SlideShare a Scribd company logo
1 of 3
Download to read offline
Divisão séries| 10 formas de dividir seu treino de
musculação
A divisão ideal da série de musculação depende do objetivo do aluno e número de séries
que serão utilizados na sessão de treinamento. O tempo adequado de recuperação entre
as sessões de treinamento é a variável que vai determinar a melhor forma de dividir
o programa de musculação. Nesse artigo, vamos discutir como deve ser a divisão da
série de musculação de acordo com o objetivo do aluno e estágio de treinamento
Tempo de recuperação entre as sessões de musculação
A divisão do programa de musculação depende do
número séries e repetições utilizadas por grupo muscular na sessão de treinamento.
Séries de musculação para desenvolver a força máxima com 1 exercício e 5 séries de 6 a
2 repetições precisam de 36 a 48 horas para se recuperarem. Verkhoshansky (2003)
Já séries de treinamento para hipertrofia muscular com 3 exercício e 3 séries de 8 a 15
repetições precisam de no mínimo 96 horas para se recuperarem. Essa diferença no
tempo de recuperação é o que vai determinar a forma que vamos dividir nosso programa
de musculação. Verkhoshansky (2003)
Essa diferença no tempo de recuperação entre os treinos de força e
hipertrofia acontece devido ao tipo de lesão que cada tipo de treino provoca no tecido
muscular. No treino de força máxima a carga é alta, mas o desgaste muscular é baixo
devido ao reduzido número de repetições. (Bompa,2001)
No treino de hipertrofia a carga é um pouco menor, mas o número de repetições é muito
maior e essa diferença no protocolo de treinamento promove um elevado grau de lesão
tecidual e exige que o músculo descanse de 48 a 120 horas. (Bompa,2001)
A seguir vou descrever alguns tipos divisão da série de musculação, com o tempo de
recuperação entre as sessões de treinamento.
Tipo de divisão
 Série Única A: treinar o mesmo grupo muscular 3x na semana | 48h intervalo
 Série Dividida A, B: treinar cada grupo muscular 2 ou 3x na semana | 48h a 72h intervalo
 Série Dividida A, B, A| B,A,B: treinar cada grupo muscular 1 a 2x na semana | 72h intervalo
 Série Dividida A, B, C: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo
 Série Dividida A, B, C, D: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo
 Série Dividida A, B, C, D, E: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo
 Série Dividida A, B, C, D, E, F: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo
(Bompa,2001)
Como demonstrado acima o tempo de recuperação entre as sessões musculação pode
variar de 48 a 144 horas para sessões de treino com até 20 séries por grupo muscular.
Alunos iniciantes com até 12 meses de treinamento não devem descansar mais que
72horas entre as sessões de treinamento. (BADILLO,2001)
Já alunos com mais de 12 meses de treinamento podem ter intervalos entre as sessões de
treinamento superiores a 72horas. Porem, treinar o músculo só uma vez por semana não
promove aumento de força o que pode gerar estagnação do processo de hipertrofia.
(BADILLO,2001)
Esse tempo de recuperação deve ser feito de forma integral, não se deve treinar peito em
um dia e no dia seguinte o tríceps, pois na maioria dos exercícios de peito o tríceps é
