limite de Tolerância de 8 ppm ou 24 mg/m3, com absorção
também pela pele e insalubridade Grau Máximo.
O Anexo 13, da NR 15, relaciona as atividades e operações,
envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em
decorrência de avaliação ocupacional. Tendo em vista que existem
atividades para as quais se admite o uso de benzeno, incluída a
sua fabricação, e que não foi exigida hermetização do processo.
 Deve-se considerar, para essas atividades, citadas no item 3, alínea
"c" , do anexo 13-A da NR 15, que há insalubridade de Grau
Máximo.
 Sendo assim, o trabalhador que atue exposto a combustíveis e
derivados têm o direito a adicional de 40%(insalubridade máxima)
 Em caso de contato com a pele, lavar com água
e sabão:
 Instalar chuveiro e lava-olho nos locais de risco de
contato.
 Em caso de contato com os olhos, lavar por 15
minutos. Procurar socorro médico em seguida.
Em caso de ingestão recente pode ser indicada
lavagem gástrica, caso não se consiga induzir o
vômito. Prevenir aspiração pelos pulmões. Uso de
anticonvulsivantes benzodiazepinicos (diazepam)
em caso de convulsões.
 A Anexo 13-A da NR-15 já sofreu diversas revogações e
implementações por parte do legislativo ao longo dos anos, basta
lê-lo.
 A ampliação mais recente sobre o benzeno foi feita em 2016, para a
atividade dos trabalhadores dos postos de combustíveis
 A atividade de abastecimento de veículos nos postos,
recentemente, passou por modificações legais para que o frentista
não sofra com as ações na exposição ao benzeno
 As mudanças foram feitas com a Portaria 1109 de setembro de
2016, que inclui a NR-9 e seu Anexo II sobre exposição
ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis.
 O anexo tem 14 itens que discorrem sobre as medidas de
segurança que devem ser implementadas nos postos.
 Seu prazo de implementação nos 39 mil postos do Brasil é de 6 à
15 anos.
 Fonte: https://www.brasilpostos.com.br/noticias/saude-e-
seguranca-do-colaborador/ministerio-do-trabalho-aumenta-a-
prevencao-de-riscos-ocupacional-nos-postos/
 Uniformes devem ser Lavados e Separados(ao
menos uma vez na semana)
 Proteção Respiratória de Face Inteira
 Luvas para os frentistas;
 Abastecimento só até o automático;
 Protetor de respingo na pistola;
 Controle médico de saúde(realizando hemograma
a cada 6 meses)
 Capacitação dos colaboradores, fornecedores e
terceirizados;
 Pistola automática para todas as bombas
 http://anossavolta.blogs.sapo.pt/5145.html
 http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/10/exposicao-
a-benzeno-contamina-frentistas-gauchos-aponta-pesquisa-
4859890.html
 http://ambinternatomedtrabtub.blogspot.com.br/2011/09/intoxi
cacao-por-benzeno.html
 https://www.linkedin.com/pulse/riscos-qu%C3%ADmicos-
jhonas-santana
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Benzeno
 http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-do-oleo-toxico/
 http://www.sato.adm.br/guiadp/paginas/paral_perfil_ativ_suj_
ap_escpecial.htm
 http://www.capecanaveral4045.com/benzeno.html
 http://quimaniadodiaadia.blogspot.com.br/2013/10/o-carvao-
mineral.html
 Grupo/Empenho:
 Jhonas Santana de Queiroz;
 Eduarda de Barros;
 Lucas Ramos;
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Pernambuco

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O benzeno, fonte de aromáticos e riscos à saúde

  • 1.
  • 2.  O Benzeno é um hidrocarboneto classificado como hidrocarboneto aromático.  E é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos os aromáticos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático, possui a fórmula C 6H6.
  • 3.  À temperatura ambiente, o benzeno é um líquido volátil, estável e incolor;  É altamente inflamável;  Além de inflamável e incolor, tem um aroma doce e agradável;  Tem efeito anestésico geral;
  • 4.
  • 5.  O nome benzeno deriva do ácido benzoico, que foi descoberto no século XVI, e que recebeu este nome por ter sido obtido pela essência do benjoeiro.  O benzeno foi descoberto em 1825 por Michael Faraday (1791 - 1867) no gás de iluminação usado em Londres na época.  Em 1834, o químico Edilhardt Mitscherlich determinou a fórmula molecular do benzeno como sendo C6H6.  Só em 1865, Kekulé(1829 - 1896) propôs a idéia de um anel hexagonal para a fórmula C6H6.
