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RELATÓRIO DA QUALIDADE DE ÁGUA NA SAÍDA DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO E NA REDE
                                DE DISTRIBUIÇÃO – Janeiro/2013

                O relatório a seguir corresponde à discussão dos resultados das análises de qualidade
        de água nas saídas dos Sistemas das Estações de Tratamento - ETA I e II e na Rede de
        Distribuição do município de Petrolina-PE, durante o mês de Janeiro/2013. Todos os
        resultados analisados adiante são baseados conforme a fontes emitidas pela Companhia de
        Saneamento Pernambucano – COMPESA.

               A tabela 01 exibe a quantidade total de amostras analisadas na saída das Estações de
        Tratamento, para alguns padrões físicos e químicos e os respectivos resultados que se
        apresentaram dentro dos limites permissivos pela Portaria Federal Ministério da Saúde
        2.914/2011. A tabela 02 complementa a primeira, detalhando os valores máximos, mínimos e
        médios alcançados nas medições das amostras de água, respectivamente:

        Tabela 01:

                           MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – SAÍDA DO TRATAMENTO
    SISTEMA               TOTAL DE           RESULTADOS              TOTAL DE             RESULTADOS               TOTAL DE             RESULTADOS
                         AMOSTRAS            DENTRO DOS             AMOSTRAS              DENTRO DOS              AMOSTRAS              DENTRO DOS
                         ANALISADAS          PADRÕES COR         ANALISADAS PARA           PADRÕES            ANALISADAS PARA          PADRÕES CLORO
                            PARA                (<=15)            TURBIDEZ (UNT)           TURBIDEZ            CLORO RESIDUAL          RESIDUAL TOTAL
                         COR (pT/Co)                                                         (<=1)               TOTAL (mg/L)              (>=0,2)
ETA PETROLINA I              105                 66                     331                   221                     331                     331
ETA PETROLINA II             368                 368                    368                   188                     368                     368
        Fonte: COMPESA/Janeiro 2013.

        Tabela 02:

                       RESULTADOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E MÉDIOS DAS COLETAS ANALISADAS.
                            COR (pT/Co)      TURBIDEZ(UNT)           pH           CLORO RESIDUAL
                                                                                    TOTAL (mg/L)
   SISTEMA              MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD


     ETA                 40,0        7,5       17,5       14,9       0,7        5,0        7,4        6,2       6,9         1,0        1,0          1,0
 PETROLINA I
     ETA                 40,1       19,7       31,1        4,9       0,4        1,4        7,5        7,0       7,3         1,0        1,0          1,0
 PETROLINA II
        Fonte: COMPESA/Janeiro 2013.


               A Agência Reguladora do Município – ARMUP baseada na portaria Federal do
        Ministério da Saúde 2.914/2011 entende que para os resultados de:



                     Notas:
                     pt/Co é a unidade cor produzida por 1,0 mg de Platina e 0,5 mg de Cloreto de Cobalto dissolvidos em 1L de água;
                     UNT: Unidades Nefelométricas de Turbidez;


                                                                                                                                          1
mg/L: miligramas por litro;
   COR:

    Segundo a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I, foram analisadas 105 amostras de
    água e 66 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11. Por
    conseguinte 38% das análises realizadas tiveram resultados fora dos padrões
    permitidos, que é de ate 15pt/Co.

    Na saída da ETA PETROLINA II, foram analisadas 368 amostras de água e 368 estavam
    dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11, dando a entender que
    100% das análises estavam dentro dos padrões.

    Porém, verificando analiticamente a tabela 02, percebeu-se que, no mês de janeiro,
    na saída da água das Estações de tratamento I e II, a cor estava acima do valor
    permitido em alguns momentos. A análise da Estação de Tratamento II revelou-se mais
    vulnerável, uma vez que o valor máximo encontrado foi de 40,1 pt/Co e o mínimo foi
    de 19,7 pt/Co, portanto, todas as análises da Estação de Tratamento II tiveram
    resultados fora dos padrões definidos na portaria com o dobro do valor permitido
    como média (31,1 pt/Co).

    Fazendo a ARMUP entender que: As tabelas 01 e 02, no que diz respeito à Estação de
    Tratamento II, para os padrões de COR, estão com informações em desacordo. A
    tabela 01 informa que das 368 análises para COR realizadas todas elas tiveram
    resultados dentro dos padrões, contudo, na tabela 02 com apresentação do
    resultado máximo de 40,1 pt/Co, mínimo de 19,7 pt/Co e médio de 31,1 mostra que
    todas as análises feitas estão fora dos padrões para esse parâmetro.

