SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
Como podemos trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem?
Quando identificamos um distúrbio de aprendizagem e sendo, percebido pelo
professor as dificuldades de aprendizagens, o problema passa a ser também da
equipe pedagógica.
Embora a regência da sala de aula seja do professor, é função da equipe
pedagógica, "tentar" diagnosticar, conhecer os parâmetros, buscar junto à
família se há laudos, flexibilizar os conteúdos curriculares com embasamento
legal e na legislação vigente, a realidade desse aluno e propiciar condições de
suporte ao professor para “auxiliar” no desenvolvimento desse aluno. Por se
tratar de um aspecto pedagógico o professor precisa saber que poderá contar
com o apoio da equipe pedagógica.
Ao identificar, não basta apenas suscitar as dificuldades de aprendizagem e
não é tão simples, pois requer o que pensar: Qual é a dificuldade do aluno? É
do campo pedagógico (processo ensino aprendizagem) ou é de natureza
clínica? Se for ao campo pedagógico, saliento que está ao alcance do
professor, pois, é de seu domínio e conhecimento todo o processo de
“ensinagem” para que se possa ocorrer à aprendizagem. Às vezes, a
dificuldade é bastante acentuada, diante do laudo encaminhado pelo médico
Neurologista, pela complexidade da CID (Classificação Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), que irá requerer da equipe
pedagógica, adaptação curricular, para o professor poder trabalhar com esse
aluno em sala de aula, porém, sempre acompanhado por um professor
especialista na área, conforme a LDB - Artigo 59 - Inciso III.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013):
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
Tenho a plena certeza que não é somente na minha Instituição de Ensino que
há alunos com dificuldades de aprendizagem, como procedemos para auxiliá-
los. Existem alguns planos de ações que devem ser desenvolvidos quando um
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
aluno não corresponde às expectativas de aprendizagem para o Ano Letivo em
que está cursando.
1- Intervenções Pontuais:
Quando em sala de aula os alunos estão realizando uma atividade e todos têm
autonomia para desenvolvê-la sem o auxílio do professor regente, poderá ser
realizada uma intervenção com o aluno que está com dificuldades de
aprendizagem. A equipe pedagógica deverá orientar esse professor para que
registrem o trabalho que está sendo desenvolvido, com o aluno. Chamamos de
“Dossiê de Intervenção Pontual” e, devem ser realizados todos os registros:
data da atividade, conteúdo trabalhado, atividade desenvolvida e uma
descrição do que está sendo analisado pelo docente em função da atividade
realizada pelo aluno.
2- Professor Auxiliar ou Especialista:
As salas de aula que tem alunos com essas caraterísticas e são contempladas
com esse profissional, por ser uma política da Secretaria de Estado de
Educação, ficará muito mais fácil para professor regente avaliar o
desenvolvimento do aluno, principalmente ser for um autista ou mesmo com
outra patologia. É de fundamental importância da troca de informações entre o
professor regente e o professor especialista podendo reunir dados importantes
sobre a evolução educacional desse aluno, é um conjunto de fatores que irão
proporcionar a recuperação dos alunos que se encontram com os distúrbios e
abaixa expectativas de aprendizagem. Sempre procurar encaminhar a
orientação ao professor auxiliar para que registre todas as suas ações e
construam um dossiê desse aluno, para que os próximos professores possam
ter acesso a esses dados no futuro e ter uma noção prévia da forma que se deu
a aprendizagem desse aluno em sala de aula. É importante que a cada mês
seja, realizado uma análise desse aluno com todos os agentes envolvidos e
com a família verificar se há necessidade de novos replanejamentos para
adaptação curricular.
3- Chamar o responsável para conversar:
Quando realizamos as intervenções com os professores, deve ser
individualmente (hora atividade/permanência), para discutirmos a
aprendizagem dos alunos, às vezes, concluímos que é necessário chamar o
responsável da criança para coletar alguns dados, para certificarmos que
estamos no caminho certo. Esse ano, essa ação contribuiu muito com nosso
trabalho e dos professores, pois, foi possível conhecer melhor a realidade dos
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
alunos. Por exemplo, às vezes, os alunos não têm um adulto para orientá-las
nas tarefas de casa ou para motivá-las a ler o livro encaminhado pelo
professor. Problemas familiares também refletem na aprendizagem dos alunos.
4- Salas de Apoio ou Recurso - Profissional Especializado:
Na Instituição de Ensino, que conta com uma sala de apoio/recurso e que
oferecem apoio pedagógico com profissionais especializados, em cada
período, ficará mais fácil o trabalho com esse aluno. Formam-se as turmas
conforme preconiza a legislação, se encaminha o pedido de autorização de
funcionamento ao NRE - Núcleo Regional de Educação, para que esses alunos
tenham profissionais especializados. Consiste sempre como ponto de partir as
observações feitas pelo professor regente do aluno em responder alguns
quesitos e o professor especialista fazer uma entrevista com o aluno e com a
família por meio de convocação e tudo registrado. Confirmado a necessidade
do aluno em frequentar essa sala, importante verificar se há algum laudo
emitido pelo médico neurologista e qual a CID classificada e por um período se
a equipe de especialistas perceberem que não há mais necessidade poderá
haver uma dispensa desse aluno, deste que não seja esse aluno por laudo, se
assim for à conclusão.
5- Acompanhamento do Aluno e Monitores:
Importante orientar os professores para que trabalhem com alunos monitores.
Dessa forma, o aluno que apresentar a facilidade na aprendizagem poderá
sentar-se com o que tem dificuldade, assim estamos atendendo que há
necessidade de socialização do aluno com a sala regular, evitando o
isolamento, podendo motivar seu colega no aprendizado. É preciso estar atento
e ter bom senso, pois não se pode realizar esse acompanhamento em todo o
período de aula, mas sim, em algumas atividades específicas.
Sempre no início do ano letivo entregar a todos profissionais, principalmente
aos professores novos, dados dos alunos que apresentam alguma dificuldade e
orientar os professores sobre a necessidade da atenção diferenciada, não se
esquecendo dos demais alunos e não “abandonar jamais” os alunos com
distúrbios e dificuldade de aprendizagem e que precisamos saber “dar a
dosagem homeopática que cada aluno possa necessitar”.
E na sua Instituição de Ensino, como você professor (a), trabalha com os
alunos que apresentam dificuldades no processo ensino aprendizagem?
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
 Aluno com laudo pode ser reprovado?
 Existe tempo de validade de um laudo emitido pelo médico neurologista?