  • 6.  É utilizado como matéria prima para síntese de outros compostos orgânicos e como aditivo nos combustíveis para veículos, substituindo, em parte, o chumbo.
  • 7.  O Benzeno é encontrado em detergentes, refrigerantes, antissépticos bucais, plásticos, sabão em pó, gasolina, anilina , tintas, copos descartáveis, isopor, nylon, etc.
  • 8.  As indústrias que envolvem o uso de benzeno incluem a indústria da borracha, refinarias de petróleo, indústrias químicas, fabricantes de calçados e indústrias conexas à gasolina.  O benzeno era utilizado como um solvente comum na industria, bem como o tíner e aguarrás;  Devido ao seu alto perigo à saúde e à vida, facilmente reconhecido por sua própria história, o benzeno foi substituído por tolueno, que ainda continha 25% de benzeno, e o tolueno substituído na industria pelo xileno. Um processo de substituição gradativo que durou décadas.
  • 9.  A espuma de poliuretano, muito utilizada em isolamentos acústicos, é produzida por anilina, que por sua vez deriva-se do benzeno.
  • 10.  Medicamentos, corantes, perfumes, adoçantes de sacarina, detergentes e etc., também possuem benzeno, que por sua vez encontra-se na composição do tolueno.
  • 11.  Desinfetantes comuns também possuem uma certa quantidade de benzeno, que por sua vez estão localizados nas cadeias aromáticas do fenol.
  • 12. Perigos para o ser humano  O benzeno produz um considerável número de efeitos biológicos.  Os efeitos agudos do benzeno refletem a sua atividade como anestésico geral e podem conduzir a uma depressão do sistema nervoso central , perda da consciência entre outros.
  • 13.  Os vapores do benzeno, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia.  Na história recente, tem havido muitos exemplos dos efeitos nocivos para a saúde do benzeno e seus derivados. A síndrome do óleo tóxico causou imunossupressão localizada em Madrid em 1981 de pessoas ingerindo óleo de colza contaminado com anilida.
  • 14.  Leucopenia  A leucopenia é a redução no número de leucócitos, por volume de sangue circulante. Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células presentes no sangue e produzidas na medula óssea e no tecido linfático.  São chamados de glóbulos brancos, pois, ao contrário das hemácias (glóbulos vermelhos), não possuem pigmentos. Realizar a defesa do organismo contra agentes infecciosos, isso se dá pelo seu potencial de produzir anticorpos.  A exposição ao benzeno é uma das principais causas motrizes para o desenvolvimento da leucopenia, pois, em após um longo tempo exposto ao agente, as cadeias aromáticas acabam por causar danos e supressões na medula óssea, onde originam-se os leucócitos. Logo, o sangue fica vulnerável sem suas células básicas de defesa.
  • 15.  A Síndrome de Fadiga Crônica  também foi correlacionada com as pessoas que comem alimento "desnaturado“ – que sofre desnaturação de proteínas – que utilizou solventes para remover a gordura ou que contenham ácido benzoico, mas a causalidade não está provada.
  • 16. Síndrome do Óleo Tóxico  Foi um surto de uma doença ocorrido na Espanha, no ano de 1981, levando muitas pessoas à morte. Caracterizava-se por intensas mialgias e infiltrados pulmonares;  Teve como causa a ingestão de um óleo fraudulentamente comercializado como azeite de oliva, o óleo de colza.  Ele foi vendido por vendedores ambulantes como sendo azeite de oliva e, portanto, utilizado por quem o comprava, na alimentação;  20.000 pessoas ingeriram o óleo;  Cerca de 300 morreram após sua ingestão  Muitas outras desenvolveram doença crônica
  • 17. Intoxicação por Benzeno Dados: Não encontrados na internet Fonte: Livro Higiene Ocupacional, de Ezio Brevigliero.  Numa fábrica de colagem de peças plásticas por imersão em benzeno, 110 trabalhadores foram expostos ao elemento. A empresa tinha 150 colaboradores, e 106 deles apresentaram alterações compatíveis com a intoxicação pela substância após exames médicos - números estatísticos bem elevados.  Quatro mortes foram desencadeadas por tal exposição. O tempo médio de exposição desses quatro trabalhadores foi de apenas 4 meses, e o mais alarmante é que as vítimas não atuavam diretamente com a substância.  As vítimas fatais eram 3 auxiliares de serviços gerais e 1 ajudante de laboratório.
