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CONSELHO ESPÍRITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CEERJ
Adeso à Federação Espírita Brasileira
6º CONSELHO ESPÍRITA DE UNIFICAÇÃO – 6º CEU/CEERJ
ÁREA DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA
Serviço de Atividades Mediúnicas – SeAM/CEERJ
&
Serviço de Atividades Espirituais e Mediúnicas – SAEM/6ºCEU
PROJETO
“Mediunidade sem Tabu”
CICLO DE CAPACITAÇÃO DE TAREFEIROS DA MEDIUNIDADE
MÓDULO VI
A OBSESSÃO / REUNIÕES DE ATENDIMENTO AOS CASOS DE OBSESSÃO
DATA: 06 de dezembro de 2015
HORÁRIO: 9h30 às 17h
LOCAL: C.E. Luz e Caridade – Av. Simão da Mota, 315 - Centro - Magé - RJ.
ATIVIDADES: Exposição inicial e Grupos de Reflexão sobre o tema central
PÚBLICO ALVO: Dirigentes de Casas Espíritas e
Dirigentes e Tarefeiros das Atividades Mediúnicas das Casas Espíritas do 6º CEU.
ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS: Equipe SeAM/AREE/CEERJ e Coordenação Local do 6º CEU
AGENDA DAS ATIVIDADES
HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO
9h Recepção Coordenação Local
9h30 Plenário de Abertura dos Trabalhos SeAM
9h45
Exposição Interativa e motivacional sobre o tema
central do Encontro
SeAM e monitores locais
12h – INTERVALO - ALMOÇO
13h30-16h30
Reflexões em Grupo
(cada Monitor percorre os 3 grupos)
SeAM e monitores locais
16h50 Avaliação - Plenário de Encerramento Coordenação local
PARTE A – EXPOSIÇÃO INTERATIVA – PONTOS A DESTACAR
 A construção Humana – um grande projeto;
 A Educação e o processo de influência;
 O despertar da Consciência;
 Consciência e Autonomia.
PARTE B – ITENS LEVADOS À REFLEXÃO
1 – Conceituando a obsessão. Como se classificam as obsessões;
2 - A pessoa do obsessor:
 Quem é
 Que motivos o movem ao processo obsessivo;
3 - A pessoa do obsidiado:
 Quem é
 Que fatores o predispõem ao processo obsessivo;
4 - A Obsessão nos médiuns / Ação dos obsessores contra os grupos espíritas;
5 - O tratamento das obsessões / Que fatores devem ser considerados;
6 - Reuniões Especiais de Atendimento aos processos obsessivos / Como organizar tais atividades na Casa Espírita.
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PARTE C - COMENTÁRIOS
1 - Do ponto de vista espiritual, o que se pode entender por obsessão?
a) “Chama-se obsessão a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres
muito diferentes que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores até a perturbação
completa do organismo e das faculdades mentais.” (Gênese-Cap 14 it 45)
b) A obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa
física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral.” . (Gênese – Cap 14
item 46)
“ É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em
marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns
lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados viciosos, adquirindo
compromissos de grave teor nos atos menos felizes que praticamos, semi-inconscientemente, sugestionados uns
pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.”
(André Luiz “Mecanismos da Mediunidade” pág. “Gradação das obsessões”).
c) “Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A
ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste
mundo. A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da
vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter” (A Gênese – cap. 14 – it. 45)
1.1 - Como se classificam as obsessões?
As obsessões apresentam caracteres diversos, que é preciso distinguir. Resultam do grau do constrangimento e
da natureza dos efeitos que produz. “A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se
designa esta espécie de fenômeno, cujas as principais variedades são: obsessão simples, fascinação e
subjugação”. (Livro dos Médiuns – cap. 23 it 237)
1.1.1 - Quanto ao grau pode ser: simples – fascinação – subjugação - possessão
a) Obsessão simples
a.1) Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado,
nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com os outros Espíritos. (LM-cap 23-it 238)
a.2) Na obsessão simples o médium tem condição de discernir que se encontra sob o domínio de um Espírito
inferior.
a.3) Kardec esclarece que quando um médium for enganado por um espírito mentiroso, isto não quer dizer que
ele esteja obsidiado, pois “o melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo no começo, quando ainda lhe falta
a experiência necessária.” (LM-Cap. 23-it 238)
b) Fascinação
b.1) É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira,
lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações.” (LM-cap. 23-it 239)
b.2) As consequências da fascinação são bem mais graves, já que a pessoa fascinada não admite que esteja sob a
influência de Espíritos malfazejos.
“...seduzido pelo Espírito embusteiro, ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina e se compraz no
erro em que este último o lança, visto que, então, longe de secundar, repele toda a assistência. È o caso da
fascinação, infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação”. (ESE. – Capítulo 28 Item 81)
c) Subjugação
c.1) “É uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. O paciente fica
sob um verdadeiro jugo. ” (Livro dos Médiuns - Capítulo 23. Item 240)
c.2). Essa constrição pode ser de duas espécies: moral ou corporal. Na moral, o subjugado é levado a tomar
resoluções absurdas e contrárias mesmo ao seu modo de pensar. A subjugação corporal ocorre quando o Espírito,
atuando sobre os órgãos materiais, obriga o indivíduo a fazer e ter gestos e atitudes contra a sua vontade.
“Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos atos. Conhecemos um homem,
que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por
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uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-
la em casamento. Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica, que o forçava, não
obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da
multidão. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de
que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e
com isso sofria horrivelmente. ” (Livro dos Médiuns – Capítulo 23 – item 240)
1.1.2 – Quanto ao agente e o foco da obsessão, pode ser:
a) De desencarnado para encarnado (D-E): A mais comum, talvez por ser a mais fácil de constatar
“É compreensível que seja na esfera física que mais direta e frequentemente nos abordem aqueles mesmos
Espíritos a quem ferimos ou com quem nos acumpliciamos na delinquência. ” (Leis de Amor” – cap. 5- quest.4)
b) De desencarnado para desencarnado (D-D): - O espírito obsessor exerce domínio mental sobre outro
desencarnado que o obedece, seja pelo temor, seja por compromissos ou débitos contraídos)
“Obsessores há milenarmente vinculados ao crime, em estruturas de desespero invulgar, em que se demoram
voluntariamente, e envergando indumentárias de perseguidores de outros obsessores menos poderosos
mentalmente que, perseguindo, são também escravos daqueles que se nutrem às suas expensas, imanados por
forças vigorosas. ” (Nos Bastidores. Da Obsessão-Examinando a Obsessão.- Manoel Ph. de Miranda – Divaldo P. Franco)
c) De encarnado para desencarnado (E-D)
A inconformação, a revolta, o desespero dos encarnados pelo desencarne de um ente querido, até mesmo em
nome do amor que se torna tiranizante e obsessivo, pode se transformar numa obsessão dolorosa, que vai
atormentá-lo e afligi-lo.
d) De encarnado para encarnado (E-E):
“São criaturas atormentadas, feridas nos seus anseios, invariavelmente inferiores que, fixando aqueles que
elegem como desafetos, os perseguem em corpo astral, através dos processos de desdobramento inconsciente,
prendendo, muitas vezes, nas malhas bem urdidas de sua rede de idiossincrasia, esses desassisados morais, que,
então, se transformam em vítimas portadoras de enfermidades complicadas e de origem ignorada...” (Nos
Bastidores. Da Obsessão-Examinando a Obsessão.- Manoel Ph. de Miranda– Divaldo P. Franco)
e) Auto obsessão: Através da invigilância, da autopunição, de auto piedade, do medo e do exagero de
determinados problemas ou impressões, as pessoas podem tornar-se “vítimas de si mesmas” nos domínios das
moléstias fantasmas.
