SlideShare a Scribd company logo
1 of 15
Download to read offline
Educação Especial:
Atendimento Educacional Especializado dos Alunos com Deficiência Intelectual
Giselia Reis - FAEL 1
Orientador: Profº MsC. Gilmar Dias - FAEL 2
RESUMO
O presente artigo pretende verificar o atendimento educacional especializado (AEE), do aluno
com diagnóstico de deficiência intelectual, para reflexão acerca das práticas pedagógicas e
sobre as mesmas oportunidades de participar do processo ensino aprendizagem, valorizando o
seu potencial cognitivo. Pesquisamos como a professora de sala de recurso do atendimento
educacional especializado (AEE), desenvolve sua prática pedagógica para a solução de
problemas vinculados a dificuldade de aprendizagem com 15 alunos. E como os profissionais
se sentem preparados para trabalhar a especificidade do aluno, bem como ações para
superação dos problemas da adaptação curricular. A trajetória da educação inclusiva e os
caminhos percorridos sobre a dificuldade de aprendizagem referente ao cognitivo do aluno,
que apresenta diagnóstico de deficiência intelectual. Buscou-se com essa pesquisa, uma
proposta mais humanizada que busca conscientizar a atenção de todos envolvidos e mostrar
que inclusão é responsabilidade de todos. O aluno não pode ficar só na condição de ouvinte
mais sim de praticante, ou seja, ativo e dentro processo nas classes comuns a todos os alunos e
não somente pelo atendimento educacional especializado (AEE), para sair de fato do processo
de integração e efetivar a inclusão.
Palavras-chave: Inclusão. Cognição. Dificuldades de Aprendizagem. Plano de
Desenvolvimento Individual (PDI).
1 Introdução
Todos os alunos têm direito à educação de qualidade, para desenvolver o seu
potencial. O que há necessidade de trabalhar também os fatores cognitivos relacionado ao
currículo pedagógico, para que de fato o aluno possa ser contemplado com conhecimento que
é direito cível.
Dessa forma esta pesquisa busca verificar como é realizado o atendimento educacional
especializado (AEE), dos alunos que possuem diagnóstico de deficiência intelectual, para que
se possa refletir acerca das práticas pedagógicas, para que a inclusão tenha um olhar para o
1
Aluna do curso de pós-graduação de Educação Especial Inclusiva, pedagoga pela UNIDESC, especialista em
psicopedagogia, especialista em supervisão e inspeção escolar, graduanda em psicologia e coordenadora do
projeto inclusivo Elcibeto. E-mail: giseliaapa@yahoo.com.br
2
Matemático, tecnólogo em processos gerenciais, pedagogo pela UFPR, mestre em educação, especialista em
educação a distância, especialista em adm. financeira e informatização e professor do curso de pedagogia e da
pós-Graduação da FAEL. E-mail: gilmar.dias@fael.edu.br
2
potencial do cognitivo e da autonomia do aluno com deficiência, para ser mais valorizada e,
contudo, mais presente no âmbito educacional para caminho da aprendizagem efetiva.
A pesquisa tipo estudo de caso possibilitou acompanhar as atividades realizadas pela
professora de recurso, como é realizado o planejamento inclusivo, que acontece através do
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), com uso de jogos e diversos materiais
pedagógicos concretos para estimulação do potência cognitivo do aluno, na necessidade há
contatos com equipe de profissionais de saúde, reuniões de: orientação e conversação sobre o
aluno, entrevista com a família e orientações, e apoio aos professores sobre a especificidade e
necessidade do aluno. Neste sentido, a investigação proposta neste estudo consiste em
identificar e detectar ações das práticas inclusivas, dentro do atendimento educacional
especializado (AEE) e de como tem sido o reflexo do trabalho inclusivo na classe comum,
bem como o apoio da comunidade escolar para fortalecer as práticas inclusivas. De como
desempenha sua função na sala de recurso multifuncional.
Essa pesquisa se mostrou relevante pelo fato de conscientizar a importância de
valorizar o potencial do cognitivo do aluno com deficiência e ferramentas pedagógicas de
apoio, bem como mostrar como é feito o atendimento educacional especializado (AEE), para
que o processo ensino aprendizagem seja de qualidade e que de fato o conhecimento
curricular seja acessível a todos sem distinção.
2 Inclusão escolar
Para Pletsch (2010, p.43) “[...] a Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais: acesso e qualidade, promovida pelo governo espanhol e
UNESCO, que resultou a declaração de Salamanca (1994) ”. Aqui começa a efetivar de
fato o novo paradigma que nunca sai do processo do novo, o trabalho da Educação
Especial e criação de novas formas institucionais acerca da educação inclusiva nas escolas.
Pletsch (2010, p. 45 apud MICHELS, 2006): “[...] englobou pontos como gestão
educacional, o financiamento, a avaliação, a formação de professores, o currículo e a
inclusão dos alunos com necessidades especiais”. Toda está situação leva a compreender o
salto no processo educacional inclusivo e ainda advindo diversas reformas como o Plano
decenal de Educação e logo depois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN nº
9.349/96), ou seja, houve toda uma reformulação da Educação da Educação Brasileira.
Portanto ao longo dos anos foram estabelecendo novas complementações institucionais,
3
com objetivo de valorizar cada vez mais o processo educacional inclusivo e se afastando
cada vez mais do caráter de integração. Esse marco educacional trouxe avanços, para que o
aluno com deficiência pudesse ter mais oportunidades como poder estudar nas classes
comuns. E assim foram criadas mais diretrizes com objetivo de orientar e dar suporte para
o processo de ensino, para que os mesmos tivessem condições de se reorganizarem para
atender a especificidades necessárias, embora ainda faltam investimentos para concretizar
toda a política no âmbito da educação inclusiva, (2010, p.56) “ [...] faz –se urgente, entre
outras medidas, a ampliação do financiamento para o ensino público”, para melhorar as
práticas inclusivas com qualidade.
De acordo com Mantoan (2015, p. 23 apud Morin 2001) “[...] para reformar a
instituição, temos que reformar a mente, mas não se pode fazê-lo sem uma prévia reforma
das instituições”. Há dificuldade de aceitação do novo paradigma inclusivo, onde as
mudanças provem mais do processo subjetivo de cada um, em que onde todos precisam de
se reformar, para estarem implicados com a Inclusão, para que a mudança prevaleça.
Nesse sentido os processos educacionais mais usam o processo de integração do que de
fato a inclusão, onde a escola de classe comum agrega a escola especial. Como se o
sistema fosse a inclusivo, mas de fato prevalece um subsistema que favorece mais a
integração, onde acontece apenas transferência da educação especial para as classes
comuns.
Mantoan expressa que (2015, p.29) “[...] metáfora da inclusão é o caleidoscópio”.
Onde um todo se entrelaça para dar forma, há toda uma harmonia, que caso falte algum
pedaço compromete toda riqueza. Essa afirmação vem como proposta de mudanças na
política educacional escolar, onde todos são privilegiados com uma nova dimensão nas
práticas escolares, (2015, p.28) “[..] o objetivo é não excluir ninguém, melhorando a
qualidade do ensino das escolas e atingindo todos alunos que fracassam nas salas de aula”,
assim diversos dispositivos legais e estratégias foram criados para assegurar o direito da
pessoa com deficiência para que a mesma não seja excluída do processo de ensino
aprendizagem. Contudo Mantoan (2015, p. 46) afirma que: “[...] o projeto político
pedagógico da escola comum deve prever a oferta do AEE, complementar a
escolarização”. O Projeto Político Pedagógico é dos uns instrumentos de suma importância
dentro do processo escolar, é onde a comunidade escolar tem a oportunidade de participar
da construção do ensino aprendizagem e de melhorar as práticas escolares, bem como
prática inclusiva.
4
De acordo com Dias (2003), o Projeto Político Pedagógico se constrói de forma
coletiva, pois é um conjunto de ações políticas onde a pessoa tem oportunidades de
expressar seu poder de democracia para exercer de fato a função social, onde com
compartilhamento de ideais que acabam se transformando em ações pedagógicas. Um
documento que de certa forma garante a autonomia da escola e de todos envolvidos no
processo escolar, (BRASIL, 2003, p.5), “[...] autonomia é uma questão vital para gestão
democrática da escola pública”. Força que a comunidade escolar tem, para desenvolver a
autonomia para realizar o diferencial no processo educativo, bem como profissionais e
famílias tem a liberdade de deliberar e concretizar os caminhos percorridos para uma
execução bem definida e planejada.
Corroborando com Veiga; Resende; (1998, p.168): “[...] no projeto político –
pedagógico que são definidas as prioridades e necessidades de uma unidade escolar, para
direcionamento de sua atuação rumo à qualidade de ensino”. Portanto um instrumento
primordial de referência coletiva que envolve influencias de todos representantes de cada
segmento da comunidade escolar (profissionais e família), capazes de realizar a
transformação da política educacional.
Para Salete; Aranha (2003), o currículo escolar se inicia a partir do projeto
pedagógico, onde consta toda fundamentação da filosofia da escola e da Educação, para
executar as práticas educativas que é o caminho para que a aprendizagem se realize, e
assim a escola vai formando sua própria identidade. Para tanto é permitido que a escola
ajuste suas práticas pedagógicas para atender a especificidade do aluno com necessidade
especial educativa, uma abertura para adequação curricular que nada mais é do que pensar
e respeitar o dia a dia da escola, ou seja as necessidades especificas do aluno, pois nem
sempre a flexibilização do currículo regular é suficiente, por isso se faz necessário o olhar
com suma importância para adequação curricular. E para atender estas necessidades a
medidas podem ser graduais à progressivas, sendo significativas e não significativas em
todo âmbito escolar. Portanto as adequações curriculares podem ser: (BRASIL, p.53) [...]
no nível do projeto pedagógico da escola, da sala de aula, das atividades e somente quando
absolutamente necessário aplicam –se ao aluno individualmente”. Com objetivo de apoio
pedagógico, devido as dificuldades de aprendizagem e das especificidades especiais,
considerando as competências do aluno.
5
3 Dificuldades de Aprendizagem
Segundo Porto (2011), a aprendizagem são processos de suma importância de vida
para as pessoas, pois a cada aprendizado vai fortalecendo a capacidade de sobreviver. E é
partir do aprendizado que vai ser firmando a relação entre o indivíduo com conhecimento,
porém os fatores de desenvolvimento da criança são os condicionantes para a
aprendizagem. Confirmando sobre o conhecimento com (Porto, 2011, p. 18, apud PIAGET
,1976, p.58), esboça que “[...] objetos de uma programação inata pré-formada no sujeito,
mas de construções sucessivas com elaboração constantes de estruturas novas”. O
aprendizado surge das interações com meio, ou seja, do contato de um com o outro, e há
toda uma estrutura de fases cognitiva que o aluno carrega de forma nata, que vai se
desenvolvendo aos poucos pelos estímulos recebidos. E toda essa programação precisa ser
considerada, assim o aluno precisa ser visto com um ser completo, em seus fatores
biológicos, sociais e psicológicos.
Para (Porto, p.57, apud FONSECA, 1995, p.71), as dificuldades de aprendizagem
podem apresentar como: “[...] desordens manifestadas por dificuldade na aquisição e
utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura da escrita e do raciocínio
matemático”. No geral podemos compreender as dificuldades de aprendizagem podem
estar associadas também a alguma disfunção cognitiva, relacionada ao cerebelo e inclusive
essa dificuldade de aquisição pode também ser ambiental, de como a forma de estímulo
está sendo realizada.
De acordo com Rotta; Brido Filho; Bridi (2016), relata que as dificuldades
intelectuais leves, são processos de pouca atenção e que geralmente a descoberta é feita de
forma tardia, resultando nos fracassos escolares. Que muitas vezes essa deficiência se dar
pelo atraso do desenvolvimento da cognição e neurospicomotor e pelo sistema nervoso
central. A questão que a falta de um tratamento adequado, bem como a falta de estímulo
correto pode comprometer mais ainda o caminho da aprendizagem, assim os processos
cognitivos são as chaves para aquisição do conhecimento, ou seja (Rota; Filho; Bridi 2016,
p.153 apud ROTA, 2006, p.116). “[...] aprender passa pelo SNC, onde ocorrem
modificações funcionais e condutais, que depende do contingente genético de cada
indivíduo associado ao ambiente”. É preciso conhecimento e respeito ao caminho orgânico