auxiliar, vou deixar uma sugestão de divisão das sessões de treinamento para o treino AB
e ABC
Sugestão de divisão:
 1º AB – 2X na semana – Membros Superiores A | Membros Inferiores B
 2º AB – 2X na semana – Perna, Costa, Bíceps, Abdômen A | Peito, Ombro, Tríceps,
Gêmeos B
 3º AB – 3X na semana – Membros Superiores A | Membros Inferiores B
 4º ABC – 2X na semana – Peito, Ombro, Tríceps A | Costa, Bíceps, Abdômen B | Perna
completa C
Tempo de treinamento da sessão
Outro ponto muito importante a ser levado em conta é tempo da sessão de musculação,
um treino com mais de 60 minutos deve ser evitado, pois é improdutivo devido à liberação
de uma série de hormônios catabólicos que promovem a queda de rendimento. (FLECK,
1999)
Quem freqüenta uma academia de musculação sabe que além do tempo de execução dos
exercícios são necessários tempo para montar e revezar os aparelhos. FLECK (1999),
recomenda executar de 20 a 24 séries por sessão de musculação, essas séries serão
divididas entre os grupos musculares que serão treinados na sessão de musculação como
no exemplo abaixo:
Treino A | Segunda-feira e quinta-feira: Peito, Ombro, Gêmeos, Tríceps
Treino B |Terça-feira e sexta-feira: Perna, Costas, Abdômen, Bíceps, Adutores do quadril
*realizar treino de glúteo Terça-feira e sexta-feira
Número de séries por grupo muscular
Outro ponto muito importante na divisão da série de musculação é número de séries por
grupo muscular, muitos alunos usam números de séries absolutamente fora do normal
para seu nível de condicionamento. Segundo Verkhoshansky (2003), os atletas devem
usar até 12 séries por grupo muscular por semana para grupos musculares grandes e 9
séries para os pequenos.
Conclusão
Respeitar o tempo de recuperação entre as sessões musculação é fundamental para evitar
as barreiras de treinamento e continuar crescendo. À medida que o numero de sessões
aumenta se faz necessário um planejamento mais detalhado para que ocorra a completa
recuperação e supercompensação do músculo.
As horas de sono, dieta e suplementação também devem ser levados em consideração na
hora de dividir a série de treinamento, pois muito alunos tem distúrbios de sono ou não se
alimentam direito e isso aumenta o tempo necessário para recuperar o músculos.
Alunos iniciantes devem treinar cada grupo muscular de 3 a 4 vezes na semana até o 3
mês de treinamento, já os intermediários não devem realizar treinos de hipertrofia mais
que duas vezes na semana.
1. BADILLO, Juan J. G.; AYESTARÁN, Esteban G. Fundamentos do treinamento de
força: aplicação ao alto rendimento desportivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001
2. BOMPA, Tudor O. A periodização no treinamento desportivo. São Paulo: Manole, 2001.
3. BOMPA, Tudor O.; CORNACCIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. São
Paulo: Phorte,2000.
4. FLECK, Steven J. ; KRAEMER Willian J. Fundamentos do treinamento de força
muscular. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
5. WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. São Paulo: Manole, 1999.
6. VERKHOSHANSKI, YV Hipertrofia Muscular: Body-building. Editora Ney Pereira, Rio
de Janeiro, 2003
http://musculacaoonline.com.br

