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Sátira em forma de parodia
A paródia é uma imitação cômica de uma composição literária (também
existem paródias de filmes e músicas), sendo, portanto, uma imitação que
possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche. Ela geralmente é
parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes. A
paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de
uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra
original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado
mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um
pouco de alegria.
A paródia, em música, seguiu sendo um estilo que tomou conta do novo
método do Século XVI, com uso do cantus firmus que entrava em seu
desuso sério da polifonia do Século XIV e XV. A partir de então, o cantus
firmus se utilizou em raras ocasiões. A paródia seguiu sendo prominente
em certos estilos de música instrumental, primeiramente na música
para teclados. Conforme a música evoluiu pelo início do Barroco, a paródia
entrou na história da ópera, e conta com inúmeros exemplos. Ironicamente
iniciam-se com interlúdios cómicos nas óperas dramáticas, chamados
de intermezzos. Exemplos destes intermezzos se encontram em óperas
de Jean-Baptiste Lully (1632-1687), um compositor acostumado a
escrever balés para a corte real. Mas os intermezzos cómicos eram
pequenos trechos para serem interpretados entre atos da opera séria---um
intervalo sarcástico e humorístico durante um espetáculo dramático. Lully
era amigo de Molière e juntos criaram um novo estilo, o comédie-ballet,
qual combinava teatro, comédia e balé. Um dos pioneiros da ópera
francesa, e depois partiu solo com seu novo estilo, conhecido
particularmente pelo nome de ópera buffae tem geralmente rimas.
Fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%B3dia

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