“...semelhantes devotos da fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente em processos de desgaste, cujas
consequências ninguém pode prever, ou entram, modo imperceptível para eles, nas calamidades sutis da
obsessão oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes dilapidam as forças. ”
(Estude e Viva - Mensagem. 28 – Emmanuel/André Luiz – Chico Xavier/ Waldo Vieira)
f). Outras classificações: Individual – Recíproca – Múltipla – Coletiva
“São as mais das vezes individuais a obsessão e a possessão; mas, não raro são epidêmicas. Quando sobre uma
localidade se lança uma revoada de maus Espíritos, é como se uma tropa de inimigos a invadisse. Pode então ser
muito considerável o número dos indivíduos atacados” (A Gênese Cap. 14 Itens 49 – Ver Nota do autor sobre caso
ocorrido na Aldeia de Morzine, registrado em Revista Espírita de dezembro de 1862 e janeiro, fevereiro, abril e maio de 1863)
2 - A pessoa do obsessor / Quem é? / Que motivos o movem ao processo obsessivo?
a) Obsessor é aquele que importuna, aquele que obsidia – dizem os dicionários.
“E aquele que importuna é quase sempre, alguém que nos participou a convivência profunda, no
caminho do erro, a voltar-se contra nós, quando estejamos procurando a retificação necessária. ”
(Emmanuel- “Seara dos Médiuns” – Cap. 23)
b) O obsessor é, antes de mais nada, um irmão enfermo a quem a revolta contra os sofrimentos e as dores
tornaram ainda mais infeliz. Tem ideia fixa de vingar-se, de dominar, de conseguir se impor à sua vítima. Voltado
para essa intenção esquece-se de tudo o mais e passa a viver em função daquele que é alvo de seus planos. Cada
vitória no seu intento vem agravar mais ainda seu sofrimento, não lhe trazendo a paz almejada e nem a alegria,
uma vez que o mal gera desequilíbrios, insatisfações e solidão insuportável.
c) existem obsessores de cultura invulgar e da qual se utilizam para exercerem mais amplo domínio sobre
Espíritos ignorantes, tornando-os seus adeptos para a execução de seus planos. Estes Espíritos que a eles se
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vinculam são igualmente perversos ou endurecidos, constrangidos por força da dominação a obedecerem às
ordens ou seduzidos por promessas tentadoras. Alguns desses adeptos são ligados ao obsessor por dívidas do
passado, sendo obrigados a cumprir todas as suas ordens, pelo domínio mental completo (hipnose) a que estes se
sujeitam.
d) "As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito. É, às vezes, uma vingança que este toma
de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes,
também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros
sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima
demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se.
Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor. Esses
Espíritos agem, não raro por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais
honestas. Um deles se apegou como "tinha" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não
teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o
fazer a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja. Outros são guiados por um sentimento
de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de
lhes resistirem. Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os
motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém; uma pessoa criteriosa
me repeliria; ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe". (O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII).
3 - A pessoa do obsidiado / Quem é? / Que fatores o predispõem ao processo obsessivo?
a) O obsidiado é alguém “vinculado vigorosamente à retaguarda, assaltado, quase sempre, pelos fantasmas do
remorso inconsciente ou do medo cristalizado, a se manifestarem como complexos de inferioridade e culpa –
conduz o faro das dívidas para necessário reajustamento, através do abençoado roteiro carnal” (Nos Bastidores da
Obsessão” – Manoel Ph. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco)
b) O obsidiado, vítima de hoje, é o algoz do passado.
“Obsessão – cobrança que bate às portas da alma – é um processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um
lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impresso
no seu perispírito os matizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu." (Suely Caldas Schubert –
Obsessão / Desobsessão – 1ª parte, cap 3).
3.1 - Fatores predisponentes ou portas de acesso (brechas)
“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. ” (Tiago, 1:14)
a) “As imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores. ” (LM – cap. 23, it. 252)
b) ”Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo os fatores
predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar – que faculta a alienação” (Nos Bastidores da
Obsessão” – Manoel Ph. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco)
c) “Impermeável às sugestões da própria alma, provocou o aborto com rebeldia e violência. Essa frustração foi a
brecha que favoreceu mais ampla influência do adversário invisível no círculo conjugal. A pobre criatura passou a
sofrer multiplicadas crises histéricas, com súbita aversão pelo marido (Nos Domínios da Mediunidade” – cap. 10;
André Luiz – Chico Xavier)
“Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal
venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração. ” –
Emmanuel (Caminho, Verdade e Vida – Mens. 129).
3.2 – Consequências da Obsessão
“Muitos epiléticos ou loucos, que mais necessitavam de médico que de
exorcismo, têm sido tomados por possessos”( LE. Q.474)
a) “Na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam de ideação ou da afetividade, da atenção e da memória,
tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias,
as oligofrenias e a paranóia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da
individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral. ” (Mecanismos da
Mediunidade – cap.24 – André Luiz – Chico Xavier).
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3.3 – Prevenção das obsessões
".... Olhai, vigiai e orai para que não entreis em tentação."(Marcos: 14-38.)