para se chegar ao aprendizado.
Rotta; Ohlweiler, Riesgo (2016), reporta que muitos estudos já por longos anos já
tem sido alvo de pesquisa e de atenção, pois mesmo um cérebro com toda estrutura
6
preservada também não efetiva segurança total de aprendizagem. Desde antes o
aprendizado vem sendo uma forma de sobrevivência. Houve toda uma linha histórica
educativa mostrando a evolução para se chegar no atendimento pedagógico especial para
as dificuldades de aprendizagem. Primeiro veio a preocupação com da cultura do corpo
físico, toda uma pedagogia voltada para estética, e em seguida foi para uma pedagogia
espiritualista e mais a frente de certa forma uma integração destas pedagogias, e assim se
inicia um processo mais humanista. E partir de 1500, passando por Ponce de Leon com os
primeiros passos para trabalhar com surdos e mudos, chegando a educação sensorial por
Pereire. Já Pestalozzi trouxe reformas pedagógicas como educação intuitiva. Mantessori
em 1993 revolucionou com seus métodos pedagógicos também voltados para dificuldades
de aprendizagens. Assim passamos por uma educação sob medida por Claparéde, e
chegamos na pedagogia operatória de Piaget. Desde 1845, já se havia trabalho voltado para
educação especial com surdos e mudos, (2016, p. 97) “[...] a necessidade de o educador
estar em condições de adaptar o ensino a cada criança e a cada grupo de criança”.
Geralmente os fatores que estão relacionado com as dificuldades de aprendizagem são:
escola, família e o aluno e são fatores de suma importância para que a criança não tenha
diagnóstico equivocado o que pode acarretar numa estimulação inadequada ou até a falta
ou tardia.
Costa (2015, p.22) “[...] busca de uma definição para a deficiência intelectual tem
sido objeto de investigação [...]”. Sendo as limitações funcionais significativas associadas
as mais variações de condutas como habilidades acadêmicas, sociais, trabalho e lazer,
enfim fatores que interferem no desempenho esperado da média geral de desenvolvimento.
Dessa forma surgiu como alicerce para formar a Política Nacional da Educação Especial
para Deficiência Intelectual e assim à Associação Americana de Retardo Mental passou
para Associação de Desenvolvimento Intelectual e Desabilidades e logo a pessoa com
deficiência mental passou a ser definido como pessoa com deficiência Intelectual. Ainda
Costa (2015, p.24) afirma que deficientes intelectuais, “[...]são classificação conforme os
aspectos relevantes relacionados à intervenção profissional (psicológica, educacional,
social) [...]”, ou seja, depende da especificidade de cada aluno, a aptidão de aprendizagem
pode se caracterizar como sendo um aluno “educável, treinável ou mais profunda”.
Portanto Poker (2003), o atendimento educacional especializado exige que o
profissional de educação inclusiva precisa desempenhar um papel diferencial, onde o
processo parte do aluno, para que forneça suporte para que o aluno tenha êxito no processo
curricular comum. O uso de materiais pedagógicos adaptados para que haja estimulação
7
das habilidades dos alunos e assim o mesmo ser valorizado no seu potencial, assim o
mesmo estará de fato tendo oportunidade do acesso ao currículo escolar na sala de aula. É
um trabalho com caráter complementar para ajudar o aluno enfrentar suas barreiras. Por
isso o trabalho multifuncional da sala de atendimento educacional especializada (AEE),
precisa ser planejada de acordo com a necessidade educativa, ou seja, é o suporte do aluno
para que o mesmo possa estar presente de forma ativa nas atividades da classe comum,
bem como na rotina escolar comuns a todos aos alunos.
Para Poker (2003), o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), será o norte do
professor da sala de atendimento educacional especializado (AEE), com apoio da equipe
pedagógica, para elaborar o plano com as ações interventivas. O mesmo é composto por
duas partes, onde cada parte possui roteiros a serem seguidos. A primeira fica a cargo dos
dados do aluno e dos processos de avaliações e já na segunda parte é o próprio
atendimento educacional especializado que é processo de intervenção ao longo do ano
letivo. O processo pode ser iniciado pelo estudo de caso sobre a especificidade do aluno,
sua história e necessidades, onde pode contar com apoio da família, professores, enfim de
todos envolvidos no processo inclusivo da escola, para montar todo um diagnóstico do
aluno, para de fato elaborar o Plano Pedagógico Especializado (PPE), que organizado em
três situações, entre elas são: atender a necessidade do aluno, e organização do
planejamento que envolve a escola no geral e o atendimento da sala de recurso
multifuncional que se refere sobre a questão social, motora e cognitiva. São fatores que já
se trata da elaboração do planejamento para subsidiar o trabalho da sala de atendimento
educacional especializada (AEE). Conforme o documento da Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que: “[..] atendimento
educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos
alunos, considerando suas necessidades específicas.”. (BRASIL, 2017).
Dessa forma identificar as necessidades educativas que estão causando dificuldades
de aprendizagens. As ações que podem abranger o âmbito da família, da escola, da saúde,
pois o objetivo é dar condição para o aluno ter capacidade e condições de participar do
processo comuns a todos, bem como uma complementação de suporte para garantir a
aprendizagem, e o atendimento educacional especializado (AEE), “não” funciona como
extensão da classe comum ou trabalho como reforço escolar, mas um trabalho diferenciado
de forma mais lúdica de estimulação, para que o aluno possa ter sua própria autonomia.
8
4 Metodologias utilizada na pesquisa
O presente artigo utilizou-se de pesquisa do tipo Estudo de Caso, com uma revisão da
bibliografia referente ao tema e com aplicação de instrumentos de coleta de dados como
entrevista, questionário e observação in loco. Os dados foram coletados utilizando-se técnicas
características da pesquisa qualitativa. O método conhecido como estudo de caso permite
realizar uma analises exploratórias da realidade com poucos objetos, embora de forma bem
minuciosa e contribui muito nas explicações das hipóteses através de experimentos.
Segundo Gil (2008, p.58 apud Yin, 2015 p.32), o estudo de caso se caracteriza por
“[...] estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto da sua
realidade [...]”. Como um processo mais amplo e detalhado, facilita observar melhor o
trabalho inclusivo. Nesta pesquisa, o estudo de caso está relacionado aos alunos do
atendimento educacional especializado (AEE), que apresentam diagnóstico de Deficiência
Intelectual. Realizou-se também uma entrevista com a professora da sala de recursos que
atende quinze alunos. A entrevista aconteceu de forma mais informal, onde teve como
objetivo apenas conhecer como a professora desenvolve o trabalho inclusivo com os alunos,
sua experiência como educadora especial, como realiza a adaptação curricular dos alunos e de
como articula o trabalho multiprofissional na escola. Assim, para efetivar a entrevista foi
entregue a mesma um questionário com cinco perguntas relacionadas ao processo do
atendimento educacional especializado (AEE).
O questionário foi um dos instrumentos de utilização nesta pesquisa, por ser um
importante documento de coleta de dados que, segundo Marconi e Lakatos (2003, p.201)
“[..] instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas,
que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. E para essa
pesquisa foi constituído uma série de passos, pois para Prodanov; Freitas, (2013, p. 44), a
pesquisa constitui “[..] conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um
problema, as quais têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. ”.
Também se realizou uma observação in loco, que de acordo com Gil (2008, p. 100)
“[...] a observação chega a ser um método de investigação [...]”. Portanto permitiu observar o
como a escola realiza suas práticas pedagógicas inclusivas, bem como adaptação curricular e
de que forma os profissionais sentem preparados para trabalhar as especificidades dos alunos.
O período de observação ocorreu em duas visitas na unidade escolar no 1º e 2º
trimestre, sendo essas com média de duas horas e meia cada, das 14h até as 16h30m e também
9
por contato por e-mail, acesso ao blog da escola, contato por telefone e análise de documentos
Regimento Escolar e PPP – Projeto Político Pedagógico.
5 Análise dos dados coletados
A pesquisa foi realizada em uma instituição pública histórica, no Colégio Estadual
Paula Soares, em Porto Alegre, que possui 90 anos. O Colégio oferece o ensino fundamental e
o ensino médio completo e atende aproximadamente 650 alunos, com 33 turmas, distribuídos
nos turnos matutino que atende o Ensino Fundamental e o vespertino e noturno atende o
Ensino Médio. Muitos profissionais colaboram para o seu funcionamento: diretor, vice-
diretora, supervisora pedagógica e orientadora educacional, cada turno possuí sua equipe de
apoio e professores, profissionais administrativos e professora da sala de recurso, que atende
os alunos com deficiência.
O primeiro contato foi com a professora da sala de recurso deu-se no início do 1º
trimestre. Na própria sala de recurso, de forma livre a professora mostrou todo planejamento
da rotina do atendimento educacional especializado de apoio aos alunos com deficiência. O
atendimento é ofertado mesmo que família não forneça o laudo, após o estudo de caso, na
necessidade o professor da sala de recurso poderá articular com profissional da saúde, e nesta
perspectiva o laudo é visto com um documento complementar ao plano do atendimento
educacional especializado.
A supervisora pedagógica responde que a equipe pedagógica junto com os professores
de área específica, analisa os educandos de forma integral e quando o aluno apresenta
dificuldade é encaminhado para fazer avaliação na sala de atendimento educacional
especializado (AEE), e assim iniciar no turno inverso o atendimento. Que a escola realiza
atividade diferenciada conforme a lei da inclusão vigente. A escola dialoga com a professora
da sala de recurso para verificar o avanço do aluno, como está a receptividade com a família e
está o atendimento especializado. Que a maioria dos profissionais da escola não sentem
preparados para atender o aluno com deficiência, o que necessita mais de formação
continuada. Portanto ações como reuniões pedagógicas, formação continuada, troca de
experiências com a comunidade escolar, são ações feitas para superar os problemas referentes
ao processo inclusivo na escola.
A exigência do laudo é mais para via de comprovação para o censo escolar e ainda
assim é somente sob autorização da família, mas o atendimento especializado é realizado
10
independentemente da apresentação do laudo. Garantido no Regimento Escolar, “ [...] não se
pode considerar imprescindível a apresentação do laudo médico (diagnóstico clínico), por
parte do aluno com deficiência” (CEPS, 2015, p.18). O atendimento educacional
especializado acontece da seguinte forma: de uma a duas horas/aula semanais de acordo com
a necessidade do aluno, embora alguns alunos por fatores sociais têm dificuldade de
comparecer no turno inverso como versa a legislação. E já nas classes comuns o trabalho é
realizado de forma independente da sala de atendimento educacional especializado (AEE). O
professor de área específica que é o responsável fazer a adequação curricular do aluno caso
haja necessidade. Conforme o Projeto político-pedagógico da escola o atendimento
educacional especializado é “[...] conjunto de atividades pedagógicas realizadas pela educação
especial, aos alunos com deficiência” (EEPS, 2015, p.33).
Para a referida pesquisa, foram utilizados com a professora da sala de recurso três
instrumentos diferentes de coleta de dados: entrevista através de conversa informal,
questionário e observação in loco e com a supervisão pedagógica somente o questionário, pois
devido aos fatores pedagógicos do momento, não houve tempo de participar de todo processo
da pesquisa.
A sala analisada é onde funciona o atendimento educacional especializado (AEE), para
todos alunos incluídos da escola. O cronograma de atendimento possui em torno de 15 alunos,
entre 10 a 22 anos e a maioria não possui laudo, devido a precariedade da saúde pública local.
A primeira observação da classe foi realizada na sala do atendimento educacional
especializada. Neste dia houve apenas um atendimento educacional especializado, onde o
aluno se mostrou muito receptivo com a professora da sala de recurso. O relato da professora
enfatizou sua trajetória desde o início de quando a escola extinguiu a classe especial, onde era
