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14/07/2014
1
Modelo IS-LM: Política Fiscal e Monetária
Unidade 5 – Parte 1
Profa. Gisele F.Tiryaki
ECO 174 – Economia Monetária
FCE/UFBA
Sumário
 O Modelo IS-LM
 Pressupostos Básicos
 Curva IS
 Curva LM
 Pleno Emprego
 Políticas econômicas e choques de produtividade no modelo IS-LM
 Aplicação do Caso Clássico ao modelo IS-LM
 Política monetária quando a moeda não é neutra
 O Modelo IS-LM em uma Economia Aberta
 O modelo Mundell-Fleming: taxas fixas vs. taxas flutuantes
 Mobilidade imperfeita: taxas fixas vs. taxas flutuantes
 O modelo de Dornbush
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Modelo IS-LM
Introdução
 Ortodoxia clássica:
 Dicotomia clássica: variáveis reais, como produção e emprego,
não são afetadas por variáveis nominais, como a moeda e preços
 O mecanismo de ajuste de preços permite o equilíbrio entre
oferta e demanda
 Problemas: Como justificar a existência de desemprego
involuntário? Qual a justificativa para as flutuações na demanda
agregada,que são a fonte central das flutuações na atividade
econômica no curto prazo?
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3
Introdução
 Keynes: aspectos essenciais
 Não existe uma tendência automática ao pleno emprego
 Demanda efetiva versus demanda realizada
 O nível de emprego depende do consumo esperado e dos novos
investimentos esperados (perspectiva ex-ante dos empresários): renda
realizada atual
 Firmas tomam as decisões fundamentais numa economia capitalista
 Consumo: função da renda atual e esperada (variável psicológica)
 Investimento: função da eficiência marginal do capital e da taxa de juros
 Importância das expectativas dos agentes econômicos no ambiente
econômico dominado pela incerteza:“animal spirits”
 Mercados: mecanismos rígidos e imperfeitos
 Importância da política econômica na determinação da demanda
efetiva
Introdução
 Síntese Neoclássica:
 Re-construção da teoria clássica:“filtragem” do modelo de
Keynes
 Explicação única para os problemas da ortodoxia clássica:
“preços nominais” são rígidos no curto prazo
 Demais aspectos da análise semelhantes à ortodoxia clássica: mercados
competitivos, ausência de externalidades e informação perfeita
 Salário nominal: o mais relevante dentre os “preços nominais”
 Problema: Porque a rigidez de salário nominal persiste em um
ambiente competitivo, sem falhas de mercado?A síntese
neoclássica não provém justificativa...
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Introdução
 Síntese Neoclássica:
 Expoentes: Hicks (1937), Hansen (1953), Patinkin
(1948, 1956)
 Modelo IS-LM: estabelece a conexão entre (i) a taxa de juros
estabelecida no mercado de ativos financeiros e (ii) o nível de
produção de uma economia determinado no mercado de
bens e serviços
 Conclusões centrais:
 Tendência de longo prazo ao pleno emprego
 Armadilha pela liquidez: modelo de Keynes como caso
especial
Modelo IS-LM
 Pressupõe a existência de equilíbrio geral: oferta e demanda no
mercado de bens e serviços e no mercado de ativos financeiros
estão em equilíbrio simultaneamente
 Mercados de bens: comercialização de todas os bens produzidos em
uma economia em determinado momento
 Mercado monetário: comercialização de ativos utilizados enquanto
meio de troca ou de pagamento (moeda, depósitos à vista e outros
substitutos próximos para a moeda)
 Mercado de ativos não-monetários: comercialização de outros ativos,
exceto moeda, que são utilizados enquanto reserva de valor (ações,
títulos, residências, etc)
 Variáveis básicas do modelo: produção (Y) e taxa de juros esperada
 Assume-se nível de preços fixo: curto prazo
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Curva IS
 Definição: mostra o equilíbrio no mercado de bens e serviços
produzidos em uma economia em um determinado período
de tempo
 Gastos totais em uma economia fechada:
Y = C + I + G Y – C – G = I SP + SG = I
S = I
Determinantes da Poupança e do
Investimento
 Poupança Nacional
 Poupança das unidades familiares:
 Nível de renda atual disponível
 Nível de renda futura esperada
 Riqueza
 Taxa real de juros esperada
 Poupança governamental
 Investimento: investimento fixo + investimento em estoques
 Rentabilidade esperada do capital
 Taxa real de juros esperada
 Taxa efetiva de impostos
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Curva IS: Especificação Geral
 Combinações de produto e taxas de juros que levem ao
equilíbrio entre a renda e o dispêndio planejado (E)
Renda=Y e E = C + I + G,
onde C = f(i – πe,Y –T), I = f(re) e re = i – πe
Logo:
E = E(Y, i – πe, G,T)
0< EY < 1; Er < 0; EG > 0; ET < 0
“Cruz Keynesiana”
45º
Y
E
E = E(Y, i – πe, G, T)
A
O que acontece
com o equilíbrio (Y =
E) se a taxa nominal
de juros é elevada
(dG = dT = 0)?
Y*Y**
A’
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A Curva IS – Diagrama
Y
i
IS
Y > E
E > Y
Taxas de juros elevadas: retornos em
projetos de investimento tendem a ser
menores que o custo dos recursos de
terceiros necessários para implementar o
projeto; custo de oportunidade do
consumo é elevado
Taxas de juros são inversamente
relacionados com o investimento e com o
consumo, particularmente de bens duráveis
Deslocamentos da Curva IS
 Variações...
 Gastos do governo com bens e serviços
 Nível de impostos
 Taxa esperada de inflação
 Disposição a consumir das unidades familiares
 Rentabilidade esperada do capital
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Deslocamentos da Curva IS –
Diagrama
Y
i
IS
IS’
IS”
Curva IS: Economia Aberta
 Dispêndio planejado: depende da demanda estrangeira por
bens e serviços produzidos no mercado doméstico
 Nível de renda no mercado internacional (Y*)
 Taxas de câmbio (ε): inversamente relacionadas com a taxa de
juros (Efeito Fisher Internacional)
 Logo...
Y = E(Y, i – πe, G,T,Y*, ε)
Onde EY* > 0 e Eε > 0
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A Curva LM
 Representa o equilíbrio no mercado monetário: alocação de
portfólio
 Mercado por moeda (base monetária)
 Mercado por outros ativos
DM + DO =W (riqueza total) OM + OO =W
Equilíbrio: DM – OM = OO – DO
Derivando a Curva LM
i
M/P
MS
)( 11 YM D
)( 22 YM D
)( 33 YM D
Elevações no nível de renda, dada a oferta
de moeda, deslocam a curva de demanda
por moeda para a direita e elevam a taxa
de juros
PM
 Yif
P
M S
,
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A Curva LM – Diagrama
Y
i
LM
OM > DM
DM > OM
 Yif
P
M
,
Curva LM:
Deslocamentos da Curva LM
 Fatores:
 Política Monetária
 Mas os bancos centrais trabalham com metas de taxas de
juros, e não estoque de moeda!!!
 Romer (2000) vs. Mankiw (2007)
 Variações na demanda por encaixes reais
 Variações no nível de preços
 Variações na taxa de inflação esperada: lembrem-se
que i = r + πe
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Deslocamentos da Curva LM –
Diagrama
Y
i
LM
LM”
LM’
A Linha de Pleno Emprego
 Produção atual:
 Estoque de capital disponível: investimento acumulado ao longo
do tempo
 Uso de fatores de produção variáveis (e.g. trabalho)
 Produção em pleno emprego: nível de produção alcançado
quando se utiliza todos os fatores de produção disponíveis
 Determinante: variações na produtividade dos fatores de
produção em utilização
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A Linha de Pleno Emprego–
Diagrama
Y
i PE PE’PE”
Equilíbrio Geral
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
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Política Fiscal – “Crowding Out”
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE LM’
1
2
IS’
3
Aumento em G: IS se desloca
para a direita (1 para 2)
Ponto 2: elevação da taxa de
juros é acompanhada por
aumento em Y (movimento ao
longo da LM)
* Y > Y* (pressão por aumento
de preços)
i**
* Aumento de preços: reduz
M/P , deslocando LM (2 para
3)
* Elevação na taxa de juros
reduz C e I (2 para 3 na IS)
“Crowding Out” pressupõe a
existência de pleno
emprego!!
Política Monetária
Operação de compra de títulos no
mercado aberto pelo Bacen:
Aumento em OM: LM se desloca
para a direita, levando a uma
redução nas taxas de juros
Ponto 2: a queda na taxa de juros
estimula C e I, fazendo com que Y
> Y* (pressão por aumento de
preços)
* Aumento de preços: reduz M/P (2
para 1)
Com pleno emprego, a moeda é
neutra: política monetária não tem
impacto real sobre a economia!!
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
LM’
1
2
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Choques de Produtividade
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
LM’
1
2
Redução no preço de
energia: PE se desloca para
a direita
Ponto 2: redução da taxa de
juros leva ao desequilíbrio no
mercado de moeda (DM >
OM)
PE’
Y**
i**
Ponto 2: aumento em Y
reduz nível de preços
* Redução na taxa de
juros: aumento em C e I (1
para 2)
* Redução de preços: eleva
M/P (1 para 2)
Política Fiscal – Monetização de
Déficits
 Sem pleno emprego e com preços rígidos...
 Não há, necessariamente,“crowding out”
 É possível que as taxas de juros não cresçam: acomodação com a
política monetária
Y
i LM
IS
Y1
i*
LM’
1
2
IS’
Y2
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O Caso Clássico
 Demanda por moeda é perfeitamente inelástica em relação à
taxa de juros: Curva LM é vertical
 Teoria quantitativa da moeda: MV = PY ou
 Implicação: a moeda é neutra e a política fiscal não tem
impacto sobre a renda
Equação de Troca (Irving Fisher)
Política Monetária – O Caso
Clássico
Y
i
IS
i*
LM LM’
2
1
i**
Política monetária tem um
impacto máximo sobre a
renda, mas esse impacto é
temporário!
A expansão em OM, leva a
um aumento no nível de
preços, reduzindo (M/P).
Efeito Fisher: no longo
prazo, variações em OM
não afetam variáveis reais.
Y*YPE
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Política Fiscal – O Caso Clássico
Y
i
IS
i*
LM
IS’
2
1
i**
Política fiscal não tem impacto sobre
a renda, mas como o nível de
produção em equilíbrio é fixo, o
aumento em G tem que ser
compensado por reduções em C e I
Existe “Crowding Out” completo!!
YPE
Armadilha da Liquidez
 A curva LM é horizontal a níveis baixos da taxa de juros
 O público está preparado para absorver qualquer volume de
moeda que for ofertado
 As taxas de juros estão tão baixas que se espera que elas cresçam
no futuro
 O público absorve qualquer volume de moeda porque não é
interessante investir em títulos no presente, somente no futuro,
quando as taxas de juros se elevarem
14/07/2014
17
Política Monetária – Armadilha da
Liquidez
Operação de compra de títulos no
mercado aberto pelo Bacen:
Aumento em OM: LM se desloca
para a direita, mas a taxa de juros
já está tão baixa, provavelmente
próxima a zero, que não leva a
reduções futuras da taxa de juros
A política monetária não tem
impacto sobre a economia real!!
Y
i LM
IS
Y*
i*
LM’
YPE
Política Fiscal – Armadilha da
Liquidez
Y
i LM
IS
Y*
i*
Aumento em G: IS se desloca para
a direita, mas não há elevação da
taxa de juros.
Não ocorre “Crowding Out”!!
IS’
Y** YPE
14/07/2014
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Limitações da Síntese Neoclássica
 Não desenvolve um modelo que justifique a rigidez nominal
 Não incorpora expectativas à sua análise (Crítica de Lucas)
 Choque monetário que afete a curva LM pode deslocar a curva
IS em função das expectativas (racionais) dos agentes
econômicos: resultado final é indeterminado
 Não há justificativa para a ocorrência simultânea de inflação e
desemprego: OECD durante os anos 70
Questão
 Utilize o Modelo de IS-LM, assumindo que a economia está
abaixo do pleno emprego (ou seja, ignorando a linha de pleno
emprego), para demonstrar as diferenças entre uma política
de metas de taxas de juros e uma política de metas
monetárias.
 Com base na análise acima, é possível explicar a recente
tendência das políticas monetárias de estabelecerem metas
para taxas de juros?
14/07/2014
19
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
IS’
IS”
O que acontece quando a curva IS é
instável e a curva LM é estável (a
demanda por moeda é estável)?
Meta de taxa de juros: Se o BC quer
atingirY*, vai tentar operar com
taxa de juros i* (meta)
* Sempre que IS flutuar, o BC vai
comprar e vender títulos para
manter i*
* Produção varia entreY” eY’, ao
invés deY1 eY2
Y*Y” Y’Y1 Y2
Metas de taxas de juros
leva a grande
volatilidade na
produção!
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
IS’
IS”
O que acontece quando a curva IS é
instável e a curva LM é estável (a
demanda por moeda é estável)?
Meta de Agregados Monetários:
nesse caso, LM é mantida fixa
* Sempre que IS flutuar, produção
varia entreY1 eY2
Y*Y1 Y2
Metas de agregados
monetários leva a
menor volatilidade na
produção!
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20
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
O que acontece quando a curva IS é
estável e a curva LM é instável (a
demanda por moeda é instável)?
Meta de taxa de juros: Se o BC quer
atingirY*, vai tentar operar com taxa
de juros i* (meta)
* Sempre que LM flutuar em função
de variações inesperadas na demanda
por moeda, o BC vai comprar e
vender títulos para manter a meta i*
* Produção mantém-se emY*
Y*
Metas de taxas de juros leva
a pequena volatilidade na
produção, muito embora a
oferta monetária flutue!
LM’
LM”
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
O que acontece quando a curva IS é
estável e a curva LM é instável (a
demanda por moeda é instável)?
Meta de agregados monetários: O BC
vai manter a oferta monetária fixa
* LM flutua em função de variações
inesperadas na demanda por moeda
* Produção varia entreY’ eY”
Y*
Metas de agregados
monetários leva a
maior volatilidade na
produção!
LM’
LM”
Y”Y’
14/07/2014
21
Modelo IS-LM em uma Economia
Aberta
Economia Aberta
 Poupança nacional pode financiar investimento doméstico e
externo
Y = C + I + G + (X – M) ouY – C – G = I + (X – M)
S = I + (X – M)
X – M investimento estrangeiro líquido
14/07/2014
22
Economia Aberta
 Relembrando a paridade da taxa de juros: quando ativos
domésticos e estrangeiros são substitutos perfeitos (ausência
de oportunidades de arbitragem)†
onde
† Exceções: custos de transação, riscos de default, risco político,
legislação discriminatória (risco país)
Economia Aberta
 Balanço de Pagamentos:
∆R =TC + CK, ondeTC = (X – M) +Tr
∆R =Variação nas reservas
TC = compra/venda de bens & serviços
CK = compra/venda de ativos
Determinantes de (X – M)?
Determinantes de CK?
Y, Y*, e
i, i*
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23
A Curva BP
 Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, e) + k(i, i*)
 Combinações de i,Y de forma que CC + CK = 0
 Inclinação: positiva?
 Grau de mobilidade
 Tamanho da economia
A Curva BP
i
BP
Y
BPLIVRE
BPRESTRITA
Mobilidade
Imperfeita
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24
A Curva BP
i
BP
Y
∆R < 0
∆R > 0
Economia Aberta
 Relembrando...
Curva IS: Y = E(Y,Y*, i – πe, G,T, εP*/P)
Curva LM:
Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, εP*/P) + k(i, i*) = 0
 Yif
P
M
,
14/07/2014
25
Equilíbrio Geral – Economia Aberta
Y
i
LM
IS
Yeq
ieq
BP
Modelo de Mundell-Fleming
 Pressupostos:
 Mobilidade de capital perfeita
 Taxa de câmbio fixa: investidores não esperam que haja
variações na taxa de câmbio
i = i*
 Implicações:
 Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)
 Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)
 Curva BP: perfeitamente elástica
14/07/2014
26
Política Monetária?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
Política monetária
expansionista:
* Pressão para
redução na taxa de
juros
* Para manter o
câmbio fixo, a oferta de
moeda tem que
declinar
Política Fiscal?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
IS’
3
Política fiscal
expansionista:
* Elevação dos gastos
do governo desloca a
IS para a direita
* A pressão para
aumento na taxa de
juros leva à entrada de
capital até que a taxa
de juros retorne ao
equilíbrio
* Para que o câmbio
seja mantido fixo, a
oferta de moeda tem
que se elevar
14/07/2014
27
O que Aconteceria se as Taxas de
Câmbio Fossem Flexíveis?
 Assuma agora:
 Mobilidade de capital perfeita: i = i*
 Taxa de câmbio flexível
 Implicações:
 Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)
 Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)
 Curva BP: perfeitamente elástica
Política Monetária?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
3
IS’
Política monetária
expansionista:
* Deslocamento da
curva LM faz com que
i* > i
* Estímulo à saída de
capital do país,
depreciando a taxa de
câmbio
* Elevação nas
exportações faz com
que a curva IS se
desloque para a direita
14/07/2014
28
Política Fiscal?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
1
2
IS’
Política fiscal
expansionista:
* Deslocamento da curva
IS faz com que i* < i
* Estímulo à entrada de
capital do país, apreciando
a taxa de câmbio
* Redução nas
exportações líquidas faz
com que a curva IS se
desloque para a posição
inicial
Em Resumo...
 Na presença de mobilidade perfeita: i = i*
 Com taxas de câmbio fixas:
 Política monetária é inócua
 Política fiscal influencia a demanda agregada e tem impacto real
 Com taxas de câmbio flutuantes:
 Política monetária tem efeito real
 Política fiscal é inócua
14/07/2014
29
Problemas com o Modelo de Mundell-
Fleming
 Assume-se que as expectativas são estáticas:
 Pressuposto irreal se as taxas de câmbio são flexíveis: erros
sistemáticos
Quando i > i*: só é possível se existe a expectativa de
depreciação da moeda nacional
Adaptando a Análise do Modelo de Mundell-
Fleming
 Mobilidade de capital imperfeita: possibilidade de i ≠ i*
 Curva BP: inclinada positivamente e desloca-se em função de
políticas fiscal ou monetária (exceção: quando o Banco Central
estabelece um regime de câmbio fixo)
 Caso 1:Taxa de Câmbio Fixa/Política Monetária
 Caso 2:Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal
 Caso 3:Taxa de Câmbio Flutuante/Política Monetária
 Caso 4:Taxa de Câmbio Flutuante /Política Fiscal
14/07/2014
30
Taxa de Câmbio Fixa/Política
Monetária
Y
i LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
* Redução na taxa de
juros e saída de capitais
do país (ΔR < 0)
* Pressão para a
depreciação da taxa de
câmbio
* Para que o câmbio
mantenha-se fixo, o
banco central tem que
reduzir a oferta de
moeda
Política monetária
expansionista
Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal
Y
i LM
IS
Yeq
i*
BP LM’
1
2
IS’
3
Ponto 2: taxa de juros é
inferior ao nível que manteria
o equilíbrio externo (ΔR < 0)
* Para restabelecer o
equilíbrio, é necessário uma
política monetária restritiva
Novo equilíbrio: ponto 3
Política fiscal
expansionista
14/07/2014
31
Em Resumo
 Baixa mobilidade de capital e câmbio fixo:
 A curva BP não se desloca, pois taxas de câmbio mantêm-se
inalteradas
 Política monetária é inócua
 Política fiscal tem efeitos reais
Taxa de Câmbio Flutuante/Política
Monetária
Y
i
BP’
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
IS’
LM
3
Política monetária
expansionista
* Redução na taxa de
juros: deslocamento ao
longo da curva IS
* Depreciação do câmbio
* Estímulo ao
investimento e consumo
e às exportações: curva
IS se desloca
* Curva BP se desloca
para reestabelecer o
equilíbrio
14/07/2014
32
Taxa de Câmbio Flutuante/Política
Fiscal
Y
i BP’
IS
Yeq
i*
BP
IS”
1
2
IS’
LM
3
Ponto 2: taxa de juros é
inferior àquela que
equilibraria o setor externo
* Depreciação da moeda
* NX se eleva, deslocando
a curva IS e a curva BP
Política fiscal
expansionista
Em Resumo
 Baixa mobilidade de capital e câmbio flutuante:
 A curva BP se desloca em resposta a variações na balança
comercial, restabelecendo o equilíbrio
 Política monetária e política fiscal têm efeitos reais

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  • 1. 14/07/2014 1 Modelo IS-LM: Política Fiscal e Monetária Unidade 5 – Parte 1 Profa. Gisele F.Tiryaki ECO 174 – Economia Monetária FCE/UFBA Sumário  O Modelo IS-LM  Pressupostos Básicos  Curva IS  Curva LM  Pleno Emprego  Políticas econômicas e choques de produtividade no modelo IS-LM  Aplicação do Caso Clássico ao modelo IS-LM  Política monetária quando a moeda não é neutra  O Modelo IS-LM em uma Economia Aberta  O modelo Mundell-Fleming: taxas fixas vs. taxas flutuantes  Mobilidade imperfeita: taxas fixas vs. taxas flutuantes  O modelo de Dornbush
  • 2. 14/07/2014 2 Modelo IS-LM Introdução  Ortodoxia clássica:  Dicotomia clássica: variáveis reais, como produção e emprego, não são afetadas por variáveis nominais, como a moeda e preços  O mecanismo de ajuste de preços permite o equilíbrio entre oferta e demanda  Problemas: Como justificar a existência de desemprego involuntário? Qual a justificativa para as flutuações na demanda agregada,que são a fonte central das flutuações na atividade econômica no curto prazo?
  • 3. 14/07/2014 3 Introdução  Keynes: aspectos essenciais  Não existe uma tendência automática ao pleno emprego  Demanda efetiva versus demanda realizada  O nível de emprego depende do consumo esperado e dos novos investimentos esperados (perspectiva ex-ante dos empresários): renda realizada atual  Firmas tomam as decisões fundamentais numa economia capitalista  Consumo: função da renda atual e esperada (variável psicológica)  Investimento: função da eficiência marginal do capital e da taxa de juros  Importância das expectativas dos agentes econômicos no ambiente econômico dominado pela incerteza:“animal spirits”  Mercados: mecanismos rígidos e imperfeitos  Importância da política econômica na determinação da demanda efetiva Introdução  Síntese Neoclássica:  Re-construção da teoria clássica:“filtragem” do modelo de Keynes  Explicação única para os problemas da ortodoxia clássica: “preços nominais” são rígidos no curto prazo  Demais aspectos da análise semelhantes à ortodoxia clássica: mercados competitivos, ausência de externalidades e informação perfeita  Salário nominal: o mais relevante dentre os “preços nominais”  Problema: Porque a rigidez de salário nominal persiste em um ambiente competitivo, sem falhas de mercado?A síntese neoclássica não provém justificativa...
  • 4. 14/07/2014 4 Introdução  Síntese Neoclássica:  Expoentes: Hicks (1937), Hansen (1953), Patinkin (1948, 1956)  Modelo IS-LM: estabelece a conexão entre (i) a taxa de juros estabelecida no mercado de ativos financeiros e (ii) o nível de produção de uma economia determinado no mercado de bens e serviços  Conclusões centrais:  Tendência de longo prazo ao pleno emprego  Armadilha pela liquidez: modelo de Keynes como caso especial Modelo IS-LM  Pressupõe a existência de equilíbrio geral: oferta e demanda no mercado de bens e serviços e no mercado de ativos financeiros estão em equilíbrio simultaneamente  Mercados de bens: comercialização de todas os bens produzidos em uma economia em determinado momento  Mercado monetário: comercialização de ativos utilizados enquanto meio de troca ou de pagamento (moeda, depósitos à vista e outros substitutos próximos para a moeda)  Mercado de ativos não-monetários: comercialização de outros ativos, exceto moeda, que são utilizados enquanto reserva de valor (ações, títulos, residências, etc)  Variáveis básicas do modelo: produção (Y) e taxa de juros esperada  Assume-se nível de preços fixo: curto prazo
  • 5. 14/07/2014 5 Curva IS  Definição: mostra o equilíbrio no mercado de bens e serviços produzidos em uma economia em um determinado período de tempo  Gastos totais em uma economia fechada: Y = C + I + G Y – C – G = I SP + SG = I S = I Determinantes da Poupança e do Investimento  Poupança Nacional  Poupança das unidades familiares:  Nível de renda atual disponível  Nível de renda futura esperada  Riqueza  Taxa real de juros esperada  Poupança governamental  Investimento: investimento fixo + investimento em estoques  Rentabilidade esperada do capital  Taxa real de juros esperada  Taxa efetiva de impostos
  • 6. 14/07/2014 6 Curva IS: Especificação Geral  Combinações de produto e taxas de juros que levem ao equilíbrio entre a renda e o dispêndio planejado (E) Renda=Y e E = C + I + G, onde C = f(i – πe,Y –T), I = f(re) e re = i – πe Logo: E = E(Y, i – πe, G,T) 0< EY < 1; Er < 0; EG > 0; ET < 0 “Cruz Keynesiana” 45º Y E E = E(Y, i – πe, G, T) A O que acontece com o equilíbrio (Y = E) se a taxa nominal de juros é elevada (dG = dT = 0)? Y*Y** A’
  • 7. 14/07/2014 7 A Curva IS – Diagrama Y i IS Y > E E > Y Taxas de juros elevadas: retornos em projetos de investimento tendem a ser menores que o custo dos recursos de terceiros necessários para implementar o projeto; custo de oportunidade do consumo é elevado Taxas de juros são inversamente relacionados com o investimento e com o consumo, particularmente de bens duráveis Deslocamentos da Curva IS  Variações...  Gastos do governo com bens e serviços  Nível de impostos  Taxa esperada de inflação  Disposição a consumir das unidades familiares  Rentabilidade esperada do capital
  • 8. 14/07/2014 8 Deslocamentos da Curva IS – Diagrama Y i IS IS’ IS” Curva IS: Economia Aberta  Dispêndio planejado: depende da demanda estrangeira por bens e serviços produzidos no mercado doméstico  Nível de renda no mercado internacional (Y*)  Taxas de câmbio (ε): inversamente relacionadas com a taxa de juros (Efeito Fisher Internacional)  Logo... Y = E(Y, i – πe, G,T,Y*, ε) Onde EY* > 0 e Eε > 0
  • 9. 14/07/2014 9 A Curva LM  Representa o equilíbrio no mercado monetário: alocação de portfólio  Mercado por moeda (base monetária)  Mercado por outros ativos DM + DO =W (riqueza total) OM + OO =W Equilíbrio: DM – OM = OO – DO Derivando a Curva LM i M/P MS )( 11 YM D )( 22 YM D )( 33 YM D Elevações no nível de renda, dada a oferta de moeda, deslocam a curva de demanda por moeda para a direita e elevam a taxa de juros PM  Yif P M S ,
  • 10. 14/07/2014 10 A Curva LM – Diagrama Y i LM OM > DM DM > OM  Yif P M , Curva LM: Deslocamentos da Curva LM  Fatores:  Política Monetária  Mas os bancos centrais trabalham com metas de taxas de juros, e não estoque de moeda!!!  Romer (2000) vs. Mankiw (2007)  Variações na demanda por encaixes reais  Variações no nível de preços  Variações na taxa de inflação esperada: lembrem-se que i = r + πe
  • 11. 14/07/2014 11 Deslocamentos da Curva LM – Diagrama Y i LM LM” LM’ A Linha de Pleno Emprego  Produção atual:  Estoque de capital disponível: investimento acumulado ao longo do tempo  Uso de fatores de produção variáveis (e.g. trabalho)  Produção em pleno emprego: nível de produção alcançado quando se utiliza todos os fatores de produção disponíveis  Determinante: variações na produtividade dos fatores de produção em utilização
  • 12. 14/07/2014 12 A Linha de Pleno Emprego– Diagrama Y i PE PE’PE” Equilíbrio Geral Y i LM IS Y* i* PE
  • 13. 14/07/2014 13 Política Fiscal – “Crowding Out” Y i LM IS Y* i* PE LM’ 1 2 IS’ 3 Aumento em G: IS se desloca para a direita (1 para 2) Ponto 2: elevação da taxa de juros é acompanhada por aumento em Y (movimento ao longo da LM) * Y > Y* (pressão por aumento de preços) i** * Aumento de preços: reduz M/P , deslocando LM (2 para 3) * Elevação na taxa de juros reduz C e I (2 para 3 na IS) “Crowding Out” pressupõe a existência de pleno emprego!! Política Monetária Operação de compra de títulos no mercado aberto pelo Bacen: Aumento em OM: LM se desloca para a direita, levando a uma redução nas taxas de juros Ponto 2: a queda na taxa de juros estimula C e I, fazendo com que Y > Y* (pressão por aumento de preços) * Aumento de preços: reduz M/P (2 para 1) Com pleno emprego, a moeda é neutra: política monetária não tem impacto real sobre a economia!! Y i LM IS Y* i* PE LM’ 1 2
  • 14. 14/07/2014 14 Choques de Produtividade Y i LM IS Y* i* PE LM’ 1 2 Redução no preço de energia: PE se desloca para a direita Ponto 2: redução da taxa de juros leva ao desequilíbrio no mercado de moeda (DM > OM) PE’ Y** i** Ponto 2: aumento em Y reduz nível de preços * Redução na taxa de juros: aumento em C e I (1 para 2) * Redução de preços: eleva M/P (1 para 2) Política Fiscal – Monetização de Déficits  Sem pleno emprego e com preços rígidos...  Não há, necessariamente,“crowding out”  É possível que as taxas de juros não cresçam: acomodação com a política monetária Y i LM IS Y1 i* LM’ 1 2 IS’ Y2
  • 15. 14/07/2014 15 O Caso Clássico  Demanda por moeda é perfeitamente inelástica em relação à taxa de juros: Curva LM é vertical  Teoria quantitativa da moeda: MV = PY ou  Implicação: a moeda é neutra e a política fiscal não tem impacto sobre a renda Equação de Troca (Irving Fisher) Política Monetária – O Caso Clássico Y i IS i* LM LM’ 2 1 i** Política monetária tem um impacto máximo sobre a renda, mas esse impacto é temporário! A expansão em OM, leva a um aumento no nível de preços, reduzindo (M/P). Efeito Fisher: no longo prazo, variações em OM não afetam variáveis reais. Y*YPE
  • 16. 14/07/2014 16 Política Fiscal – O Caso Clássico Y i IS i* LM IS’ 2 1 i** Política fiscal não tem impacto sobre a renda, mas como o nível de produção em equilíbrio é fixo, o aumento em G tem que ser compensado por reduções em C e I Existe “Crowding Out” completo!! YPE Armadilha da Liquidez  A curva LM é horizontal a níveis baixos da taxa de juros  O público está preparado para absorver qualquer volume de moeda que for ofertado  As taxas de juros estão tão baixas que se espera que elas cresçam no futuro  O público absorve qualquer volume de moeda porque não é interessante investir em títulos no presente, somente no futuro, quando as taxas de juros se elevarem
  • 17. 14/07/2014 17 Política Monetária – Armadilha da Liquidez Operação de compra de títulos no mercado aberto pelo Bacen: Aumento em OM: LM se desloca para a direita, mas a taxa de juros já está tão baixa, provavelmente próxima a zero, que não leva a reduções futuras da taxa de juros A política monetária não tem impacto sobre a economia real!! Y i LM IS Y* i* LM’ YPE Política Fiscal – Armadilha da Liquidez Y i LM IS Y* i* Aumento em G: IS se desloca para a direita, mas não há elevação da taxa de juros. Não ocorre “Crowding Out”!! IS’ Y** YPE
  • 18. 14/07/2014 18 Limitações da Síntese Neoclássica  Não desenvolve um modelo que justifique a rigidez nominal  Não incorpora expectativas à sua análise (Crítica de Lucas)  Choque monetário que afete a curva LM pode deslocar a curva IS em função das expectativas (racionais) dos agentes econômicos: resultado final é indeterminado  Não há justificativa para a ocorrência simultânea de inflação e desemprego: OECD durante os anos 70 Questão  Utilize o Modelo de IS-LM, assumindo que a economia está abaixo do pleno emprego (ou seja, ignorando a linha de pleno emprego), para demonstrar as diferenças entre uma política de metas de taxas de juros e uma política de metas monetárias.  Com base na análise acima, é possível explicar a recente tendência das políticas monetárias de estabelecerem metas para taxas de juros?
  • 19. 14/07/2014 19 Metas de Taxas de Juros vs. Agregados Monetários Y i LM IS* i* IS’ IS” O que acontece quando a curva IS é instável e a curva LM é estável (a demanda por moeda é estável)? Meta de taxa de juros: Se o BC quer atingirY*, vai tentar operar com taxa de juros i* (meta) * Sempre que IS flutuar, o BC vai comprar e vender títulos para manter i* * Produção varia entreY” eY’, ao invés deY1 eY2 Y*Y” Y’Y1 Y2 Metas de taxas de juros leva a grande volatilidade na produção! Metas de Taxas de Juros vs. Agregados Monetários Y i LM IS* i* IS’ IS” O que acontece quando a curva IS é instável e a curva LM é estável (a demanda por moeda é estável)? Meta de Agregados Monetários: nesse caso, LM é mantida fixa * Sempre que IS flutuar, produção varia entreY1 eY2 Y*Y1 Y2 Metas de agregados monetários leva a menor volatilidade na produção!
  • 20. 14/07/2014 20 Metas de Taxas de Juros vs. Agregados Monetários Y i LM IS* i* O que acontece quando a curva IS é estável e a curva LM é instável (a demanda por moeda é instável)? Meta de taxa de juros: Se o BC quer atingirY*, vai tentar operar com taxa de juros i* (meta) * Sempre que LM flutuar em função de variações inesperadas na demanda por moeda, o BC vai comprar e vender títulos para manter a meta i* * Produção mantém-se emY* Y* Metas de taxas de juros leva a pequena volatilidade na produção, muito embora a oferta monetária flutue! LM’ LM” Metas de Taxas de Juros vs. Agregados Monetários Y i LM IS* i* O que acontece quando a curva IS é estável e a curva LM é instável (a demanda por moeda é instável)? Meta de agregados monetários: O BC vai manter a oferta monetária fixa * LM flutua em função de variações inesperadas na demanda por moeda * Produção varia entreY’ eY” Y* Metas de agregados monetários leva a maior volatilidade na produção! LM’ LM” Y”Y’
  • 21. 14/07/2014 21 Modelo IS-LM em uma Economia Aberta Economia Aberta  Poupança nacional pode financiar investimento doméstico e externo Y = C + I + G + (X – M) ouY – C – G = I + (X – M) S = I + (X – M) X – M investimento estrangeiro líquido
  • 22. 14/07/2014 22 Economia Aberta  Relembrando a paridade da taxa de juros: quando ativos domésticos e estrangeiros são substitutos perfeitos (ausência de oportunidades de arbitragem)† onde † Exceções: custos de transação, riscos de default, risco político, legislação discriminatória (risco país) Economia Aberta  Balanço de Pagamentos: ∆R =TC + CK, ondeTC = (X – M) +Tr ∆R =Variação nas reservas TC = compra/venda de bens & serviços CK = compra/venda de ativos Determinantes de (X – M)? Determinantes de CK? Y, Y*, e i, i*
  • 23. 14/07/2014 23 A Curva BP  Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, e) + k(i, i*)  Combinações de i,Y de forma que CC + CK = 0  Inclinação: positiva?  Grau de mobilidade  Tamanho da economia A Curva BP i BP Y BPLIVRE BPRESTRITA Mobilidade Imperfeita
  • 24. 14/07/2014 24 A Curva BP i BP Y ∆R < 0 ∆R > 0 Economia Aberta  Relembrando... Curva IS: Y = E(Y,Y*, i – πe, G,T, εP*/P) Curva LM: Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, εP*/P) + k(i, i*) = 0  Yif P M ,
