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2015 12 03_Triangulação de Métodos

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2015 12 03_Triangulação de Métodos

  1. 1. TRIANGULAÇÃO DE MÉTODOS Carlos Alberto de Sousa
  2. 2. Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos… Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou a suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era um que via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exactamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade. “Barão de Teive” http://arquivopessoa.net/textos/194
  3. 3. Prolegômenos Dialética: • Compreensão que dados subjetivos (significados, intencionalidade, interação, participação) são inseparáveis e interdependentes dos dados objetivos (indicadores, distribuição de frequência e outros). Com ela podemos criar um processo e dissolução de dicotomias: entre quantitativo e qualitativo; entre macro e micro; entre interior e exterior; entre sujeito e objeto.
  4. 4. Prolegômenos Positivismo sociológico A sociedade humana é regulada por leis naturais que atingem o funcionamento da vida social econômica, politica e cultural de seus membros Teses básicas • Realidade se constitui essencialmente naquilo que os sentidos humanos podem perceber; • As ciências sociais e as ciências naturais compartilham do mesmo fundamento lógico e metodológico, distinguindo-se apenas do método de estudo; • Existe uma distinção fundamental entre funções e representações e a ciência deve-se ocupar dos fatos.
  5. 5. Tetragrama organizacional - Morin Qualquer atividade de seres vivos é guiada por uma tetralogia que envolve relações de: •Ordem; •Desordem; •Interação; •(re)Organização.
  6. 6. Operadores da Complexidade • Operador dialógico - e não dialético. Dialogia significa juntar o que aparentemente é separado, entrelaçar. Não tem síntese. Pensamento complexo não é um pensamento simples. • Operador recursivo - Recursividade significa dizer que quando alguma coisa é definida como recursiva significa que a causa produz o efeito, que produz a causa. É como se fosse um anel recursivo, ou melhor dizendo um circuito recursivo. • Operador hologramático - Significa que quando você “vê”, não consegue dissociar parte e todo, ou seja, a parte está no todo da mesma forma que o todo está na parte.
  7. 7. Kant DurkheimHabermas
  8. 8. Kant MorinHabermas
  9. 9. Dialética HeurísticaHermenêutica
  10. 10. Triangulação QuantitativoQualitativo
  11. 11. POR QUE Valores Rituais e heróis Símbolos COMO O QUÊ Práticas CÍRCULO DE OURO
  12. 12. Por que? Como?O quê?
  13. 13. TRIANGULAÇÃO Triangulação não é um método é uma estratégia de pesquisa apoiada por métodos científicos testados e consagrados, servindo e adequando-se a determinadas realidades, com fundamentos interdisciplinares Deve ser escolhida quando contribuir para aumentar o conhecimento do assunto a atender aos objetivos que se deseja alcançar. Enfatiza-se dois pontos: •Abordagens disciplinares quantitativas e qualitativas, em si, e as possibilidades interdisciplinares de estas abordagens se combinarem, produzindo a triangulação
  14. 14. Triangulação de métodos • Integração de diferentes abordagens e técnicas – quantitativas e qualitativas – em um mesmo estudo; • Utilização de vários instrumentos que possam contribuir e permitir uma melhor aproximação e explicação dos processos e fenômenos sociais; (Minayo, 2003) • É um esforço de integração metodológica que pode permitir entender a realidade a partir de vários ângulos, considerando as confluências, discordâncias, perguntas, dúvidas, falseamentos, tudo isso em uma discussão interativa e intersubjetiva para construção e análise dos dados; (Minayo, 2003) • Implica na utilização de abordagens múltiplas para evitar distorções em função do método, uma teoria ou um pesquisador. (Gunter, 2006)
  15. 15. TRIANGULAÇÃO DE MÉTODOS Combinação e o cruzamento de múltiplos pontos de vista; Visão de vários informantes; Emprego de uma variedade de técnicas de coleta de dados que acompanha o trabalho de investigação; Tem por objetivo ir além das duas formas de abordagem mais clássicas, a positivista e a compreensiva; Seu uso na prática, permite interação, critica e intersubjetiva e comparação.
  16. 16. TRIANGULAÇÃO DE MÉTODOS O termo Método deve ser considerado aqui como composto por 4 sentidos: • Epistemológico (vigilância crítica, regras da produção científica); • Teórico (conceitos e regras de interpretação); • Morfológico (regras de estruturação, de formatação do objeto científico); • Técnico (controle da coleta de dados).