realizado o trabalho pedagógico com alunos que possuía diagnostico de alguma deficiência.
Foi uma fase difícil de adaptação para todos, inclusive para famílias que ficaram
preocupadas com a qualidade do atendimento. Mas com as novas obrigações legais o colégio
reestruturou seus dispositivos legais e vem sendo uma escola polo no atendimento
educacional especializado. A professora da sala de recurso destacou no questionário a
importância do atendimento educacional especializado (AEE), valorizar a possibilidade de
cada um, aperfeiçoando as habilidades e potencialidades do aluno, sempre o que ele faz e não
o que deixou de fazer, buscar sempre desenvolver a independência do aluno dentro e fora da
escola, para que ele possa usar a liberdade de forma responsável. São trabalhadas de forma
individual com elaboração do Plano de Desenvolvimento Escolar (PDI), uso de materiais
concretos, com elaboração de atividades que estimulam a aprendizagem e principalmente a
11
autonomia do aluno, bem como criar um vínculo afetivo com o aluno para que ele se sinta
mais confiante e seguro na aula.
A aprendizagem do aluno com deficiência Intelectual, exige mudanças inovadoras nas
práticas pedagógicas, e através do caminho inclusivo é que se tem o direito para que a
instituição crie formas de adaptação, para que o aluno tenha condições de desenvolver o
potencial. Toda essa especificidade está prevista na LDB, inciso I “ Haverá, quando
necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades
da clientela de educação especial” (BRASIL,1996, Art. 58).
O processo de atendimento inclusivo tem todo um conhecimento específico planejado
pela professora da sala de recurso, onde sua prática se assemelha Pedagogia Renovada, que é
uma prática que princípios que valoriza o aluno de forma livre e ativa no processo social, o
início do processo parte do aluno. Assim elabora o Plano desenvolvimento Individual (PDI),
que é um instrumento exclusivo realizado para cada aluno, que é atendido pela sala do
atendimento educacional especializado (AEE), com estratégias onde consta todo
Planejamento Especializado (PE), a ser trabalhado com aluno ao longo do ano letivo para que
o mesmo tenha acesso efetivo ao ensino aprendizagem. Conforme os PCNs: “[...] O centro da
atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser
ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem”.
(BRASIL, 1997, p. 31).
E na sala de classe comum é realizado adaptação curricular, quando necessário. O
aluno participa de todas as atividades e avaliações comuns realizada a todos os alunos, para
não caracterizar processo de exclusão, inclusive há resistência de alguns profissionais, por não
serem a favor da inclusão, por acreditarem que a inclusão é um processo mais prejudicial e
que os mesmos não estão preparados para trabalhar com aluno inclusivo. Embora a professora
da sala de recurso, além de realizar o trabalho de atendimento educacional especializado
(AEE), tem atribuição itinerante, fica à disposição para atender em outra escola e o corpo
docente que precisar de alguma orientação, fica a critérios dos profissionais procura – lá, o
colégio tem toda documentação regimentada que assegura o direito da educação inclusiva,
como afirma na Declaração de Salamanca: “[...] as crianças e jovens com necessidades
educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar
através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades”.
(UNESCO,1994, p.11).
A escola possui infraestrutura bem comprometida o que interfere também no processo
de acessibilidade. A sala de atendimento educacional especializado (AEE), não é uma sala
12
ampla e com poucos equipamentos tecnológicos e materiais pedagógicos, e que alguns
precisam ser complementados e/ou substituídos, por já estarem antigos e/ou comprometidos.
Com dificuldade a professora da sala de recurso conseguiu um tablete para realizar uma
atividade diferenciada com uma aluna, pois o controle de material tecnológico é bem
burocrático, o que deixa alguns profissionais com receio para utilizar, mesmo como
ferramenta pedagógica para os alunos. Inclusive o governo ofertou para os professores
tabletes, mas os professores de sala de recurso não foram contemplados.
O Colégio funciona como Polo, onde atende os alunos com deficiência de escolas que
não possuem a sala de recurso. Á maioria dos alunos não possuem condições sociais de
procurar rede de saúde particular para realizar o atendimento clinico multiprofissional, pois na
comunidade é precário atendimento público. O que acaba dificultando em identificar a
especificidade de fato do aluno. Mantoan (2015, 59) “[...] incluir é necessário, sobretudo, para
melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais
preparadas para levar a vida na sua plenitude”. A educação inclusiva enfrenta diversos
desafios, inclusive por algumas famílias que tem medo e/ou preconceito com processo
inclusivo a ponto de não informar que o aluno tem deficiência e/ou venha ter atendimento
inclusivo, chegam a pedir sigilo da especificidade do aluno, o que acaba comprometendo a
qualidade do processo ensino aprendizagem. O próprio aluno acaba tendo que dar conta do
fracasso escolar de certa forma sozinho. Segundo a Lei nº 13.146: “[...] A educação constitui
direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os
níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento
possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem. (BRASIL, 2015, Art. 27)
O Colégio possui toda uma estrutura teórica legal, que ampara o direito do aluno com
deficiência e envida esforços para efetivação do trabalho inclusivo, através da sala de
atendimento educacional especializado (AEE), mas precisa de investimento de recurso
financeiro para melhorar o atendimento inclusivo, principalmente relacionado a
acessibilidade, que parece apresentar em risco vital no momento. A sala de recurso não assiste
alunos que apresenta dificuldade de aprendizagem, apenas se o aluno apresentar diagnóstico
de deficiência e transtorno globais de desenvolvimento.
6 Propostas de estratégias de intervenção para o aluno com deficiência
13
Revitalização da consciência inclusiva, onde não deve acontecer somente na sala do
atendimento educacional especializado (AEE), pois a partir do momento em que existe
alguma resistência para o aluno ser incluído na sala comum, fica comprometido a efetivação
da inclusão e da busca de qualidade para o processo ensino aprendizagem, bem como a
própria adaptação curricular quando necessária do aluno com deficiência.
Para que o aluno possa ter as mesmas oportunidades não só de receber o
conhecimento, mas de estar presente no processo de forma ativa. Como afirma Mantoan
(2015,33) “[...] estamos habituados a repassar nossos problemas para outros colegas, os
professores “especializados”; assim, não recai sobre nós o peso de nossas limitações
profissionais”. Assim, a proposta pedagógica inclusiva deve ser canalizada para que atinja
todos os alunos, que apresentam dificuldade e/ou com deficiência sejam contemplados
também nas classes comuns, e sair do processo de integração para o processo de inclusão.
Portanto a criação de um projeto que abranja a acessibilidade da escola, formação
continuada dos professores das classes comuns, para melhorar a qualidade do atendimento,
aquisição de matérias equipamentos e materiais pedagógicos mais inovadores, voltados para
estimular o potencial cognitivo do aluno com deficiência, para que inclusive a professora da
sala de recurso possa ter mais oportunidade de poder explorar mais recursos pedagógicos,
dentre eles a tecnologia assistiva e assim ofertar um apoio especializado com mais qualidade.
7 Considerações finais
A conscientização do processo inclusivo precisa ser hábito, onde ainda precisa de uma
compreensão acerca das estratégias para que a instituição se adapte à necessidade da demanda
e não ao contrário, do aluno se adaptar a escola. A medida que todos se unirem família,
sistemas e entenderem que todo tem responsabilidades com a inclusão e o desenvolvimento
do aluno e que assim como o êxito é compartilhado com fracasso acontece a mesma coisa, é
responsabilidade de todos envolvidos no processo.
Nesta linha observamos que o ensino regular continua enfrentando crises tanto sociais
quanto curricular, e há necessidade de debater mais sobre a diferença de integração, inclusão e
o marco Educação para todos, e principalmente de como ofertar a adaptação curricular na
classe comum, bem como o dispositivo legal, que garante para o aluno o direito de ser
atendimento conforme sua necessidade. Outro fator de suma importância para debate, são os
alunos que não possuem deficiência, mas dificuldade de aprendizagem por diversos fatores,
14
entre eles devido a transtornos psicológicos, como exemplo o TDAH, não são assistidos pelo
atendimento educacional especializado (AEE).
Com essa pesquisa podemos concluir que o processo de atendimento educacional
especializado (AEE), por toda diversidade enfrentada, tem seu papel consumado na inclusão
dentro da escola. Contudo é necessário que a sociedade e os poderes públicos tenham mais
possibilidades de investir e conhecer a importância das atribuições deste serviço educativo
especializado, valorizando mais o profissional de sala de recurso, pois com a precariedade da
saúde pública, os percalços sociais e de certa forma mentais da sociedade acaba interferindo
na oferta de uma Educação de qualidade.
Referências
BRASIL. Lei nº 13.146, de julho de 2015. (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>.
Acessado em: 23 junho. 2017.
______. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva .2007. Disponível em:
<http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf>. Acessado em: 24
junho. 2017.
______. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares
nacionais. 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf >.
Acessado em: 24 ago. 2017. Acesado:23 junho.2017.
______. SEESP/MEC. Estratégias para educação de alunos com necessidades
educacionais especiais, 2003. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf.>. Acessado em: 24 junho de 2017.
COSTA, Maria, Piedade, Rezende da. Alfabetização para o aluno com deficiência
intelectual. São Paulo: Edicon, 2011.
DIAS, Gilmar. A Dimensão política do projeto político-pedagógico: rumo à autonomia
política e pedagógica da escola pública. In: MACHADO, Evelcy Monteiro; CORTELAZZO,
Iolanda Bueno de Camargo. (Orgs.). Pedagogia em debate: desafios contemporâneos.
Curitiba-PR: Editora UTP, 2003. Disponível em:
<http://www.boaaula.com.br/iolanda/pedagogiaemdebate/2003/pdartigos.html#gilmar>
Acessado em: 13 de junho de 2017.
EEPS Prof.ª Paula Soares. Projeto Político – Pedagógico – PPP. Porto Alegre – RS, 2015.
______. Regimento Escolar. Porto Alegre – RS, 2015.
15
Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Disponível em:
<file:///C:/Users/HOME/Downloads/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-
social.pdf>. Acessado em: 16 de julho de 2017.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer? São
Paulo: Summus, 2015.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. Disponível em:
file:///C:/Users/HOME/Downloads/LAKATOS%20-%20MARCONI%20-
%20FUNDAMENTOS%20DE%20METODOLOGIA%20CIENTIFICA(1).pdf. Acessado
em: 16 de junho de 2016.
PLETSCH, Márcia Denise. Repensando a inclusão escolar: diretrizes políticas, currículo e
práticas curriculares e deficiência Intelectual. Rio de Janeiro: Nau, 2010.
PRODANOV, Cleber Cristiano. FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho
científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico.
Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em:
file:///C:/Users/HOME/Downloads/Ebook%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientific
o.pdf. Acessado em: 16 jun. 2017.
ROTTA, Newra Tellechea; FILHO, Cesar Augusto Bridi. BRIDI, Fabiane Romanos de Souza
Neuorologia e aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 20016
______; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos de
aprendizagem abordagem: neurobiológica e multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,
2016.
PORTO, Olívia. Bases da psicopedagogia: diagnóstico e intervenção nos problemas de
aprendizagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2011.
UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na área das
necessidades educativa especiais. Genebra: Unesco, 1994. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf>. Acessado em: 24 jun.
2017.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Resende Lucia Maria Gonçalves. Espaço do projeto
político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. – (coleção Magistério: Formação e
trabalho pedagógico.