More Related Content

What's hot

TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdf
TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdfTREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdf
TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdfssuser22319e
 
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargas
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargasSht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargas
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargasAna Cristina Vieira
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaDom Fisiologia
 
Apostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolanteApostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolanteLarissa Silva
 
Planilha dosimetria 2
Planilha dosimetria 2Planilha dosimetria 2
Planilha dosimetria 2lcmamede
 
Gestão da Qualidade & Produtividade
Gestão da Qualidade & ProdutividadeGestão da Qualidade & Produtividade
Gestão da Qualidade & ProdutividadeMarcos Magnanti
 
Atividade física em populações especiais
Atividade física em populações especiaisAtividade física em populações especiais
Atividade física em populações especiaismarcelosilveirazero1
 
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04Julio Pansera Jr
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Marcus Prof
 
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e Reabilitação
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e ReabilitaçãoCartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e Reabilitação
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e ReabilitaçãoJCIBrasilJapao
 
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.ppt
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.pptMOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.ppt
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.pptRobertoFailache1
 
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civil
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civilManual de segurança e saúde nas obras da construção civil
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civilGuilherme Espindola
 
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAP
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAPGinastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAP
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAPCEEMPRE
 
Treinamento nr 11 publicar
Treinamento nr 11  publicarTreinamento nr 11  publicar
Treinamento nr 11 publicarBurh Empresas
 

What's hot (20)

TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdf
TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdfTREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdf
TREINAMENTO-DE-EMPILHADEIRA-TWE.pdf
 
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargas
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargasSht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargas
Sht vol-9-movimentacao-mecanica-de-cargas
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de força
 
Treinamento para operador de empilhadeira
Treinamento para operador de empilhadeiraTreinamento para operador de empilhadeira
Treinamento para operador de empilhadeira
 
Pontes Rolantes
Pontes RolantesPontes Rolantes
Pontes Rolantes
 
Apostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolanteApostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolante
 
Planilha dosimetria 2
Planilha dosimetria 2Planilha dosimetria 2
Planilha dosimetria 2
 
Principios do-treinamento-desportivo1
Principios do-treinamento-desportivo1Principios do-treinamento-desportivo1
Principios do-treinamento-desportivo1
 
Gestão da Qualidade & Produtividade
Gestão da Qualidade & ProdutividadeGestão da Qualidade & Produtividade
Gestão da Qualidade & Produtividade
 
Atividade física em populações especiais
Atividade física em populações especiaisAtividade física em populações especiais
Atividade física em populações especiais
 
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04
Certificado modelo frente nr35 758.873.471 04
 
Norma regulamentadora 11
Norma regulamentadora 11Norma regulamentadora 11
Norma regulamentadora 11
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013
 
Tst aula 05
Tst   aula 05Tst   aula 05
Tst aula 05
 
Desvios posturais
Desvios posturaisDesvios posturais
Desvios posturais
 
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e Reabilitação
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e ReabilitaçãoCartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e Reabilitação
Cartilha de Orientação Postural - Instituto de Medicina Física e Reabilitação
 
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.ppt
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.pptMOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.ppt
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS.ppt
 
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civil
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civilManual de segurança e saúde nas obras da construção civil
Manual de segurança e saúde nas obras da construção civil
 
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAP
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAPGinastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAP
Ginastica Laboral Qualidade de Vida - Consultoria - EFICAP
 
Treinamento nr 11 publicar
Treinamento nr 11  publicarTreinamento nr 11  publicar
Treinamento nr 11 publicar
 

Similar to 1 divisão séries

Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maioReunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio34875814
 
Resistência muscular localizada rml
Resistência muscular localizada   rmlResistência muscular localizada   rml
Resistência muscular localizada rmlpagodes
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Danilo Ventania
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Fernando Racim
 
Métodos e sistemas de treinamento de força
Métodos e sistemas de treinamento de forçaMétodos e sistemas de treinamento de força
Métodos e sistemas de treinamento de forçaLucimara Valério
 
Conhecimento muscular
Conhecimento muscularConhecimento muscular
Conhecimento muscularJAFBLACKSP
 
Musculação darlley
Musculação darlleyMusculação darlley
Musculação darlleyDarlley Brito
 
Treinamento de Força
Treinamento de ForçaTreinamento de Força
Treinamento de ForçaTcioSantos4
 
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...Alexandro Santana
 
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecerExercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecermarcelosilveirazero1
 
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...Senhor Tanquinho
 
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecerExercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecermarcelosilveirazero1
 
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...Fernando Farias
 
Treinamento fisico 9º ano 2012
Treinamento fisico 9º ano 2012Treinamento fisico 9º ano 2012
Treinamento fisico 9º ano 2012Marlon Jj
 
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa AmaralIntrodução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa AmaralPAULO AMARAL
 
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...marcelosilveirazero1
 
Comportamento da força e da área muscular
Comportamento da força e da área muscularComportamento da força e da área muscular
Comportamento da força e da área muscularFernando Farias
 

Similar to 1 divisão séries (20)

Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maioReunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
 