  17. 17. CATEGORIAS DE TRIANGULAÇÃO As Quatro Categorias de Triangulação Triangulação de dados Triangulação de investigadores Triangulação teórica Triangulação de métodos Triangulação múltipla A triangulação é aplicada em mais de uma categoria
  18. 18. PROPÓSITO DA TRIANGULAÇÃO Superar as deficiências que são inerentes a um método. (Denzin, 1970) Aumentar a validade dos resultados da investigação. (Mathison, 1988)
  19. 19. CATEGORIAS DE TRIANGULAÇÃO Triangulaçao de Métodos Triangulação dentro do Método Triangulação Entre Métodos Várias técnicas são aplicadas dentro de um método; Foco na consistência interna. Métodos diferentes são aplicados para medir uma mesma unidade; As fraquezas de um método são compensados pelos pontos fortes de um outro método. Confiabilidade Validade
  20. 20. CONDIÇÕES IMPRESCINDÍVEIS PARA A AVALIAÇÃO POR TRIANGULAÇÃO 1. De ordem prática = existência de uma equipe formada por profissionais de várias áreas que desejam trabalhar cooperativamente. 2. Competência disciplinar de cada componente do grupo. A segurança disciplinar permitirá o aprofundamento teórico metodológico em relação ao conhecimento do objeto. É necessário ter claro que se trata de combinação, de triangulação de métodos que conservam sua especificidade no diálogo inter ou transdisciplinar.
  21. 21. Princípios a serem observados pelos avaliadores que trabalham com a triangulação 1. Causalidade complexa: enfatiza dimensões complexas, incalculáveis interações e inter-retro-ações que os fenômenos possuem: a. Relações em uma visão hologramática no sentido de que o todo contem as partes, a parte contem o todo, mas parte e todo têm características e propriedade especificas; b. A inseparabilidade da ordem e da desordem em qualquer projeto, proposta ou organização; c. A irredutibilidade do acaso, da incerteza e do inacabado em todos os fenômenos sociais. A causalidade pode ser circular ou em espiral incorporando atrasos, contradições, desvios e orientações endógenas e exógenas
  22. 22. Princípios a serem observados pelos avaliadores que trabalham com a triangulação 1. Organização recursiva: da autoprodução e da auto- organização a partir de elementos previsíveis ou do acaso e por interferências internas ou externas. Ela conduz a pensar de maneira interativa: 1. O papel do observador e do objeto 2. Da racionalidade e da emoção 3. Da natureza e da cultura 4. Da ordem e da desordem 5. Do uno e dos múltiplos 6. Da ciência e do senso comum 7. Do pensamento e da ação
  23. 23. Princípios a serem observados pelos avaliadores que trabalham com a triangulação 3. Discursivo complexo: associação de conceitos e noções complementares e concorrentes, buscando entender seus diferentes níveis de desenvolvimento teórico e prático no interior da áreas disciplinares: a. O universal e o particular; b. Entre o global e o local; c. Entre o micro e o macro; d. Entre o coletivo e o individual; e. Entre o todo e as partes; f. Entre a análise e a síntese; g. Entre as relações cêntricas, acêntricas e policêntricas.
  24. 24. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA O USO DA TRIANGULAÇÃO Ameaças Desafios em termos de recursos (tempo, dinheiro). Sem uso, se aplicada em um problema de pesquisa fracamente conceituado. Resultados congruentes – Ceticismo. Oportunidades Confiança nos seus próprios resultados. Variância devido à característica, não devido ao método. Possibilidade de descobrir fatores contextuais, latentes ou semelhantes. Ideias mais realistas. Exploração de dados e ilustração.
  25. 25. A TRIANGULAÇÃO DE MÉTODOS É UMA ATIVIDADE DE COOPERAÇÃO REALIZADA EM 8 ETAPAS 1. Formulação do objeto ou da pergunta referencial que vai guiar todo processo e planejamento geral da avaliação; 2. Elaboração dos indicadores; 3. Escolha da bibliografia de referencia e das fontes de informação; 4. Construção dos instrumentos para a coleta primária e secundária das informações; 5. Organização e a realização do trabalho de campo; 6. Analise das informações coletadas; 7. Elaboração do informe final; 8. Entrega, devolução e discussão com todos os atores interessados na avaliação, visando a implementação de mudanças.