More Related Content

What's hot

Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraCursoTICs
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...Temas para TCC
 
O curriculo e a educação ambiental
O curriculo e a educação ambientalO curriculo e a educação ambiental
O curriculo e a educação ambientalSara Cristina
 
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusiva
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusivaDiretrizes politica nacional_educacao_inclusiva
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusivaDaniela Gil
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação spUlisses Vakirtzis
 
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008 projeto de DL que visa rever o DL 3/2008
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008 Ana Rita Costa
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação spUlisses Vakirtzis
 
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORES
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORESGESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORES
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORESAline Zugel
 
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckman
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckmanDiretrizes curriculares centro de ensino manoel beckman
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckmanJesus Borges
 
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserirIncluir e interagir e contribuir, não apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserircefaprodematupa
 
Planodemelhoriadaescola1
Planodemelhoriadaescola1Planodemelhoriadaescola1
Planodemelhoriadaescola1mjcborges30
 
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolarProjeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolarstones De moura
 
Formação para inclusão por simone drumond
Formação para inclusão por simone drumondFormação para inclusão por simone drumond
Formação para inclusão por simone drumondSimoneHelenDrumond
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...christianceapcursos
 
2. dialogos interdisciplinares
2. dialogos interdisciplinares2. dialogos interdisciplinares
2. dialogos interdisciplinaresUlisses Vakirtzis
 
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONALSEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL Maria Isabel Soares Feitosa
 

What's hot (19)

Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
 
in8014 36638-1-pb
in8014 36638-1-pbin8014 36638-1-pb
in8014 36638-1-pb
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
 
O curriculo e a educação ambiental
O curriculo e a educação ambientalO curriculo e a educação ambiental
O curriculo e a educação ambiental
 
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusiva
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusivaDiretrizes politica nacional_educacao_inclusiva
Diretrizes politica nacional_educacao_inclusiva
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp
 
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008 projeto de DL que visa rever o DL 3/2008
projeto de DL que visa rever o DL 3/2008
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp
 
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORES
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORESGESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORES
GESTÃO DEMOCRÁTICA: O TRABALHO DOS GESTORES
 
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckman
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckmanDiretrizes curriculares centro de ensino manoel beckman
Diretrizes curriculares centro de ensino manoel beckman
 
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserirIncluir e interagir e contribuir, não apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, não apenas inserir
 
Planodemelhoriadaescola1
Planodemelhoriadaescola1Planodemelhoriadaescola1
Planodemelhoriadaescola1
 
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolarProjeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar
Projeto de pesquisa, para comclusão do curso de pós graduação em gestão escolar
 
Formação para inclusão por simone drumond
Formação para inclusão por simone drumondFormação para inclusão por simone drumond
Formação para inclusão por simone drumond
 
programa mais educação sp
programa mais educação spprograma mais educação sp
programa mais educação sp
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...EDUCAÇÃO ESPECIAL:  A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A INCLUSÃO SÓCIO – EDUCATIVA NO ENSINO REGULAR Monalisa A...
 