   TURBIDEZ:

    Segundo a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I foram analisadas a turbidez em 331
    amostras de água e 221 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS
    2.914/11. Consequentemente, 34% das análises indicaram acima de 1,0 UNT que é o
    limite aceitável pela portaria nas saídas dos tratamentos de água.

    Na saída da ETA Petrolina II foram analisadas 368 amostras de água e 188 estavam
    dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11, assim sendo, 49% das
    análises estavam fora dos padrões para esse parâmetro.

    Como pode ser visto na tabela 02 as médias ultrapassaram o valor máximo definido
    alhures pela referida portaria. A média da ETA I foi de 5,0 UNT e a média da ETA II
    alcançou melhor eficiência, com média de 1,4 UNT. Conclui-se então que as médias
    estão em desacordo com a Portaria Federal.




                                                                                     2
Cloro Residual Total – CRT:

         Conforme a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I, foram analisadas 331 amostras de
         água, todas se enquadraram nos padrões permitidos e na saída da ETA II foram
         realizadas 368 análises que, também, estavam dentro dos padrões solicitados pela
         Portaria MS 2.914/11, dando a entender que 100% das análises estavam dentro dos
         padrões.

         A média apresentada na tabela 02 foi de 1,0 mg/L, estando em conformidade com a
         concentração recomendada de 0,2 a 2,0 mg/L.

        Potencial Hidrogeniônico – pH:

         Atentamos para o fato da ausência das medições deste item na tabela 01.
         Ao contrário da tabela anterior, houve menção na tabela 02 das medições analisadas.
         Na Estação de Tratamento I, o valor máximo de pH foi de 7,4, mínimo de 6,2 e a médio
         de 6,9. O padrão permitido vai de uma faixa de 6,0 a 9,0.
         Na Estação de Tratamento II, o valor máximo de pH foi de 7,5, mínimo de 7,0 e o
         médio de 7,3.

         Indicou-se que nas duas estações a água estava de neutra a levemente alcalina,
         como solicita a referida portaria.


       A tabela 03 apresenta os resultados bacteriológicos nas saídas das Estações de
Tratamentos I e II em Janeiro/2013.

         Segundo a COMPESA, foram obtidos os seguintes resultados:

         Tabela 03:


                MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – SAÍDA DO TRATAMENTO
           SISTEMA            TOTAL DE AMOSTRAS     AMOSTRA POSITIVA       AMOSTRA POSITIVA
                               ANALISADAS PARA      COLIFORME TOTAL         ESCHERICHIA COLI
                                   Bactérias
PETROLINA I                            8                   0                      0
PETROLINA II                           8                   0                      0
Fonte: COMPESA Janeiro/2013

       Significa dizer que, conforme a tabela 03, todas as 08 (oito) análises bacteriológicas
da água nas saídas dos sistemas de tratamento - ETA´s I e II apresentaram resultados
negativos em Janeiro de 2013. Portanto, supõe-se que a desinfecção nas ETA´s para
microorganismos patogênicos foi eficiente nesse mês, devendo qualquer amostra de água
com resultado positivo para as bactérias Coliforme Totais (decompositores de materiais
orgânicos) e Escherichia Coli (grupo é associado às fezes de animais de sangue quente) em
qualquer ponto da rede de distribuição ser associada à contaminação após a saída do
sistema de tratamento.




                                                                                               3
O município de Petrolina –PE dispõe de 02 (duas) Redes de Distribuição de água, cada
      uma, ligada a sua Estação de Tratamento – ETA. A ETA I é seguida da Rede de Distribuição I que
      atende alguns bairros da cidade, da mesma forma que segue o sistema da ETA II a Rede II.