 Posso administrar medicamentos?
 Posso encaminhar alunos ao médico?
 Estou preparado para analisar se o aluno é portador de distúrbios de
aprendizagem?
 Quais são os cuidados que devemos adotar ao expor a família?
 Posso fazer comparação entre alunos?
Existem algumas lacunas a ser respondida no que se refere à condução do
processo avaliativo do trabalho com alunos deficientes dentro da sala de aula
regular. A conceituação de Educação Inclusiva é relativamente recente no
Brasil. Em 1994 com a Declaração de Salamanca o Brasil compromete-se
juntamente com outras nações a assumir o capto com esse interesse público.
Tanto que a nossa Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/1996 é a primeira lei a ter
um capítulo exclusivo a Educação Especial.
Apesar de, a partir de 1996, termos dado o início, com a nova legislação - LDB -
determinando diretrizes gerais para aplicação da educação inclusiva, a partir
desse momento várias Portarias, Decretos, Resoluções e Publicações tem
aprimorado esse trabalho, no sentido de conceder um norte e esclarecer como
isso deve ser feito o trabalho dentro de sala de aula, todavia, fato em que
deparamos: Ainda estamos distantes, com algumas exceções, de que a atual
prática com a educação inclusiva está se cumprindo conforme é defendido na
Declaração de Salamanca de 1994.
Temos a cada dia muitas procuras e matrículas de crianças com deficiência ou
excepcionalidades e as mesmas crescem ano a ano, isso é um fato, diante das
garantias fundamentadas na legislação vigente.
 Porém como estes alunos estão aprendendo?
 Como as Instituições de Ensino estão desenvolvendo suas atividades com
estes alunos?
 Como os Professores as estão mensurando o processo de avaliação?
Tanto Professores, Equipe Pedagógica e Gestores Escolares estão
preocupados, com muito sofrimento e muitas indagações no que se refere à
educação de alunos e jovens com deficiência especial. Quando chegamos ao
término do ano letivo a maior parte desses alunos estão nos Conselhos de
Classe Final: Podem os alunos com deficiência especial serem reprovados? É
obrigatório que esses alunos sejam aprovados?
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
Para que servem Laudos?
Existe uma dúvida no professor e na equipe pedagógica, de que se o aluno
apresentar Laudo informando a deficiência ou excepcionalidade o mesmo tem
o direito de ser aprovado, pois, o aluno estaria amparado pelo mesmo.
É importante esclarecer que o Laudo aponta a classificação e a condição do
aluno e não a habilita a ser aprovada de ano. Da forma como está preconizado
na legislação o Professor não medicará nenhum aluno, e nem está habilitado
em prescrever tratamentos, o médico especializado, por sua vez, não tem
preparo didático ou pedagógico para avaliar e responder pelo processo de
ensino aprendizagem do aluno, portanto, qualquer laudo emitido pelo
especialista ou qualquer outro profissional da área da Saúde, com este objetivo
não tem efeito legal, frente à legislação vigente.
Cabe ao Professor e Equipe Pedagógica de posse de Laudos, juntamente com
dossiê do aluno (caso haja) e demais registros, como: avaliações, sondagens,
entrevistas e diagnósticos, elaborar a forma de trabalho pedagógico mais
coerente com as necessidades do aluno e então mensurar se esse aluno está
apto ou não a ser aprovado.
Plano de Flexibilização Curricular:
O aluno com laudo e comprovado sua deficiência especial seguirá o mesmo
currículo que os demais alunos do ensino regular?
Não necessariamente! Ficará aos cuidados do Professor e da Equipe
Pedagógica elaborar a flexibilização de currículo, porém importante, com o
Professor Especialista que acompanhará essa criança ou jovem, adequando-o
as possibilidades de desenvolvimento do aluno, com a seleção dos melhores
métodos e técnicas de ensino e de estratégias.
Quando nos referimos ao mobiliário, ambiente, recursos didáticos educativos e
Equipe de Apoio ou Recurso, caberá a Equipe Diretiva em selecionar as
devidas modificações e/ou ajustes necessários, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico e Regimento Escolar, como será desenvolvido, fiscalizado
e mensurado o trabalho.
O que é a flexibilidade Curricular para os alunos que apresentam deficiência
especial? Não estamos relatando que se deve retirar conteúdos a serem
trabalhados com alunos ou de fazer alguma redução de forma homeopática de
forma pura e simples, e sim de adequá-los ao aluno, com alguns pequenos
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
ajustes por meio de encaminhamentos estratégicos de ensino e procedimentos
diferenciados de ação, bem como nos critérios e instrumentos avaliativos
diversificados.
Adaptações Curriculares:
Para aqueles alunos diagnosticados com um nível mais severo e de
comprometimento na cognição, na comunicação e/ou de socialização
(interação), os conteúdos nesses devem sim, sofrer alterações e/ou ampliados,
de certo modo que estejam contextualizados ao nível de cognição desse aluno,
ou seja, com adequação ao seu nível de entendimento/intelectual, a sua
realidade social, aqui cabe ressaltar buscar com a família do cotidiano dessa
criança e propor níveis de desafios, propiciando que possibilite ao aluno
condições de caminhar por este currículo e venha atingir as metas
selecionadas e traçadas para seu aprendizado, previamente pelo Professor
Regente e Professor Especialista.
As alterações e as adequações podem ser relativas quanto ao Plano de
Trabalho Docente: Objetivos, Conteúdos, Estratégia - Organização Didática,
nas Metodologias de Ensino e nos procedimentos Avaliativos.
Importante salientar de algo que requer muito atenção: que as metas
elaboradas e traçadas para o curso do aluno é uma coisa, e as metas
elaboradas e traçadas para o aluno a ser alcançada durante o ano letivo são
distintas totalmente. Isso facilitará na hora da análise do Conselho de Classe
Final entre ser aprovado ou reprovado.
Serviço Especializado e de Apoio:
Quando houver salas de Contraturno o aluno deverá realizar atendimento com
profissionais especializados e qualificados e que a Instituição de Ensino
também possa ter a sua disposição estes profissionais para orientar e dar
suporte correto ao trabalho que o Professor Regente estiver desenvolvendo,
tem que haver uma consonância, não é de forma aleatória, o processo de
ensino é um conjunto de ações, precisam estar em sintonia plena.
Nessas atividades complementares não estão eximindo a família de suas
responsabilidades de providenciar tratamento eficaz, terapias que sejam
necessárias, fora da Instituição de Ensino.
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
Professores Qualificados:
Ao matricular um aluno ou seu filho não é o bastante e que a deficiência na
sala de aula regular seja solucionada ou pensar que essa responsabilidade
será repassada ao professor pelo pleno desenvolvimento ou dará as respostas
que tanto buscamos, requer um profissional qualificado sem um Professor