2. dialogos interdisciplinares
2. dialogos interdisciplinares2. dialogos interdisciplinares
2. dialogos interdisciplinares
 
Revista inclusão 5
Revista inclusão  5Revista inclusão  5
Revista inclusão 5
 
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONALSEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
 

Similar to Educação Especial: Atendimento dos Alunos com Deficiência Intelectual

1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação spUlisses Vakirtzis
 
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserirIncluir e interagir e contribuir, nao apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserircefaprodematupa
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaAna Silva
 
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...ProfessorPrincipiante
 
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial FavedTrabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Favedsandrajunia1
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação spUlisses Vakirtzis
 
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectual
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectualEstrategias pedagogicas com deficiente intelectual
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectualPaula Aparecida Alve Alves
 
Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2sedf
 
Gestao inclusiva
Gestao inclusivaGestao inclusiva
Gestao inclusivaborgonha
 
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptx
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptxSLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptx
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptxAndressaPaixao3
 
Profissão especialista da educacao 2
Profissão especialista da educacao 2Profissão especialista da educacao 2
Profissão especialista da educacao 2Francismar Lopes
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação spUlisses Vakirtzis
 
Atividade modulo ii respostas
Atividade modulo ii   respostasAtividade modulo ii   respostas
Atividade modulo ii respostasAndré Alencar
 
Atividade modulo ii respostas
Atividade modulo ii   respostasAtividade modulo ii   respostas
Atividade modulo ii respostasAndré Alencar
 
Trablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoTrablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoCaroll Lima
 
Educação integral otp
Educação integral   otpEducação integral   otp
Educação integral otpJorci Ponce
 
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVAAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVAMaryanne Monteiro
 

Similar to Educação Especial: Atendimento dos Alunos com Deficiência Intelectual (20)

1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp
 
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserirIncluir e interagir e contribuir, nao apenas inserir
Incluir e interagir e contribuir, nao apenas inserir
 
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
 
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMEN...
 
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial FavedTrabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp
 
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectual
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectualEstrategias pedagogicas com deficiente intelectual
Estrategias pedagogicas com deficiente intelectual
 
Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2
 
Gestao inclusiva
Gestao inclusivaGestao inclusiva
Gestao inclusiva
 
Como atuar com o AEE
Como atuar com o AEEComo atuar com o AEE
Como atuar com o AEE
 
Como desenvolver o AEE
Como desenvolver o AEEComo desenvolver o AEE
Como desenvolver o AEE
 
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptx
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptxSLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptx
SLIDES%20PROJETO%20DE%20ENSINO%202022-1.pptx
 
Profissão especialista da educacao 2
Profissão especialista da educacao 2Profissão especialista da educacao 2
Profissão especialista da educacao 2
 
1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp1. programa mais educação sp
1. programa mais educação sp
 
Atividade modulo ii respostas
Atividade modulo ii   respostasAtividade modulo ii   respostas
Atividade modulo ii respostas
 
Atividade modulo ii respostas
Atividade modulo ii   respostasAtividade modulo ii   respostas
Atividade modulo ii respostas
 
Trablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusãoTrablho pnaic inclusão
Trablho pnaic inclusão
 
Educação integral otp
Educação integral   otpEducação integral   otp
Educação integral otp
 
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVAAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NUMA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
 

Recently uploaded

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 

Recently uploaded (20)