              Para os resultados apresentados nas Redes de Distribuição, a tabela 04 demonstra a
      quantidade total de amostras analisadas para alguns padrões físicos e químicos e os
      respectivos resultados que se apresentaram dentro dos limites permissivos pela Portaria
      Federal 2.914/2011. A tabela 05 complementa a primeira, detalhando os valores máximos,
      mínimos e médios alcançados nas medições das amostras de água em diversos pontos das
      Redes de Distribuição:



      Tabela 04:


                        MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA NA REDE DE DISTRIBUÍÇÃO
             AMOSTRAS
             PREVISTAS
                              TOTAL DE      RESULTADOS           TOTAL DE       RESULTADOS    TOTAL DE      RESULTADOS
              PARA OS
                             AMOSTRAS         DENTRO            AMOSTRAS          DENTRO     AMOSTRAS         DENTRO
              PADRÕES
                             ANALISADAS         DOS            ANALISADAS           DOS      ANALISADAS        DOS
                COR,
                                PARA          PADRÕES              PARA          PADRÕES        PARA         PADRÕES
             TURBIDEZ
                             COR (pT/Co)     COR (<=15)       TURBIDEZ(UNT)      TURBIDEZ      CLORO           >=0,2
              E CLORO
                                                                                   (<=5)      RESIDUAL
              RESIDUAL
                                                                                               TOTAL
               TOTAL
                                                                                               (mg/L)
                   38           130               95              130              100          130            130
          Fonte: COMPESA. Janeiro/2013




      Tabela 05:

                    RESULTADOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E MÉDIOS DAS COLETAS ANALISADAS.
                         COR (pT/Co)      TURBIDEZ(UNT)           pH           CLORO RESIDUAL
                                                                                 TOTAL (mg/L)
                     MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD
   REDE DE
DISTRIBUÍÇÃO
DE PETROLINA          80,0      2,5        17,5        30,8      1,2      4,9       7,9      6,8      7,3       6,0      0,2   -

      Fonte:COMPESA. Janeiro/2013.




           Logo, nota-se que ao invés da COMPESA fazer a apresentação de dados separados por
      Rede de Distribuição, assim como, nas tabelas 01 e 02 referentes às Estações de Tratamento I
      e II, as informações das análises das Redes de Distribuição foram conjugadas e expressas nas
      tabelas 04 e 05, o que desfavorece a análise particular de eficiência de cada estação e suas
      respectivas redes.

          A empresa concessionária deve realizar 38 amostras de padrões como turbidez, cor e cloro
      residual total, como mostra a tabela 04 acima. Observou-se realização de um número maior de
      análises de água que o previsto.

                   Nos resultados conjugados subentende-se o seguinte:

                                                                                                                           4
   COR:

    Segundo a tabela 04, na rede de distribuição foram analisadas 130 amostras de água
    para averiguação da sua cor, 95 amostras estavam dentro dos padrões permitidos pela
    Portaria MS 2.914/11. Por conseguinte 27% das análises realizadas tiveram resultados
    fora dos padrões permitidos, que é de ate 15pt/Co.

    De acordo com a tabela 05, percebeu-se que, no mês de janeiro, o resultado máximo
    foi de 80,0 pt/Co, mínimo de 2,5 pt/Co e o médio de 17,5 pt/Co. A média da cor da
    água estava acima do valor permitido, assim como já na saída das ETA´s.

    Fazendo a ARMUP entender que: Possivelmente, a água que em alguns momentos já
    saiu das Estações de Tratamento – ETA´s muito alé dos padrões permitidos, chegou
    ao ponto da rede de distribuição onde foi coletada a amostra de origem máxima,
    com o dobro da medição inicial, apresentando, conforme a tabela 05, medição
    máxima de 80 pt/Co.
    A média das análises indicou que a água já saiu das ETA´s fora dos padrões
    permitidos pela portaria MS 2.914/2011, bem como chegaram aos domicílios.

    TURBIDEZ: Segundo a tabela 04, foram analisadas a turbidez das águas em 130
    amostras, estando 100 dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11,
    consequentemente 24% das análises indicaram acima de 5 UNT que é o limite
    aceitável pela portaria em redes de distribuição de água.



   Cloro Residual Total – CRT:

    Conforme tabela 04, foram realizadas 130 análises para este parâmetro e todas elas
    apresentaram-se dentro dos padrões.

    Todavia, o que chamou a atenção foi á incompatibilidade de informações entre a
    tabela 04 e a 05, pois esta indicou um valor máximo para resultado de cloro residual
    total de 6,0 mg/L, o que deve provocar atenção na empresa responsável pela
    distribuição de água e no órgão regulador do determinado serviço. Concentrações
    altas de cloro residual possivelmente geram queixas dos consumidores quanto ao
    ODOR E SABOR na água e podem gerar formações de subprodutos indesejáveis como
    por exemplo o clorofórmio.