Resistência muscular localizada rml
Resistência muscular localizada   rmlResistência muscular localizada   rml
Resistência muscular localizada rml
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
 
Conceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamentoConceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamento
 
Métodos e sistemas de treinamento de força
Métodos e sistemas de treinamento de forçaMétodos e sistemas de treinamento de força
Métodos e sistemas de treinamento de força
 
Conhecimento muscular
Conhecimento muscularConhecimento muscular
Conhecimento muscular
 
Musculação darlley
Musculação darlleyMusculação darlley
Musculação darlley
 
Treinamento de Força
Treinamento de ForçaTreinamento de Força
Treinamento de Força
 
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...
Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento ...
 
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecerExercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
 
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...
Exercício intervalado de alta intensidade hiit - o segredo para você emagrece...
 
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecerExercicio intervalado o segrede de emagrecer
Exercicio intervalado o segrede de emagrecer
 
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...
POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OV...
 
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
 
Treinamento fisico 9º ano 2012
Treinamento fisico 9º ano 2012Treinamento fisico 9º ano 2012
Treinamento fisico 9º ano 2012
 
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa AmaralIntrodução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa Amaral
Introdução ao Exercício Resistido - Prof. Paulo Costa Amaral
 
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...
 
Comportamento da força e da área muscular
Comportamento da força e da área muscularComportamento da força e da área muscular
Comportamento da força e da área muscular
 
Ginastica localizada
Ginastica localizadaGinastica localizada
Ginastica localizada
 