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 

Educação Especial: Atendimento dos Alunos com Deficiência Intelectual

  • 1. Educação Especial: Atendimento Educacional Especializado dos Alunos com Deficiência Intelectual Giselia Reis - FAEL 1 Orientador: Profº MsC. Gilmar Dias - FAEL 2 RESUMO O presente artigo pretende verificar o atendimento educacional especializado (AEE), do aluno com diagnóstico de deficiência intelectual, para reflexão acerca das práticas pedagógicas e sobre as mesmas oportunidades de participar do processo ensino aprendizagem, valorizando o seu potencial cognitivo. Pesquisamos como a professora de sala de recurso do atendimento educacional especializado (AEE), desenvolve sua prática pedagógica para a solução de problemas vinculados a dificuldade de aprendizagem com 15 alunos. E como os profissionais se sentem preparados para trabalhar a especificidade do aluno, bem como ações para superação dos problemas da adaptação curricular. A trajetória da educação inclusiva e os caminhos percorridos sobre a dificuldade de aprendizagem referente ao cognitivo do aluno, que apresenta diagnóstico de deficiência intelectual. Buscou-se com essa pesquisa, uma proposta mais humanizada que busca conscientizar a atenção de todos envolvidos e mostrar que inclusão é responsabilidade de todos. O aluno não pode ficar só na condição de ouvinte mais sim de praticante, ou seja, ativo e dentro processo nas classes comuns a todos os alunos e não somente pelo atendimento educacional especializado (AEE), para sair de fato do processo de integração e efetivar a inclusão. Palavras-chave: Inclusão. Cognição. Dificuldades de Aprendizagem. Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). 1 Introdução Todos os alunos têm direito à educação de qualidade, para desenvolver o seu potencial. O que há necessidade de trabalhar também os fatores cognitivos relacionado ao currículo pedagógico, para que de fato o aluno possa ser contemplado com conhecimento que é direito cível. Dessa forma esta pesquisa busca verificar como é realizado o atendimento educacional especializado (AEE), dos alunos que possuem diagnóstico de deficiência intelectual, para que se possa refletir acerca das práticas pedagógicas, para que a inclusão tenha um olhar para o 1 Aluna do curso de pós-graduação de Educação Especial Inclusiva, pedagoga pela UNIDESC, especialista em psicopedagogia, especialista em supervisão e inspeção escolar, graduanda em psicologia e coordenadora do projeto inclusivo Elcibeto. E-mail: giseliaapa@yahoo.com.br 2 Matemático, tecnólogo em processos gerenciais, pedagogo pela UFPR, mestre em educação, especialista em educação a distância, especialista em adm. financeira e informatização e professor do curso de pedagogia e da pós-Graduação da FAEL. E-mail: gilmar.dias@fael.edu.br
  • 2. 2 potencial do cognitivo e da autonomia do aluno com deficiência, para ser mais valorizada e, contudo, mais presente no âmbito educacional para caminho da aprendizagem efetiva. A pesquisa tipo estudo de caso possibilitou acompanhar as atividades realizadas pela professora de recurso, como é realizado o planejamento inclusivo, que acontece através do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), com uso de jogos e diversos materiais pedagógicos concretos para estimulação do potência cognitivo do aluno, na necessidade há contatos com equipe de profissionais de saúde, reuniões de: orientação e conversação sobre o aluno, entrevista com a família e orientações, e apoio aos professores sobre a especificidade e necessidade do aluno. Neste sentido, a investigação proposta neste estudo consiste em identificar e detectar ações das práticas inclusivas, dentro do atendimento educacional especializado (AEE) e de como tem sido o reflexo do trabalho inclusivo na classe comum, bem como o apoio da comunidade escolar para fortalecer as práticas inclusivas. De como desempenha sua função na sala de recurso multifuncional. Essa pesquisa se mostrou relevante pelo fato de conscientizar a importância de valorizar o potencial do cognitivo do aluno com deficiência e ferramentas pedagógicas de apoio, bem como mostrar como é feito o atendimento educacional especializado (AEE), para que o processo ensino aprendizagem seja de qualidade e que de fato o conhecimento curricular seja acessível a todos sem distinção. 2 Inclusão escolar Para Pletsch (2010, p.43) “[...] a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: acesso e qualidade, promovida pelo governo espanhol e UNESCO, que resultou a declaração de Salamanca (1994) ”. Aqui começa a efetivar de fato o novo paradigma que nunca sai do processo do novo, o trabalho da Educação Especial e criação de novas formas institucionais acerca da educação inclusiva nas escolas. Pletsch (2010, p. 45 apud MICHELS, 2006): “[...] englobou pontos como gestão educacional, o financiamento, a avaliação, a formação de professores, o currículo e a inclusão dos alunos com necessidades especiais”. Toda está situação leva a compreender o salto no processo educacional inclusivo e ainda advindo diversas reformas como o Plano decenal de Educação e logo depois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN nº 9.349/96), ou seja, houve toda uma reformulação da Educação da Educação Brasileira. Portanto ao longo dos anos foram estabelecendo novas complementações institucionais,
  • 3. 3 com objetivo de valorizar cada vez mais o processo educacional inclusivo e se afastando cada vez mais do caráter de integração. Esse marco educacional trouxe avanços, para que o aluno com deficiência pudesse ter mais oportunidades como poder estudar nas classes comuns. E assim foram criadas mais diretrizes com objetivo de orientar e dar suporte para o processo de ensino, para que os mesmos tivessem condições de se reorganizarem para atender a especificidades necessárias, embora ainda faltam investimentos para concretizar toda a política no âmbito da educação inclusiva, (2010, p.56) “ [...] faz –se urgente, entre outras medidas, a ampliação do financiamento para o ensino público”, para melhorar as práticas inclusivas com qualidade. De acordo com Mantoan (2015, p. 23 apud Morin 2001) “[...] para reformar a instituição, temos que reformar a mente, mas não se pode fazê-lo sem uma prévia reforma das instituições”. Há dificuldade de aceitação do novo paradigma inclusivo, onde as mudanças provem mais do processo subjetivo de cada um, em que onde todos precisam de se reformar, para estarem implicados com a Inclusão, para que a mudança prevaleça. Nesse sentido os processos educacionais mais usam o processo de integração do que de fato a inclusão, onde a escola de classe comum agrega a escola especial. Como se o sistema fosse a inclusivo, mas de fato prevalece um subsistema que favorece mais a integração, onde acontece apenas transferência da educação especial para as classes comuns. Mantoan expressa que (2015, p.29) “[...] metáfora da inclusão é o caleidoscópio”. Onde um todo se entrelaça para dar forma, há toda uma harmonia, que caso falte algum pedaço compromete toda riqueza. Essa afirmação vem como proposta de mudanças na política educacional escolar, onde todos são privilegiados com uma nova dimensão nas práticas escolares, (2015, p.28) “[..] o objetivo é não excluir ninguém, melhorando a qualidade do ensino das escolas e atingindo todos alunos que fracassam nas salas de aula”, assim diversos dispositivos legais e estratégias foram criados para assegurar o direito da pessoa com deficiência para que a mesma não seja excluída do processo de ensino aprendizagem. Contudo Mantoan (2015, p. 46) afirma que: “[...] o projeto político pedagógico da escola comum deve prever a oferta do AEE, complementar a escolarização”. O Projeto Político Pedagógico é dos uns instrumentos de suma importância dentro do processo escolar, é onde a comunidade escolar tem a oportunidade de participar da construção do ensino aprendizagem e de melhorar as práticas escolares, bem como prática inclusiva.
  • 4. 4 De acordo com Dias (2003), o Projeto Político Pedagógico se constrói de forma coletiva, pois é um conjunto de ações políticas onde a pessoa tem oportunidades de expressar seu poder de democracia para exercer de fato a função social, onde com compartilhamento de ideais que acabam se transformando em ações pedagógicas. Um documento que de certa forma garante a autonomia da escola e de todos envolvidos no processo escolar, (BRASIL, 2003, p.5), “[...] autonomia é uma questão vital para gestão democrática da escola pública”. Força que a comunidade escolar tem, para desenvolver a autonomia para realizar o diferencial no processo educativo, bem como profissionais e famílias tem a liberdade de deliberar e concretizar os caminhos percorridos para uma execução bem definida e planejada. Corroborando com Veiga; Resende; (1998, p.168): “[...] no projeto político – pedagógico que são definidas as prioridades e necessidades de uma unidade escolar, para direcionamento de sua atuação rumo à qualidade de ensino”. Portanto um instrumento primordial de referência coletiva que envolve influencias de todos representantes de cada segmento da comunidade escolar (profissionais e família), capazes de realizar a transformação da política educacional. Para Salete; Aranha (2003), o currículo escolar se inicia a partir do projeto pedagógico, onde consta toda fundamentação da filosofia da escola e da Educação, para executar as práticas educativas que é o caminho para que a aprendizagem se realize, e assim a escola vai formando sua própria identidade. Para tanto é permitido que a escola ajuste suas práticas pedagógicas para atender a especificidade do aluno com necessidade especial educativa, uma abertura para adequação curricular que nada mais é do que pensar e respeitar o dia a dia da escola, ou seja as necessidades especificas do aluno, pois nem sempre a flexibilização do currículo regular é suficiente, por isso se faz necessário o olhar com suma importância para adequação curricular. E para atender estas necessidades a medidas podem ser graduais à progressivas, sendo significativas e não significativas em todo âmbito escolar. Portanto as adequações curriculares podem ser: (BRASIL, p.53) [...] no nível do projeto pedagógico da escola, da sala de aula, das atividades e somente quando absolutamente necessário aplicam –se ao aluno individualmente”. Com objetivo de apoio pedagógico, devido as dificuldades de aprendizagem e das especificidades especiais, considerando as competências do aluno.
  • 5. 5 3 Dificuldades de Aprendizagem Segundo Porto (2011), a aprendizagem são processos de suma importância de vida para as pessoas, pois a cada aprendizado vai fortalecendo a capacidade de sobreviver. E é partir do aprendizado que vai ser firmando a relação entre o indivíduo com conhecimento, porém os fatores de desenvolvimento da criança são os condicionantes para a aprendizagem. Confirmando sobre o conhecimento com (Porto, 2011, p. 18, apud PIAGET ,1976, p.58), esboça que “[...] objetos de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaboração constantes de estruturas novas”. O aprendizado surge das interações com meio, ou seja, do contato de um com o outro, e há toda uma estrutura de fases cognitiva que o aluno carrega de forma nata, que vai se desenvolvendo aos poucos pelos estímulos recebidos. E toda essa programação precisa ser considerada, assim o aluno precisa ser visto com um ser completo, em seus fatores biológicos, sociais e psicológicos. Para (Porto, p.57, apud FONSECA, 1995, p.71), as dificuldades de aprendizagem podem apresentar como: “[...] desordens manifestadas por dificuldade na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura da escrita e do raciocínio matemático”. No geral podemos compreender as dificuldades de aprendizagem podem estar associadas também a alguma disfunção cognitiva, relacionada ao cerebelo e inclusive essa dificuldade de aquisição pode também ser ambiental, de como a forma de estímulo está sendo realizada. De acordo com Rotta; Brido Filho; Bridi (2016), relata que as dificuldades intelectuais leves, são processos de pouca atenção e que geralmente a descoberta é feita de forma tardia, resultando nos fracassos escolares. Que muitas vezes essa deficiência se dar pelo atraso do desenvolvimento da cognição e neurospicomotor e pelo sistema nervoso central. A questão que a falta de um tratamento adequado, bem como a falta de estímulo correto pode comprometer mais ainda o caminho da aprendizagem, assim os processos cognitivos são as chaves para aquisição do conhecimento, ou seja (Rota; Filho; Bridi 2016, p.153 apud ROTA, 2006, p.116). “[...] aprender passa pelo SNC, onde ocorrem modificações funcionais e condutais, que depende do contingente genético de cada indivíduo associado ao ambiente”. É preciso conhecimento e respeito ao caminho orgânico para se chegar ao aprendizado. Rotta; Ohlweiler, Riesgo (2016), reporta que muitos estudos já por longos anos já tem sido alvo de pesquisa e de atenção, pois mesmo um cérebro com toda estrutura
