2. MUNDO MICROSCÓPICO
A invenção do microscópio possibilitou a
descoberta das células e inaugurou um novo
campo de investigação científica, a Citologia (do
grego kytos, célula, e logos, estudo) atualmente
mais conhecido como Biologia Celular. Para
compreender plenamente o fenômeno vida, é
preciso conhecer as células.
Modelo do primeiro
microscópio
3. 1590 – Jasen
Inventa o microscópio composto. Os holandeses Hans e Zaccharias
Janssen, em 1590, inventaram um pequeno aparelho de duas lentes,
que chamaram microscópio.
1665 – Robert Hooke
Usando um microscópio composto, examinou cortiça e usou o termo
“céula” pela primeira vez.
Com esse aparelho iluminado à luz de velas, em 1665, o inglês
Robert Hooke pôde ver os espaços vazios da cortiça, que chamou
célula, deriva do latim cellula, diminutivo de cella, que significa
pequeno compartimento.
4. 1976 – Anton van Leeuwenhoek
Observa bactérias, pela primeira vez, designando-as por
animálculos.
microscópio simples, inventado em 1674, Antony van Leeuwenhoek estudou os
glóbulos vermelhos do sangue e constatou a existência dos espermatozóides
•1838 – 39 – scheliden e schwann
Enunciam a Teoria celular
5. CONHECIMENTO DA CÉLULA
Enunciam A Teoria Celular
1 – Todos os seres vivos são formados por células e por
estruturas que elas produzem; as células são, portanto, as
unidades morfológicas dos seres vivos.
2 – As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem
no interior das células; estas são, portanto, as unidades
funcionais, ou fisiológicas, dos seres vivos.
3 – Novas células surgem apenas pela divisão de células
preexistentes, por meio da divisão celular; a continuidade da
vida depende, portanto, da reprodução celular.
A teoria celular é uma das mais importantes
generalizações da Biologia. Ela estabelece que, apesar das
diferenças quanto à forma e à função, todos os seres vivos
têm em comum o fato de serem constituídos por células. Para
compreendermos plenamente o fenômeno da vida, portanto,
precisamos conhecer as células.
As pesquisas mostraram que os vírus não apresentam
células em sua constituição, isto é, são acelulares
6. Em 1674, o cientista holandês Antoine van
Leeuwenhoek, obtendo ampliações de até
trezentas vezes, pôde ver células vivas, inclusive
espermatozoides. Observou que elas, ao contrário
das células mortas, possuíam estruturas em seu
interior.
7. DESCOBRINDO O INTERIOR DAS
CÉLULAS VIVAS
Em 1831, o botânico inglês Robert Brown descobriu que as células
vegetais possuíam no seu interior um corpúsculo arredondado, o
núcleo. •Em 1835, o naturalista francês Felix Dujardin descobriu
que as células possuíam um conteúdo interno gelatinoso,
o citoplasma.
•Mas, por mais que observassem, os cientistas não
detectavam nenhuma estrutura que envolvesse a célula,
delimitando seu conteúdo. Entretanto, mesmo sem ver,
imaginavam que a célula pudesse ter uma espécie de
membrana envoltória. Mais tarde, com a construção de
microscópios mais potentes, a hipótese pôde ser
comprovada.
•Embora alguma célula não tenham núcleo organizado,
dizemos, de maneira geral, que a célula possui três
componentes básicos: membrana, citoplasma e núcleo.
9. ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA
Os seres vivos apresentam diferentes níveis de
organização celular
Organismos unicelulares: são compostos por
uma única célula, capaz de realizar todas as
funções vitais;
Organismos multicelulares: são compostos por
várias células, por vezes organizadas era tecidos
diferenciados, e especializadas em diversas
funções.
12. ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
As células apresentam uma grande diversidade
morfológica e funcional
CÉLULA PROCARIÓTICA CÉLULA EUCARIÓTICA
13. CÉLULA PROCARIÓTICA
Células procarióticas: células mais simples, sem núcleo
organizado e sem a maioria das estruturas celulares
conhecidas: estão representadas pelas bactérias e a
cianobactérias.
14. CÉLULA EUCARIÓTICA
Células eucarióticas: células com uma estrutura mais
complexa, apresentando núcleo e organelas celulares; estão
representadas em todos os restantes grupos de seres vivos.