  26. 26. 1-Formulação do objeto ou da pergunta referencial que vai guiar todo processo e planejamento geral da avaliação • Reunir todas a partes interessadas • Definir objetivos gerais específicos do trabalho • Elaborar cronograma • Divisão do trabalho (papeis e responsabilidade) • Criação de um projeto de avaliação por triangulação de métodos • Comunicação é fundamental • Informação mais ainda! • Aqui já começa a triangulação considerando as várias a abordagens que podem ser seguidas
  27. 27. Temas para Gestão de Projetos Projeto Plano de Negócios Organização Qualidade Plano Mudança Progresso Por quê? Quem? O quê? Como? Quanto? Quando? Qual o Impacto? Onde estamos agora? Para onde estamos indo? Devemos Continuar?
  28. 28. Fluxo de Desenvolvimento do Plano de Negócios
  29. 29. Princípios – Projetos Justificar-se continuamente para o negócio; Aprender com a experiência; Definir papéis e responsabilidades; Gerenciar por estágios; Gerenciar por exceções; Focar no produto; Customizar a metodologia ao projeto.
  30. 30. 2 - Elaboração dos indicadores • O indicador é uma síntese entre o pensamento e a realidade • É a representação de um procedimento, segundo Samaja todo dado cientifico vincula um conceito com o que está acontecendo na realidade a ser avaliada, mediante a execução de um procedimento aplicado a uma ou mais dimensões consideradas observáveis do dito conceito. • Os indicadores da triangulação de métodos devem ser contextuais, relacionais e de medição da ação em si (absolutos). Por isso precisam conter duas propriedades: 1. Devem ser observáveis 2. Permitam criar procedimentos para observá-los Em síntese, os indicadores devem permitir medidas quantitativas e qualitativas, heuristicamente uteis para a intervenção.
  31. 31. 2 - Elaboração dos indicadores Dimensões de desempenho
  32. 32. 3 – Definição das fontes de informação (lições aprendidas) • Deve ser feito de forma que os indicadores selecionados sejam conhecidos teoricamente e na sua expressão concreta; • Diferentes atores Sociais (formuladores institucionais, gestores, técnicos, população atendida, financiadores); • Os documentos instituidores e históricos, os de convênios; • Instrumentos operacionais; • Os relatórios de avaliação interna, de prestação de contas, de publicidade e outros; • Bibliografia sobre os conceitos centrais, sobre os objetivos, indicadores e intervenções semelhantes e sobre o contexto de âmbito institucional, nacional e internacional.
  33. 33. Abordagem quantitativa Abordagem qualitativa Compreensão de fenômenos específicos Útil para compor grandes perfis populacionais, indicadores macroeconômicos e sociais Importante para acompanhar e aprofundar algum problema surgido durante estudos estatísticos. 4 – Definição e elaboração dos instrumentos de investigação
  34. 34. • As perguntas da pesquisa estão claramente formuladas? • O delineamento da pesquisa é consistente com o objetivo e as perguntas? • Os paradigmas e os construtos analíticos foram bem explicitados? • A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas? • Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos? • Os procedimentos metodológicos são bem documentados? • Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos? • Os procedimentos analíticos são bem documentados? Qualidade em Pesquisa Quantitativa
  35. 35. • Os dados foram coletados em todos os contextos, tempos e pessoas sugeridos pelo delineamento? • O detalhamento da análise leva em conta resultados não-esperados e contrários ao esperado? • A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação? • Os resultados são – ou não – congruentes com as expectativas teóricas? • Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros contextos? • Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os usuários no campo? • Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras? Qualidade em Pesquisa Quantitativa
  36. 36. 5 – Trabalho de campo • Contar com uma assessoria ou com uma coordenação executiva para administrar cronogramas de trabalho e agendas dos envolvidos, programando reuniões, entrevistas, grupos focais, respostas a questionários, disponibilização de material, espaço e outros. • A experiência mostra que a realização de pesquisa interdisciplinar exige uma boa dose de trabalho de gestão que, quanto mais bem conduzido, mais favorece o bom desempenho de todos • Os investigadores de campo precisam compreender a pesquisa, seu escopo, seus objetivos e ser treinados para o adequado relacionamento com o ambiente e as pessoas.