Especialista o qual irá conduzir o trabalho e não tendo a experiência no que
será preparado, capacitado, bem orientado pela Equipe Pedagógica e planejar
o que será desenvolvido o trabalho em questão não terá o sucesso esperado.
Os Professores Regentes sem este profissional vão se sentir frustrados e
abandonados num campo no qual não estão preparados, mesmo que seja por
força da legislação, pois, são cobrados constantemente, como os únicos que
devem fazer algo a respeito do desenvolvimento do aluno. Geralmente a Equipe
Diretiva não oferece o apoio que o Professor, talvez seja pelo engessamento da
máquina pública ou privado e nem disponibiliza capacitações para melhor
subsídios ou instrumentalização para o trabalho com esses alunos.
Incluir é uma missão constitucional, não adianta resistir é um dever da Escola
como um todo, no Projeto Político Pedagógico, no Regimento Escolar, nas suas
adequações de espaços e áreas físicas e de mobiliário adequado, na aquisição
de recursos materiais ao nível de desenvolvimento do aluno, na oferta de
Professores Especialistas, na pesquisa de novos pressupostos e metodologias
que atendam esses alunos, na seleção de instrumentos de avaliação (critérios
e instrumentos) para aprovação ou reprovação, bem como na capacitação do
Professor Regente, quando não tiver um professor especializado que trabalhará
diretamente com esses alunos.
Como cumprir a integralidade a Lei e sua inclusão em sua praticidade se todos
os elementos que possam viabilizar não estiverem sendo contemplados, requer
que o Estado faça sua parte.
Processo Avaliativo:
Para avaliar de um aluno com deficiência especial deverá sempre partir do
pressuposto das metas anteriormente elaboradas e traçadas para esse aluno a
ser atingida. Importante ressaltar se o Currículo teve a Flexibilização e se foi
Adequado para o aluno com metas especificadas. Desta forma o processo
de Avaliação mais coerente e justa deve ser feita é a Processual (Bimestral,
Trimestral etc).
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
Os critérios para esta avaliação seriam: Observação dos objetivos que foram
selecionados e traçados para o aluno, portfólios, análise da produção escolar,
registros do professor regente e professor especialista, sempre em diferentes
momentos da ação e prática pedagógica e quaisquer outros critérios e
instrumentos que possibilitaram a mensuração qualitativa dos progressos
alcançados pelo aluno e jamais quantitativa.
O Professor em seu Plano de Trabalho Docente deve sempre deixar consignado
seu dever de considerar todos os avanços alcançados mesmo que seja mínimo,
observando o grau da classificação ou severidade do aluno, durante este
processo ao qual se refere: aspectos do desenvolvimento do aluno (áreas:
biológica, emocional, comunicação verbal, psicomotricidade fina e global, etc),
interação, socialização, motivação, capacidade de concentração, novas
recursos ou estratégias que levou o aluno a desenvolver meios para solucionar
ou superar determinados desafios.
Conselho de Classe Final - Aprovação e Reprovação:
Requer uma atenção especial se for uma avaliação é processual, ou seja, do
percurso do processo ensino aprendizagem, então é correto afirmar que para
cada etapa de desenvolvimento desse aluno deve ser analisado de acordo com
seu desempenho em seu tempo e apropriação dos conhecimentos, o qual não
está enquadrando nos tempos pré-definidos, os quais indicam de Bimestres e
Trimestres.
Diante deste contexto é totalmente viável e possível que no final do ano letivo
o aluno tenha alcançado as metas elaboradas e traçadas de apenas uma parte
dos objetivos propostos e que, portanto estará habilitado a dar sequência ou
continuidade na sua caminhada para alcançar o restante do êxito no processo
educacional. Pode-se ser feito durante ao ano que cursa o aluno, quanto no
próximo ano ou série, porque ele sempre se desenvolverá em relação à
dominação desses conteúdos e jamais em relação ao ano ou série onde está
matriculado.
Quando nos referimos na adoção de resultados esta perspectiva, as metas do
aluno com deficiência podem constatar que, mesmo que obtenha nota para ser
mensurada nesses progressos, esta nota incidirá na qualidade dos resultados
alcançados e jamais na quantidade de conteúdos trabalhados pelo aluno.
Se o aluno estiver em um processo de progressão continuada o mesmo
continuará no ano ou série conforme determinado neste segmento educativo.
Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451
Ao verificar os alunos que são aprovados com embasamentos na aferição de
notas/resultados, então se deve valorizar tudo o que já foi descrito até o
presente momento. Portanto, é possível sim que um aluno com deficiência
especial, caso não tenha atingido as metas estipuladas para ele, obtenha
aprovação.
Sempre que o fato seja a qualidade do desenvolvimento o aluno será analisado
se houve algum progresso e se atingiu alguma das metas, no entanto, a
Instituição de Ensino deverá adotar o método quantitativo para avaliá-lo então
neste caso específico o aluno poderá ser reprovado. Mesmo com a reprovação
é importante analisar de maneira profunda e sejam apresentados todos os
dados que levaram a essa retenção, pois acima de tudo é necessário que haja
o bom senso da Instituição, há recursos, a posição coerente dos profissionais
envolvidos bem como o envolvimento e consenso dos pais/responsáveis.
A Constituição Federal contempla com fundamentos pétreos da República
como: cidadania e a dignidade da pessoa humana constam-nos Art. 1º - Incisos
II e III, tendo como um dos seus objetivos fundamentais a promoção do bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação Art. 3º - Inciso IV. Temos como garantia ainda
expressamente o direito à igualdade Art. 5º, e trata, nos Artigos 205 e
seguintes, do direito de todos à Educação. Esse direito tem a característica do
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho garantido no Art. 205. Está assentado como
um dos princípios para o ensino, a igualdade de condições de acesso e
permanência na escola preconizado no Art. 206 - Inciso I, como dever do
Estado com a Educação que será efetivada mediante a garantia de acesso aos
níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um contemplado no Art. 208 - Inciso V. A Constituição
Federal garante a todos o direito à educação e ao acesso às Instituições de
Ensino. Toda escola brasileira da rede pública de ensino, assim reconhecida
pelos órgãos oficiais, devem atender aos princípios constitucionais, não
podemos de forma alguma excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem,
raça, cor, sexo, idade, deficiência especial ou ausência dela.
Legislação vigente acesse o link:
EDUCAÇÃO ESPECIAL
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716
&Itemid=863
LDB 9394/96 – CAPITULO EDUCAÇÃO ESPECIAL
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
SimoneHelenDrumond
 
Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
  Consciência fonológica - livro de atividades.pdf  Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
Adriana Motta
 
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemática
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemáticaParecer de uma aluno com dificuldade em matemática
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemática
SimoneHelenDrumond
 
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
SimoneHelenDrumond
 
Projeto de leitura para o 3º bimestre
Projeto de leitura para o 3º bimestreProjeto de leitura para o 3º bimestre
Projeto de leitura para o 3º bimestre
heliane
 
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém  que precisa de limitesParecer de um bom aluno porém  que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
SimoneHelenDrumond
 

Mais procurados (20)

Plano de ação para coordenação pedagógica
Plano de ação para coordenação pedagógicaPlano de ação para coordenação pedagógica
Plano de ação para coordenação pedagógica
 
PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018
PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018
PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA CORNÉLIA 2016-2018
 
Materiais produzidos adaptados pela professora da sala de recursos multifunci...
Materiais produzidos adaptados pela professora da sala de recursos multifunci...Materiais produzidos adaptados pela professora da sala de recursos multifunci...
Materiais produzidos adaptados pela professora da sala de recursos multifunci...
 
Modelo de parecer descritivo
Modelo de parecer descritivoModelo de parecer descritivo
Modelo de parecer descritivo
 
73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
73 letramento e autismo volume 1 simone helen drumond
 
260 adaptacçoes curriculares para autistas.
260 adaptacçoes curriculares para autistas.260 adaptacçoes curriculares para autistas.
260 adaptacçoes curriculares para autistas.
 
Rotina escolar
Rotina escolarRotina escolar
Rotina escolar
 
Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
  Consciência fonológica - livro de atividades.pdf  Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
Consciência fonológica - livro de atividades.pdf
 
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemática
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemáticaParecer de uma aluno com dificuldade em matemática
Parecer de uma aluno com dificuldade em matemática
 
Plano de aee
Plano de aeePlano de aee
Plano de aee
 
Manual do aee
Manual do aeeManual do aee
Manual do aee
 
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
Aluna com dificuldade e baixo rendimento escolar1
 
Projeto de leitura para o 3º bimestre
Projeto de leitura para o 3º bimestreProjeto de leitura para o 3º bimestre
Projeto de leitura para o 3º bimestre
 
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém  que precisa de limitesParecer de um bom aluno porém  que precisa de limites
Parecer de um bom aluno porém que precisa de limites
 
Conselho de Classe - Participativo
Conselho de Classe  - ParticipativoConselho de Classe  - Participativo
Conselho de Classe - Participativo
 
Relatório sindrome de down
Relatório sindrome de down Relatório sindrome de down
Relatório sindrome de down
 
Plano Anual de Ação da Orientação Escolar
Plano Anual de Ação da Orientação Escolar Plano Anual de Ação da Orientação Escolar
Plano Anual de Ação da Orientação Escolar
 
Modelos de relatórios dscritivos simone helen drumond
Modelos de relatórios dscritivos simone helen drumondModelos de relatórios dscritivos simone helen drumond
Modelos de relatórios dscritivos simone helen drumond
 
Relatório de acompanhamento do professor de aee
Relatório de acompanhamento do professor de aeeRelatório de acompanhamento do professor de aee
Relatório de acompanhamento do professor de aee
 
Projeto familia na escola
Projeto familia na escolaProjeto familia na escola
Projeto familia na escola
 

Semelhante a Como podemos trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem

24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
Douglas Souza
 
Apostila disturbios de aprendizagem
Apostila disturbios de aprendizagemApostila disturbios de aprendizagem
Apostila disturbios de aprendizagem
fabisena
 
Constr prop p001-017_c
Constr prop p001-017_cConstr prop p001-017_c
Constr prop p001-017_c
afereira
 
Slides sala de recursos 2012
Slides   sala de recursos 2012Slides   sala de recursos 2012
Slides sala de recursos 2012
margaretreis
 
Projeto Escola Viva Sensibilizacão
Projeto Escola Viva SensibilizacãoProjeto Escola Viva Sensibilizacão
Projeto Escola Viva Sensibilizacão
asustecnologia
 
Projeto Escola Viva Sensibilizacao
Projeto Escola Viva SensibilizacaoProjeto Escola Viva Sensibilizacao
Projeto Escola Viva Sensibilizacao
asustecnologia
 
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
Linna Braga
 
A falência dos ciclos na rede pública
A falência dos ciclos na rede públicaA falência dos ciclos na rede pública
A falência dos ciclos na rede pública
Renata Peruce
 
Medidas educativas - falando com quem faz
Medidas educativas - falando com quem fazMedidas educativas - falando com quem faz
Medidas educativas - falando com quem faz
Ana Rita Costa
 
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiênciaSartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
Gunter Martin Wust
 

Semelhante a Como podemos trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem (20)

24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão(márcia schlemper)
 
Apostila disturbios de aprendizagem
Apostila disturbios de aprendizagemApostila disturbios de aprendizagem
Apostila disturbios de aprendizagem
 
dislexia
dislexiadislexia
dislexia
 
Doc. indisciplina teip
Doc. indisciplina teipDoc. indisciplina teip
Doc. indisciplina teip
 
Constr prop p001-017_c
Constr prop p001-017_cConstr prop p001-017_c
Constr prop p001-017_c
 
Slides sala de recursos 2012
Slides   sala de recursos 2012Slides   sala de recursos 2012
Slides sala de recursos 2012
 
Autismo na educação infantil
Autismo na educação infantilAutismo na educação infantil
Autismo na educação infantil
 
Projeto Escola Viva Sensibilizacão
Projeto Escola Viva SensibilizacãoProjeto Escola Viva Sensibilizacão
Projeto Escola Viva Sensibilizacão
 
Projeto Escola Viva Sensibilizacao
Projeto Escola Viva SensibilizacaoProjeto Escola Viva Sensibilizacao
Projeto Escola Viva Sensibilizacao
 
sd-m4
sd-m4sd-m4
sd-m4
 
Como avaliar os alunos
Como avaliar os alunosComo avaliar os alunos
Como avaliar os alunos
 
Como avaliar os alunos
Como avaliar os alunosComo avaliar os alunos
Como avaliar os alunos
 
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
Proposta da rede estadual de avaliação formativa formatado 29 08-11
 
Análise dos dados coletados na pesquisa de campo.docx
Análise dos dados coletados na pesquisa de campo.docxAnálise dos dados coletados na pesquisa de campo.docx
Análise dos dados coletados na pesquisa de campo.docx
 
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de MatemáticaOrientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
 
Analise_ellen.doc
Analise_ellen.docAnalise_ellen.doc
Analise_ellen.doc
 
A falência dos ciclos na rede pública
A falência dos ciclos na rede públicaA falência dos ciclos na rede pública
A falência dos ciclos na rede pública
 
Medidas educativas - falando com quem faz
Medidas educativas - falando com quem fazMedidas educativas - falando com quem faz
Medidas educativas - falando com quem faz
 
PLANO DE AÇÃO TÉCNICA.docx
PLANO DE AÇÃO TÉCNICA.docxPLANO DE AÇÃO TÉCNICA.docx
PLANO DE AÇÃO TÉCNICA.docx
 
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiênciaSartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
Sartoretto como avaliar o_aluno_com_deficiência
 

Mais de CÉSAR TAVARES

Mais de CÉSAR TAVARES (20)

Direito Educacional
Direito EducacionalDireito Educacional
Direito Educacional
 
Base Nacional Comum Curricular
Base Nacional Comum CurricularBase Nacional Comum Curricular
Base Nacional Comum Curricular
 
1) Mediação de Conflito
1) Mediação de Conflito 1) Mediação de Conflito
1) Mediação de Conflito
 
Paradigma do currículo histórico crítico dos conteúdos
Paradigma do currículo histórico crítico dos conteúdosParadigma do currículo histórico crítico dos conteúdos
Paradigma do currículo histórico crítico dos conteúdos
 
Atos infracionais ordenamento jurídico
Atos infracionais ordenamento jurídicoAtos infracionais ordenamento jurídico
Atos infracionais ordenamento jurídico
 
Política Educacional e M.P. 746/2016
Política Educacional e M.P. 746/2016Política Educacional e M.P. 746/2016
Política Educacional e M.P. 746/2016
 
Legislação: Alunos com Deficiência
Legislação: Alunos com DeficiênciaLegislação: Alunos com Deficiência
Legislação: Alunos com Deficiência
 
CONVOCAÇÕES DE PAIS/RESPONSÁVEIS
CONVOCAÇÕES DE PAIS/RESPONSÁVEISCONVOCAÇÕES DE PAIS/RESPONSÁVEIS
CONVOCAÇÕES DE PAIS/RESPONSÁVEIS
 
Escola Inclusiva
Escola InclusivaEscola Inclusiva
Escola Inclusiva
 
Estrutura do Sistema da Deficiência Visual
Estrutura do Sistema da Deficiência VisualEstrutura do Sistema da Deficiência Visual
Estrutura do Sistema da Deficiência Visual
 
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno do Espectro AutistaTranstorno do Espectro Autista
Transtorno do Espectro Autista
 
Políticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoPolíticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da Educação
 
DIAGNÓSTICO - SALA DE RECURSO - INCLUSÃO
DIAGNÓSTICO - SALA DE RECURSO - INCLUSÃODIAGNÓSTICO - SALA DE RECURSO - INCLUSÃO
DIAGNÓSTICO - SALA DE RECURSO - INCLUSÃO
 
Avaliação Instituição de Ensino
Avaliação Instituição de EnsinoAvaliação Instituição de Ensino
Avaliação Instituição de Ensino
 
Concepção da Escola Especial e Inclusiva
Concepção da Escola Especial e InclusivaConcepção da Escola Especial e Inclusiva
Concepção da Escola Especial e Inclusiva
 
Descentralização Curriculares
Descentralização CurricularesDescentralização Curriculares
Descentralização Curriculares
 
Planejamento - Reflexões e Subsídios
Planejamento - Reflexões e SubsídiosPlanejamento - Reflexões e Subsídios
Planejamento - Reflexões e Subsídios
 
Noções e Conceitos - Multi/Inter/Trans - Disciplinaridade
Noções e Conceitos - Multi/Inter/Trans - DisciplinaridadeNoções e Conceitos - Multi/Inter/Trans - Disciplinaridade
Noções e Conceitos - Multi/Inter/Trans - Disciplinaridade
 
Proposta Política Curricular - EEPJHA
Proposta Política Curricular - EEPJHAProposta Política Curricular - EEPJHA
Proposta Política Curricular - EEPJHA
 
Conselho de Classe
Conselho de Classe Conselho de Classe
Conselho de Classe
 

Último

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Último (20)

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 

Como podemos trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem

  • 1. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 Como podemos trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem? Quando identificamos um distúrbio de aprendizagem e sendo, percebido pelo professor as dificuldades de aprendizagens, o problema passa a ser também da equipe pedagógica. Embora a regência da sala de aula seja do professor, é função da equipe pedagógica, "tentar" diagnosticar, conhecer os parâmetros, buscar junto à família se há laudos, flexibilizar os conteúdos curriculares com embasamento legal e na legislação vigente, a realidade desse aluno e propiciar condições de suporte ao professor para “auxiliar” no desenvolvimento desse aluno. Por se tratar de um aspecto pedagógico o professor precisa saber que poderá contar com o apoio da equipe pedagógica. Ao identificar, não basta apenas suscitar as dificuldades de aprendizagem e não é tão simples, pois requer o que pensar: Qual é a dificuldade do aluno? É do campo pedagógico (processo ensino aprendizagem) ou é de natureza clínica? Se for ao campo pedagógico, saliento que está ao alcance do professor, pois, é de seu domínio e conhecimento todo o processo de “ensinagem” para que se possa ocorrer à aprendizagem. Às vezes, a dificuldade é bastante acentuada, diante do laudo encaminhado pelo médico Neurologista, pela complexidade da CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), que irá requerer da equipe pedagógica, adaptação curricular, para o professor poder trabalhar com esse aluno em sala de aula, porém, sempre acompanhado por um professor especialista na área, conforme a LDB - Artigo 59 - Inciso III. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013): III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; Tenho a plena certeza que não é somente na minha Instituição de Ensino que há alunos com dificuldades de aprendizagem, como procedemos para auxiliá- los. Existem alguns planos de ações que devem ser desenvolvidos quando um
  • 2. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 aluno não corresponde às expectativas de aprendizagem para o Ano Letivo em que está cursando. 1- Intervenções Pontuais: Quando em sala de aula os alunos estão realizando uma atividade e todos têm autonomia para desenvolvê-la sem o auxílio do professor regente, poderá ser realizada uma intervenção com o aluno que está com dificuldades de aprendizagem. A equipe pedagógica deverá orientar esse professor para que registrem o trabalho que está sendo desenvolvido, com o aluno. Chamamos de “Dossiê de Intervenção Pontual” e, devem ser realizados todos os registros: data da atividade, conteúdo trabalhado, atividade desenvolvida e uma descrição do que está sendo analisado pelo docente em função da atividade realizada pelo aluno. 2- Professor Auxiliar ou Especialista: As salas de aula que tem alunos com essas caraterísticas e são contempladas com esse profissional, por ser uma política da Secretaria de Estado de Educação, ficará muito mais fácil para professor regente avaliar o desenvolvimento do aluno, principalmente ser for um autista ou mesmo com outra patologia. É de fundamental importância da troca de informações entre o professor regente e o professor especialista podendo reunir dados importantes sobre a evolução educacional desse aluno, é um conjunto de fatores que irão proporcionar a recuperação dos alunos que se encontram com os distúrbios e abaixa expectativas de aprendizagem. Sempre procurar encaminhar a orientação ao professor auxiliar para que registre todas as suas ações e construam um dossiê desse aluno, para que os próximos professores possam ter acesso a esses dados no futuro e ter uma noção prévia da forma que se deu a aprendizagem desse aluno em sala de aula. É importante que a cada mês seja, realizado uma análise desse aluno com todos os agentes envolvidos e com a família verificar se há necessidade de novos replanejamentos para adaptação curricular. 3- Chamar o responsável para conversar: Quando realizamos as intervenções com os professores, deve ser individualmente (hora atividade/permanência), para discutirmos a aprendizagem dos alunos, às vezes, concluímos que é necessário chamar o responsável da criança para coletar alguns dados, para certificarmos que estamos no caminho certo. Esse ano, essa ação contribuiu muito com nosso trabalho e dos professores, pois, foi possível conhecer melhor a realidade dos
  • 3. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 alunos. Por exemplo, às vezes, os alunos não têm um adulto para orientá-las nas tarefas de casa ou para motivá-las a ler o livro encaminhado pelo professor. Problemas familiares também refletem na aprendizagem dos alunos. 4- Salas de Apoio ou Recurso - Profissional Especializado: Na Instituição de Ensino, que conta com uma sala de apoio/recurso e que oferecem apoio pedagógico com profissionais especializados, em cada período, ficará mais fácil o trabalho com esse aluno. Formam-se as turmas conforme preconiza a legislação, se encaminha o pedido de autorização de funcionamento ao NRE - Núcleo Regional de Educação, para que esses alunos tenham profissionais especializados. Consiste sempre como ponto de partir as observações feitas pelo professor regente do aluno em responder alguns quesitos e o professor especialista fazer uma entrevista com o aluno e com a família por meio de convocação e tudo registrado. Confirmado a necessidade do aluno em frequentar essa sala, importante verificar se há algum laudo emitido pelo médico neurologista e qual a CID classificada e por um período se a equipe de especialistas perceberem que não há mais necessidade poderá haver uma dispensa desse aluno, deste que não seja esse aluno por laudo, se assim for à conclusão. 5- Acompanhamento do Aluno e Monitores: Importante orientar os professores para que trabalhem com alunos monitores. Dessa forma, o aluno que apresentar a facilidade na aprendizagem poderá sentar-se com o que tem dificuldade, assim estamos atendendo que há necessidade de socialização do aluno com a sala regular, evitando o isolamento, podendo motivar seu colega no aprendizado. É preciso estar atento e ter bom senso, pois não se pode realizar esse acompanhamento em todo o período de aula, mas sim, em algumas atividades específicas. Sempre no início do ano letivo entregar a todos profissionais, principalmente aos professores novos, dados dos alunos que apresentam alguma dificuldade e orientar os professores sobre a necessidade da atenção diferenciada, não se esquecendo dos demais alunos e não “abandonar jamais” os alunos com distúrbios e dificuldade de aprendizagem e que precisamos saber “dar a dosagem homeopática que cada aluno possa necessitar”. E na sua Instituição de Ensino, como você professor (a), trabalha com os alunos que apresentam dificuldades no processo ensino aprendizagem?