    Na tabela 05, não foi detectado o valor médio das concentrações de cloro na água
    distribuída.



   Potencial Hidrogeniônico – pH:

    Atentamos para o fato da ausência das medições deste item na tabela 04.


                                                                                      5
Ao contrário da tabela anterior, houve menção na tabela 05 das medições analisadas.
            O valor máximo de pH foi de 7,9, mínimo de 6,8 e a médio de 7,3. O padrão permitido
            vai de uma faixa de 6,0 a 9,0.
             O que indicou que a água, quanto a média de pH estava levemente alcalina, ou seja,
            mais apropriada para consumo humano .


        Assim como as tabelas 04 e 05 os resultados da tabela 06, também, não são
discriminados por rede de distribuição.

Tabela 06
            MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – REDE DE DISTRIBUÍÇÃO
     REDE DE         AMOSTRAS       TOTAL DE AMOSTRAS AMOSTRA POSITIVA AMOSTRA POSITIVA
                   PREVISTAS PARA    ANALISADAS PARA  COLIFORME TOTAL   ESCHERICHIA COLI
 DISTRIBUÍÇÃO DE     OS PADRÕES          Bactérias
    PETROLINA       bacteriológicos
                         130               130               2                 0
Fonte: COMPESA. JANEIRO/2013

        A tabela 06 mostra que são previstas 130 análises para o município de Petrolina de
acordo com a portaria 2.914/2011. Foram realizadas 130 análises, onde dois pontos
apresentaram testes positivos para Coliforme Total (associadas à decomposição de matéria
orgânica) e em nenhuma amostra foi detectada presença da bactéria Escherichia Coli (grupo
associado às fezes de animais de sangue quente e que causam doenças).

        Como já mencionado, ao sair das ETAS a água apresentou resultados negativos para
todas as amostras bacteriológicas coletadas. Assim sendo, as duas amostras com resultados
positivos para Coliforme total, conforme tabela 06, podem ser associados à contaminação
através da própria Rede de Distribuição.

        Concluiu-se que as Estações de Tratamento não funcionaram de forma eficiente em
Janeiro/2013. O sistema de tratamento apresenta demasiada deficiência quanto à remoção de
sólidos totais ou conjunto de substâncias orgânicas e inorgânicas contidas na água,
representando alterações que implicam em resultados fora dos padrões de qualidade
exigidos, principalmente, para sua COR E TURBIDEZ. Não obstante, o sistema de distribuição
tornou-se um fator de agravamento no que diz respeito ao distanciamento dos valores
máximos permitidos pela portaria MS 2914/2011 dos parâmetros Cor, Turbidez, Cloro Residual
e bacteriológico, como demonstrado nos resultados analisados.


                                                                 Petrolina 12 de março de 2013.



                                   DENISE WILLIANE DA S. LIMA
                                        Bióloga - ARMUP
                                       Crbio: 77-303/05-D




