1) O documento discute os sistemas muscular e esquelético que atuam juntos para permitir o movimento do corpo.
2) São descritos os três tipos de tecido muscular - esquelético, cardíaco e liso - e suas funções.
3) Também são explicados os diferentes tipos de ossos que compõem o esqueleto e suas classificações segundo formato e função.
Matéria resumida para estudo da Especialidade de Hereditariedade, de acordo com os requisitos definidos pelo Manual de Especialidades do Clube de Desbravadores para a DSA - Ed. 2012
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Material para aula da disciplina de Socorros de Urgência I e II da turma de especialização em Educação Física, Musculação e Condicionamento - CER (Vacaria/RS).
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O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
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Especialidade de ossos, músculos e articulações
1. Clube de Líderes – Paulista Leste 1
Sangue e as Defesas do Corpo
O Sistema Locomotor é formado pela combinação de dois sistemas, que atuam juntos para garantir uma grande quantidade de
movimentos: o sistema muscular e o sistema esquelético. Sem esses sistemas seria impossível nos alimentar, ir para novos
ambientes, reproduzir, entre diversas outras funções importantes.
O sistema muscular é formado por músculos, estruturas compostas por tecidos musculares. A principal característica desses tecidos
é a capacidade de contração, que pode ser voluntária ou involuntária dependendo do tipo em questão.
MÚSCULOS
Existem três tipos de tecido muscular:
Músculo Estriado esquelético - Contraem-se por influência da
nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético
é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras
podem ser vistas no microscópio óptico. Exemplo: Bíceps Braquial,
Tríceps Braquial, Quadríceps Femoral.
Músculo Estriado cardíaco - Representa a arquitetura cardíaca. É
um músculo estriado, porém involuntário. Exemplo: Músculo
Cardíaco.
Músculo Liso - Localizado nos vasos sangüíneos, vias aéreas e
maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária
controlada pelo sistema nervoso autônomo. Exemplo: Estômago.
Os músculos possuem importantes funções para nosso corpo:
a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo,
como andar e correr.
b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos
esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção
das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a
saída do conteúdo de um órgão oco.
d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a
intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos
esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é
usado na manutenção da temperatura corporal.
Você Sabia?
O corpo humano possui 206 ossos, e estruturas cartilaginosas que
formam o chamado esqueleto. Além de atuar na locomoção, o
esqueleto ajuda na proteção dos nossos órgãos internos, sustenta
nossos músculos, produz células sanguíneas e atua como reserva de
cálcio.
2. Clube de Líderes – Paulista Leste 2
OSSOS
O esqueleto pode ser dividido em duas porções principais:
o esqueleto axial e o apendicular. O esqueleto axial é
composto pelos ossos do crânio, caixa torácica e coluna
vertebral. Já o esqueleto apendicular é formado pelos ossos
dos membros superiores e inferiores.
Nos animais podemos encontrar basicamente três
tipos de esqueletos: esqueleto hidrostático, exoesqueleto e
endoesqueleto. O esqueleto hidrostático é o tipo mais
simples, sendo encontrados nos animais invertebrados de
corpo mole como os anelídeos e cnidários. Este esqueleto
não é formado por estruturas ósseas, mas, assim como o
próprio nome diz, é formado por um volume de água fechado
em uma determinada cavidade do corpo. Quando os
músculos orientados em uma determinada direção se
contraem, a cavidade corporal é preenchida por água e o
corpo se projeta para fora na direção oposta.
O exoesqueleto é uma superfície extremamente
rígida formado basicamente por uma proteína denominada
quitina. Neste tipo de esqueleto os músculos podem se unir
fazendo com que, as contrações musculares produzam
articulações dos segmentos permitindo o movimento do
exoesqueleto. Os artrópodes são os representantes mais
conhecidos deste tipo de esqueleto. O grande inconveniente
deste tipo de esqueleto é que ele não permite o crescimento
constante do animal. Este se dará durante o intervalo de
troca do exoesqueleto chamado muda ou ecdise.
O endoesqueleto é uma espécie de armação interna
dos animais no qual os músculos se prendem. É formado
pelos ossos que compõe o chamado tecido ósseo. Em relação
ao exoesqueleto possui a vantagem de permitir o
crescimento, entretanto, o endoesqueleto não fornece a
mesma proteção que o exoesqueleto.
Os ossos são classificados quanto ao seu formato e
segundo a predominância de umas de suas dimensões
(comprimento, largura ou espessura) sobre as outras duas.
Assim temos as seguintes classificações:
Ossos longos onde o comprimento é maior que a largura e
espessura. São longos, espessos e tubulares. Os ossos longos
apresentam duas extremidades, denominadas epífise e um
corpo, chamado de diáfise. Este possui em seu interior um
canal medular onde aloja a medula óssea. A disposição dos
tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é
responsável por sua resistência. Os ossos longos contém
locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas
às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes:
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída
principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando,
considerável resistência ao osso longo.
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise
de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma
articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso
compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por
cartilagem.
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.
Ossos curtos apresentam equivalência nas três dimensões.
São curtos, largos, espessos e cubóides. Encontrados apenas
nos carpos (mão) e tarsos (pé).
3. Clube de Líderes – Paulista Leste 3
Ossos laminar ou plano possuem comprimento e largura iguais em relação à
espessura. Geralmente apresentam funções de proteção, como os ossos do crânio (frontal,
parietal e occipital) que protegem o encéfalo e outros.
Já os ossos irregulares apresentam uma forma complexa, ou seja, possuem vários
outros formatos em relação aos que já foram ditos aqui. Não corresponde a nenhuma
forma geométrica conhecida. Exemplos marcantes são as vértebras, mandíbula e o osso
temporal. Os ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável,
revestida de mucosa e contendo ar.
As cavidades são chamadas de seios ou sinus. Estes ossos se encontram no crânio
(frontal, esfenóide, maxilar, etmóide). O último tipo de classificação óssea, é o sesamóide.
São pequenos e chatos. Eles são encontrados em tendões, nos lugares onde cruzam as
extremidades dos ossos longos nos membros. Estes ossos são chamados de
intratendíneos. Encontram-se também em cápsula fibrosas nas articulações e são
chamados de periarticulares.
Quando os ossos perdem a sua continuidade ocorre
uma fratura óssea, com a separação de um osso ou dois em
mais fragmentos.
A correção médica pode ser feita de tratamento
conservador, ou seja, em que ocorre o processo natural de
reparação do osso sem infligir traumatismos adicionais
geralmente associados a uma cirurgia. O processo é variável
consoante o osso atingido e o tipo de lesão em causa.
Geralmente envolve a redução da fratura, que pode ser feito
com ou sem anestesia, e consiste em exercer uma tração
adequada sobre o membro afetado de forma a que os topos
da fratura fiquem alinhados, ou seja, regressem à sua posição
anatómica. Uma redução bem efetuada reduz o risco de
consolidação viciosa, que é uma das sequelas mais frequentes
das fraturas e que ocorre quando o osso cicatriza numa
posição incorreta. Após a redução há habitualmente uma
diminuição importante da dor, que pode até desaparecer por
completo. Depois do alinhamento dos topos da
fratura, o membro afetado é estabilizado utilizando
vários meios, sendo dos mais frequentes a tala
gessada, o gesso fechado, ou o suporte com
ligaduras elásticas. Esta estabilização tem por
objetivo prevenir o movimento dos topos da
fratura, para que não haja dor, e possa ocorrer uma
reparação eficaz da lesão. O tempo em que é
mantida a imobilização varia consoante o osso
fraturado e a região do osso atingida, podendo
variar de 3 a 8 semanas, ou mais.
Outra possibilidade é o tratamento
cirúrgico, que tem por objetivo restabelecer o
alinhamento normal do osso, e manter esse alinhamento até
a reparação da fratura. Permite também corrigir algumas
lesões das partes moles, em especial vasos sanguíneos que
possam ter rompido. O restabelecimento da continuidade
óssea por meio cirúrgico (osteossíntese) pode ser feito com
recurso a várias técnicas, com a utilização de placas e
parafusos, varetas endo-medulares ou fios de Kirschner.
Quanto ao tipo, podem ser:
1) Obliqua – a fratura cresce na diagonal.
2) Transversal – o osso se fratura transversalmente em
relação ao eixo.
3) Espiral – um pedaço do osso é girado.
4) Longitudinal – ao longo do eixo do osso.
5) Completa e incompleta (quando a estrutura óssea é
lesionada na sua totalidade ou apenas em parte).
6) Por fadiga (stress, comum em atletas)
7) Galho verde é uma fratura em um osso jovem e suave que
dobra e parcialmente quebra. O nome é uma
analogia com um galho verde de madeira que
quebra quando a parte de fora é dobrada.
8) Fechadas ou abertas (Não expostas ou expostas).
9) Cominutiva – o osso se quebra em vários
pedaços.
A coluna vertebral, também chamada de
espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve.
Ela é responsável por dois quintos do peso corporal
total e é composta por tecido conjuntivo e por uma
série de ossos, chamados vértebras, as quais estão
sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo
coluna vertebral.
OSTEOPOROSE
Osteoporose é uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de
fraturas. Isto começa a ser um risco entre os 50-60 anos, mas a partir dos 65 anos, o risco aumenta em 700%. Mais comum entre as
mulheres, estima-se que uma em cada três mulheres será acometida pela doença. Sendo os locais mais comuns afetados por ela:
fêmur, antebraço e as vértebras. O diagnóstico correto desta doença via de regra passa por uma boa anamnese e um bom exame
clínico onde, dados como uma história familiar, perda de altura, abaixa ingesta de cálcio na infância, falta de esporte na juventude,
sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico
um primeiro diagnóstico. Densitometria Óssea, Ultra Sonometria Óssea, Raio X, Histomorfometria e provas laboratoriais permitirão
uma quantificação da massa óssea e possíveis causas da sua diminuição.
4. Clube de Líderes – Paulista Leste 4
Algumas medidas podem ser tomadas como prevenção: Fazer refeições ricas em cálcio e vitamina D.
Manter uma rotina de atividades físicas regulares.
Não beber em excesso e não fumar.
Evitar o consumo de muito sal ou cafeína, pois eles podem levar a perda de cálcio pelo organismo.
Tomar sol sem filtro solar por pelo menos 15 minutos ao dia, antes das 10 horas ou após às 15 horas.
Manter um peso corporal saudável.
ARTICULAÇÕES
Os discos epifisários são estruturas anatômicas localizadas entre os corpos
das vértebras e unidos a elas por ligamentos.
O Sistema Articular é responsável por dar mobilidade entre os ossos e estabilizar
as zonas de união entre os vários segmentos do esqueleto. É formado por um
conjunto de articulações, ponto de contato entre dois ou mais ossos. Existem três
tipos de articulações: móveis, semimóveis e imóveis:
Essa mobilidade, porém causa um atrito, amenizado pelo
Sistema Articular com a existência das bolsas sinoviais, que
agem como amortecedores entre os ossos e os tecidos à sua
volta (outros ossos, tendões, etc) .
De acordo com o grau de mobilidade ofertada, as articulações
diartroses podem ser classificadas em sinoviais, fibrosas ou
cartilaginosas.
Sinoviais – possuem um espaço entre os ossos e são
separadas de acordo com os eixos de movimentos:
o Uniaxial (1 eixo, 2 movimentos):
Gínglimo ou articulação em dobradiça (permite extensão
e flexão): falanges, cotovelo.
Gínglimo ou dobradiça atípica: joelho (pequena rotação)
Trocóide ou pivô (permite movimento de rotação, onde
um osso desliza sobre outro fixo):articulações rádio-ulnar e
atlanto-axial.
Plana ou artródia (deslizamento para frente e para trás):
articulações dos ossos carpais e tarsais, articulação da
mandíbula.
o Biaxial (2 eixos, 4 movimentos):
Condilar ou elipsóide (extremidade côncava em contato
com outra convexa, limitando o movimento): articulações
atlanto-occiptal e entre o punho e o carpo.
Selar (relacionamento de extremidades de igual
curvatura, permitindo a circundação): articulação carpo-
metacarpal do polegar.
o Triaxial, esferóide ou enartrose (3 eixos, 6
movimentos): articulação do quadril.
o Poliaxial (triaxial com maior mobilidade): articulação
do ombro.
Fibrosas ou sinfibrosas – articulação fibrosa é aquela que
apresenta tecido fibroso interposto entre os ossos, sendo:
o Suturas
o Dentadas
o Escamosas
o Planas
o Gonfoses – articulações fibrosas que ocorrem entre
cavidades e saliências (ex. dentes e mandíbula)
o Sindesmoses – articulações fibrosas ligadas por fibras
colágenas ou lâminas de tecido fibroso - membrana
interóssea (ex.rádio e ulna; tíbia e fíbula)
Cartilaginosas – são as articulações que apresentam
cartilagem entre os ossos, podendo ser:
o Sincondroses – ossos que aderem por cartilagem hialina
que mais tarde ossifica; Seqüência: osso-cartilagem-osso (ex.
sacro e cóccix)
o Sínfises ou anfiartroses – existe uma fibrocartilagem
espessa interposta; Seqüência: osso-cartilagem-disco-
cartilagem-osso (ex. articulações entre corpos vertebrais)
A principal característica das sinartroses é a sua quase que
total imobilidade, já que são articulações formadas pela
sólida união de dois ou mais segmentos ósseos, formando
uma camada protetora dos tecidos que revestem o exterior
do esqueleto, como os ossos do crânio e da face, por
exemplo. São classificadas em concordantes e discordantes:
Concordantes – adaptam-se uma à outra
o Planas ou artrodias – superfícies planas (ex. corpo
da vértebra, cabeça da costela e vértebras vizinhas)
o Enartroses ou esféróides – superfícies esféricas (ex.
úmero com escápula, fêmur com osso coxal)
o Trocartroses ou trocóides – superfícies cilíndricas (ex.
cabeça do rádio e ulna)
o Trocleartroses ou ginglimos – forma de roldana (ex.
úmero e ulna)
o Condilartroses – forma de côndilo (ex. úmero e rádio)
o Efipiartroses ou sela – forma de sela de montar (ex.
clavícula, esterno e primeira cartilagem costal)
Discordantes – apresentam algo na articulação para que
os ossos concordem
o Meniscartroses – apresentam uma fibrocartilagem que
aumenta a superfície articular e a torna mais côncava (ex.
joelho)
o Heteroartroses – (ex. entre atlas e áxis).
Material preparado pelo fisioterapeuta
Ricardo Cavalcante, desbravador há mais de 20 anos.