15. A CÉLULA EUCARIÓTICA ANIMAL
Os animais são seres eucariontes. Suas células
possuem uma membrana celular, que delimita o
meio interno da célula do meio externo, uma
solução gelatinosa interna, o citoplasma, onde
estão mergulhadas estruturas e organelas
citoplasmáticas, e o núcleo. Algumas das
organelas citoplasmáticas são os ribossomos, o
retículo endoplasmático, o complexo golgiense, os
lisossomos, as mitocôndrias e os centríolos.
17. A CÉLULA EUCARIÓTICA VEGETAL
Os vegetais, como os animais, são setes
eucariontes. Suas células são bem semelhantes. A
célula vegetal, porém, além da membrana celular,
possui uma parede celular externa composta de
celulose. No citoplasma há organelas
citoplasmáticas semelhantes às da célula animal,
mas não há lisossomos. Além disso, possui
organelas específicas, como o vacúolo e os
plastos. Algumas células vegetais não possuem
centríolos
19. MEMBRANA PLASMÁTICA
Como todas as células, possui uma membrana celular
(membrana plasmática ou plasmalema). Sua
espessura é de 7,5 nanômetros, o que a torna visível
somente ao microscópio eletrônico, no qual aparece
como um sistema de três camadas: duas escuras,
eletrodensas, e entre elas uma camada clara. Esta
estrutura trilaminar é chamada unidade de membrana.
Sua composição química é lipoproteica, sendo 75% de
proteínas e 25% de gorduras. A membrana controla a
entrada e saída de substâncias da célula, mantendo
quase constante a composição do seu meio interno.
Possui permeabilidade seletiva, permitindo a livre
passagem de algumas substâncias e não de outras.
Engloba partículas (endocitose) por fagocitose
(partículas grandes) ou por pinocitose(partículas
pequenas e gotículas).
20.
21. CITOPLASMA
O citoplasma é constituído por uma substância
fundamental amorfa – o hialoplasma ou citosol –
que contém água, proteínas, íons, aminoácidos e
outras substâncias. A parte proteica pode sofrer
modificações reversíveis em sua estrutura,
aumentando ou diminuindo sua viscosidade,
alternando de gel (mais denso) para sol (mais
fluido) ou vice-versa.
Mergulhados no hialoplasma estão os organóides
e os grânulos de depósito de substâncias
diversas, como glicogênio ou gorduras. Os
organóides possuem funções específicas, sendo
alguns revestidos por membranas e outros, não.
22. MITOCÔNDRIAS
As mitocôndrias são alongadas ou esféricas, revestidas por dupla
membrana lipoproteica. Possuem DNA próprio e capacidade de
autoduplicação. Liberam energia de moléculas orgânicas, como a
glicose, transferindo-a para moléculas de ATP. A energia do ATP é
empregada pelas células na realização de trabalho: síntese de
substâncias, movimento, divisão celular, etc. Os processos de
oxidação da glicose constituem a respiração celular aeróbica,
dependente de oxigênio.
23. RETICULO ENDOPLASMÁTICO
O retículo endoplasmático (RE) é formado por um
extenso sistema de túbulos e vesículas revestidas por
membrana lipoproteica. As cavidades deste sistema são
chamadas cisternas do RE. Algumas partes têm
ribossomos aderidos (RE rugoso ou granular, também
chamado ergastoplasma) e outras partes não os
possuem (RE liso). As funções dos dois tipos são
diferentes, e a proporção de cada um depende dos
papéis metabólicos da célula. O RE permite a
distribuição de substâncias pelo interior da célula. O
RE rugoso é sede de intensa síntese de proteínas. O
RE liso produz lipídios, e algumas substâncias ligadas
a ele podem metabolizar substâncias tóxicas,
inativando-as.
25. Os ribossomos são pequenas partículas formadas
por proteínas e por RNA ribossômico. São as
organelas responsáveis pela síntese de proteínas.
26. COMPLEXO DE GOLGI
O complexo de Golgi é constituído por vesículas
achatadas ou esféricas, empilhadas e revestidas
por membrana lipoproteica. Nas células animais,
geralmente está próximo do núcleo. Relaciona-se
com a concentração e o armazenamento de
substâncias produzidas pelas células e com a
transferência destas substâncias para grânulos nos
quais serão eliminadas da célula. Participam,
portanto, da secreção celular.