                                                                                             6

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  • 1. RELATÓRIO DA QUALIDADE DE ÁGUA NA SAÍDA DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO E NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO – Janeiro/2013 O relatório a seguir corresponde à discussão dos resultados das análises de qualidade de água nas saídas dos Sistemas das Estações de Tratamento - ETA I e II e na Rede de Distribuição do município de Petrolina-PE, durante o mês de Janeiro/2013. Todos os resultados analisados adiante são baseados conforme a fontes emitidas pela Companhia de Saneamento Pernambucano – COMPESA. A tabela 01 exibe a quantidade total de amostras analisadas na saída das Estações de Tratamento, para alguns padrões físicos e químicos e os respectivos resultados que se apresentaram dentro dos limites permissivos pela Portaria Federal Ministério da Saúde 2.914/2011. A tabela 02 complementa a primeira, detalhando os valores máximos, mínimos e médios alcançados nas medições das amostras de água, respectivamente: Tabela 01: MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – SAÍDA DO TRATAMENTO SISTEMA TOTAL DE RESULTADOS TOTAL DE RESULTADOS TOTAL DE RESULTADOS AMOSTRAS DENTRO DOS AMOSTRAS DENTRO DOS AMOSTRAS DENTRO DOS ANALISADAS PADRÕES COR ANALISADAS PARA PADRÕES ANALISADAS PARA PADRÕES CLORO PARA (<=15) TURBIDEZ (UNT) TURBIDEZ CLORO RESIDUAL RESIDUAL TOTAL COR (pT/Co) (<=1) TOTAL (mg/L) (>=0,2) ETA PETROLINA I 105 66 331 221 331 331 ETA PETROLINA II 368 368 368 188 368 368 Fonte: COMPESA/Janeiro 2013. Tabela 02: RESULTADOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E MÉDIOS DAS COLETAS ANALISADAS. COR (pT/Co) TURBIDEZ(UNT) pH CLORO RESIDUAL TOTAL (mg/L) SISTEMA MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD ETA 40,0 7,5 17,5 14,9 0,7 5,0 7,4 6,2 6,9 1,0 1,0 1,0 PETROLINA I ETA 40,1 19,7 31,1 4,9 0,4 1,4 7,5 7,0 7,3 1,0 1,0 1,0 PETROLINA II Fonte: COMPESA/Janeiro 2013. A Agência Reguladora do Município – ARMUP baseada na portaria Federal do Ministério da Saúde 2.914/2011 entende que para os resultados de: Notas: pt/Co é a unidade cor produzida por 1,0 mg de Platina e 0,5 mg de Cloreto de Cobalto dissolvidos em 1L de água; UNT: Unidades Nefelométricas de Turbidez; 1
  • 2. mg/L: miligramas por litro;  COR: Segundo a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I, foram analisadas 105 amostras de água e 66 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11. Por conseguinte 38% das análises realizadas tiveram resultados fora dos padrões permitidos, que é de ate 15pt/Co. Na saída da ETA PETROLINA II, foram analisadas 368 amostras de água e 368 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11, dando a entender que 100% das análises estavam dentro dos padrões. Porém, verificando analiticamente a tabela 02, percebeu-se que, no mês de janeiro, na saída da água das Estações de tratamento I e II, a cor estava acima do valor permitido em alguns momentos. A análise da Estação de Tratamento II revelou-se mais vulnerável, uma vez que o valor máximo encontrado foi de 40,1 pt/Co e o mínimo foi de 19,7 pt/Co, portanto, todas as análises da Estação de Tratamento II tiveram resultados fora dos padrões definidos na portaria com o dobro do valor permitido como média (31,1 pt/Co). Fazendo a ARMUP entender que: As tabelas 01 e 02, no que diz respeito à Estação de Tratamento II, para os padrões de COR, estão com informações em desacordo. A tabela 01 informa que das 368 análises para COR realizadas todas elas tiveram resultados dentro dos padrões, contudo, na tabela 02 com apresentação do resultado máximo de 40,1 pt/Co, mínimo de 19,7 pt/Co e médio de 31,1 mostra que todas as análises feitas estão fora dos padrões para esse parâmetro.  TURBIDEZ: Segundo a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I foram analisadas a turbidez em 331 amostras de água e 221 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11. Consequentemente, 34% das análises indicaram acima de 1,0 UNT que é o limite aceitável pela portaria nas saídas dos tratamentos de água. Na saída da ETA Petrolina II foram analisadas 368 amostras de água e 188 estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11, assim sendo, 49% das análises estavam fora dos padrões para esse parâmetro. Como pode ser visto na tabela 02 as médias ultrapassaram o valor máximo definido alhures pela referida portaria. A média da ETA I foi de 5,0 UNT e a média da ETA II alcançou melhor eficiência, com média de 1,4 UNT. Conclui-se então que as médias estão em desacordo com a Portaria Federal. 2
