O tabagismo é associado com diversas desordens cutâneas, mas até então era desconhecido se o fumo influencia a permeabilidade da barreira cutânea. Um estudo mediu as propriedades biofísicas da pele, a homeostase da permeabilidade da barreira, a integridade e hidratação do estrato córneo, o pH da superfície e o índice de melanina/eritema em fumantes.

1. Melhora da Barreira
Cutânea em Fumantes
apresentação

2. BARREIRA CUTÂNEA
EM FUMANTES
O tabagismo é associado com diversas desordens cutâneas, mas
até então era desconhecido se o fumo influencia a permeabilidade
da barreira cutânea. Um estudo mediu as propriedades biofísicas
da pele, a homeostase da permeabilidade da barreira, a
integridade e hidratação do estrato córneo, o pH da superfície e o
índice de melanina/eritema em fumantes.
Prejuízo à Permeabilidade Epidermal

3. ESTUDO
| Foi demonstrado atraso na recuperação da barreira, variando de
acordo com o local do corpo, com taxas negativamente
relacionadas com o número de cigarros consumidos diariamente.
Estudo avaliou 99 homens, sendo que os fumantes
foram classificados como fumantes leves a moderados
(<20 cigarros/dia) e fumantes pesados (≥20
cigarros/dia).
| Fumantes pesados apresentam uma homeostase de barreira
comprometida, o que pode contribuir, em parte, para um aumento
da prevalência de certas desordens cutâneas.
A melhoria da permeabilidade
epidermal da barreira deve ser
considerada para fumantes

4. MECANISMO
| O mecanismo pelo qual os fumantes apresentam diferenças na
homeostase da permeabilidade da barreira não são claros.
Diversos estudos têm demonstrado que a nicotina, um dos
principais constituintes do cigarro, regula a função dos
queratinócitos.
| A adição de nicotina à cultura de queratinócitos aumenta a
expressão de filagrina, involucrina e a formação de envelopes
cornificados. A nicotina estimula a adesão de queratinócitos e atua
de forma negativa em suas funções por estimular o estresse
oxidativo e a liberação de citocinas.
| As citocinas podem beneficiar o reparo tecidual, mas quando
ocorre uma inflamação excessiva, podem prejudicar a função
barreira. O estresse oxidativo inibe a proliferação e diferenciação
de queratinócitos, o que pode resultar em uma permeabilidade
epidermal defeituosa.
| A nicotina estimula a produção de sebo e inibe a proliferação de
queratinócitos e síntese de proteínas. Com isso os fumantes
apresentam uma hidratação maior nas áreas contendo muitas
glândulas sebáceas e menor nas áreas com poucas glândulas
sebáceas.

5. EFEITOS CUTÂNEOS
PELO FUMO
Já é conhecida a forte associação do tabagismo com doenças
cardiovasculares, pulmonares e cancerosas, mas o fumo também
causa uma série de manifestações cutâneas. Os resulatos de uma
metanálise que avaliou os artigos dos últimos 40 anos relacionados
com a dermatologia, tabaco e fumo sugeriram forte associação
com numerosas condições dermatológicas (Freimanet al., 2004).
Fumantes Aparentam 2,1 Anos a Mais

6. CONDIÇÕES
DERMATOLÓGICAS
RELACIONADAS
| Câncer de boca e outras condições orais;
| Rugas e envelhecimento prematuro;
| Deficiência na cura de ferimentos;
| Carcinoma celular escamoso;
| Hidradenite supurativa;
| Perda de cabelo;
| Psoríase (Freimanet al., 2004).

7. CONDIÇÕES
DERMATOLÓGICAS
RELACIONADAS
| Alterações Sanguíneas: Aumento da vasoconstrição e de danos à
camada epitelial dos vasos, promovendo danos à cura de
ferimentos, tromboangeíte obliterante e doenças arteriais
periféricas obstrutivas.
| Reações Inflamatórias: Efeitos imunológicos que induzem a
reações inflamatórias importantes na pustulose palmoplantar,
psoríase, dermatite atópica, acne, tromboangeíte obliterante e
lúpus eritematoso.
| Imunossupressão: A imunossupressão causada pela nicotina
pode contribuir para a patogênese da infecção por HPV, de
melanoma maligno e também de tumores epiteliais e em mucosas
(Krug et al., 2004).

8. APARÊNCIA
ENVELHECIDA
| Os efeitos do fumo no envelhecimento foram avaliados no norte
da Finlândia, onde os efeitos cumulativos da exposição solar são
baixos.
| Os fumantes aparentavam ter 2.1 anos a mais que suas idades
reais, enquanto os não-fumantes uma média de 0.7 ano a menos
(Raitio et al., 2004).
O fumo é um dos principais fatores envolvidos no aparecimento de
rugas, principalmente em fumantes “pesados” que fumam mais de
40 pacotes ao ano (Raduan et al, 2008).

9. Se você não é profissional da saúde Consulte um Dermatologista!
Diga não a Automedicação!
Lucas
Portilho
Para conhecer mais sobre o prof. Lucas Portilho, visite o Instagram
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Esse artigo é exclusivo para profissionais da saúde!

10. Melhora da Barreira
Cutânea em Fumantes
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