28. LISOSSOMOS
Revestidos por membrana lipoproteica, os
lisossomos são pequenas vesículas esféricas
cheias de enzimas digestivas. Sua função básica é
a digestão celular, que envolve dois processos:
1) digestão de partículas alimentares englobadas
pela célula (digestão heterofágica);
2) digestão de organóides inativos ou em
degeneração (digestão autofágica).
30. CENTRÍOLOS
Próximo ao núcleo, encontra-se um par de
centríolos. Cada um é formado por um cilindro
constituído por substância amorfa e microtúbulos.
Tem capacidade de autodupli-cação. Participa da
divisão celular.
Em algumas células, observam-se cílios e flagelos
vibráteis. Os cílios são pequenos e numerosos,
enquanto os flagelos são longos, havendo apenas
um ou alguns por célula. Na base dos cílios e
flagelos, está o corpúsculo basa, de estrutura
idêntica à dos centríolos.
32. PEROXISSOMOS
Os peroxissomos ou microcorpos são pequenas
vesículas que contêm enzimas oxidativas.
Possuem, também, quase toda a catalase da
célula, enzima que degrada a água oxigenada.
Participam, ainda, da eliminação de outras
substâncias tóxicas, como o etanol e o ácido úrico.
33. CITOESQUELETO
Os microtúbulos e os microfilamentos são
estruturas filamentares constituídas por proteínas.
Encontram-se no interior dos cílios e de flagelos ou
dispersos pelo citoplasma. Participam dos
movimentos celulares e da manutenção da
arquitetura celular, formando o citoesqueleto.
35. Os depósitos ou inclusões citoplasmáticas diferem
dos organóides por não possuírem organização nem
sistemas enzimáticos específicos. São depósitos
intracelulares de substâncias de reserva (glicogênio ou
gordura), de pigmentos (melanina) ou de cristais.
O núcleo, controlador da atividade celular, é bem
individualizado e delimitado por uma dupla membrana,
a carioteca ou membrana nuclear. Seu interior é
ocupado pela cariolinfa, na qual está mergulhado o
material genético formado por DNA associado a
proteínas, a cromatina. Observa-se, ainda, um
corpúsculo denso, esférico, chamado nucléolo.
36. CÉLULA VEGETAL
A organização eucariótica da célula vegetal é muito
parecida com a da célula animal, apresentando
muitas organelas comuns, como mitocôndrias,
retículo endoplasmático, complexo de Golgi,
ribossomos, entre outras.
A célula vegetal apresenta estruturas típicas, como
a membrana celulósica que reveste externamente
a célula vegetal, sendo constituída basicamente de
celulose.
Uma outra estrutura que caracteriza a célula
vegetal é o cloroplasto, organela na qual ocorre a
fotossíntese.
37. Na verdade, os cloroplastos são, entre outras, organelas que
podem ser classificadas como cromoplastos, pois são
organelas que possuem pigmentos (substâncias coloridas)
que absorvem energia luminosa para a realização da
fotossíntese.
Entre os cromoplastos, além do cloroplasto que contém
clorofila (pigmento verde), existem os xantoplastos, que
contém xantofila (pigmento amarelo), os eritroplastos, que
contém a licopeno (pigmento vermelho), e assim por diante.
Quando os plastos não possuem pigmentos coloridos, são
chamados de leucoplastos, como os amiloplastos que
armazenam amido.
Observe, no esquema da célula vegetal, que o vacúolo é uma
organela com dimensões maiores que na célula animal e
ocupa grande parte do hialoplasma da célula.
Podemos diferenciar a célula vegetal da célula animal
também pela ausência dos centríolos nos vegetais
superiores.
39. VEJA ABAIXO AS FUNÇÕES DE CADA
ORGANELA
ORGANELA FUNÇÃO PRINCIPAL
Ribossomo É o responsável pela síntese de proteínas.
Mitocôndria Responsável pela respiração celular.
Complexo de Golgi Armazena e secreta substâncias diversas.
Centríolo Atua na divisão celular.
Lisossomo Atua na digestão intracelular.
Retículo End. Liso Transporte de substâncias e produção de
esteróides.
Retículo End. Rugoso Transporte de substâncias e síntese de
proteínas.
40.
41. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CÉLULA ANIMAL E
VEGETAL
Nos tecidos vegetais, as comunicações entre as células são
feitas por meio de estruturas denominadas plasmodesmos.
Os plasmodesmos permitem trocas de materiais entre
células vegetais vizinhas por meio de pontes citoplasmáticas.