  • 3. Cloro Residual Total – CRT: Conforme a tabela 01, na saída da ETA PETROLINA I, foram analisadas 331 amostras de água, todas se enquadraram nos padrões permitidos e na saída da ETA II foram realizadas 368 análises que, também, estavam dentro dos padrões solicitados pela Portaria MS 2.914/11, dando a entender que 100% das análises estavam dentro dos padrões. A média apresentada na tabela 02 foi de 1,0 mg/L, estando em conformidade com a concentração recomendada de 0,2 a 2,0 mg/L.  Potencial Hidrogeniônico – pH: Atentamos para o fato da ausência das medições deste item na tabela 01. Ao contrário da tabela anterior, houve menção na tabela 02 das medições analisadas. Na Estação de Tratamento I, o valor máximo de pH foi de 7,4, mínimo de 6,2 e a médio de 6,9. O padrão permitido vai de uma faixa de 6,0 a 9,0. Na Estação de Tratamento II, o valor máximo de pH foi de 7,5, mínimo de 7,0 e o médio de 7,3. Indicou-se que nas duas estações a água estava de neutra a levemente alcalina, como solicita a referida portaria. A tabela 03 apresenta os resultados bacteriológicos nas saídas das Estações de Tratamentos I e II em Janeiro/2013. Segundo a COMPESA, foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 03: MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – SAÍDA DO TRATAMENTO SISTEMA TOTAL DE AMOSTRAS AMOSTRA POSITIVA AMOSTRA POSITIVA ANALISADAS PARA COLIFORME TOTAL ESCHERICHIA COLI Bactérias PETROLINA I 8 0 0 PETROLINA II 8 0 0 Fonte: COMPESA Janeiro/2013 Significa dizer que, conforme a tabela 03, todas as 08 (oito) análises bacteriológicas da água nas saídas dos sistemas de tratamento - ETA´s I e II apresentaram resultados negativos em Janeiro de 2013. Portanto, supõe-se que a desinfecção nas ETA´s para microorganismos patogênicos foi eficiente nesse mês, devendo qualquer amostra de água com resultado positivo para as bactérias Coliforme Totais (decompositores de materiais orgânicos) e Escherichia Coli (grupo é associado às fezes de animais de sangue quente) em qualquer ponto da rede de distribuição ser associada à contaminação após a saída do sistema de tratamento. 3
  • 4. O município de Petrolina –PE dispõe de 02 (duas) Redes de Distribuição de água, cada uma, ligada a sua Estação de Tratamento – ETA. A ETA I é seguida da Rede de Distribuição I que atende alguns bairros da cidade, da mesma forma que segue o sistema da ETA II a Rede II. Para os resultados apresentados nas Redes de Distribuição, a tabela 04 demonstra a quantidade total de amostras analisadas para alguns padrões físicos e químicos e os respectivos resultados que se apresentaram dentro dos limites permissivos pela Portaria Federal 2.914/2011. A tabela 05 complementa a primeira, detalhando os valores máximos, mínimos e médios alcançados nas medições das amostras de água em diversos pontos das Redes de Distribuição: Tabela 04: MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA NA REDE DE DISTRIBUÍÇÃO AMOSTRAS PREVISTAS TOTAL DE RESULTADOS TOTAL DE RESULTADOS TOTAL DE RESULTADOS PARA OS AMOSTRAS DENTRO AMOSTRAS DENTRO AMOSTRAS DENTRO PADRÕES ANALISADAS DOS ANALISADAS DOS ANALISADAS DOS COR, PARA PADRÕES PARA PADRÕES PARA PADRÕES TURBIDEZ COR (pT/Co) COR (<=15) TURBIDEZ(UNT) TURBIDEZ CLORO >=0,2 E CLORO (<=5) RESIDUAL RESIDUAL TOTAL TOTAL (mg/L) 38 130 95 130 100 130 130 Fonte: COMPESA. Janeiro/2013 Tabela 05: RESULTADOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E MÉDIOS DAS COLETAS ANALISADAS. COR (pT/Co) TURBIDEZ(UNT) pH CLORO RESIDUAL TOTAL (mg/L) MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD MÁX MÍN MÉD REDE DE DISTRIBUÍÇÃO DE PETROLINA 80,0 2,5 17,5 30,8 1,2 4,9 7,9 6,8 7,3 6,0 0,2 - Fonte:COMPESA. Janeiro/2013. Logo, nota-se que ao invés da COMPESA fazer a apresentação de dados separados por Rede de Distribuição, assim como, nas tabelas 01 e 02 referentes às Estações de Tratamento I e II, as informações das análises das Redes de Distribuição foram conjugadas e expressas nas tabelas 04 e 05, o que desfavorece a análise particular de eficiência de cada estação e suas respectivas redes. A empresa concessionária deve realizar 38 amostras de padrões como turbidez, cor e cloro residual total, como mostra a tabela 04 acima. Observou-se realização de um número maior de análises de água que o previsto. Nos resultados conjugados subentende-se o seguinte: 4