  • 4. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451  Aluno com laudo pode ser reprovado?  Existe tempo de validade de um laudo emitido pelo médico neurologista?  Posso administrar medicamentos?  Posso encaminhar alunos ao médico?  Estou preparado para analisar se o aluno é portador de distúrbios de aprendizagem?  Quais são os cuidados que devemos adotar ao expor a família?  Posso fazer comparação entre alunos? Existem algumas lacunas a ser respondida no que se refere à condução do processo avaliativo do trabalho com alunos deficientes dentro da sala de aula regular. A conceituação de Educação Inclusiva é relativamente recente no Brasil. Em 1994 com a Declaração de Salamanca o Brasil compromete-se juntamente com outras nações a assumir o capto com esse interesse público. Tanto que a nossa Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/1996 é a primeira lei a ter um capítulo exclusivo a Educação Especial. Apesar de, a partir de 1996, termos dado o início, com a nova legislação - LDB - determinando diretrizes gerais para aplicação da educação inclusiva, a partir desse momento várias Portarias, Decretos, Resoluções e Publicações tem aprimorado esse trabalho, no sentido de conceder um norte e esclarecer como isso deve ser feito o trabalho dentro de sala de aula, todavia, fato em que deparamos: Ainda estamos distantes, com algumas exceções, de que a atual prática com a educação inclusiva está se cumprindo conforme é defendido na Declaração de Salamanca de 1994. Temos a cada dia muitas procuras e matrículas de crianças com deficiência ou excepcionalidades e as mesmas crescem ano a ano, isso é um fato, diante das garantias fundamentadas na legislação vigente.  Porém como estes alunos estão aprendendo?  Como as Instituições de Ensino estão desenvolvendo suas atividades com estes alunos?  Como os Professores as estão mensurando o processo de avaliação? Tanto Professores, Equipe Pedagógica e Gestores Escolares estão preocupados, com muito sofrimento e muitas indagações no que se refere à educação de alunos e jovens com deficiência especial. Quando chegamos ao término do ano letivo a maior parte desses alunos estão nos Conselhos de Classe Final: Podem os alunos com deficiência especial serem reprovados? É obrigatório que esses alunos sejam aprovados?
  • 5. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 Para que servem Laudos? Existe uma dúvida no professor e na equipe pedagógica, de que se o aluno apresentar Laudo informando a deficiência ou excepcionalidade o mesmo tem o direito de ser aprovado, pois, o aluno estaria amparado pelo mesmo. É importante esclarecer que o Laudo aponta a classificação e a condição do aluno e não a habilita a ser aprovada de ano. Da forma como está preconizado na legislação o Professor não medicará nenhum aluno, e nem está habilitado em prescrever tratamentos, o médico especializado, por sua vez, não tem preparo didático ou pedagógico para avaliar e responder pelo processo de ensino aprendizagem do aluno, portanto, qualquer laudo emitido pelo especialista ou qualquer outro profissional da área da Saúde, com este objetivo não tem efeito legal, frente à legislação vigente. Cabe ao Professor e Equipe Pedagógica de posse de Laudos, juntamente com dossiê do aluno (caso haja) e demais registros, como: avaliações, sondagens, entrevistas e diagnósticos, elaborar a forma de trabalho pedagógico mais coerente com as necessidades do aluno e então mensurar se esse aluno está apto ou não a ser aprovado. Plano de Flexibilização Curricular: O aluno com laudo e comprovado sua deficiência especial seguirá o mesmo currículo que os demais alunos do ensino regular? Não necessariamente! Ficará aos cuidados do Professor e da Equipe Pedagógica elaborar a flexibilização de currículo, porém importante, com o Professor Especialista que acompanhará essa criança ou jovem, adequando-o as possibilidades de desenvolvimento do aluno, com a seleção dos melhores métodos e técnicas de ensino e de estratégias. Quando nos referimos ao mobiliário, ambiente, recursos didáticos educativos e Equipe de Apoio ou Recurso, caberá a Equipe Diretiva em selecionar as devidas modificações e/ou ajustes necessários, de acordo com o Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar, como será desenvolvido, fiscalizado e mensurado o trabalho. O que é a flexibilidade Curricular para os alunos que apresentam deficiência especial? Não estamos relatando que se deve retirar conteúdos a serem trabalhados com alunos ou de fazer alguma redução de forma homeopática de forma pura e simples, e sim de adequá-los ao aluno, com alguns pequenos
  • 6. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 ajustes por meio de encaminhamentos estratégicos de ensino e procedimentos diferenciados de ação, bem como nos critérios e instrumentos avaliativos diversificados. Adaptações Curriculares: Para aqueles alunos diagnosticados com um nível mais severo e de comprometimento na cognição, na comunicação e/ou de socialização (interação), os conteúdos nesses devem sim, sofrer alterações e/ou ampliados, de certo modo que estejam contextualizados ao nível de cognição desse aluno, ou seja, com adequação ao seu nível de entendimento/intelectual, a sua realidade social, aqui cabe ressaltar buscar com a família do cotidiano dessa criança e propor níveis de desafios, propiciando que possibilite ao aluno condições de caminhar por este currículo e venha atingir as metas selecionadas e traçadas para seu aprendizado, previamente pelo Professor Regente e Professor Especialista. As alterações e as adequações podem ser relativas quanto ao Plano de Trabalho Docente: Objetivos, Conteúdos, Estratégia - Organização Didática, nas Metodologias de Ensino e nos procedimentos Avaliativos. Importante salientar de algo que requer muito atenção: que as metas elaboradas e traçadas para o curso do aluno é uma coisa, e as metas elaboradas e traçadas para o aluno a ser alcançada durante o ano letivo são distintas totalmente. Isso facilitará na hora da análise do Conselho de Classe Final entre ser aprovado ou reprovado. Serviço Especializado e de Apoio: Quando houver salas de Contraturno o aluno deverá realizar atendimento com profissionais especializados e qualificados e que a Instituição de Ensino também possa ter a sua disposição estes profissionais para orientar e dar suporte correto ao trabalho que o Professor Regente estiver desenvolvendo, tem que haver uma consonância, não é de forma aleatória, o processo de ensino é um conjunto de ações, precisam estar em sintonia plena. Nessas atividades complementares não estão eximindo a família de suas responsabilidades de providenciar tratamento eficaz, terapias que sejam necessárias, fora da Instituição de Ensino.
