Este documento fornece instruções para aplicação, correção e interpretação do Teste d2 de Atenção Concentrada. Ele descreve os procedimentos para calcular os escores-brutos, percentual de erros, distribuição e amplitude de oscilação dos erros. Também discute a validade, precisão e questões éticas no uso deste instrumento para avaliar a capacidade de atenção visual concentrada de indivíduos.
5. RB: Com a utilização da régua. Depois
soma-se as 14 linhas e obterá o RB.
E1: Com a utilização do crivo 1.
E2: Com a utilização do crivo 2.
TE: Somando-se E1 + E2.
Porcentagem de erros (E%): Formula:
E%=TE/RB x 100.
6. Distribuição dos erros:
Calcula-se:
* A soma de erros cometidos pelo sujeito
nas primeiras quatro linhas;
* O número de erros nas seis linhas
seguintes, e;
* O número de erro nas ultimas quatro
linhas.
RL: RL = RB – TE
7. Calculo da Amplitude de Oscilação
do Desempenho
Para determinar a Amplitude de
Oscilação, deve-se inicialmente
identificar a linha em que o examinando
conseguiu marcar o maior numero de
sinais e aquela onde marcou o menor
numero, subtrai-se o valor menor do
maior. A diferença entre o resultado de
ambas as linhas é a Amplitude de
Oscilação.
11. Construto que avalia
O Teste d2 Atenção Concentrada mede
especificamente a atenção do individuo. Ele
caracteriza as pessoas com personalidade
propensa a acidentes, ou seja, a provocar
acidentes tanto no transito como em indústrias
no geral, sendo que a maioria das pessoas
“propensos a acidentes” mostram
características de personalidade idêntica.
É um teste de atenção concentrada visual e –
em sentido mais amplo mede a capacidade de
concentração.
12. A finalidade do instrumento
O teste é aplicável individual ou coletivamente, em
pessoas na faixa de etária de 9 a 52 anos. O teste d2 foi
aplicado até agora, principalmente para avaliar a aptidão
para dirigir veículos. Entre outras, o teste foi aplicado,
em motoristas profissionais, condutores de bondes,
guardas de transito e candidatos a instrutores de auto-
escola, para reprovados nessas funções, para
operadores de guindastes, mineiros, trabalhadores
industriais, deficientes físicos e visuais, para surdos,
pessoas que tinham sofrido lesões cerebrais, psicóticos
e criminosos. O teste também foi aferido em provas
realizadas em uma amostra casual de escolares de
ambos os sexos, na faixa etária de 9 a 19 anos, a fim de
dar aos psicólogos de escolas e orientadores
educacionais, possibilidades de comparação quanto aos
dados de desempenho colhidos entre crianças e
adolescentes.
13. Processo de validação e
precisão
A padronização brasileira do Teste d2 baseou-
se em uma amostra de 3576 sujeitos divididos
em 3 grupos: estudantes (E) com 1081 alunos
de 1º e 2º graus provenientes de 14 escolas (12
estaduais e 2 particulares de São Paulo) com
idade entre 10 e 22 anos; profissionais (P) com
2336 sujeitos, com idade entre 20 e 50 anos,
com funcionários ou candidatos submetidos a
processos seletivos em diferentes empresas,
com diferentes profissões em que a atenção é
uma característica importante; e motoristas (M)
com 335 motoristas profissionais, com idade
entre 20 e 50 anos.
14. Precisão
Na padronização brasileira a precisão foi
estudada pelo método das metades
(consistência interna) e pelo reateste
(estabilidade).
A precisão pelo método das metades foi
determinada pela correlação entre os
resultados brutos das linhas pares e linhas
impares, corrigida pela formula de
Spearman-Brown.
A precisão pelo reateste foi obtida a partir da
reaplicação do teste a 69 sujeitos,
estudantes universitários, depois de 45 dias.
15. Validade
Estudo de grupo contrastante: O bom resultado dos testes de
atenção concentrada na avaliação da aptidão para dirigir
veículos foi testado através da comparação entre grupos. A
amostra consistia de 172 pessoas, que foram testadas em certo
período no Instituto de Segurança. O grupo A tinha 35 pessoas
sem carta de habilitação e que tinham sido reprovadas varias
vezes nesse exame. Pela experiência cerca de 85% dos
reprovados varias vezes no exame não estão aptos para dirigir
por motivos médicos ou psicológicos. O grupo B consistia de
121 portadores de carta de habilitação (motoristas) e o grupo C
era composto de 16 policiais de transito, que foram
selecionados pela chefia por sua habilidade particular para
dirigir os carros de policia. Para eliminar as eventuais diferenças
relativas a idade, foram comparados os resultados padrão dos
grupos A com B e B com C. A comparação indicou que o grupo A
teve os mais baixos rendimentos qualitativos, depois o grupo B
teve resultados intermediários e o grupo C, obteve o melhor
desempenho no Teste d2
16. Validade de construto: Em relação a um
construto teórico determinado, foi verificada a
concordância entre avaliações de professores
e desempenho no Teste d2, em 280 estudantes
da quarta a nona serie escolar, em ambos os
sexos. A metade dos sujeitos foi classificada
em graus, por seus professores, em relação a
sua atividade, em situação de desempenho
escolar. A outra metade foi avaliada pelos
professores, quanto à característica “Força de
vontade e persistência”. Foi constatado que o
grupo de examinados com maior força de
vontade e persistência cometeu menos erros,
teve uma menor porcentagem de erros e,
consequentemente um desempenho total mais
alto.
17. Questões éticas no uso desse
instrumento
O profissional que vai aplicar o teste deve ter o
preparo adequado, escolher o este de acordo com
os examinandos e de acordo com o construto que
queira medir. O aplicador deve explicar como fazer
o teste e tirar possíveis duvidas, pedir silencio
durante a aplicação, deve preparar o ambiente
estando atendo a iluminação, ruídos, temperatura
do ambiente, durante a aplicação não deve deixar
outras pessoas entrarem no ambiente, pois isso
pode causar desatenção de algumas pessoas, tudo
que foi citado acima pode influenciar no resultado
do teste. O resultado do teste é sigiloso, não pode
ser feito plagio dos materiais do teste, esse
material é de acesso restrito aos psicólogos, assim
como a aplicação do teste, que também é restrita
aos psicólogos.
18. Referências Bibliográficas
BRICKENKAMP, Rolf. Teste d2: atenção
concentrada: manual: instruções, avaliação,
interpretação / Rolf Brickenkamp;
coordenação Mara Silvia Bolonhezi
Bittencourt; tratamento estatístico José
Luciano M. Duarte (colaborador); [tradução
Giselle Muller Roger Welter] – São Paulo:
Centro Editor de Testes e Pesquisas em
Psicologia, 2000.