  • 5. COR: Segundo a tabela 04, na rede de distribuição foram analisadas 130 amostras de água para averiguação da sua cor, 95 amostras estavam dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11. Por conseguinte 27% das análises realizadas tiveram resultados fora dos padrões permitidos, que é de ate 15pt/Co. De acordo com a tabela 05, percebeu-se que, no mês de janeiro, o resultado máximo foi de 80,0 pt/Co, mínimo de 2,5 pt/Co e o médio de 17,5 pt/Co. A média da cor da água estava acima do valor permitido, assim como já na saída das ETA´s. Fazendo a ARMUP entender que: Possivelmente, a água que em alguns momentos já saiu das Estações de Tratamento – ETA´s muito alé dos padrões permitidos, chegou ao ponto da rede de distribuição onde foi coletada a amostra de origem máxima, com o dobro da medição inicial, apresentando, conforme a tabela 05, medição máxima de 80 pt/Co. A média das análises indicou que a água já saiu das ETA´s fora dos padrões permitidos pela portaria MS 2.914/2011, bem como chegaram aos domicílios. TURBIDEZ: Segundo a tabela 04, foram analisadas a turbidez das águas em 130 amostras, estando 100 dentro dos padrões permitidos pela Portaria MS 2.914/11, consequentemente 24% das análises indicaram acima de 5 UNT que é o limite aceitável pela portaria em redes de distribuição de água.  Cloro Residual Total – CRT: Conforme tabela 04, foram realizadas 130 análises para este parâmetro e todas elas apresentaram-se dentro dos padrões. Todavia, o que chamou a atenção foi á incompatibilidade de informações entre a tabela 04 e a 05, pois esta indicou um valor máximo para resultado de cloro residual total de 6,0 mg/L, o que deve provocar atenção na empresa responsável pela distribuição de água e no órgão regulador do determinado serviço. Concentrações altas de cloro residual possivelmente geram queixas dos consumidores quanto ao ODOR E SABOR na água e podem gerar formações de subprodutos indesejáveis como por exemplo o clorofórmio. Na tabela 05, não foi detectado o valor médio das concentrações de cloro na água distribuída.  Potencial Hidrogeniônico – pH: Atentamos para o fato da ausência das medições deste item na tabela 04. 5
  • 6. Ao contrário da tabela anterior, houve menção na tabela 05 das medições analisadas. O valor máximo de pH foi de 7,9, mínimo de 6,8 e a médio de 7,3. O padrão permitido vai de uma faixa de 6,0 a 9,0. O que indicou que a água, quanto a média de pH estava levemente alcalina, ou seja, mais apropriada para consumo humano . Assim como as tabelas 04 e 05 os resultados da tabela 06, também, não são discriminados por rede de distribuição. Tabela 06 MONITORAMENTO QUALIDADE DE ÁGUA – REDE DE DISTRIBUÍÇÃO REDE DE AMOSTRAS TOTAL DE AMOSTRAS AMOSTRA POSITIVA AMOSTRA POSITIVA PREVISTAS PARA ANALISADAS PARA COLIFORME TOTAL ESCHERICHIA COLI DISTRIBUÍÇÃO DE OS PADRÕES Bactérias PETROLINA bacteriológicos 130 130 2 0 Fonte: COMPESA. JANEIRO/2013 A tabela 06 mostra que são previstas 130 análises para o município de Petrolina de acordo com a portaria 2.914/2011. Foram realizadas 130 análises, onde dois pontos apresentaram testes positivos para Coliforme Total (associadas à decomposição de matéria orgânica) e em nenhuma amostra foi detectada presença da bactéria Escherichia Coli (grupo associado às fezes de animais de sangue quente e que causam doenças). Como já mencionado, ao sair das ETAS a água apresentou resultados negativos para todas as amostras bacteriológicas coletadas. Assim sendo, as duas amostras com resultados positivos para Coliforme total, conforme tabela 06, podem ser associados à contaminação através da própria Rede de Distribuição. Concluiu-se que as Estações de Tratamento não funcionaram de forma eficiente em Janeiro/2013. O sistema de tratamento apresenta demasiada deficiência quanto à remoção de sólidos totais ou conjunto de substâncias orgânicas e inorgânicas contidas na água, representando alterações que implicam em resultados fora dos padrões de qualidade exigidos, principalmente, para sua COR E TURBIDEZ. Não obstante, o sistema de distribuição tornou-se um fator de agravamento no que diz respeito ao distanciamento dos valores máximos permitidos pela portaria MS 2914/2011 dos parâmetros Cor, Turbidez, Cloro Residual e bacteriológico, como demonstrado nos resultados analisados. Petrolina 12 de março de 2013. DENISE WILLIANE DA S. LIMA Bióloga - ARMUP Crbio: 77-303/05-D 6