  • 6. 6 preservada também não efetiva segurança total de aprendizagem. Desde antes o aprendizado vem sendo uma forma de sobrevivência. Houve toda uma linha histórica educativa mostrando a evolução para se chegar no atendimento pedagógico especial para as dificuldades de aprendizagem. Primeiro veio a preocupação com da cultura do corpo físico, toda uma pedagogia voltada para estética, e em seguida foi para uma pedagogia espiritualista e mais a frente de certa forma uma integração destas pedagogias, e assim se inicia um processo mais humanista. E partir de 1500, passando por Ponce de Leon com os primeiros passos para trabalhar com surdos e mudos, chegando a educação sensorial por Pereire. Já Pestalozzi trouxe reformas pedagógicas como educação intuitiva. Mantessori em 1993 revolucionou com seus métodos pedagógicos também voltados para dificuldades de aprendizagens. Assim passamos por uma educação sob medida por Claparéde, e chegamos na pedagogia operatória de Piaget. Desde 1845, já se havia trabalho voltado para educação especial com surdos e mudos, (2016, p. 97) “[...] a necessidade de o educador estar em condições de adaptar o ensino a cada criança e a cada grupo de criança”. Geralmente os fatores que estão relacionado com as dificuldades de aprendizagem são: escola, família e o aluno e são fatores de suma importância para que a criança não tenha diagnóstico equivocado o que pode acarretar numa estimulação inadequada ou até a falta ou tardia. Costa (2015, p.22) “[...] busca de uma definição para a deficiência intelectual tem sido objeto de investigação [...]”. Sendo as limitações funcionais significativas associadas as mais variações de condutas como habilidades acadêmicas, sociais, trabalho e lazer, enfim fatores que interferem no desempenho esperado da média geral de desenvolvimento. Dessa forma surgiu como alicerce para formar a Política Nacional da Educação Especial para Deficiência Intelectual e assim à Associação Americana de Retardo Mental passou para Associação de Desenvolvimento Intelectual e Desabilidades e logo a pessoa com deficiência mental passou a ser definido como pessoa com deficiência Intelectual. Ainda Costa (2015, p.24) afirma que deficientes intelectuais, “[...]são classificação conforme os aspectos relevantes relacionados à intervenção profissional (psicológica, educacional, social) [...]”, ou seja, depende da especificidade de cada aluno, a aptidão de aprendizagem pode se caracterizar como sendo um aluno “educável, treinável ou mais profunda”. Portanto Poker (2003), o atendimento educacional especializado exige que o profissional de educação inclusiva precisa desempenhar um papel diferencial, onde o processo parte do aluno, para que forneça suporte para que o aluno tenha êxito no processo curricular comum. O uso de materiais pedagógicos adaptados para que haja estimulação
  • 7. 7 das habilidades dos alunos e assim o mesmo ser valorizado no seu potencial, assim o mesmo estará de fato tendo oportunidade do acesso ao currículo escolar na sala de aula. É um trabalho com caráter complementar para ajudar o aluno enfrentar suas barreiras. Por isso o trabalho multifuncional da sala de atendimento educacional especializada (AEE), precisa ser planejada de acordo com a necessidade educativa, ou seja, é o suporte do aluno para que o mesmo possa estar presente de forma ativa nas atividades da classe comum, bem como na rotina escolar comuns a todos aos alunos. Para Poker (2003), o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), será o norte do professor da sala de atendimento educacional especializado (AEE), com apoio da equipe pedagógica, para elaborar o plano com as ações interventivas. O mesmo é composto por duas partes, onde cada parte possui roteiros a serem seguidos. A primeira fica a cargo dos dados do aluno e dos processos de avaliações e já na segunda parte é o próprio atendimento educacional especializado que é processo de intervenção ao longo do ano letivo. O processo pode ser iniciado pelo estudo de caso sobre a especificidade do aluno, sua história e necessidades, onde pode contar com apoio da família, professores, enfim de todos envolvidos no processo inclusivo da escola, para montar todo um diagnóstico do aluno, para de fato elaborar o Plano Pedagógico Especializado (PPE), que organizado em três situações, entre elas são: atender a necessidade do aluno, e organização do planejamento que envolve a escola no geral e o atendimento da sala de recurso multifuncional que se refere sobre a questão social, motora e cognitiva. São fatores que já se trata da elaboração do planejamento para subsidiar o trabalho da sala de atendimento educacional especializada (AEE). Conforme o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que: “[..] atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.”. (BRASIL, 2017). Dessa forma identificar as necessidades educativas que estão causando dificuldades de aprendizagens. As ações que podem abranger o âmbito da família, da escola, da saúde, pois o objetivo é dar condição para o aluno ter capacidade e condições de participar do processo comuns a todos, bem como uma complementação de suporte para garantir a aprendizagem, e o atendimento educacional especializado (AEE), “não” funciona como extensão da classe comum ou trabalho como reforço escolar, mas um trabalho diferenciado de forma mais lúdica de estimulação, para que o aluno possa ter sua própria autonomia.
  • 8. 8 4 Metodologias utilizada na pesquisa O presente artigo utilizou-se de pesquisa do tipo Estudo de Caso, com uma revisão da bibliografia referente ao tema e com aplicação de instrumentos de coleta de dados como entrevista, questionário e observação in loco. Os dados foram coletados utilizando-se técnicas características da pesquisa qualitativa. O método conhecido como estudo de caso permite realizar uma analises exploratórias da realidade com poucos objetos, embora de forma bem minuciosa e contribui muito nas explicações das hipóteses através de experimentos. Segundo Gil (2008, p.58 apud Yin, 2015 p.32), o estudo de caso se caracteriza por “[...] estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto da sua realidade [...]”. Como um processo mais amplo e detalhado, facilita observar melhor o trabalho inclusivo. Nesta pesquisa, o estudo de caso está relacionado aos alunos do atendimento educacional especializado (AEE), que apresentam diagnóstico de Deficiência Intelectual. Realizou-se também uma entrevista com a professora da sala de recursos que atende quinze alunos. A entrevista aconteceu de forma mais informal, onde teve como objetivo apenas conhecer como a professora desenvolve o trabalho inclusivo com os alunos, sua experiência como educadora especial, como realiza a adaptação curricular dos alunos e de como articula o trabalho multiprofissional na escola. Assim, para efetivar a entrevista foi entregue a mesma um questionário com cinco perguntas relacionadas ao processo do atendimento educacional especializado (AEE). O questionário foi um dos instrumentos de utilização nesta pesquisa, por ser um importante documento de coleta de dados que, segundo Marconi e Lakatos (2003, p.201) “[..] instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. E para essa pesquisa foi constituído uma série de passos, pois para Prodanov; Freitas, (2013, p. 44), a pesquisa constitui “[..] conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, as quais têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. ”. Também se realizou uma observação in loco, que de acordo com Gil (2008, p. 100) “[...] a observação chega a ser um método de investigação [...]”. Portanto permitiu observar o como a escola realiza suas práticas pedagógicas inclusivas, bem como adaptação curricular e de que forma os profissionais sentem preparados para trabalhar as especificidades dos alunos. O período de observação ocorreu em duas visitas na unidade escolar no 1º e 2º trimestre, sendo essas com média de duas horas e meia cada, das 14h até as 16h30m e também
  • 9. 9 por contato por e-mail, acesso ao blog da escola, contato por telefone e análise de documentos Regimento Escolar e PPP – Projeto Político Pedagógico. 5 Análise dos dados coletados A pesquisa foi realizada em uma instituição pública histórica, no Colégio Estadual Paula Soares, em Porto Alegre, que possui 90 anos. O Colégio oferece o ensino fundamental e o ensino médio completo e atende aproximadamente 650 alunos, com 33 turmas, distribuídos nos turnos matutino que atende o Ensino Fundamental e o vespertino e noturno atende o Ensino Médio. Muitos profissionais colaboram para o seu funcionamento: diretor, vice- diretora, supervisora pedagógica e orientadora educacional, cada turno possuí sua equipe de apoio e professores, profissionais administrativos e professora da sala de recurso, que atende os alunos com deficiência. O primeiro contato foi com a professora da sala de recurso deu-se no início do 1º trimestre. Na própria sala de recurso, de forma livre a professora mostrou todo planejamento da rotina do atendimento educacional especializado de apoio aos alunos com deficiência. O atendimento é ofertado mesmo que família não forneça o laudo, após o estudo de caso, na necessidade o professor da sala de recurso poderá articular com profissional da saúde, e nesta perspectiva o laudo é visto com um documento complementar ao plano do atendimento educacional especializado. A supervisora pedagógica responde que a equipe pedagógica junto com os professores de área específica, analisa os educandos de forma integral e quando o aluno apresenta dificuldade é encaminhado para fazer avaliação na sala de atendimento educacional especializado (AEE), e assim iniciar no turno inverso o atendimento. Que a escola realiza atividade diferenciada conforme a lei da inclusão vigente. A escola dialoga com a professora da sala de recurso para verificar o avanço do aluno, como está a receptividade com a família e está o atendimento especializado. Que a maioria dos profissionais da escola não sentem preparados para atender o aluno com deficiência, o que necessita mais de formação continuada. Portanto ações como reuniões pedagógicas, formação continuada, troca de experiências com a comunidade escolar, são ações feitas para superar os problemas referentes ao processo inclusivo na escola. A exigência do laudo é mais para via de comprovação para o censo escolar e ainda assim é somente sob autorização da família, mas o atendimento especializado é realizado
  • 10. 10 independentemente da apresentação do laudo. Garantido no Regimento Escolar, “ [...] não se pode considerar imprescindível a apresentação do laudo médico (diagnóstico clínico), por parte do aluno com deficiência” (CEPS, 2015, p.18). O atendimento educacional especializado acontece da seguinte forma: de uma a duas horas/aula semanais de acordo com a necessidade do aluno, embora alguns alunos por fatores sociais têm dificuldade de comparecer no turno inverso como versa a legislação. E já nas classes comuns o trabalho é realizado de forma independente da sala de atendimento educacional especializado (AEE). O professor de área específica que é o responsável fazer a adequação curricular do aluno caso haja necessidade. Conforme o Projeto político-pedagógico da escola o atendimento educacional especializado é “[...] conjunto de atividades pedagógicas realizadas pela educação especial, aos alunos com deficiência” (EEPS, 2015, p.33). Para a referida pesquisa, foram utilizados com a professora da sala de recurso três instrumentos diferentes de coleta de dados: entrevista através de conversa informal, questionário e observação in loco e com a supervisão pedagógica somente o questionário, pois devido aos fatores pedagógicos do momento, não houve tempo de participar de todo processo da pesquisa. A sala analisada é onde funciona o atendimento educacional especializado (AEE), para todos alunos incluídos da escola. O cronograma de atendimento possui em torno de 15 alunos, entre 10 a 22 anos e a maioria não possui laudo, devido a precariedade da saúde pública local. A primeira observação da classe foi realizada na sala do atendimento educacional especializada. Neste dia houve apenas um atendimento educacional especializado, onde o aluno se mostrou muito receptivo com a professora da sala de recurso. O relato da professora enfatizou sua trajetória desde o início de quando a escola extinguiu a classe especial, onde era realizado o trabalho pedagógico com alunos que possuía diagnostico de alguma deficiência. Foi uma fase difícil de adaptação para todos, inclusive para famílias que ficaram preocupadas com a qualidade do atendimento. Mas com as novas obrigações legais o colégio reestruturou seus dispositivos legais e vem sendo uma escola polo no atendimento educacional especializado. A professora da sala de recurso destacou no questionário a importância do atendimento educacional especializado (AEE), valorizar a possibilidade de cada um, aperfeiçoando as habilidades e potencialidades do aluno, sempre o que ele faz e não o que deixou de fazer, buscar sempre desenvolver a independência do aluno dentro e fora da escola, para que ele possa usar a liberdade de forma responsável. São trabalhadas de forma individual com elaboração do Plano de Desenvolvimento Escolar (PDI), uso de materiais concretos, com elaboração de atividades que estimulam a aprendizagem e principalmente a
  • 11. 11 autonomia do aluno, bem como criar um vínculo afetivo com o aluno para que ele se sinta mais confiante e seguro na aula. A aprendizagem do aluno com deficiência Intelectual, exige mudanças inovadoras nas práticas pedagógicas, e através do caminho inclusivo é que se tem o direito para que a instituição crie formas de adaptação, para que o aluno tenha condições de desenvolver o potencial. Toda essa especificidade está prevista na LDB, inciso I “ Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial” (BRASIL,1996, Art. 58). O processo de atendimento inclusivo tem todo um conhecimento específico planejado pela professora da sala de recurso, onde sua prática se assemelha Pedagogia Renovada, que é uma prática que princípios que valoriza o aluno de forma livre e ativa no processo social, o início do processo parte do aluno. Assim elabora o Plano desenvolvimento Individual (PDI), que é um instrumento exclusivo realizado para cada aluno, que é atendido pela sala do atendimento educacional especializado (AEE), com estratégias onde consta todo Planejamento Especializado (PE), a ser trabalhado com aluno ao longo do ano letivo para que o mesmo tenha acesso efetivo ao ensino aprendizagem. Conforme os PCNs: “[...] O centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem”. (BRASIL, 1997, p. 31). E na sala de classe comum é realizado adaptação curricular, quando necessário. O aluno participa de todas as atividades e avaliações comuns realizada a todos os alunos, para não caracterizar processo de exclusão, inclusive há resistência de alguns profissionais, por não serem a favor da inclusão, por acreditarem que a inclusão é um processo mais prejudicial e que os mesmos não estão preparados para trabalhar com aluno inclusivo. Embora a professora da sala de recurso, além de realizar o trabalho de atendimento educacional especializado (AEE), tem atribuição itinerante, fica à disposição para atender em outra escola e o corpo docente que precisar de alguma orientação, fica a critérios dos profissionais procura – lá, o colégio tem toda documentação regimentada que assegura o direito da educação inclusiva, como afirma na Declaração de Salamanca: “[...] as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades”. (UNESCO,1994, p.11). A escola possui infraestrutura bem comprometida o que interfere também no processo de acessibilidade. A sala de atendimento educacional especializado (AEE), não é uma sala
  • 12. 12 ampla e com poucos equipamentos tecnológicos e materiais pedagógicos, e que alguns precisam ser complementados e/ou substituídos, por já estarem antigos e/ou comprometidos. Com dificuldade a professora da sala de recurso conseguiu um tablete para realizar uma atividade diferenciada com uma aluna, pois o controle de material tecnológico é bem burocrático, o que deixa alguns profissionais com receio para utilizar, mesmo como ferramenta pedagógica para os alunos. Inclusive o governo ofertou para os professores tabletes, mas os professores de sala de recurso não foram contemplados. O Colégio funciona como Polo, onde atende os alunos com deficiência de escolas que não possuem a sala de recurso. Á maioria dos alunos não possuem condições sociais de procurar rede de saúde particular para realizar o atendimento clinico multiprofissional, pois na comunidade é precário atendimento público. O que acaba dificultando em identificar a especificidade de fato do aluno. Mantoan (2015, 59) “[...] incluir é necessário, sobretudo, para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para levar a vida na sua plenitude”. A educação inclusiva enfrenta diversos desafios, inclusive por algumas famílias que tem medo e/ou preconceito com processo inclusivo a ponto de não informar que o aluno tem deficiência e/ou venha ter atendimento inclusivo, chegam a pedir sigilo da especificidade do aluno, o que acaba comprometendo a qualidade do processo ensino aprendizagem. O próprio aluno acaba tendo que dar conta do fracasso escolar de certa forma sozinho. Segundo a Lei nº 13.146: “[...] A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (BRASIL, 2015, Art. 27) O Colégio possui toda uma estrutura teórica legal, que ampara o direito do aluno com deficiência e envida esforços para efetivação do trabalho inclusivo, através da sala de atendimento educacional especializado (AEE), mas precisa de investimento de recurso financeiro para melhorar o atendimento inclusivo, principalmente relacionado a acessibilidade, que parece apresentar em risco vital no momento. A sala de recurso não assiste alunos que apresenta dificuldade de aprendizagem, apenas se o aluno apresentar diagnóstico de deficiência e transtorno globais de desenvolvimento. 6 Propostas de estratégias de intervenção para o aluno com deficiência
  • 13. 13 Revitalização da consciência inclusiva, onde não deve acontecer somente na sala do atendimento educacional especializado (AEE), pois a partir do momento em que existe alguma resistência para o aluno ser incluído na sala comum, fica comprometido a efetivação da inclusão e da busca de qualidade para o processo ensino aprendizagem, bem como a própria adaptação curricular quando necessária do aluno com deficiência. Para que o aluno possa ter as mesmas oportunidades não só de receber o conhecimento, mas de estar presente no processo de forma ativa. Como afirma Mantoan (2015,33) “[...] estamos habituados a repassar nossos problemas para outros colegas, os professores “especializados”; assim, não recai sobre nós o peso de nossas limitações profissionais”. Assim, a proposta pedagógica inclusiva deve ser canalizada para que atinja todos os alunos, que apresentam dificuldade e/ou com deficiência sejam contemplados também nas classes comuns, e sair do processo de integração para o processo de inclusão. Portanto a criação de um projeto que abranja a acessibilidade da escola, formação continuada dos professores das classes comuns, para melhorar a qualidade do atendimento, aquisição de matérias equipamentos e materiais pedagógicos mais inovadores, voltados para estimular o potencial cognitivo do aluno com deficiência, para que inclusive a professora da sala de recurso possa ter mais oportunidade de poder explorar mais recursos pedagógicos, dentre eles a tecnologia assistiva e assim ofertar um apoio especializado com mais qualidade. 7 Considerações finais A conscientização do processo inclusivo precisa ser hábito, onde ainda precisa de uma compreensão acerca das estratégias para que a instituição se adapte à necessidade da demanda e não ao contrário, do aluno se adaptar a escola. A medida que todos se unirem família, sistemas e entenderem que todo tem responsabilidades com a inclusão e o desenvolvimento do aluno e que assim como o êxito é compartilhado com fracasso acontece a mesma coisa, é responsabilidade de todos envolvidos no processo. Nesta linha observamos que o ensino regular continua enfrentando crises tanto sociais quanto curricular, e há necessidade de debater mais sobre a diferença de integração, inclusão e o marco Educação para todos, e principalmente de como ofertar a adaptação curricular na classe comum, bem como o dispositivo legal, que garante para o aluno o direito de ser atendimento conforme sua necessidade. Outro fator de suma importância para debate, são os alunos que não possuem deficiência, mas dificuldade de aprendizagem por diversos fatores,
  • 14. 14 entre eles devido a transtornos psicológicos, como exemplo o TDAH, não são assistidos pelo atendimento educacional especializado (AEE). Com essa pesquisa podemos concluir que o processo de atendimento educacional especializado (AEE), por toda diversidade enfrentada, tem seu papel consumado na inclusão dentro da escola. Contudo é necessário que a sociedade e os poderes públicos tenham mais possibilidades de investir e conhecer a importância das atribuições deste serviço educativo especializado, valorizando mais o profissional de sala de recurso, pois com a precariedade da saúde pública, os percalços sociais e de certa forma mentais da sociedade acaba interferindo na oferta de uma Educação de qualidade. Referências BRASIL. Lei nº 13.146, de julho de 2015. (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acessado em: 23 junho. 2017. ______. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva .2007. Disponível em: <http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf>. Acessado em: 24 junho. 2017. ______. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf >. Acessado em: 24 ago. 2017. Acesado:23 junho.2017. ______. SEESP/MEC. Estratégias para educação de alunos com necessidades educacionais especiais, 2003. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf.>. Acessado em: 24 junho de 2017. COSTA, Maria, Piedade, Rezende da. Alfabetização para o aluno com deficiência intelectual. São Paulo: Edicon, 2011. DIAS, Gilmar. A Dimensão política do projeto político-pedagógico: rumo à autonomia política e pedagógica da escola pública. In: MACHADO, Evelcy Monteiro; CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo. (Orgs.). Pedagogia em debate: desafios contemporâneos. Curitiba-PR: Editora UTP, 2003. Disponível em: <http://www.boaaula.com.br/iolanda/pedagogiaemdebate/2003/pdartigos.html#gilmar> Acessado em: 13 de junho de 2017. EEPS Prof.ª Paula Soares. Projeto Político – Pedagógico – PPP. Porto Alegre – RS, 2015. ______. Regimento Escolar. Porto Alegre – RS, 2015.
  • 15. 15 Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Disponível em: <file:///C:/Users/HOME/Downloads/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa- social.pdf>. Acessado em: 16 de julho de 2017. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer? São Paulo: Summus, 2015. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. Disponível em: file:///C:/Users/HOME/Downloads/LAKATOS%20-%20MARCONI%20- %20FUNDAMENTOS%20DE%20METODOLOGIA%20CIENTIFICA(1).pdf. Acessado em: 16 de junho de 2016. PLETSCH, Márcia Denise. Repensando a inclusão escolar: diretrizes políticas, currículo e práticas curriculares e deficiência Intelectual. Rio de Janeiro: Nau, 2010. PRODANOV, Cleber Cristiano. FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: file:///C:/Users/HOME/Downloads/Ebook%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientific o.pdf. Acessado em: 16 jun. 2017. ROTTA, Newra Tellechea; FILHO, Cesar Augusto Bridi. BRIDI, Fabiane Romanos de Souza Neuorologia e aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 20016 ______; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos de aprendizagem abordagem: neurobiológica e multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. PORTO, Olívia. Bases da psicopedagogia: diagnóstico e intervenção nos problemas de aprendizagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2011. UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na área das necessidades educativa especiais. Genebra: Unesco, 1994. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf>. Acessado em: 24 jun. 2017. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Resende Lucia Maria Gonçalves. Espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. – (coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico.