1. 14/07/2014
1
Modelo IS-LM: Política Fiscal e Monetária
Unidade 5 – Parte 1
Profa. Gisele F.Tiryaki
ECO 174 – Economia Monetária
FCE/UFBA
Sumário
O Modelo IS-LM
Pressupostos Básicos
Curva IS
Curva LM
Pleno Emprego
Políticas econômicas e choques de produtividade no modelo IS-LM
Aplicação do Caso Clássico ao modelo IS-LM
Política monetária quando a moeda não é neutra
O Modelo IS-LM em uma Economia Aberta
O modelo Mundell-Fleming: taxas fixas vs. taxas flutuantes
Mobilidade imperfeita: taxas fixas vs. taxas flutuantes
O modelo de Dornbush
2. 14/07/2014
2
Modelo IS-LM
Introdução
Ortodoxia clássica:
Dicotomia clássica: variáveis reais, como produção e emprego,
não são afetadas por variáveis nominais, como a moeda e preços
O mecanismo de ajuste de preços permite o equilíbrio entre
oferta e demanda
Problemas: Como justificar a existência de desemprego
involuntário? Qual a justificativa para as flutuações na demanda
agregada,que são a fonte central das flutuações na atividade
econômica no curto prazo?
3. 14/07/2014
3
Introdução
Keynes: aspectos essenciais
Não existe uma tendência automática ao pleno emprego
Demanda efetiva versus demanda realizada
O nível de emprego depende do consumo esperado e dos novos
investimentos esperados (perspectiva ex-ante dos empresários): renda
realizada atual
Firmas tomam as decisões fundamentais numa economia capitalista
Consumo: função da renda atual e esperada (variável psicológica)
Investimento: função da eficiência marginal do capital e da taxa de juros
Importância das expectativas dos agentes econômicos no ambiente
econômico dominado pela incerteza:“animal spirits”
Mercados: mecanismos rígidos e imperfeitos
Importância da política econômica na determinação da demanda
efetiva
Introdução
Síntese Neoclássica:
Re-construção da teoria clássica:“filtragem” do modelo de
Keynes
Explicação única para os problemas da ortodoxia clássica:
“preços nominais” são rígidos no curto prazo
Demais aspectos da análise semelhantes à ortodoxia clássica: mercados
competitivos, ausência de externalidades e informação perfeita
Salário nominal: o mais relevante dentre os “preços nominais”
Problema: Porque a rigidez de salário nominal persiste em um
ambiente competitivo, sem falhas de mercado?A síntese
neoclássica não provém justificativa...
4. 14/07/2014
4
Introdução
Síntese Neoclássica:
Expoentes: Hicks (1937), Hansen (1953), Patinkin
(1948, 1956)
Modelo IS-LM: estabelece a conexão entre (i) a taxa de juros
estabelecida no mercado de ativos financeiros e (ii) o nível de
produção de uma economia determinado no mercado de
bens e serviços
Conclusões centrais:
Tendência de longo prazo ao pleno emprego
Armadilha pela liquidez: modelo de Keynes como caso
especial
Modelo IS-LM
Pressupõe a existência de equilíbrio geral: oferta e demanda no
mercado de bens e serviços e no mercado de ativos financeiros
estão em equilíbrio simultaneamente
Mercados de bens: comercialização de todas os bens produzidos em
uma economia em determinado momento
Mercado monetário: comercialização de ativos utilizados enquanto
meio de troca ou de pagamento (moeda, depósitos à vista e outros
substitutos próximos para a moeda)
Mercado de ativos não-monetários: comercialização de outros ativos,
exceto moeda, que são utilizados enquanto reserva de valor (ações,
títulos, residências, etc)
Variáveis básicas do modelo: produção (Y) e taxa de juros esperada
Assume-se nível de preços fixo: curto prazo
5. 14/07/2014
5
Curva IS
Definição: mostra o equilíbrio no mercado de bens e serviços
produzidos em uma economia em um determinado período
de tempo
Gastos totais em uma economia fechada:
Y = C + I + G Y – C – G = I SP + SG = I
S = I
Determinantes da Poupança e do
Investimento
Poupança Nacional
Poupança das unidades familiares:
Nível de renda atual disponível
Nível de renda futura esperada
Riqueza
Taxa real de juros esperada
Poupança governamental
Investimento: investimento fixo + investimento em estoques
Rentabilidade esperada do capital
Taxa real de juros esperada
Taxa efetiva de impostos
6. 14/07/2014
6
Curva IS: Especificação Geral
Combinações de produto e taxas de juros que levem ao
equilíbrio entre a renda e o dispêndio planejado (E)
Renda=Y e E = C + I + G,
onde C = f(i – πe,Y –T), I = f(re) e re = i – πe
Logo:
E = E(Y, i – πe, G,T)
0< EY < 1; Er < 0; EG > 0; ET < 0
“Cruz Keynesiana”
45º
Y
E
E = E(Y, i – πe, G, T)
A
O que acontece
com o equilíbrio (Y =
E) se a taxa nominal
de juros é elevada
(dG = dT = 0)?
Y*Y**
A’
7. 14/07/2014
7
A Curva IS – Diagrama
Y
i
IS
Y > E
E > Y
Taxas de juros elevadas: retornos em
projetos de investimento tendem a ser
menores que o custo dos recursos de
terceiros necessários para implementar o
projeto; custo de oportunidade do
consumo é elevado
Taxas de juros são inversamente
relacionados com o investimento e com o
consumo, particularmente de bens duráveis
Deslocamentos da Curva IS
Variações...
Gastos do governo com bens e serviços
Nível de impostos
Taxa esperada de inflação
Disposição a consumir das unidades familiares
Rentabilidade esperada do capital
8. 14/07/2014
8
Deslocamentos da Curva IS –
Diagrama
Y
i
IS
IS’
IS”
Curva IS: Economia Aberta
Dispêndio planejado: depende da demanda estrangeira por
bens e serviços produzidos no mercado doméstico
Nível de renda no mercado internacional (Y*)
Taxas de câmbio (ε): inversamente relacionadas com a taxa de
juros (Efeito Fisher Internacional)
Logo...
Y = E(Y, i – πe, G,T,Y*, ε)
Onde EY* > 0 e Eε > 0
9. 14/07/2014
9
A Curva LM
Representa o equilíbrio no mercado monetário: alocação de
portfólio
Mercado por moeda (base monetária)
Mercado por outros ativos
DM + DO =W (riqueza total) OM + OO =W
Equilíbrio: DM – OM = OO – DO
Derivando a Curva LM
i
M/P
MS
)( 11 YM D
)( 22 YM D
)( 33 YM D
Elevações no nível de renda, dada a oferta
de moeda, deslocam a curva de demanda
por moeda para a direita e elevam a taxa
de juros
PM
Yif
P
M S
,
10. 14/07/2014
10
A Curva LM – Diagrama
Y
i
LM
OM > DM
DM > OM
Yif
P
M
,
Curva LM:
Deslocamentos da Curva LM
Fatores:
Política Monetária
Mas os bancos centrais trabalham com metas de taxas de
juros, e não estoque de moeda!!!
Romer (2000) vs. Mankiw (2007)
Variações na demanda por encaixes reais
Variações no nível de preços
Variações na taxa de inflação esperada: lembrem-se
que i = r + πe
11. 14/07/2014
11
Deslocamentos da Curva LM –
Diagrama
Y
i
LM
LM”
LM’
A Linha de Pleno Emprego
Produção atual:
Estoque de capital disponível: investimento acumulado ao longo
do tempo
Uso de fatores de produção variáveis (e.g. trabalho)
Produção em pleno emprego: nível de produção alcançado
quando se utiliza todos os fatores de produção disponíveis
Determinante: variações na produtividade dos fatores de
produção em utilização
12. 14/07/2014
12
A Linha de Pleno Emprego–
Diagrama
Y
i PE PE’PE”
Equilíbrio Geral
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
13. 14/07/2014
13
Política Fiscal – “Crowding Out”
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE LM’
1
2
IS’
3
Aumento em G: IS se desloca
para a direita (1 para 2)
Ponto 2: elevação da taxa de
juros é acompanhada por
aumento em Y (movimento ao
longo da LM)
* Y > Y* (pressão por aumento
de preços)
i**
* Aumento de preços: reduz
M/P , deslocando LM (2 para
3)
* Elevação na taxa de juros
reduz C e I (2 para 3 na IS)
“Crowding Out” pressupõe a
existência de pleno
emprego!!
Política Monetária
Operação de compra de títulos no
mercado aberto pelo Bacen:
Aumento em OM: LM se desloca
para a direita, levando a uma
redução nas taxas de juros
Ponto 2: a queda na taxa de juros
estimula C e I, fazendo com que Y
> Y* (pressão por aumento de
preços)
* Aumento de preços: reduz M/P (2
para 1)
Com pleno emprego, a moeda é
neutra: política monetária não tem
impacto real sobre a economia!!
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
LM’
1
2
14. 14/07/2014
14
Choques de Produtividade
Y
i
LM
IS
Y*
i*
PE
LM’
1
2
Redução no preço de
energia: PE se desloca para
a direita
Ponto 2: redução da taxa de
juros leva ao desequilíbrio no
mercado de moeda (DM >
OM)
PE’
Y**
i**
Ponto 2: aumento em Y
reduz nível de preços
* Redução na taxa de
juros: aumento em C e I (1
para 2)
* Redução de preços: eleva
M/P (1 para 2)
Política Fiscal – Monetização de
Déficits
Sem pleno emprego e com preços rígidos...
Não há, necessariamente,“crowding out”
É possível que as taxas de juros não cresçam: acomodação com a
política monetária
Y
i LM
IS
Y1
i*
LM’
1
2
IS’
Y2
15. 14/07/2014
15
O Caso Clássico
Demanda por moeda é perfeitamente inelástica em relação à
taxa de juros: Curva LM é vertical
Teoria quantitativa da moeda: MV = PY ou
Implicação: a moeda é neutra e a política fiscal não tem
impacto sobre a renda
Equação de Troca (Irving Fisher)
Política Monetária – O Caso
Clássico
Y
i
IS
i*
LM LM’
2
1
i**
Política monetária tem um
impacto máximo sobre a
renda, mas esse impacto é
temporário!
A expansão em OM, leva a
um aumento no nível de
preços, reduzindo (M/P).
Efeito Fisher: no longo
prazo, variações em OM
não afetam variáveis reais.
Y*YPE
16. 14/07/2014
16
Política Fiscal – O Caso Clássico
Y
i
IS
i*
LM
IS’
2
1
i**
Política fiscal não tem impacto sobre
a renda, mas como o nível de
produção em equilíbrio é fixo, o
aumento em G tem que ser
compensado por reduções em C e I
Existe “Crowding Out” completo!!
YPE
Armadilha da Liquidez
A curva LM é horizontal a níveis baixos da taxa de juros
O público está preparado para absorver qualquer volume de
moeda que for ofertado
As taxas de juros estão tão baixas que se espera que elas cresçam
no futuro
O público absorve qualquer volume de moeda porque não é
interessante investir em títulos no presente, somente no futuro,
quando as taxas de juros se elevarem
17. 14/07/2014
17
Política Monetária – Armadilha da
Liquidez
Operação de compra de títulos no
mercado aberto pelo Bacen:
Aumento em OM: LM se desloca
para a direita, mas a taxa de juros
já está tão baixa, provavelmente
próxima a zero, que não leva a
reduções futuras da taxa de juros
A política monetária não tem
impacto sobre a economia real!!
Y
i LM
IS
Y*
i*
LM’
YPE
Política Fiscal – Armadilha da
Liquidez
Y
i LM
IS
Y*
i*
Aumento em G: IS se desloca para
a direita, mas não há elevação da
taxa de juros.
Não ocorre “Crowding Out”!!
IS’
Y** YPE
18. 14/07/2014
18
Limitações da Síntese Neoclássica
Não desenvolve um modelo que justifique a rigidez nominal
Não incorpora expectativas à sua análise (Crítica de Lucas)
Choque monetário que afete a curva LM pode deslocar a curva
IS em função das expectativas (racionais) dos agentes
econômicos: resultado final é indeterminado
Não há justificativa para a ocorrência simultânea de inflação e
desemprego: OECD durante os anos 70
Questão
Utilize o Modelo de IS-LM, assumindo que a economia está
abaixo do pleno emprego (ou seja, ignorando a linha de pleno
emprego), para demonstrar as diferenças entre uma política
de metas de taxas de juros e uma política de metas
monetárias.
Com base na análise acima, é possível explicar a recente
tendência das políticas monetárias de estabelecerem metas
para taxas de juros?
19. 14/07/2014
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Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
IS’
IS”
O que acontece quando a curva IS é
instável e a curva LM é estável (a
demanda por moeda é estável)?
Meta de taxa de juros: Se o BC quer
atingirY*, vai tentar operar com
taxa de juros i* (meta)
* Sempre que IS flutuar, o BC vai
comprar e vender títulos para
manter i*
* Produção varia entreY” eY’, ao
invés deY1 eY2
Y*Y” Y’Y1 Y2
Metas de taxas de juros
leva a grande
volatilidade na
produção!
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
IS’
IS”
O que acontece quando a curva IS é
instável e a curva LM é estável (a
demanda por moeda é estável)?
Meta de Agregados Monetários:
nesse caso, LM é mantida fixa
* Sempre que IS flutuar, produção
varia entreY1 eY2
Y*Y1 Y2
Metas de agregados
monetários leva a
menor volatilidade na
produção!
20. 14/07/2014
20
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
O que acontece quando a curva IS é
estável e a curva LM é instável (a
demanda por moeda é instável)?
Meta de taxa de juros: Se o BC quer
atingirY*, vai tentar operar com taxa
de juros i* (meta)
* Sempre que LM flutuar em função
de variações inesperadas na demanda
por moeda, o BC vai comprar e
vender títulos para manter a meta i*
* Produção mantém-se emY*
Y*
Metas de taxas de juros leva
a pequena volatilidade na
produção, muito embora a
oferta monetária flutue!
LM’
LM”
Metas de Taxas de Juros vs.
Agregados Monetários
Y
i
LM
IS*
i*
O que acontece quando a curva IS é
estável e a curva LM é instável (a
demanda por moeda é instável)?
Meta de agregados monetários: O BC
vai manter a oferta monetária fixa
* LM flutua em função de variações
inesperadas na demanda por moeda
* Produção varia entreY’ eY”
Y*
Metas de agregados
monetários leva a
maior volatilidade na
produção!
LM’
LM”
Y”Y’
21. 14/07/2014
21
Modelo IS-LM em uma Economia
Aberta
Economia Aberta
Poupança nacional pode financiar investimento doméstico e
externo
Y = C + I + G + (X – M) ouY – C – G = I + (X – M)
S = I + (X – M)
X – M investimento estrangeiro líquido
22. 14/07/2014
22
Economia Aberta
Relembrando a paridade da taxa de juros: quando ativos
domésticos e estrangeiros são substitutos perfeitos (ausência
de oportunidades de arbitragem)†
onde
† Exceções: custos de transação, riscos de default, risco político,
legislação discriminatória (risco país)
Economia Aberta
Balanço de Pagamentos:
∆R =TC + CK, ondeTC = (X – M) +Tr
∆R =Variação nas reservas
TC = compra/venda de bens & serviços
CK = compra/venda de ativos
Determinantes de (X – M)?
Determinantes de CK?
Y, Y*, e
i, i*
23. 14/07/2014
23
A Curva BP
Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, e) + k(i, i*)
Combinações de i,Y de forma que CC + CK = 0
Inclinação: positiva?
Grau de mobilidade
Tamanho da economia
A Curva BP
i
BP
Y
BPLIVRE
BPRESTRITA
Mobilidade
Imperfeita
24. 14/07/2014
24
A Curva BP
i
BP
Y
∆R < 0
∆R > 0
Economia Aberta
Relembrando...
Curva IS: Y = E(Y,Y*, i – πe, G,T, εP*/P)
Curva LM:
Curva BP: ∆R = NX(Y,Y*, εP*/P) + k(i, i*) = 0
Yif
P
M
,
25. 14/07/2014
25
Equilíbrio Geral – Economia Aberta
Y
i
LM
IS
Yeq
ieq
BP
Modelo de Mundell-Fleming
Pressupostos:
Mobilidade de capital perfeita
Taxa de câmbio fixa: investidores não esperam que haja
variações na taxa de câmbio
i = i*
Implicações:
Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)
Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)
Curva BP: perfeitamente elástica
26. 14/07/2014
26
Política Monetária?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
Política monetária
expansionista:
* Pressão para
redução na taxa de
juros
* Para manter o
câmbio fixo, a oferta de
moeda tem que
declinar
Política Fiscal?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
IS’
3
Política fiscal
expansionista:
* Elevação dos gastos
do governo desloca a
IS para a direita
* A pressão para
aumento na taxa de
juros leva à entrada de
capital até que a taxa
de juros retorne ao
equilíbrio
* Para que o câmbio
seja mantido fixo, a
oferta de moeda tem
que se elevar
27. 14/07/2014
27
O que Aconteceria se as Taxas de
Câmbio Fossem Flexíveis?
Assuma agora:
Mobilidade de capital perfeita: i = i*
Taxa de câmbio flexível
Implicações:
Curva LM: (M/P) = L(i*,Y)
Curva IS: E(Y,Y*, i* – πe, G,T, εP*/P)
Curva BP: perfeitamente elástica
Política Monetária?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
3
IS’
Política monetária
expansionista:
* Deslocamento da
curva LM faz com que
i* > i
* Estímulo à saída de
capital do país,
depreciando a taxa de
câmbio
* Elevação nas
exportações faz com
que a curva IS se
desloque para a direita
28. 14/07/2014
28
Política Fiscal?
Y
i
LM
IS
Yeq
i*
BP
1
2
IS’
Política fiscal
expansionista:
* Deslocamento da curva
IS faz com que i* < i
* Estímulo à entrada de
capital do país, apreciando
a taxa de câmbio
* Redução nas
exportações líquidas faz
com que a curva IS se
desloque para a posição
inicial
Em Resumo...
Na presença de mobilidade perfeita: i = i*
Com taxas de câmbio fixas:
Política monetária é inócua
Política fiscal influencia a demanda agregada e tem impacto real
Com taxas de câmbio flutuantes:
Política monetária tem efeito real
Política fiscal é inócua
29. 14/07/2014
29
Problemas com o Modelo de Mundell-
Fleming
Assume-se que as expectativas são estáticas:
Pressuposto irreal se as taxas de câmbio são flexíveis: erros
sistemáticos
Quando i > i*: só é possível se existe a expectativa de
depreciação da moeda nacional
Adaptando a Análise do Modelo de Mundell-
Fleming
Mobilidade de capital imperfeita: possibilidade de i ≠ i*
Curva BP: inclinada positivamente e desloca-se em função de
políticas fiscal ou monetária (exceção: quando o Banco Central
estabelece um regime de câmbio fixo)
Caso 1:Taxa de Câmbio Fixa/Política Monetária
Caso 2:Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal
Caso 3:Taxa de Câmbio Flutuante/Política Monetária
Caso 4:Taxa de Câmbio Flutuante /Política Fiscal
30. 14/07/2014
30
Taxa de Câmbio Fixa/Política
Monetária
Y
i LM
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
* Redução na taxa de
juros e saída de capitais
do país (ΔR < 0)
* Pressão para a
depreciação da taxa de
câmbio
* Para que o câmbio
mantenha-se fixo, o
banco central tem que
reduzir a oferta de
moeda
Política monetária
expansionista
Taxa de Câmbio Fixa/Política Fiscal
Y
i LM
IS
Yeq
i*
BP LM’
1
2
IS’
3
Ponto 2: taxa de juros é
inferior ao nível que manteria
o equilíbrio externo (ΔR < 0)
* Para restabelecer o
equilíbrio, é necessário uma
política monetária restritiva
Novo equilíbrio: ponto 3
Política fiscal
expansionista
31. 14/07/2014
31
Em Resumo
Baixa mobilidade de capital e câmbio fixo:
A curva BP não se desloca, pois taxas de câmbio mantêm-se
inalteradas
Política monetária é inócua
Política fiscal tem efeitos reais
Taxa de Câmbio Flutuante/Política
Monetária
Y
i
BP’
IS
Yeq
i*
BP
LM’
1
2
IS’
LM
3
Política monetária
expansionista
* Redução na taxa de
juros: deslocamento ao
longo da curva IS
* Depreciação do câmbio
* Estímulo ao
investimento e consumo
e às exportações: curva
IS se desloca
* Curva BP se desloca
para reestabelecer o
equilíbrio
32. 14/07/2014
32
Taxa de Câmbio Flutuante/Política
Fiscal
Y
i BP’
IS
Yeq
i*
BP
IS”
1
2
IS’
LM
3
Ponto 2: taxa de juros é
inferior àquela que
equilibraria o setor externo
* Depreciação da moeda
* NX se eleva, deslocando
a curva IS e a curva BP
Política fiscal
expansionista
Em Resumo
Baixa mobilidade de capital e câmbio flutuante:
A curva BP se desloca em resposta a variações na balança
comercial, restabelecendo o equilíbrio
Política monetária e política fiscal têm efeitos reais