  • 18. Explosão da central petroquímica de Jilin Data: 13 de novembro de 2005; Local: Jilin – China.  Este acidente constituiu uma série de explosões que provocaram 5 mortos e mais de 10.000 refugiados. As explosões causaram uma nuvem tóxica e não só, também foi poluído o rio Songhua por uma extensão de mais 80km.  Esta contaminação impediu o abastecimento de água das aldeias próximas do local do acidente.  O produto mais poluente neste acidente foi o benzeno.  O benzeno tem como dose letal 500 mg/kg via oral.Mancha negra no rio Songhua
  • 19. Frentistas contaminados por Benzeno Data: 01 de outubro de 2015 Local: Santa Catarina – Brasil.
  • 20.  A intoxicação humana pelo benzeno pode ocorrer por três vias de absorção:  Respiratória (aspiração por vapores);  Cutânea;  Digestiva. - A via respiratória é a principal, do ponto de vista toxicológico, sendo retido 46% do benzeno inalado. Uma vez absorvido, quase imediatamente é eliminado em 50% pelos pulmões.
  • 21.  O benzeno que permanece no corpo, distribui-se por vários tecidos. Na intoxicação aguda, a maior parte é retida no sistema nervoso central, enquanto que na intoxicação crônica permanece na medula óssea (40%), no fígado (43%) e nos tecidos gordurosos (10%).  Após sua absorção, parte do benzeno distribuído pelo organismo é metabolizado pelo fígado e cerca de 30% é transformado em fenol e em derivados como pirocatecol, hidroquinona e hidroxiquinona, os quais são eliminados pela urina nas primeiras horas até 24 horas após cessada a exposição.
  • 22.  As atividades que manipulam ou tem exposição do benzeno são sujeitas a aposentadoria especial, segundo o Perfil Profissiográfico da Previdência(PPP) Código Agente nocivo Tempo de Exposição 1.0.3 Benzeno e seus compostos tóxicos: a) produção e processamento de benzeno; b) utilização de benzeno como matéria-prima em sínteses orgânicas e na produção de derivados; c) utilização de benzeno como insumo na extração de óleos vegetais e álcoois; d) utilização de produtos que contenham benzeno, como colas, tintas, vernizes, produtos gráficos e solventes; e) produção e utilização de clorobenzenos e derivados; f) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha; g) fabricação e recauchutagem de pneumáticos. 25 ANOS
  • 23.  No Brasil, as principais fontes de produção do benzeno são atualmente os centros de produção petroquímica e refino de petróleo, os quais são responsáveis por aproximadamente 95% da produção nacional. Os outros 5% provém da destilação fracionada de óleos leves de alcatrão e BTX (benzeno, tolueno, xileno), obtido a partir da destilação seca do carvão mineral nas siderúrgicas.
  • 24.  O carvão mineral (hidrocarboneto) é um combustível fóssil(não renovável) que está presente em diversas regiões do planeta.  A partir do século XVIII, este passou a ser cada vez mais utilizado, substituindo a lenha, que era a mais utilizada até então.
  • 25. Benzeno e Carvão Mineral Carvão: fonte de substâncias aromáticas Principais fontes de hidro carbonetos aromáticos: •Hulha e Petróleo •Na destilação seca(a 1000ºC) a hulha fornece gases, vapores e um resíduo sólido cinzento, com brilho metálico e rico em carbono, denominado “coque”. •A condensação dos gases e vapores produz o ALCATRÃO e as águas amoniacais. Resta, sem se condensar, uma mistura de gases: Hidrogênio, Metano, Monóxido de Carbono e Dióxido de Carbono, entre outros.  A mistura gasosa obtida na destilação é utilizada como combustível doméstico e industrial. É conhecida também como “gás de rua”, pois era utilizada em lampiões a gás do início do século XX.  O ALCATRÃO é constituído por uma mistura de compostos aromáticos. Por destilação fracionada, obtêm-se diversas frações: benzeno, tolueno, xileno, fenóis, anilinas, cresóis, antraceno, fenantreno, etec., restando, ainda, um resíduo chamado “piche”.