  • 25. 14/07/2014 25 Equilíbrio Geral – Economia Aberta Y i LM IS Yeq ieq BP Modelo de Mundell-Fleming  Pressupostos:  Mobilidade de capital perfeita  Taxa de câmbio fixa: investidores não esperam que haja variações na taxa de câmbio i = i*  Implicações:  Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)  Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)  Curva BP: perfeitamente elástica
  • 26. 14/07/2014 26 Política Monetária? Y i LM IS Yeq i* BP LM’ 1 2 Política monetária expansionista: * Pressão para redução na taxa de juros * Para manter o câmbio fixo, a oferta de moeda tem que declinar Política Fiscal? Y i LM IS Yeq i* BP LM’ 1 2 IS’ 3 Política fiscal expansionista: * Elevação dos gastos do governo desloca a IS para a direita * A pressão para aumento na taxa de juros leva à entrada de capital até que a taxa de juros retorne ao equilíbrio * Para que o câmbio seja mantido fixo, a oferta de moeda tem que se elevar
  • 27. 14/07/2014 27 O que Aconteceria se as Taxas de Câmbio Fossem Flexíveis?  Assuma agora:  Mobilidade de capital perfeita: i = i*  Taxa de câmbio flexível  Implicações:  Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)  Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)  Curva BP: perfeitamente elástica Política Monetária? Y i LM IS Yeq i* BP LM’ 1 2 3 IS’ Política monetária expansionista: * Deslocamento da curva LM faz com que i* > i * Estímulo à saída de capital do país, depreciando a taxa de câmbio * Elevação nas exportações faz com que a curva IS se desloque para a direita
  • 28. 14/07/2014 28 Política Fiscal? Y i LM IS Yeq i* BP 1 2 IS’ Política fiscal expansionista: * Deslocamento da curva IS faz com que i* < i * Estímulo à entrada de capital do país, apreciando a taxa de câmbio * Redução nas exportações líquidas faz com que a curva IS se desloque para a posição inicial Em Resumo...  Na presença de mobilidade perfeita: i = i*  Com taxas de câmbio fixas:  Política monetária é inócua  Política fiscal influencia a demanda agregada e tem impacto real  Com taxas de câmbio flutuantes:  Política monetária tem efeito real  Política fiscal é inócua
  • 29. 14/07/2014 29 Problemas com o Modelo de Mundell- Fleming  Assume-se que as expectativas são estáticas:  Pressuposto irreal se as taxas de câmbio são flexíveis: erros sistemáticos Quando i > i*: só é possível se existe a expectativa de depreciação da moeda nacional Adaptando a Análise do Modelo de Mundell- Fleming  Mobilidade de capital imperfeita: possibilidade de i ≠ i*  Curva BP: inclinada positivamente e desloca-se em função de políticas fiscal ou monetária (exceção: quando o Banco Central estabelece um regime de câmbio fixo)  Caso 1:Taxa de Câmbio Fixa/Política Monetária  Caso 2:Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal  Caso 3:Taxa de Câmbio Flutuante/Política Monetária  Caso 4:Taxa de Câmbio Flutuante /Política Fiscal
  • 30. 14/07/2014 30 Taxa de Câmbio Fixa/Política Monetária Y i LM IS Yeq i* BP LM’ 1 2 * Redução na taxa de juros e saída de capitais do país (ΔR < 0) * Pressão para a depreciação da taxa de câmbio * Para que o câmbio mantenha-se fixo, o banco central tem que reduzir a oferta de moeda Política monetária expansionista Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal Y i LM IS Yeq i* BP LM’ 1 2 IS’ 3 Ponto 2: taxa de juros é inferior ao nível que manteria o equilíbrio externo (ΔR < 0) * Para restabelecer o equilíbrio, é necessário uma política monetária restritiva Novo equilíbrio: ponto 3 Política fiscal expansionista
  • 31. 14/07/2014 31 Em Resumo  Baixa mobilidade de capital e câmbio fixo:  A curva BP não se desloca, pois taxas de câmbio mantêm-se inalteradas  Política monetária é inócua  Política fiscal tem efeitos reais Taxa de Câmbio Flutuante/Política Monetária Y i BP’ IS Yeq i* BP LM’ 1 2 IS’ LM 3 Política monetária expansionista * Redução na taxa de juros: deslocamento ao longo da curva IS * Depreciação do câmbio * Estímulo ao investimento e consumo e às exportações: curva IS se desloca * Curva BP se desloca para reestabelecer o equilíbrio
  • 32. 14/07/2014 32 Taxa de Câmbio Flutuante/Política Fiscal Y i BP’ IS Yeq i* BP IS” 1 2 IS’ LM 3 Ponto 2: taxa de juros é inferior àquela que equilibraria o setor externo * Depreciação da moeda * NX se eleva, deslocando a curva IS e a curva BP Política fiscal expansionista Em Resumo  Baixa mobilidade de capital e câmbio flutuante:  A curva BP se desloca em resposta a variações na balança comercial, restabelecendo o equilíbrio  Política monetária e política fiscal têm efeitos reais