1 divisão séries

  • 1. Divisão séries| 10 formas de dividir seu treino de musculação A divisão ideal da série de musculação depende do objetivo do aluno e número de séries que serão utilizados na sessão de treinamento. O tempo adequado de recuperação entre as sessões de treinamento é a variável que vai determinar a melhor forma de dividir o programa de musculação. Nesse artigo, vamos discutir como deve ser a divisão da série de musculação de acordo com o objetivo do aluno e estágio de treinamento Tempo de recuperação entre as sessões de musculação A divisão do programa de musculação depende do número séries e repetições utilizadas por grupo muscular na sessão de treinamento. Séries de musculação para desenvolver a força máxima com 1 exercício e 5 séries de 6 a 2 repetições precisam de 36 a 48 horas para se recuperarem. Verkhoshansky (2003) Já séries de treinamento para hipertrofia muscular com 3 exercício e 3 séries de 8 a 15 repetições precisam de no mínimo 96 horas para se recuperarem. Essa diferença no tempo de recuperação é o que vai determinar a forma que vamos dividir nosso programa de musculação. Verkhoshansky (2003) Essa diferença no tempo de recuperação entre os treinos de força e hipertrofia acontece devido ao tipo de lesão que cada tipo de treino provoca no tecido muscular. No treino de força máxima a carga é alta, mas o desgaste muscular é baixo devido ao reduzido número de repetições. (Bompa,2001) No treino de hipertrofia a carga é um pouco menor, mas o número de repetições é muito maior e essa diferença no protocolo de treinamento promove um elevado grau de lesão tecidual e exige que o músculo descanse de 48 a 120 horas. (Bompa,2001) A seguir vou descrever alguns tipos divisão da série de musculação, com o tempo de recuperação entre as sessões de treinamento. Tipo de divisão  Série Única A: treinar o mesmo grupo muscular 3x na semana | 48h intervalo  Série Dividida A, B: treinar cada grupo muscular 2 ou 3x na semana | 48h a 72h intervalo  Série Dividida A, B, A| B,A,B: treinar cada grupo muscular 1 a 2x na semana | 72h intervalo  Série Dividida A, B, C: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo  Série Dividida A, B, C, D: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo  Série Dividida A, B, C, D, E: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo  Série Dividida A, B, C, D, E, F: treinar cada grupo muscular 1x na semana | 120h intervalo (Bompa,2001) Como demonstrado acima o tempo de recuperação entre as sessões musculação pode variar de 48 a 144 horas para sessões de treino com até 20 séries por grupo muscular. Alunos iniciantes com até 12 meses de treinamento não devem descansar mais que 72horas entre as sessões de treinamento. (BADILLO,2001)
  • 2. Já alunos com mais de 12 meses de treinamento podem ter intervalos entre as sessões de treinamento superiores a 72horas. Porem, treinar o músculo só uma vez por semana não promove aumento de força o que pode gerar estagnação do processo de hipertrofia. (BADILLO,2001) Esse tempo de recuperação deve ser feito de forma integral, não se deve treinar peito em um dia e no dia seguinte o tríceps, pois na maioria dos exercícios de peito o tríceps é auxiliar, vou deixar uma sugestão de divisão das sessões de treinamento para o treino AB e ABC Sugestão de divisão:  1º AB – 2X na semana – Membros Superiores A | Membros Inferiores B  2º AB – 2X na semana – Perna, Costa, Bíceps, Abdômen A | Peito, Ombro, Tríceps, Gêmeos B  3º AB – 3X na semana – Membros Superiores A | Membros Inferiores B  4º ABC – 2X na semana – Peito, Ombro, Tríceps A | Costa, Bíceps, Abdômen B | Perna completa C Tempo de treinamento da sessão Outro ponto muito importante a ser levado em conta é tempo da sessão de musculação, um treino com mais de 60 minutos deve ser evitado, pois é improdutivo devido à liberação de uma série de hormônios catabólicos que promovem a queda de rendimento. (FLECK, 1999) Quem freqüenta uma academia de musculação sabe que além do tempo de execução dos exercícios são necessários tempo para montar e revezar os aparelhos. FLECK (1999), recomenda executar de 20 a 24 séries por sessão de musculação, essas séries serão divididas entre os grupos musculares que serão treinados na sessão de musculação como no exemplo abaixo: Treino A | Segunda-feira e quinta-feira: Peito, Ombro, Gêmeos, Tríceps Treino B |Terça-feira e sexta-feira: Perna, Costas, Abdômen, Bíceps, Adutores do quadril *realizar treino de glúteo Terça-feira e sexta-feira Número de séries por grupo muscular Outro ponto muito importante na divisão da série de musculação é número de séries por grupo muscular, muitos alunos usam números de séries absolutamente fora do normal para seu nível de condicionamento. Segundo Verkhoshansky (2003), os atletas devem usar até 12 séries por grupo muscular por semana para grupos musculares grandes e 9 séries para os pequenos. Conclusão Respeitar o tempo de recuperação entre as sessões musculação é fundamental para evitar as barreiras de treinamento e continuar crescendo. À medida que o numero de sessões aumenta se faz necessário um planejamento mais detalhado para que ocorra a completa recuperação e supercompensação do músculo.
  • 3. As horas de sono, dieta e suplementação também devem ser levados em consideração na hora de dividir a série de treinamento, pois muito alunos tem distúrbios de sono ou não se alimentam direito e isso aumenta o tempo necessário para recuperar o músculos. Alunos iniciantes devem treinar cada grupo muscular de 3 a 4 vezes na semana até o 3 mês de treinamento, já os intermediários não devem realizar treinos de hipertrofia mais que duas vezes na semana. 1. BADILLO, Juan J. G.; AYESTARÁN, Esteban G. Fundamentos do treinamento de força: aplicação ao alto rendimento desportivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001 2. BOMPA, Tudor O. A periodização no treinamento desportivo. São Paulo: Manole, 2001. 3. BOMPA, Tudor O.; CORNACCIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. São Paulo: Phorte,2000. 4. FLECK, Steven J. ; KRAEMER Willian J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. 5. WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. São Paulo: Manole, 1999. 6. VERKHOSHANSKI, YV Hipertrofia Muscular: Body-building. Editora Ney Pereira, Rio de Janeiro, 2003 http://musculacaoonline.com.br