“Avançai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para
onde vai” - Jesus (João 12:35)
a) “Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho. Bondade
para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido,
sinceridade, boa vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem
sustentáculo de nossa saúde espiritual” Dias da Cruz (Instruções Psicofônicas – Mens 34 – Chico Xavier)
4. Ocorrência de obsessões nos médiuns / Ação dos obsessores contra os grupos espíritas
a) “Entre os escolhos que apresentam a prática da mediunidade, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão,
isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos
espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento inflige. (...). Os maus, ao
contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com
o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança. ” (O Livro dos Médiuns – Cap XXIII-It. 237)
b) “...Na mediunidade audiente e psicográfica, traduz-se pela obstinação de um Espírito em querer manifestar-se
com exclusão de qualquer outro. ” (Gênese – Cap XIV item 45)
c). De todas as disposições morais, a que dá mais presa aos Espíritos imperfeitos, é o orgulho. O orgulho é para os
médiuns um escolho tanto mais perigoso quando não o reconhecem. É o orgulho que lhes dá essa crença cega na
superioridade dos Espíritos que se ligam a ele, porque se lisonjeiam com certos nomes que lhes impõem; desde
que um Espírito lhes disse: Eu sou um tal, eles se inclinam e tratam de não duvidarem disso, porque seu amor
próprio sofreria por encontrar sob essa máscara um Espírito de baixo estágio ou de má qualidade. O Espírito, que
vê o lado fraco, dele se aproveita; gaba seu pretenso protegido, fala-lhe de origens ilustres que o incham mais,
prometem-lhe um futuro brilhante, as honras, a fortuna, das quais ele parece ser o dispensador; se necessário
afeta com ele uma ternura hipócrita; como resistir a tanta generosidade? Em uma palavra, engana-o e o conduz,
como se diz vulgarmente, pela ponta do nariz; sua felicidade é ter um ser sob sua dependência. Interrogamos
mais de um deles, sobre os motivos de sua obsessão; um deles nos respondeu isto: Eu quero ter um homem que
faça a minha vontade; é o meu prazer. Quando lhes dissemos que íamos trabalhar para frustrar seus artifícios e
abrir os olhos de seu oprimido, ele disse: Lutarei contra vós, e não vencereis, porque farei tanto quanto não
credes. Com efeito, é uma tática desses Espíritos malfazejos; eles inspiram a desconfiança e o afastamento para
as pessoas que possam desmascará-los e dar bons conselhos. Jamais semelhante coisa chega da parte dos bons
Espíritos. Todo Espírito que sopra a discórdia, que excita a animosidade, entretém as dissidências, com isso revela
sua natureza má; é preciso ser cego para não compreendê-lo e para crer que um bom Espírito possa compelir à
desinteligência. (...) Cada um compreende que elas são tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou pelo
menos causas de fraqueza. Para afastar estes últimos, não basta dizer-lhes que se vão; não basta mesmo o querer
e ainda menos conjurá-los: é preciso lhes fechar a sua porta e os ouvidos, provar-lhes que se é mais forte do que
eles, e, incontestavelmente, pelo amor ao bem, a caridade, a doçura, a simplicidade, a modéstia e o desinteresse,
qualidades que nos conciliam com a benevolência dos bons Espíritos; é seu apoio que faz a nossa força, e se eles
nos deixam, algumas vezes, presa dos maus, é uma prova para a nossa fé e o nosso caráter. (Revista Espírita –
Fev./1859 “Escolho dos médiuns”).
4.1 - Ação dos obsessores contra os grupos espíritas
“Contra um outro escolho têm que lutar as sociedades, pequenas ou grandes, e todas as reuniões, qualquer que
seja a importância de que se revistam. Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio
delas, mas também no mundo invisível. Assim como há espíritos protetores das associações, das cidades e dos
povos, espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente,
aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os
conjuntos, por isso que tanto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem
sob o jugo. ”
(...) “Se um dos membros do grupo for presa de obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros
indícios, a lhe abrir os olhos a fim de que o mal não se agrave, de modo a lhe levar a convicção de que se enganou
e de lhe despertar o desejo de secundar os que procuram libertá-lo.” (Livro dos Médiuns – cap. XXIX – it 340)
5. O tratamento das obsessões - que fatores devem ser considerados?
“ E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de
espíritos imundos, os quais todos eram curados. ” Atos, 5:16
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a) Os recursos desobsessivos espíritas estão indicados para qualquer nível e natureza das obsessões. Podem ser
resumidos nos seguintes: • A prece • O passe • A água magnetizada • Explanação do Evangelho à luz da Doutrina
Espírita e irradiações mentais • Atendimento fraterno pelo diálogo • Apoio desobsessivo das reuniões
mediúnicas • A prática da caridade • Estudo doutrinário espírita • Evangelho no lar
b). Aqui, não podemos oferecer mais do que conselhos gerais, porquanto nenhum processo material existe,
como, sobretudo, nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental, com o poder de expelir os Espíritos
obsessores. Às vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um
bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium
de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião. (LM – cap XXIII – item 251)
“Em Gadara, um obsesso, em pertinaz subjugação, identificou-O, a distância e interrogou: - “Jesus de Nazaré, que
tens tu contra nós? ” O Senhor observou a truculência dos desencarnados em desalinho mental e inquiriu, por sua
vez: - “Quem és tu? ” e eles responderam: - “Legião, porque somos muitos os que estamos nele.” Não necessitava
o Mestre perguntar, porque o sabia, no entanto, lecionava, desse modo, aos companheiros a técnica por meio da
qual deveriam dialogar com os habitantes sofredores do além-túmulo. Ante o espanto dos discípulos, Ele
determinou: - Legião, sai dele, eu te ordeno” e as Entidades perversas, agora atemorizadas rogaram-Lhe apoio, a
fim de não caírem nos infernos da consciência ultrajada, padecendo suplícios superlativos. ”
(Otimismo – Mens. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco)
c) A terapêutica Espírita compreende duas partes:
1) A que o próprio enfermo deve empreender por si mesmo, orientado pela Doutrina Espírita, como um
processo de auto-desobsessão;
2) A que a doutrina Espírita oferece como recurso eficaz para a cura da obsessão – recurso espiritual
d) “As imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua libertação. ” (LM – it.
252)
e) Segundo Manoel P. de Miranda, ao se voltar para o bem e adquirindo méritos o obsidiado “desarticula os
condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros
psicossomáticos.” (Grilhões Partidos – Prolusão)
f) O Obsidiado deve ser encaminhado às reuniões mediúnicas? – André Luiz diz ser indispensável que “antes de
tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste”, lembrando ainda que “não se constroem paredes sólidas
em bases inseguras” (Nos Domínios da Mediunidade” – Cap. 9 – Chico Xavier)
g) “A subjugação corporal tira muitas vezes do obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o
tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que atue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da sua vontade.
Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como
este ascendente só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder
será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral, porque, então, se impõe àquele, que se vê forçado
a inclinar-se diante dele. Por isso é que Jesus tinha tão grande poder para expulsar o a que naquela época se
chamava demônio, isto é, os maus Espíritos obsessores. (LM - item 251)
6– As Reuniões de Desobsessão - Como organizar um Ciclo de Reuniões Especiais para o atendimento
aos processos obsessivos?
“...o Espiritismo, e somente ele, por tratar do estudo da “natureza dos Espíritos”, possui os anticorpos e
sucedâneos eficazes para operar a libertação do enfermo, libertação que, no entanto, muito depende do próprio
paciente, como em todos os processos patológicos atendidos pelas diversas terapêuticas médicas”
(Nos Bastidores da Obsessão” – Manoel P. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco)
“Entidades espirituais ignorantes e infortunadas adquirem nova luz e roteiro novo, nas casas de amor que o
Espiritismo cristão institui, vencendo preconceitos e percalços de vulto. O tratamento das obsessões, portanto, não
é trabalho excêntrico em nossos círculos de fé renovadora. Constitui simplesmente a continuidade do esforço de
salvação aos transviados de todos os matizes, começando nas luminosas mãos de Jesus. “
(Emmanuel – “Pão Nosso”, capítulo 175)
a) “E, quando chegaram à multidão, aproximou-se lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo:
Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes
na água; E trouxe-o aos teus discípulos; e não puderam curá-lo. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula
e perversa! Até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui. E, repreendeu Jesus o
demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em
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particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé;
porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para
acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração
e pelo jejum. ” (Mateus Cap. 17- versículos de 14 a 21)
b) “As células espíritas são vivas e pulsantes, onde os seus membros se desdobram em constantes atividades de
beneficência e de trabalho edificante. Movimentado recursos em favor do próximo e da comunidade sob a
mesma inspiração do Cristo.
Os espíritas repetem hoje o ministério desobsessivo que esteve abandonado por séculos a fio, senão envolto em
superstições graves, nas quais a impiedade e a alucinação da ignorância se uniam para impedir o intercâmbio
entre os dois planos da vida. ” (Otimismo – Mens. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco)
c). Por isso que, para obsidiado e obsessores, é a Doutrina Espírita a terapêutica completa. Desvendando o
passado, demonstra o porquê do presente de dores e aflições e abre perspectivas maravilhosas para o futuro.
6.1 - O atendimento aos processos obsessivos graves
a) “...A terapia do diálogo com esses seres equivocados é de vital importância para a sua recuperação, renovando-
se lhes as áreas de discernimento e razão, enfermos que também são, a fim de se liberarem dos prejuízos que os
infelicitam e libertando aqueles que lhes sofrem as atuações deletérias. Outrossim, induz e orienta as suas vítimas
a uma mudança de comportamento, mediante o qual se reencontram e avançam pelo rumo do bem com as
aspirações superiores postas em prática.
Nem verbalismo infrutífero nos encontros espirituais, nem tampouco imposições de violência.
Os valores morais, exteriorizando-se no magnetismo da palavra, envolvem os atormentados espirituais e os
renovam oferecendo-lhes nova luz para a compreensão das finalidades superiores da vida. ” . (Otimismo –
Mensagem. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco)
b) Junto à pessoa em processo obsessivo grave, aplicar fluidos salutares neutralizando, assim, os fluidos
perniciosos dos quais está impregnado; sobretudo, agir sobre o ser inteligente com autoridade advinda da
superioridade moral. Para assegurar a libertação é preciso, ainda, utilizar-se de conversação e argumentação
habilmente dirigidas de forma a convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos, despertando-
lhe o arrependimento ou o sentimento de perdão. (O Evangelho Segundo o Espiritismo –Cap. 28, item 81).
c). Buscar envolver o encarnado no processo do seu tratamento, fazendo-o compreender a situação em que se
encontra para que possa auxiliar a si mesmo com suas preces e sua vontade de libertar-se. (O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Cap. 28, item 81).
d). Lembrar que sem o concurso da pessoa envolvida no processo obsessivo, não há efetivo socorro. (Manoel
Philomeno de Miranda – Sementeira da Fraternidade – Cap. 5 - Diversos Espíritos / D. P. Franco)
6.2 – Equipe de reunião de desobsessão
a) “A equipe que se dedica à desobsessão – e tal ministério somente é credor de fé, possuidor de valor, quando
realizado em equipe, que a seu turno se submete à orientação das Equipes Espirituais Superiores – deve estribar-
se numa série incontroversa de itens, de cuja observância decorrem os resultados da tarefa a desenvolver. ”
(Grilhões Partidos – Prolusão)
b) A equipe deve ser constituída de no máximo 14 elementos, distribuídos entre médiuns esclarecedores,
médiuns psicofônicos e passistas.
6.3 – Preparo necessário aos participantes – Requisitos
a). Os integrantes dessa equipe devem ser elementos atuantes e que já tenham vivência na seara espírita.
Evidentemente que um novato na Doutrina não terá condições de participar de um trabalho dessa ordem.
b) Kardec relaciona uma série de requisitos para aquelas reuniões que aspiram a assistência dos bons Espíritos e
que ainda mais valem para as sessões de desobsessão: perfeita comunhão de vistas e sentimentos, cordialidade
recíproca entre todos os membros.; ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã; exclusão
de toda curiosidade; recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os Espíritos; que os
médiuns trabalhem com isenção de todo sentimento de orgulho, amor próprio e supremacia e sempre com o
desejo de se instruírem e de serem úteis.
c) Manoel Ph.de Miranda aduz, por explicitar, a necessidade da conduta moral sadia - imprescindível para que as
emanações psíquicas elevadas “possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio,
necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame. Refere-se, também, como requisitos:
8
conhecimento doutrinário; equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores; confiança e disposição física e moral;
adestramento e disciplina; pontualidade e perseverança no trabalho. (Grilhões Partidos, Prolusão)
6.4 Transcurso da reunião
a) Preparação do ambiente espiritual
“A sala mediúnica não é apenas o ambiente cirúrgico para realizações de longo curso no cerne do perispírito dos
encarnados como dos desencarnados, mas também, campo experimental de adaptações em que se plasmam
retornos à atividade, em que se anulam fixações mentais que produzem danos profundos nas tecelagens sensíveis
do espírito. Igualmente é o abençoado lugar em que o Mestre divino estagia como responsável pela manipulação
de novas produções de amor.” (João Cléofas - Depoimentos Vivos – cap 5)
b) Preparação dos participantes no dia da reunião
Os componentes da equipe de desobsessão devem se preparar desde cedo, observando vários itens, dentre eles:
ambiente; conversação, leituras. Alimentação, superação de impedimentos; vigilância; prece, meditação (Ver livro
Desobsessão de André Luiz)
c) Ação do médium
“Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual.” (Seara dos Médiuns – cap 14)
d) Ação do esclarecedor
“ Não aparentes uma posição superior, conselheiral, rebuscada, autoritária ou excessivamente piedosa, simulada,
com rasgos de uma emoção que não sintas. Não acreditarão na tua palavra os desencarnados com os quais
dialogues (Joana de Angelis, -Leis Morais da Vida – Cap. 60)
e) Ação do mundo espiritual
A ação dos trabalhadores espirituais durante a reunião é muito intensa. Nos preparativos iniciais procedem a
assepsia do ambiente e isolam, defendem ou dividem a sala com faixas magnéticas. No transcursos da reunião
movimentarão recursos variados para atenderem os desencarnados e os encarnados. Vemos em “Missionários
da Luz” o caso de Marinho – Espírito endurecido no erro o qual foi trazido para “dentro do círculo magnético”
onde já se encontravam outros desencarnados sofredores e que também aguardavam a oportunidade de
doutrinação. Para que Marinho se comunicasse, o dirigente espiritual da reunião e seus auxiliares prestaram
primeiramente, à médium escolhida, toda a assistência indispensável para que ela estivesse em condições
adequadas no instante da comunicação. Assim, forneceram-lhe cotas abundantes de recursos magnéticos,
visando a atenuar os efeitos dos fluidos desequilibrantes de que Marinho se fazia portador, bem como fortalecê-
la para o serviço programado.
f) O sono durante as reuniões
“Não raro, em pleno serviço de socorro aos desencarnados, soam alarmes solicitando atendimento aos membros
da esfera física, que se desequilibram facilmente, deixando-se anestesiar pelos tóxicos do sono fisiológico ou
pelas interferências da hipnose espiritual inferior, quando não derrapam pelos desvios mentais da conjecturas
perniciosas a que se aclimataram e em que se comprazem.” (Grilhões Partidos – Prolusão)
g) Passes
Os passes deverão ser ministrados a todos os participantes, ao término dos trabalhos. Em casos excepcionais o
esclarecedor deverá valer-se do concurso do passe durante a comunicação para beneficiar entidades muito
sofredoras.
h) Presença de enfermos
“A chegada imprevista de enfermos ou obsidiados, a equipe deverá atendê-los nos instantes que antecedem a
reunião, ministrando-lhes passes e as orientações que os casos requeiram. Em seguida estes retirar-se-ão do
recinto.” (Desobsessão – André Luiz - cap. 23)
i) Análise das comunicações
“De semelhante providência, efetuada com o apreço recíproco que necessitamos sustentar uns para com os
outros, resultará que todos os componentes da reunião se investirão, por si mesmos, da responsabilidade que
nos cabe manter no estudo constante para a eficiência do grupo.” (André Luiz – Desobsessão – cap. 60)
*

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Apostila Módulo VI - Projeto Mediunidade Sem Tabu

  • 1. 1 CONSELHO ESPÍRITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CEERJ Adeso à Federação Espírita Brasileira 6º CONSELHO ESPÍRITA DE UNIFICAÇÃO – 6º CEU/CEERJ ÁREA DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA Serviço de Atividades Mediúnicas – SeAM/CEERJ & Serviço de Atividades Espirituais e Mediúnicas – SAEM/6ºCEU PROJETO “Mediunidade sem Tabu” CICLO DE CAPACITAÇÃO DE TAREFEIROS DA MEDIUNIDADE MÓDULO VI A OBSESSÃO / REUNIÕES DE ATENDIMENTO AOS CASOS DE OBSESSÃO DATA: 06 de dezembro de 2015 HORÁRIO: 9h30 às 17h LOCAL: C.E. Luz e Caridade – Av. Simão da Mota, 315 - Centro - Magé - RJ. ATIVIDADES: Exposição inicial e Grupos de Reflexão sobre o tema central PÚBLICO ALVO: Dirigentes de Casas Espíritas e Dirigentes e Tarefeiros das Atividades Mediúnicas das Casas Espíritas do 6º CEU. ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS: Equipe SeAM/AREE/CEERJ e Coordenação Local do 6º CEU AGENDA DAS ATIVIDADES HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO 9h Recepção Coordenação Local 9h30 Plenário de Abertura dos Trabalhos SeAM 9h45 Exposição Interativa e motivacional sobre o tema central do Encontro SeAM e monitores locais 12h – INTERVALO - ALMOÇO 13h30-16h30 Reflexões em Grupo (cada Monitor percorre os 3 grupos) SeAM e monitores locais 16h50 Avaliação - Plenário de Encerramento Coordenação local PARTE A – EXPOSIÇÃO INTERATIVA – PONTOS A DESTACAR  A construção Humana – um grande projeto;  A Educação e o processo de influência;  O despertar da Consciência;  Consciência e Autonomia. PARTE B – ITENS LEVADOS À REFLEXÃO 1 – Conceituando a obsessão. Como se classificam as obsessões; 2 - A pessoa do obsessor:  Quem é  Que motivos o movem ao processo obsessivo; 3 - A pessoa do obsidiado:  Quem é  Que fatores o predispõem ao processo obsessivo; 4 - A Obsessão nos médiuns / Ação dos obsessores contra os grupos espíritas; 5 - O tratamento das obsessões / Que fatores devem ser considerados; 6 - Reuniões Especiais de Atendimento aos processos obsessivos / Como organizar tais atividades na Casa Espírita.
  • 2. 2 PARTE C - COMENTÁRIOS 1 - Do ponto de vista espiritual, o que se pode entender por obsessão? a) “Chama-se obsessão a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.” (Gênese-Cap 14 it 45) b) A obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral.” . (Gênese – Cap 14 item 46) “ É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos atos menos felizes que praticamos, semi-inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.” (André Luiz “Mecanismos da Mediunidade” pág. “Gradação das obsessões”). c) “Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter” (A Gênese – cap. 14 – it. 45) 1.1 - Como se classificam as obsessões? As obsessões apresentam caracteres diversos, que é preciso distinguir. Resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. “A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas as principais variedades são: obsessão simples, fascinação e subjugação”. (Livro dos Médiuns – cap. 23 it 237) 1.1.1 - Quanto ao grau pode ser: simples – fascinação – subjugação - possessão a) Obsessão simples a.1) Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com os outros Espíritos. (LM-cap 23-it 238) a.2) Na obsessão simples o médium tem condição de discernir que se encontra sob o domínio de um Espírito inferior. a.3) Kardec esclarece que quando um médium for enganado por um espírito mentiroso, isto não quer dizer que ele esteja obsidiado, pois “o melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo no começo, quando ainda lhe falta a experiência necessária.” (LM-Cap. 23-it 238) b) Fascinação b.1) É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações.” (LM-cap. 23-it 239) b.2) As consequências da fascinação são bem mais graves, já que a pessoa fascinada não admite que esteja sob a influência de Espíritos malfazejos. “...seduzido pelo Espírito embusteiro, ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina e se compraz no erro em que este último o lança, visto que, então, longe de secundar, repele toda a assistência. È o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação”. (ESE. – Capítulo 28 Item 81) c) Subjugação c.1) “É uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. O paciente fica sob um verdadeiro jugo. ” (Livro dos Médiuns - Capítulo 23. Item 240) c.2). Essa constrição pode ser de duas espécies: moral ou corporal. Na moral, o subjugado é levado a tomar resoluções absurdas e contrárias mesmo ao seu modo de pensar. A subjugação corporal ocorre quando o Espírito, atuando sobre os órgãos materiais, obriga o indivíduo a fazer e ter gestos e atitudes contra a sua vontade. “Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos atos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por
  • 3. 3 uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi- la em casamento. Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica, que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e com isso sofria horrivelmente. ” (Livro dos Médiuns – Capítulo 23 – item 240) 1.1.2 – Quanto ao agente e o foco da obsessão, pode ser: a) De desencarnado para encarnado (D-E): A mais comum, talvez por ser a mais fácil de constatar “É compreensível que seja na esfera física que mais direta e frequentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos acumpliciamos na delinquência. ” (Leis de Amor” – cap. 5- quest.4) b) De desencarnado para desencarnado (D-D): - O espírito obsessor exerce domínio mental sobre outro desencarnado que o obedece, seja pelo temor, seja por compromissos ou débitos contraídos) “Obsessores há milenarmente vinculados ao crime, em estruturas de desespero invulgar, em que se demoram voluntariamente, e envergando indumentárias de perseguidores de outros obsessores menos poderosos mentalmente que, perseguindo, são também escravos daqueles que se nutrem às suas expensas, imanados por forças vigorosas. ” (Nos Bastidores. Da Obsessão-Examinando a Obsessão.- Manoel Ph. de Miranda – Divaldo P. Franco) c) De encarnado para desencarnado (E-D) A inconformação, a revolta, o desespero dos encarnados pelo desencarne de um ente querido, até mesmo em nome do amor que se torna tiranizante e obsessivo, pode se transformar numa obsessão dolorosa, que vai atormentá-lo e afligi-lo. d) De encarnado para encarnado (E-E): “São criaturas atormentadas, feridas nos seus anseios, invariavelmente inferiores que, fixando aqueles que elegem como desafetos, os perseguem em corpo astral, através dos processos de desdobramento inconsciente, prendendo, muitas vezes, nas malhas bem urdidas de sua rede de idiossincrasia, esses desassisados morais, que, então, se transformam em vítimas portadoras de enfermidades complicadas e de origem ignorada...” (Nos Bastidores. Da Obsessão-Examinando a Obsessão.- Manoel Ph. de Miranda– Divaldo P. Franco) e) Auto obsessão: Através da invigilância, da autopunição, de auto piedade, do medo e do exagero de determinados problemas ou impressões, as pessoas podem tornar-se “vítimas de si mesmas” nos domínios das moléstias fantasmas. “...semelhantes devotos da fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente em processos de desgaste, cujas consequências ninguém pode prever, ou entram, modo imperceptível para eles, nas calamidades sutis da obsessão oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes dilapidam as forças. ” (Estude e Viva - Mensagem. 28 – Emmanuel/André Luiz – Chico Xavier/ Waldo Vieira) f). Outras classificações: Individual – Recíproca – Múltipla – Coletiva “São as mais das vezes individuais a obsessão e a possessão; mas, não raro são epidêmicas. Quando sobre uma localidade se lança uma revoada de maus Espíritos, é como se uma tropa de inimigos a invadisse. Pode então ser muito considerável o número dos indivíduos atacados” (A Gênese Cap. 14 Itens 49 – Ver Nota do autor sobre caso ocorrido na Aldeia de Morzine, registrado em Revista Espírita de dezembro de 1862 e janeiro, fevereiro, abril e maio de 1863) 2 - A pessoa do obsessor / Quem é? / Que motivos o movem ao processo obsessivo? a) Obsessor é aquele que importuna, aquele que obsidia – dizem os dicionários. “E aquele que importuna é quase sempre, alguém que nos participou a convivência profunda, no caminho do erro, a voltar-se contra nós, quando estejamos procurando a retificação necessária. ” (Emmanuel- “Seara dos Médiuns” – Cap. 23) b) O obsessor é, antes de mais nada, um irmão enfermo a quem a revolta contra os sofrimentos e as dores tornaram ainda mais infeliz. Tem ideia fixa de vingar-se, de dominar, de conseguir se impor à sua vítima. Voltado para essa intenção esquece-se de tudo o mais e passa a viver em função daquele que é alvo de seus planos. Cada vitória no seu intento vem agravar mais ainda seu sofrimento, não lhe trazendo a paz almejada e nem a alegria, uma vez que o mal gera desequilíbrios, insatisfações e solidão insuportável. c) existem obsessores de cultura invulgar e da qual se utilizam para exercerem mais amplo domínio sobre Espíritos ignorantes, tornando-os seus adeptos para a execução de seus planos. Estes Espíritos que a eles se
  • 4. 4 vinculam são igualmente perversos ou endurecidos, constrangidos por força da dominação a obedecerem às ordens ou seduzidos por promessas tentadoras. Alguns desses adeptos são ligados ao obsessor por dívidas do passado, sendo obrigados a cumprir todas as suas ordens, pelo domínio mental completo (hipnose) a que estes se sujeitam. d) "As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito. É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor. Esses Espíritos agem, não raro por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. Um deles se apegou como "tinha" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja. Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém; uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe". (O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII). 3 - A pessoa do obsidiado / Quem é? / Que fatores o predispõem ao processo obsessivo? a) O obsidiado é alguém “vinculado vigorosamente à retaguarda, assaltado, quase sempre, pelos fantasmas do remorso inconsciente ou do medo cristalizado, a se manifestarem como complexos de inferioridade e culpa – conduz o faro das dívidas para necessário reajustamento, através do abençoado roteiro carnal” (Nos Bastidores da Obsessão” – Manoel Ph. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco) b) O obsidiado, vítima de hoje, é o algoz do passado. “Obsessão – cobrança que bate às portas da alma – é um processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impresso no seu perispírito os matizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu." (Suely Caldas Schubert – Obsessão / Desobsessão – 1ª parte, cap 3). 3.1 - Fatores predisponentes ou portas de acesso (brechas) “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. ” (Tiago, 1:14) a) “As imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores. ” (LM – cap. 23, it. 252) b) ”Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo os fatores predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar – que faculta a alienação” (Nos Bastidores da Obsessão” – Manoel Ph. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco) c) “Impermeável às sugestões da própria alma, provocou o aborto com rebeldia e violência. Essa frustração foi a brecha que favoreceu mais ampla influência do adversário invisível no círculo conjugal. A pobre criatura passou a sofrer multiplicadas crises histéricas, com súbita aversão pelo marido (Nos Domínios da Mediunidade” – cap. 10; André Luiz – Chico Xavier) “Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração. ” – Emmanuel (Caminho, Verdade e Vida – Mens. 129). 3.2 – Consequências da Obsessão “Muitos epiléticos ou loucos, que mais necessitavam de médico que de exorcismo, têm sido tomados por possessos”( LE. Q.474) a) “Na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam de ideação ou da afetividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias e a paranóia, as psicoses e neuroses de multifária expressão, permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis Divinas lhe assinalam à evolução moral. ” (Mecanismos da Mediunidade – cap.24 – André Luiz – Chico Xavier).
  • 5. 5 3.3 – Prevenção das obsessões ".... Olhai, vigiai e orai para que não entreis em tentação."(Marcos: 14-38.) “Avançai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai” - Jesus (João 12:35) a) “Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho. Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual” Dias da Cruz (Instruções Psicofônicas – Mens 34 – Chico Xavier) 4. Ocorrência de obsessões nos médiuns / Ação dos obsessores contra os grupos espíritas a) “Entre os escolhos que apresentam a prática da mediunidade, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento inflige. (...). Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança. ” (O Livro dos Médiuns – Cap XXIII-It. 237) b) “...Na mediunidade audiente e psicográfica, traduz-se pela obstinação de um Espírito em querer manifestar-se com exclusão de qualquer outro. ” (Gênese – Cap XIV item 45) c). De todas as disposições morais, a que dá mais presa aos Espíritos imperfeitos, é o orgulho. O orgulho é para os médiuns um escolho tanto mais perigoso quando não o reconhecem. É o orgulho que lhes dá essa crença cega na superioridade dos Espíritos que se ligam a ele, porque se lisonjeiam com certos nomes que lhes impõem; desde que um Espírito lhes disse: Eu sou um tal, eles se inclinam e tratam de não duvidarem disso, porque seu amor próprio sofreria por encontrar sob essa máscara um Espírito de baixo estágio ou de má qualidade. O Espírito, que vê o lado fraco, dele se aproveita; gaba seu pretenso protegido, fala-lhe de origens ilustres que o incham mais, prometem-lhe um futuro brilhante, as honras, a fortuna, das quais ele parece ser o dispensador; se necessário afeta com ele uma ternura hipócrita; como resistir a tanta generosidade? Em uma palavra, engana-o e o conduz, como se diz vulgarmente, pela ponta do nariz; sua felicidade é ter um ser sob sua dependência. Interrogamos mais de um deles, sobre os motivos de sua obsessão; um deles nos respondeu isto: Eu quero ter um homem que faça a minha vontade; é o meu prazer. Quando lhes dissemos que íamos trabalhar para frustrar seus artifícios e abrir os olhos de seu oprimido, ele disse: Lutarei contra vós, e não vencereis, porque farei tanto quanto não credes. Com efeito, é uma tática desses Espíritos malfazejos; eles inspiram a desconfiança e o afastamento para as pessoas que possam desmascará-los e dar bons conselhos. Jamais semelhante coisa chega da parte dos bons Espíritos. Todo Espírito que sopra a discórdia, que excita a animosidade, entretém as dissidências, com isso revela sua natureza má; é preciso ser cego para não compreendê-lo e para crer que um bom Espírito possa compelir à desinteligência. (...) Cada um compreende que elas são tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou pelo menos causas de fraqueza. Para afastar estes últimos, não basta dizer-lhes que se vão; não basta mesmo o querer e ainda menos conjurá-los: é preciso lhes fechar a sua porta e os ouvidos, provar-lhes que se é mais forte do que eles, e, incontestavelmente, pelo amor ao bem, a caridade, a doçura, a simplicidade, a modéstia e o desinteresse, qualidades que nos conciliam com a benevolência dos bons Espíritos; é seu apoio que faz a nossa força, e se eles nos deixam, algumas vezes, presa dos maus, é uma prova para a nossa fé e o nosso caráter. (Revista Espírita – Fev./1859 “Escolho dos médiuns”). 4.1 - Ação dos obsessores contra os grupos espíritas “Contra um outro escolho têm que lutar as sociedades, pequenas ou grandes, e todas as reuniões, qualquer que seja a importância de que se revistam. Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio delas, mas também no mundo invisível. Assim como há espíritos protetores das associações, das cidades e dos povos, espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos, por isso que tanto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem sob o jugo. ” (...) “Se um dos membros do grupo for presa de obsessão, todos os esforços devem tender, desde os primeiros indícios, a lhe abrir os olhos a fim de que o mal não se agrave, de modo a lhe levar a convicção de que se enganou e de lhe despertar o desejo de secundar os que procuram libertá-lo.” (Livro dos Médiuns – cap. XXIX – it 340) 5. O tratamento das obsessões - que fatores devem ser considerados? “ E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais todos eram curados. ” Atos, 5:16
  • 6. 6 a) Os recursos desobsessivos espíritas estão indicados para qualquer nível e natureza das obsessões. Podem ser resumidos nos seguintes: • A prece • O passe • A água magnetizada • Explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espírita e irradiações mentais • Atendimento fraterno pelo diálogo • Apoio desobsessivo das reuniões mediúnicas • A prática da caridade • Estudo doutrinário espírita • Evangelho no lar b). Aqui, não podemos oferecer mais do que conselhos gerais, porquanto nenhum processo material existe, como, sobretudo, nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental, com o poder de expelir os Espíritos obsessores. Às vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião. (LM – cap XXIII – item 251) “Em Gadara, um obsesso, em pertinaz subjugação, identificou-O, a distância e interrogou: - “Jesus de Nazaré, que tens tu contra nós? ” O Senhor observou a truculência dos desencarnados em desalinho mental e inquiriu, por sua vez: - “Quem és tu? ” e eles responderam: - “Legião, porque somos muitos os que estamos nele.” Não necessitava o Mestre perguntar, porque o sabia, no entanto, lecionava, desse modo, aos companheiros a técnica por meio da qual deveriam dialogar com os habitantes sofredores do além-túmulo. Ante o espanto dos discípulos, Ele determinou: - Legião, sai dele, eu te ordeno” e as Entidades perversas, agora atemorizadas rogaram-Lhe apoio, a fim de não caírem nos infernos da consciência ultrajada, padecendo suplícios superlativos. ” (Otimismo – Mens. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco) c) A terapêutica Espírita compreende duas partes: 1) A que o próprio enfermo deve empreender por si mesmo, orientado pela Doutrina Espírita, como um processo de auto-desobsessão; 2) A que a doutrina Espírita oferece como recurso eficaz para a cura da obsessão – recurso espiritual d) “As imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua libertação. ” (LM – it. 252) e) Segundo Manoel P. de Miranda, ao se voltar para o bem e adquirindo méritos o obsidiado “desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos.” (Grilhões Partidos – Prolusão) f) O Obsidiado deve ser encaminhado às reuniões mediúnicas? – André Luiz diz ser indispensável que “antes de tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste”, lembrando ainda que “não se constroem paredes sólidas em bases inseguras” (Nos Domínios da Mediunidade” – Cap. 9 – Chico Xavier) g) “A subjugação corporal tira muitas vezes do obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que atue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da sua vontade. Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como este ascendente só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral, porque, então, se impõe àquele, que se vê forçado a inclinar-se diante dele. Por isso é que Jesus tinha tão grande poder para expulsar o a que naquela época se chamava demônio, isto é, os maus Espíritos obsessores. (LM - item 251) 6– As Reuniões de Desobsessão - Como organizar um Ciclo de Reuniões Especiais para o atendimento aos processos obsessivos? “...o Espiritismo, e somente ele, por tratar do estudo da “natureza dos Espíritos”, possui os anticorpos e sucedâneos eficazes para operar a libertação do enfermo, libertação que, no entanto, muito depende do próprio paciente, como em todos os processos patológicos atendidos pelas diversas terapêuticas médicas” (Nos Bastidores da Obsessão” – Manoel P. de Miranda – Examinando a Obsessão – Divaldo P. Franco) “Entidades espirituais ignorantes e infortunadas adquirem nova luz e roteiro novo, nas casas de amor que o Espiritismo cristão institui, vencendo preconceitos e percalços de vulto. O tratamento das obsessões, portanto, não é trabalho excêntrico em nossos círculos de fé renovadora. Constitui simplesmente a continuidade do esforço de salvação aos transviados de todos os matizes, começando nas luminosas mãos de Jesus. “ (Emmanuel – “Pão Nosso”, capítulo 175) a) “E, quando chegaram à multidão, aproximou-se lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo: Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água; E trouxe-o aos teus discípulos; e não puderam curá-lo. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui. E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em
  • 7. 7 particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. ” (Mateus Cap. 17- versículos de 14 a 21) b) “As células espíritas são vivas e pulsantes, onde os seus membros se desdobram em constantes atividades de beneficência e de trabalho edificante. Movimentado recursos em favor do próximo e da comunidade sob a mesma inspiração do Cristo. Os espíritas repetem hoje o ministério desobsessivo que esteve abandonado por séculos a fio, senão envolto em superstições graves, nas quais a impiedade e a alucinação da ignorância se uniam para impedir o intercâmbio entre os dois planos da vida. ” (Otimismo – Mens. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco) c). Por isso que, para obsidiado e obsessores, é a Doutrina Espírita a terapêutica completa. Desvendando o passado, demonstra o porquê do presente de dores e aflições e abre perspectivas maravilhosas para o futuro. 6.1 - O atendimento aos processos obsessivos graves a) “...A terapia do diálogo com esses seres equivocados é de vital importância para a sua recuperação, renovando- se lhes as áreas de discernimento e razão, enfermos que também são, a fim de se liberarem dos prejuízos que os infelicitam e libertando aqueles que lhes sofrem as atuações deletérias. Outrossim, induz e orienta as suas vítimas a uma mudança de comportamento, mediante o qual se reencontram e avançam pelo rumo do bem com as aspirações superiores postas em prática. Nem verbalismo infrutífero nos encontros espirituais, nem tampouco imposições de violência. Os valores morais, exteriorizando-se no magnetismo da palavra, envolvem os atormentados espirituais e os renovam oferecendo-lhes nova luz para a compreensão das finalidades superiores da vida. ” . (Otimismo – Mensagem. Recursos Desobsessivos – Joanna de Ângelis – Divaldo P. Franco) b) Junto à pessoa em processo obsessivo grave, aplicar fluidos salutares neutralizando, assim, os fluidos perniciosos dos quais está impregnado; sobretudo, agir sobre o ser inteligente com autoridade advinda da superioridade moral. Para assegurar a libertação é preciso, ainda, utilizar-se de conversação e argumentação habilmente dirigidas de forma a convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos, despertando- lhe o arrependimento ou o sentimento de perdão. (O Evangelho Segundo o Espiritismo –Cap. 28, item 81). c). Buscar envolver o encarnado no processo do seu tratamento, fazendo-o compreender a situação em que se encontra para que possa auxiliar a si mesmo com suas preces e sua vontade de libertar-se. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 28, item 81). d). Lembrar que sem o concurso da pessoa envolvida no processo obsessivo, não há efetivo socorro. (Manoel Philomeno de Miranda – Sementeira da Fraternidade – Cap. 5 - Diversos Espíritos / D. P. Franco) 6.2 – Equipe de reunião de desobsessão a) “A equipe que se dedica à desobsessão – e tal ministério somente é credor de fé, possuidor de valor, quando realizado em equipe, que a seu turno se submete à orientação das Equipes Espirituais Superiores – deve estribar- se numa série incontroversa de itens, de cuja observância decorrem os resultados da tarefa a desenvolver. ” (Grilhões Partidos – Prolusão) b) A equipe deve ser constituída de no máximo 14 elementos, distribuídos entre médiuns esclarecedores, médiuns psicofônicos e passistas. 6.3 – Preparo necessário aos participantes – Requisitos a). Os integrantes dessa equipe devem ser elementos atuantes e que já tenham vivência na seara espírita. Evidentemente que um novato na Doutrina não terá condições de participar de um trabalho dessa ordem. b) Kardec relaciona uma série de requisitos para aquelas reuniões que aspiram a assistência dos bons Espíritos e que ainda mais valem para as sessões de desobsessão: perfeita comunhão de vistas e sentimentos, cordialidade recíproca entre todos os membros.; ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã; exclusão de toda curiosidade; recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os Espíritos; que os médiuns trabalhem com isenção de todo sentimento de orgulho, amor próprio e supremacia e sempre com o desejo de se instruírem e de serem úteis. c) Manoel Ph.de Miranda aduz, por explicitar, a necessidade da conduta moral sadia - imprescindível para que as emanações psíquicas elevadas “possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio, necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame. Refere-se, também, como requisitos:
  • 8. 8 conhecimento doutrinário; equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores; confiança e disposição física e moral; adestramento e disciplina; pontualidade e perseverança no trabalho. (Grilhões Partidos, Prolusão) 6.4 Transcurso da reunião a) Preparação do ambiente espiritual “A sala mediúnica não é apenas o ambiente cirúrgico para realizações de longo curso no cerne do perispírito dos encarnados como dos desencarnados, mas também, campo experimental de adaptações em que se plasmam retornos à atividade, em que se anulam fixações mentais que produzem danos profundos nas tecelagens sensíveis do espírito. Igualmente é o abençoado lugar em que o Mestre divino estagia como responsável pela manipulação de novas produções de amor.” (João Cléofas - Depoimentos Vivos – cap 5) b) Preparação dos participantes no dia da reunião Os componentes da equipe de desobsessão devem se preparar desde cedo, observando vários itens, dentre eles: ambiente; conversação, leituras. Alimentação, superação de impedimentos; vigilância; prece, meditação (Ver livro Desobsessão de André Luiz) c) Ação do médium “Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual.” (Seara dos Médiuns – cap 14) d) Ação do esclarecedor “ Não aparentes uma posição superior, conselheiral, rebuscada, autoritária ou excessivamente piedosa, simulada, com rasgos de uma emoção que não sintas. Não acreditarão na tua palavra os desencarnados com os quais dialogues (Joana de Angelis, -Leis Morais da Vida – Cap. 60) e) Ação do mundo espiritual A ação dos trabalhadores espirituais durante a reunião é muito intensa. Nos preparativos iniciais procedem a assepsia do ambiente e isolam, defendem ou dividem a sala com faixas magnéticas. No transcursos da reunião movimentarão recursos variados para atenderem os desencarnados e os encarnados. Vemos em “Missionários da Luz” o caso de Marinho – Espírito endurecido no erro o qual foi trazido para “dentro do círculo magnético” onde já se encontravam outros desencarnados sofredores e que também aguardavam a oportunidade de doutrinação. Para que Marinho se comunicasse, o dirigente espiritual da reunião e seus auxiliares prestaram primeiramente, à médium escolhida, toda a assistência indispensável para que ela estivesse em condições adequadas no instante da comunicação. Assim, forneceram-lhe cotas abundantes de recursos magnéticos, visando a atenuar os efeitos dos fluidos desequilibrantes de que Marinho se fazia portador, bem como fortalecê- la para o serviço programado. f) O sono durante as reuniões “Não raro, em pleno serviço de socorro aos desencarnados, soam alarmes solicitando atendimento aos membros da esfera física, que se desequilibram facilmente, deixando-se anestesiar pelos tóxicos do sono fisiológico ou pelas interferências da hipnose espiritual inferior, quando não derrapam pelos desvios mentais da conjecturas perniciosas a que se aclimataram e em que se comprazem.” (Grilhões Partidos – Prolusão) g) Passes Os passes deverão ser ministrados a todos os participantes, ao término dos trabalhos. Em casos excepcionais o esclarecedor deverá valer-se do concurso do passe durante a comunicação para beneficiar entidades muito sofredoras. h) Presença de enfermos “A chegada imprevista de enfermos ou obsidiados, a equipe deverá atendê-los nos instantes que antecedem a reunião, ministrando-lhes passes e as orientações que os casos requeiram. Em seguida estes retirar-se-ão do recinto.” (Desobsessão – André Luiz - cap. 23) i) Análise das comunicações “De semelhante providência, efetuada com o apreço recíproco que necessitamos sustentar uns para com os outros, resultará que todos os componentes da reunião se investirão, por si mesmos, da responsabilidade que nos cabe manter no estudo constante para a eficiência do grupo.” (André Luiz – Desobsessão – cap. 60) *