  • 7. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 Professores Qualificados: Ao matricular um aluno ou seu filho não é o bastante e que a deficiência na sala de aula regular seja solucionada ou pensar que essa responsabilidade será repassada ao professor pelo pleno desenvolvimento ou dará as respostas que tanto buscamos, requer um profissional qualificado sem um Professor Especialista o qual irá conduzir o trabalho e não tendo a experiência no que será preparado, capacitado, bem orientado pela Equipe Pedagógica e planejar o que será desenvolvido o trabalho em questão não terá o sucesso esperado. Os Professores Regentes sem este profissional vão se sentir frustrados e abandonados num campo no qual não estão preparados, mesmo que seja por força da legislação, pois, são cobrados constantemente, como os únicos que devem fazer algo a respeito do desenvolvimento do aluno. Geralmente a Equipe Diretiva não oferece o apoio que o Professor, talvez seja pelo engessamento da máquina pública ou privado e nem disponibiliza capacitações para melhor subsídios ou instrumentalização para o trabalho com esses alunos. Incluir é uma missão constitucional, não adianta resistir é um dever da Escola como um todo, no Projeto Político Pedagógico, no Regimento Escolar, nas suas adequações de espaços e áreas físicas e de mobiliário adequado, na aquisição de recursos materiais ao nível de desenvolvimento do aluno, na oferta de Professores Especialistas, na pesquisa de novos pressupostos e metodologias que atendam esses alunos, na seleção de instrumentos de avaliação (critérios e instrumentos) para aprovação ou reprovação, bem como na capacitação do Professor Regente, quando não tiver um professor especializado que trabalhará diretamente com esses alunos. Como cumprir a integralidade a Lei e sua inclusão em sua praticidade se todos os elementos que possam viabilizar não estiverem sendo contemplados, requer que o Estado faça sua parte. Processo Avaliativo: Para avaliar de um aluno com deficiência especial deverá sempre partir do pressuposto das metas anteriormente elaboradas e traçadas para esse aluno a ser atingida. Importante ressaltar se o Currículo teve a Flexibilização e se foi Adequado para o aluno com metas especificadas. Desta forma o processo de Avaliação mais coerente e justa deve ser feita é a Processual (Bimestral, Trimestral etc).
  • 8. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 Os critérios para esta avaliação seriam: Observação dos objetivos que foram selecionados e traçados para o aluno, portfólios, análise da produção escolar, registros do professor regente e professor especialista, sempre em diferentes momentos da ação e prática pedagógica e quaisquer outros critérios e instrumentos que possibilitaram a mensuração qualitativa dos progressos alcançados pelo aluno e jamais quantitativa. O Professor em seu Plano de Trabalho Docente deve sempre deixar consignado seu dever de considerar todos os avanços alcançados mesmo que seja mínimo, observando o grau da classificação ou severidade do aluno, durante este processo ao qual se refere: aspectos do desenvolvimento do aluno (áreas: biológica, emocional, comunicação verbal, psicomotricidade fina e global, etc), interação, socialização, motivação, capacidade de concentração, novas recursos ou estratégias que levou o aluno a desenvolver meios para solucionar ou superar determinados desafios. Conselho de Classe Final - Aprovação e Reprovação: Requer uma atenção especial se for uma avaliação é processual, ou seja, do percurso do processo ensino aprendizagem, então é correto afirmar que para cada etapa de desenvolvimento desse aluno deve ser analisado de acordo com seu desempenho em seu tempo e apropriação dos conhecimentos, o qual não está enquadrando nos tempos pré-definidos, os quais indicam de Bimestres e Trimestres. Diante deste contexto é totalmente viável e possível que no final do ano letivo o aluno tenha alcançado as metas elaboradas e traçadas de apenas uma parte dos objetivos propostos e que, portanto estará habilitado a dar sequência ou continuidade na sua caminhada para alcançar o restante do êxito no processo educacional. Pode-se ser feito durante ao ano que cursa o aluno, quanto no próximo ano ou série, porque ele sempre se desenvolverá em relação à dominação desses conteúdos e jamais em relação ao ano ou série onde está matriculado. Quando nos referimos na adoção de resultados esta perspectiva, as metas do aluno com deficiência podem constatar que, mesmo que obtenha nota para ser mensurada nesses progressos, esta nota incidirá na qualidade dos resultados alcançados e jamais na quantidade de conteúdos trabalhados pelo aluno. Se o aluno estiver em um processo de progressão continuada o mesmo continuará no ano ou série conforme determinado neste segmento educativo.
  • 9. Pedagogo César Tavares – www.tavarescesar.com – (41) 992-122-451 Ao verificar os alunos que são aprovados com embasamentos na aferição de notas/resultados, então se deve valorizar tudo o que já foi descrito até o presente momento. Portanto, é possível sim que um aluno com deficiência especial, caso não tenha atingido as metas estipuladas para ele, obtenha aprovação. Sempre que o fato seja a qualidade do desenvolvimento o aluno será analisado se houve algum progresso e se atingiu alguma das metas, no entanto, a Instituição de Ensino deverá adotar o método quantitativo para avaliá-lo então neste caso específico o aluno poderá ser reprovado. Mesmo com a reprovação é importante analisar de maneira profunda e sejam apresentados todos os dados que levaram a essa retenção, pois acima de tudo é necessário que haja o bom senso da Instituição, há recursos, a posição coerente dos profissionais envolvidos bem como o envolvimento e consenso dos pais/responsáveis. A Constituição Federal contempla com fundamentos pétreos da República como: cidadania e a dignidade da pessoa humana constam-nos Art. 1º - Incisos II e III, tendo como um dos seus objetivos fundamentais a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação Art. 3º - Inciso IV. Temos como garantia ainda expressamente o direito à igualdade Art. 5º, e trata, nos Artigos 205 e seguintes, do direito de todos à Educação. Esse direito tem a característica do pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho garantido no Art. 205. Está assentado como um dos princípios para o ensino, a igualdade de condições de acesso e permanência na escola preconizado no Art. 206 - Inciso I, como dever do Estado com a Educação que será efetivada mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um contemplado no Art. 208 - Inciso V. A Constituição Federal garante a todos o direito à educação e ao acesso às Instituições de Ensino. Toda escola brasileira da rede pública de ensino, assim reconhecida pelos órgãos oficiais, devem atender aos princípios constitucionais, não podemos de forma alguma excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, cor, sexo, idade, deficiência especial ou ausência dela. Legislação vigente acesse o link: EDUCAÇÃO ESPECIAL http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716 &Itemid=863 LDB 9394/96 – CAPITULO EDUCAÇÃO ESPECIAL http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdf