Ana Julante e Weba Quirimba, estagiários na Develpment Workshop, fez uma apresentação na sexta-feira 19 de Julho o tema “Impactos da variação climática sobre inundações e escoamento pluvial em Luanda". O tema teve como ponto focal o resultado de uma pesquisa, que foi realizada a nível da cidade de luanda a volta dos lagos de formas a perceber qual o impacto ambiental, que as chuvas desde 2007 até os dias de hoje provocaram em termos de consequênciaas ambientais.
A investigação incidiu sobre os Municípios de Luanda, incluindo Cazenga, Cacuaco, Belas e Kilamba Kiaxi. A pesquisa constatou, que a a nível da cidade de Luanda existem 18 Bacias de escoamento fluvial as principais bacias são:
• Bacia do Rio Cambamba (Abrange os Municipíos de Luanda, Cazenga,
Viana e Belas)
• Bacia do Rio Seco/ou Mulenvo (Abrange o Municipio de Cacuaco)
• Rio Cabolombo
O Debate centrou-se mais concretamente em perceber como estão algumas zonas, que foram afectadas pelas Chuvas em 2007 e como estão os mesmo nos dias de hoje como é o caso do Bairro da Pedreira em Cacuaco, também qual é a opinião das Instituições Governamentais no que se refere a construções em áreas de rísco.
6. A maior bacia de escoamento pluvial em Luanda
A que cobre maior área habitada
Abrange os municípios de Luanda, Cazenga,
Viana e Belas
7.
8. Parte do percurso limpa e
esassoreada, parte suja e assoreada
com lixo
Senado da Câmara
Américo Boa Vida
Av. Deolinda Rodrigues
Cassequel
9. • Assoreamento com lixo em boa
parte do percurso
• Obras de construção inacabadas
Cariango
Cazenga
Bairro Popular
10. Tchibaio (Golfe 2)
• Situada numa zona agrícola
•Redução das áreas de cultivo
devido a expansão urbanística
11. • Grande concentração de lixo,
barrado pela estrutura da ponte
• Alargamento constante da vala
e perigo de desabamento de
residências
Rio Cambamba
Catinton
Benfica
12. •Uma das áreas mas críticas
em termos de assoreamento
• Transbordamento da vala
inunda áreas a mais de 100
m da vala
Rio Cambamba ( bairro Malangino)
13. A segunda maior bacia de
drenagem pluvial de Luanda,
conhecida como “vala da
Morte” desde 2007
14. Destruição completa do condomínio da Cefo Pescas
Destruição de mais de 50 casas à beira da vala na
Pedreira
Cerca de 250 mortos só entre a Pedreira e a
Cerâmica
Destruição da ponte que liga Cacuaco ao resto da
Cidade
15. Cefo Pesca 28 de Maio de 2006 Cefo Pesca 30 de Janeiro de 2007
25. Lagoa com menos de 200 m de Diâmetro e
cerca de 1m de profundidade
Lagoa com quase 1 km de diâmetro e
cerca de 4-5m de profundidade
Lagoa de São Pedro 23/06/2012Lagoa de São Pedro 30/01/2007
26. Lago completamente seco em tempo
seco
Lago com cerca de 300 m de
Diâmetro e 4 m de profundidade
30/01/2007 23/06/2012
27. Garimpo nas imediações do novo
aeroporto 08/05/2010, antes do
garimpo de inertes
Dois anos depois, 21/01/2013 uma
área de cerca de 100 000 m²
garimpada
28. Zona de garimpo de inertes nas
imediações da Via expresso entre
Cacuaco e Viana, 07/05/2008
Três anos depois, 06/07/2011 a
ocupação da antiga zona de Garimpo
36. • Nascentes de águas salobras
dentro e fora das casas
• Área abandonada, com mais
de 30 casas completamente
destruídas
Nascentes de águas 03/05/2013
41. Linhas de água
◦ Mesmo com chuvas de baixa pluviosidade as áreas nas
proximidades das valas sofrem muito com as inundações
◦ As bacias mais perigosas são as bacias dos rios Cambamba,
Mulenvos/Seco e Cabolombo respectivamente
◦ Grande parte do assoreamento das valas é causado pelo lixo ali
depositado
◦ As pontes de anilhas entopem com facilidade devido ao lixo
carregado pelas valas e dificultam a passagem das águas
42. Lugares de depressão do solo/lagoas
◦ O sudeste de Luanda é o maior possuidor de zonas de
depressão quer natural como artificial do solo e está na
linha da expansão urbanística
◦ As depressões do solo e lagoas no Cazenga merecem
especial atenção pela grande densidade populacional do
local
◦ A maior parte das zonas de depressão do solo e lagoas
não está ligada a canais de drenagem
43. Escoamento subsuperficial
◦ Alguns bairros possuem um nível freático muito raso e
solo saturado, em muitos casos com nascentes de
águas salobras, o que torna a infiltração de água
praticamente impossível
◦ As grandes construções contribuem muito para a
impermeabilização do solo e redução da superfície de
infiltração da água
44. Linhas de água
◦ Retirar as populações que habitem a menos de 20 m das valas de
drenagem
◦ Construir grades altas ao longo das valas para evitar a deposição de lixo
nas mesmas
◦ Melhorar o sistema de recolha de lixo para evitar que os moradores o
depositem nas valas
◦ Realizar obras de desassoreamento das valas com mais frequência
◦ Considerar a possibilidade de construção de valas fechadas em vez de
valas abertas
◦ Construir pontes que permitam um melhor fluxo das águas
45. Áreas de depressão do solo/ lagoas
◦ Conhecer as zonas de depressão do solo já habitadas e
Construir canais de escoamento para as mesmas
◦ Aproveitar as zonas de depressão ainda não habitadas
para construir bacias de retenção e infiltração de água
◦ Evitar que zonas de garimpo de inertes sejam habitadas
após seu abandono
46. Escoamento subsuperficial
◦ Evitar o desmatamento e devastação da flora local
◦ Replantar a vegetação devastada nas zonas com solo
saturado e nascentes de águas salobras
◦ Promover a plantação de jardins dentro e fora das residências
para aumentar a superfície de infiltração de água
◦ Utilizar pavimentos porosos na construção de estradas,
passeios, parques de estacionamento e quintais, para permitir
a infiltração da água