  37. 37. 6 – Análise de informações • Consiste na ordenação dos dados, na sua classificação e na análise propriamente dita; • Busca-se comparar os objetivos gerais e específicos com os resultados, analisar o uso dos recursos e dos insumos previstos, dimensionar as metas determinadas para cada etapa do processo e os efeitos e impactos quantitativos e qualitativos da intervenção como um todo; Trabalhando com triangulação de métodos, está previsto que as operações já mencionadas, sejam realizadas, primeiro, separadamente; • Deve-se garantir um diálogo entre as disciplinas e abordagens que permitam a produção de um informe único, que deve conter não informações justapostas, mas o intercâmbio de teorias e métodos a favor do esclarecimento e do aprofundamento dos vários aspectos da realidade.
  38. 38. 7 – informe final • O informe ou relatório, parcial ou final, não é e nunca será, na concepção da triangulação, um somatório de resultados disciplinares. • Ele deverá ser uma construção do coletivo de pesquisa em forma de síntese. • Nele poderão existir capítulos mais históricos, outros de base mais estatística, outros com ênfase a elaboração de significados, mas cada um vem iluminado pela contribuição dos outros.
  39. 39. 7 – informe final Deve conter sucintamente: • O objeto da avaliação; • Os objetivos; • Uma síntese teórica dos conceitos principais que informam analises; • As metodologias e abordagem; • A contextualização e a historia da intervenção sob avaliação; • A descrição dos processos avaliados sob a perspectiva de todos os atores; • A análise da gestão e da logística da proposta; • Os resultados e conclusões.
  40. 40. 8 – comunicação de resultados • Seja durante o trabalho ou ao final dele, é preciso valorizar a comunicação de informações que permitam, como previsto desde o inicio, gerar mudanças, corrigir rumos, potencializar ações e intervenções e constituir aprendizado par todos. • Sugerir a continuidade dos projetos e acompanha-los sempre com instrumentos de avaliação que possibilitem manter vivo no sentido da ação talvez seja uma das mais importantes lições que os avaliadores de projetos sociais aprendem • A avaliação deve revelar os brotos, as flores, os ramos em desenvolvimento, e não somente os frutos.
  41. 41. Dicas para os avaliadores • O maior desafio no que diz respeito a avaliação por triangulação de métodos é o trabalho cooperativo, por isso deve-se considerar: • Profundo respeito aos campos disciplinares; • Relativização da visão fragmentada de cada um deles; • Crença na capacidade dialógica dos pesquisadores frente a propostas teóricas e metodológicas diferentes e com os sujeitos que atuam no mundo da vida.
  42. 42. DISCIPLINA: Organização e Uso da Informação e do Conhecimento: Teorias e Métodos Teorias (aportes conceituais) para a Organização e Uso da Informação/Conhecimento, com foco na sua aplicação envolvendo métodos, modelos e técnicas, tais como a categorização e estruturação semântica, a bibliometria ou as técnicas aplicadas à análise do comportamento do uso de informação.
  43. 43. Referências • MINAYO, Maria Cecília de Souza; Minayo - Gómez, Carlos. Difíceis e Possíveis Relações entre Métodos Quantitativos e Qualitativos nos Estudos de Problemas de Saúde. O Clássico e o Novo: tendências, objetos e abordagens em ciências sociais e saúde [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2003. p.118-142. ISBN 85-7541-025-3. Disponível em SciELO Books <http://books.scielo.org>. Acesso em: 26 out. 2015. • MINAYO, Maria Cecília de Souza; SANCHES, Odécio. Quantitativo - Qualitativo: oposição ou complementaridade?. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p.239-262,1993. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1993000300002>. Acesso em: 26 out. 2015. • MINAYO, M. C. S. Introdução. In: MINAYO, M. C. S.; ASSIS, S. G.; SOUZA, E. R. (Org.). Avaliação por triangulação de métodos: Abordagem de Programas Sociais. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. • GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: Esta é a questão?. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 22, n. 2, p. 201-210, maio/ago. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a10v22n2>. Acesso em: 26 out. 2015.
  44. 44. Referências • MATHISON, Sandra. 1988. "Why triangulate?" Educational Researcher 17(2):13-17.
  45. 45. OBRIGADO.

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