  • 26.  1. O Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se de um produto comprovadamente cancerígeno.  2. O presente Anexo se aplica a todas as empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de volume e aquelas por elas contratadas(terceirizadas), no que couber.
  • 27.  2.1 O presente anexo NÃO se aplica às atividades de armazenamento, transporte, distribuição, venda e uso de combustíveis derivados de petróleo.  Ou seja, o anexo se aplica às organizações que manipulam benzeno, mas não às certas atividades fins da organização.
  • 28.  3.1 É proibido utilizar o benzeno para quaisquer emprego, exceto nas INDÚSTRIAS e LABORATÓRIOS que:  O produzem;  Utilizem como base;  O empreguem em combustíveis derivados do petróleo;  O empreguem nos trabalhos de investigação feitos em laboratórios, quando não for possível sua substituição.
  • 29.  4. As empresas que manipulam o benzeno têm que cadastrar seus estabelecimentos no DSST apresentando:  Identificação da empresa, CNPJ, ramo e CNAE;  Nº de trabalhadores por estabelecimento;  Nome das empresas que fornecem o benzeno(se for o caso);  Utilização a que se destina o benzeno;  Quantidade média de processamento mensal;  Documento base do PPEOB.
  • 30.  4.1.1 SOMENTE SERÃO CADASTRADAS AS INSTALAÇÕES APTAS A OPERAR.  O PPEOB – Programa de Proteção a Exposição ao Benzeno – do laboratório ou instituições deve ser mantido a disposição da fiscalização(Sindicato da categoria, MTE, MP).  As alterações de instalações que influenciem no uso do benzeno devem ser informadas ao DSST, para que se atualize os dados.
  • 31.  O PPEOB foi legalmente ratificado com a Portaria nº 25/94  Deve representar o mais elevado grau de compromisso de sua diretoria com os princípios e diretrizes da prevenção da exposição dos trabalhadores ao benzeno devendo:  Ser formalizado pela administração;  Ter indicação de um responsável que responderá pelo mesmo junto aos Órgãos Públicos e demais mecanismos de regulação junto com os trabalhadores;
  • 32.  Dentro do PPEOB deve ter:  O caráter das instalações ou misturas que contenham concentração > 1%;  Avaliação das concentrações;  Ações de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e terceirizados;  Descrição dos acordos coletivos(tripartite) referentes ao benzeno;  Procedimento para seu arquivamento por 40 anos;  Adequação da Proteção Respiratória;  Definição das operações de manutenção;
  • 33.  Levantamento de todas as situações onde possam ocorrer concentrações elevadas de benzeno, com dados qualitativos e quantitativos;  Procedimentos para proteção coletiva e individual dos trabalhadores, do risco exposto nas situações críticas através de medidas como:  Organização do trabalho, sinalização, isolamento de área, treinamento, ventilação apropriada, proteção respiratória e contra contato com a pele  Descrição dos processos usuais nas operações de: drenagem, lavagem, purga de equip., operação manual de válvulas, transferências, limpezas, controle de vazamentos, partidas e paradas de unidades que requeiram procedimentos pesados no controle de vapores e prevenção de contato diretos ao trabalhador;  Descrição dos recursos básicos para controle da situação emergencial, até que tudo se normalize;  Cronograma detalhado das mudanças das mudanças que podem ser realizadas na empresa para prevenção ao agente e a adequação ao VRT;  Exigências contratuais;
  • 34.  Procedimentos específicos para proteção ao trabalho do menor de 18 anos e à mulheres grávidas ou em período de amamentação. O Valor de Referência Tecnológico do Benzeno deve ser considerado no programa de melhoria contínua dos ambientes de trabalho. Para execução deste anexo, é definida uma categoria de VRT que corresponde à concentração média no ar ponderada para uma jornada de 8 horas, obtida na zona de respiração do trabalhador ou de GHE. Os valores são: •1,0 ppm para as abrangidas neste anexo; •2,5 ppm para as empresas siderúrgicas; O prazo de adequação das empresas ao VRT-MPT tem que ser acordado na comissão tripartite.
  • 35.  9.1. A organização, constituição, atribuições e treinamentos devem ser acordadas entre a representação do empregador e do trabalhador;  10. Os trabalhadores e terceirizados devem participar dos treinamentos a respeito do benzeno;  11. Áreas, recipientes, equipamentos e pontos com risco de exposição ao agente devem ser sinalizados com os dizeres: “PERIGO: PRESENÇA DE BENZENO” e seu acesso é só para autorizados;  12. Informações sobre riscos do benzeno à saúde devem ser permanentes, colocando uma Ficha de Informações de Seg. sobre Benzeno à disposição do empregado;  13. É responsabilidade do fabricante e fornecedor do benzeno rotular o produto com informações básicas, destacando carcinogenicidade e bula;
  • 36.  O benzeno foi incluido no anexo 13-A da NR 15, item "SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS".  O benzeno foi retirado do anexo 11 da NR 15 onde constava com Limite de Tolerância de 8 ppm ou 24 mg/m3, com absorção também pela pele e insalubridade Grau Máximo. O Anexo 13, da NR 15, relaciona as atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de avaliação ocupacional. Tendo em vista que existem atividades para as quais se admite o uso de benzeno, incluída a sua fabricação, e que não foi exigida hermetização do processo.  Deve-se considerar, para essas atividades, citadas no item 3, alínea "c" , do anexo 13-A da NR 15, que há insalubridade de Grau Máximo.  Sendo assim, o trabalhador que atue exposto a combustíveis e derivados têm o direito a adicional de 40%(insalubridade máxima)
  • 37.  Em caso de contato com a pele, lavar com água e sabão:  Instalar chuveiro e lava-olho nos locais de risco de contato.  Em caso de contato com os olhos, lavar por 15 minutos. Procurar socorro médico em seguida. Em caso de ingestão recente pode ser indicada lavagem gástrica, caso não se consiga induzir o vômito. Prevenir aspiração pelos pulmões. Uso de anticonvulsivantes benzodiazepinicos (diazepam) em caso de convulsões.
  • 38.  A Anexo 13-A da NR-15 já sofreu diversas revogações e implementações por parte do legislativo ao longo dos anos, basta lê-lo.  A ampliação mais recente sobre o benzeno foi feita em 2016, para a atividade dos trabalhadores dos postos de combustíveis  A atividade de abastecimento de veículos nos postos, recentemente, passou por modificações legais para que o frentista não sofra com as ações na exposição ao benzeno  As mudanças foram feitas com a Portaria 1109 de setembro de 2016, que inclui a NR-9 e seu Anexo II sobre exposição ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis.  O anexo tem 14 itens que discorrem sobre as medidas de segurança que devem ser implementadas nos postos.  Seu prazo de implementação nos 39 mil postos do Brasil é de 6 à 15 anos.  Fonte: https://www.brasilpostos.com.br/noticias/saude-e- seguranca-do-colaborador/ministerio-do-trabalho-aumenta-a- prevencao-de-riscos-ocupacional-nos-postos/
  • 39.  Uniformes devem ser Lavados e Separados(ao menos uma vez na semana)  Proteção Respiratória de Face Inteira  Luvas para os frentistas;  Abastecimento só até o automático;  Protetor de respingo na pistola;  Controle médico de saúde(realizando hemograma a cada 6 meses)  Capacitação dos colaboradores, fornecedores e terceirizados;  Pistola automática para todas as bombas
  • 40.  http://anossavolta.blogs.sapo.pt/5145.html  http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/10/exposicao- a-benzeno-contamina-frentistas-gauchos-aponta-pesquisa- 4859890.html  http://ambinternatomedtrabtub.blogspot.com.br/2011/09/intoxi cacao-por-benzeno.html  https://www.linkedin.com/pulse/riscos-qu%C3%ADmicos- jhonas-santana  https://pt.wikipedia.org/wiki/Benzeno  http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-do-oleo-toxico/  http://www.sato.adm.br/guiadp/paginas/paral_perfil_ativ_suj_ ap_escpecial.htm  http://www.capecanaveral4045.com/benzeno.html  http://quimaniadodiaadia.blogspot.com.br/2013/10/o-carvao- mineral.html
  • 41.  Grupo/Empenho:  Jhonas Santana de Queiroz;  Eduarda de Barros;  Lucas Ramos;  Disciplina: Higiene Ocupacional II  Docente: Ricardo Luis  Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco