SlideShare a Scribd company logo
1 of 36
Sobre quem vamos
falar meninos??
Sobre Almeida Garrett.
E QUEM É ALMEIDA GARRETT?
 João Baptista da Silva Leitão- Almeida
Garrett
 Nasceu em 1799 no Porto e faleceu em
Lisboa em 1854 .
É provavelmente o escritor português mais
completo de todo o século XIX.
 Deixou obras primas na: poesia; no teatro;
na prosa e foi inovando na escrita e na
composição de cada um destes géneros
literários.
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó
bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Almeida Garrett:: Folhas Caídas
Tema: Amor
Não te Amo
Não te amo, quero-
te:
o amar vem d’alma.
E eu n’alma -
tenho a calma,
A calma - do
jazigo.
Ai! não te
amo, não.
Não te amo, quero-
te:
o amor é vida.
E a vida - nem
sentida
A trago eu já
comigo.
Ai, não te
amo, não!
http://www.youtube.com/watch?v=3T_XmB0uu
Kk
Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica.
Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo.
Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em
Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico-
literário então já dominante na Europa.
Regressa em 1826 e passa a participar na vida política, mas tem de se exilar
novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra revolução de D. Miguel.
Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e
participa no cerco do Porto.
Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas.
Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspetor Geral dos Teatros e fundou
o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional.
Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o
período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851)
recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.
A vida :
http://www.youtube.com/watch?v=Sn1c8nslAu
8
A OBRA :
Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em
Portugal ao nível da criação textual.
Processo que iniciou com os poemas:
Camões (1825);
D. Branca (1826).
Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro (recolha de
poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem
Fruto (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas
Caídas (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso.
Na prosa, saliente-se O Arco de Sant'Ana (1.º vol. em 1845 e 2.º em
1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na
Minha Terra (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa
moderna em Portugal.
E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil
Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841) e sobretudo o famoso
drama Frei Luís de Sousa (1844).
http://www.youtube.com/watch?v=CUYkNZh0xa
Q
O ROMANTISMO EM PORTUGAL
O Romantismo português tem de ser enquadrado
no cenário das guerras liberais .
Forma-se à luz dos princípios da
liberdade, igualdade e fraternidade.
Investido de uma dimensão idealista.
Deve ainda referir-se que os nossos primeiros
grandes românticos foram exilados políticos e
contactaram, na Europa, com outros escritores
já empenhados na difusão das normas da nova
estética.
Continua…
Almeida Garrett pelo escultor António Pinheiro.
 Costuma datar-se o início do Romantismo em
1825 com a publicação, em Paris, do poema
Camões de Garrett. Todavia, esta obra não teve
sequência imediata e é mais correto datá-lo de
1836, ano de publicação de A Voz do Profeta de
Herculano.
 Este é também o ano em que Passos
Manuel, chefe do governo Setembrista, abre
caminho à reforma do teatro português por
Garrett.
http://www.youtube.com/watch?v=8PfOcA7t6E
Q
O ROMANTISMO NA EUROPA
 Foi na Inglaterra que este movimento literário
teve a sua origem.
 Walter
Scott, Byron, Thompson, Wordsworth, Macpher
son, Coleridge e Shelley; são alguns dos
escritores que abriram caminho para a
descrição de uma natureza
saudosista, solitária, povoada de ruínas e
cemitérios, para criação de uma atmosfera
sentimental, aventureira e até revolucionária.
 "A tudo se habitua o homem, a todo o estado
se afaz; e não há dúvida por mais estranha
que o tempo e a repetição dos atos lhe não
faça natural.“
 Tema - Hábito
 "Formou Deus o homem, e o pôs num paraíso de
delícias; tornou a formá-lo a sociedade, e o pôs num
inferno de tolices. O homem - não o homem que
Deus fez, mas o que a sociedade tem
contrafeito, apertando e forçando em seus moldes de
ferro aquela pasta de limo que no paraíso terreal
afeiçoará à imagem da divindade -, o homem assim
aleijado como nós o conhecemos, é o animal mais
absurdo, o mais disparatado e incongruente que
habita na terra.“
 Tema - Homem
 "Imaginar é sonhar, dorme e repousa a vida
no entretanto; sentir é viver
ativamente, cansa-a e consome-a.“
 Tema - Imaginação
 http://www.youtube.com/watch?v=Eo_ei5F-
izo
PASSOS MANUEL
ALMEIDA GARRETT
ALEXANDRE
HERCULANO
JOSÉ ESTEVÃO DE
MAGALHÃES
FREI LUIS DE SOUSA
 Drama –Pressupõe uma ação menos tensa que
a tragédia, menos concentrado numa
crise, mais submetida à influência dos
acontecimentos exteriores.
 Tragédia – poema dramático que desenvolve
uma ação séria e completa, tirado da
história, entre personagens ilustres com o fim
de provocar na alma dos espectadores o terror
e a piedade dados através do espetáculo da
paixões luares em luta entre si ou contra o
destino
ELEMENTOS TRÁGICOS E DRAMÁTICOS EM FREI
LUÍS DE SOUSA:
TRÁGICOS:
 Tema – ilegitimidade de Maria ( adultério )
 Personagens – n.º reduzidos e nobres
 Presságios – ( predestinação ) referida por parte de
Maria e de Telmo em que irá acontecer uma tragédia
 Coro – Frei Jorge e Telmo ( fatalismo/ Destino =
Madalena ) representa o papel de uma pecadora
arrependida, pois amou Manuel de Sousa Coutinho
na presença de D. João de Portugal. Acredita que o
destino trará uma tragédia . Qualquer acção será
irremediável ( predestinação – fatalismo ).
 Estrutura
 Efeitos catárticos – piedade e terror
 Drama:
 A peça é escrita em prosa.
 Espaço:
 O espaço vai-se reduzindo.
 África - Europa – Portugal - Lisboa - Alfeite -
Almada - I palácio – II palácio
 Tempo :
 O tempo vai-se reduzindo, fechando-se dramaticamente em
partes cada vez mais curtas.
 1578 – Madalena casa com D. João. Madalena conhece M. de
Sousa.
 1578 e 1585 – Madalena procura assegurar-se da morte de D.
João
 1585 e 1599 – Madalena casa com M. de Sousa.
 1598 a 1599 ( 1 ano ) – D. João é libertado dirige-se para
Portugal
 28 de julho a 4 de Agosto ( 8 dias ) – Madalena vive de novo no
palácio de D. João.
 Agosto (3 dias ) – D. João apressa-se para chegar
 4 de Agosto ( hoje ) – é um dia fatal para Madalena
 Divisão da peça :
 3 atos escritos em prosa:
 1 ato - Do início até ao incêndio do palácio de
Manuel de Sousa Coutinho.
 2 ato – Até à chegada do Romeiro
 3 ato – Até à morte de Maria
PERSONAGENS:
 Manuel de Sousa
Coutinho – Segundo
marido de madalena; pai
de Maria; teme que D.
João possa regressar
(ideia inconfessada); que
a saúde débil de sua filha
progrida para uma
doença grave ;
decidido, patriota
(incendeia o seu palácio
porque este iria ser
ocupado pelos
governadores espanhóis;
sofre, sente remorsos ao
pensar na cruel situação
em que ficara a sua
querida Maria; Amor
paternal.
 D . João de Portugal –
Casado com Madalena, mas
desaparecido na batalha de
Alcácer Quibir; austero;
sentimento amoroso por
Madalena; sonhador; crente (
quando pensa, por
momentos, que Madalena o
ama ).
Dona Madalena – suporte viúva de D.
João de Portugal; casa com Manuel de S.
Coutinho; nasce Maria, filha de Manuel;
Angustia em relação à situação insegura
do seu casamento; remorso por ter
gostado de Manuel de S. enquanto era
ainda casada com D . João; Inquietação
em relação a Manuel de Sousa e a Maria;
Insegurança e hesitação;
profunda, feminina; mulher p/ lágrimas e
para o amor, ela sofre e sofrerá
sempre, porque a dúvida não a deixará
ser feliz; perfil romântico; solidão.
 Maria de Noronha – Filha
de D. Madalena e D.
João; amor
filial, curiosidade;
sonho, fantasia, idealismo
, filha fatal, adolescente
fantasista, sebastianista
por influência de
Telmo, adivinhava " lia
nos olhos e nas estrelas "
; sempre febril, cresceu
de repente, criança
precoce; gosto pela
aventura, frágil, alta, mag
ra, faces
rosadas, patriota, intuitiva
, inteligente.
 Telmo Pais – escudeiro de família
dos condes Vimioso, sofre pela
volta de D. João, pois esta tirará a
tranquilidade da sua " menina " ;
sofre porque é forçado a ver o seu
velho amo como um intruso que
nunca deveria ter vindo. Por amor
a Maria, dispõe-se a declarar o
Romeiro como um impostor;
confessor das personagens
femininas; o coro da
tragédia, sádico, fiel, confiante, de
sentendido, supersticioso, sebasti
anista, humilde, enorme
sabedoria.
A CRENÇA DO SEBASTIANISMO:
 O mito do sebastianismo está espalhado por toda a
obra.
 Logo no início: Madalena afirma a Telmo "..mas as
tuas palavras misteriosas, as tuas alusões frequentes
a esse desgraçado rei de D. Sebastião, que o seu
mais desgraçado povo ainda quis acreditasse que
morresse, por quem ainda espera em sua leal
incredulidade ! "
 No sebastianismo, como ele é representado no Frei
Luís de Sousa, por Telmo e Maria, reside somente a
crença em que o rei ao voltar conduzira a uma época
mundial do direito e da grandeza, a qual será última
no plano de salvação dos Homens.
 Cena I à IV – localização das personagens no tempo
 Ato 1 Cena V à VIII – preparação da acção para o que se ai
passar a seguir
 Cena IX à XII – o Incêndio
 A obra de Frei Luís de Sousa é ambas tragédia e drama, é
tragédia pelo conteúdo do texto e é drama pela forma.
 Cena 1 – solução adotada
 Ato 3 até à 10º cena temos a preparação do desenlace.
 Cena 11 até à 12º temos o desenlace com morte de Maria em
palco
 Ato 3:
 Cena 1 – Manuel debate-se com um dilema enorme, a doença de
filha, a ilegitimidade.
 Maria ficava ilegítima cheia de infâmia tal e qual como Garret.

 Sempre que alguém pergunta a D. João quem ele é, ele
responde espontaneamente "ninguém", este ninguém significa
que D. João de Portugal já não tinha Pátria, não tinha
família, não tinha lugar na sociedade, não tinha o seu
palácio, pois perdeu-o .
A TRAGÉDIA CLÁSSICA:
 A todo o sistema de forças, que comprime e pesa sobre a liberdade
individual, o cidadão, o homem opõe o seu vivo protesto e lança um
desafio ( hybris ).
 À hybris responde a vingança, a punição, o ressentimento, uma espécie
de ciúme ferido pela corajosa atitude assumida pelo homem –
a nemesis divina.
 O coro actua como um trovão ao ímpeto libertário do indivíduo
aconselhado a moderação, o comedimento, a serena contenção, e
traduz as ideias e os sentimentos da média humana. Os
acontecimentos desenrolam-se segundo as cotas das personagens e os
logros do destino, de necessidade do fatum; encadeiam-se uns nos
outro se, por vezes, precipitam a acção no seu curso através de
peripécias ( acontecimentos ), que acabam por voltar o rumo do drama
em sentido inesperado ( catástrofe ). Esta mudança brusca é muitas
vezes levada a cabo por um reconhecimento ( agnórise ) de laços
parentescos até então insuspeitos.
 As consequências patéticas, avolumam-se num crescendo inquietante (
climax ), até se resolver numa reviravolta brusca e brutal dos
acontecimentos – a catástrofe.
ESPECTADOR E ACÇÃO DRAMÁTICA:
 O agenciamento da ação dramática da
tragédia visava a exibição das
consequências (pathos) do descomedimento
humano de modo a sugerir no espectador o
temor religioso ou sua simpatia.
http://www.youtube.com/watch?v=dIQfbcJUkV
U
 Trabalho feito por:
 Bruno Soares;
 Daniel Pinto;
 Paulo Semedo.
 Português, sobre Almeida Garrett.
 25/01/2013

More Related Content

What's hot

Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasNeizy Mandinga
 
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-2021110510459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105AnaRibeiro968038
 
Teatro romântico um auto de gil vicente
Teatro romântico  um auto de gil vicenteTeatro romântico  um auto de gil vicente
Teatro romântico um auto de gil vicenteHelena Coutinho
 
Memorialdo Convento
Memorialdo ConventoMemorialdo Convento
Memorialdo Conventojoanamatux
 
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 anoEsquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 anoericahomemmelo
 
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenário
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenárioAlexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenário
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenárioDomingos Boieiro
 
Trabalho oral de Os Maias
Trabalho oral de Os MaiasTrabalho oral de Os Maias
Trabalho oral de Os MaiasJoana_bessa
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...studio silvio selva
 
Amor de perdicao camilo castelo branco
Amor de perdicao   camilo castelo brancoAmor de perdicao   camilo castelo branco
Amor de perdicao camilo castelo brancoAnaRibeiro968038
 

What's hot (20)

Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
 
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-2021110510459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
 
Frei luis
Frei luisFrei luis
Frei luis
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de SousaFrei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
João da Ega
João da EgaJoão da Ega
João da Ega
 
A Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de CesárioA Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de Cesário
 
Teatro romântico um auto de gil vicente
Teatro romântico  um auto de gil vicenteTeatro romântico  um auto de gil vicente
Teatro romântico um auto de gil vicente
 
Memorialdo Convento
Memorialdo ConventoMemorialdo Convento
Memorialdo Convento
 
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 anoEsquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
 
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenário
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenárioAlexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenário
Alexandre herculano biobibliografia comemorativa do bicentenário
 
Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
 
Trabalho oral de Os Maias
Trabalho oral de Os MaiasTrabalho oral de Os Maias
Trabalho oral de Os Maias
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Ubu rei
Ubu  reiUbu  rei
Ubu rei
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Memorial Do Convento
Memorial Do ConventoMemorial Do Convento
Memorial Do Convento
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...
A commedia dell'arte- Máscaras, duplicidade e riso diabólico de Arlequim- Nan...
 
Amor de perdicao camilo castelo branco
Amor de perdicao   camilo castelo brancoAmor de perdicao   camilo castelo branco
Amor de perdicao camilo castelo branco
 

Similar to Almeida garett

Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousaMaria da Paz
 
frei luis_sousa_sintese_unidade
 frei luis_sousa_sintese_unidade frei luis_sousa_sintese_unidade
frei luis_sousa_sintese_unidadeRita Carvalho
 
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeEnc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeFernanda Pereira
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugalJonatas Carlos
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94luisprista
 
O romantismo em_portugal
O romantismo em_portugalO romantismo em_portugal
O romantismo em_portugalDaianniSilv
 
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfenc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfFranciscoBatalha1
 
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfFrei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfLibnioCarvalhais1
 
Almeida Garrett, historia
Almeida Garrett, historiaAlmeida Garrett, historia
Almeida Garrett, historiaTomás Verdelho
 
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.doc
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.docFrei Luís de Sousa de Almeida Garrett.doc
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.docVanda Do Céu Magessi
 
Amor de prdiçao
Amor de prdiçaoAmor de prdiçao
Amor de prdiçaoVanokass
 
Almeida Garrett
Almeida Garrett Almeida Garrett
Almeida Garrett andreaires
 
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab Oro
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab OroPanorama Do Teatro Ocidental Elisab Oro
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab OroClaudia Venturi
 

Similar to Almeida garett (20)

Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousa
 
..
....
..
 
frei luis_sousa_sintese_unidade
 frei luis_sousa_sintese_unidade frei luis_sousa_sintese_unidade
frei luis_sousa_sintese_unidade
 
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidadeEnc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
Enc11 frei luis_sousa_sintese_unidade
 
Frei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, sínteseFrei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, síntese
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
 
O romantismo em_portugal
O romantismo em_portugalO romantismo em_portugal
O romantismo em_portugal
 
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdfenc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
enc11_frei_luis_sousa_sintese_unidade.pptx.pdf
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de SousaFrei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
Felizmente Há Luar
Felizmente Há LuarFelizmente Há Luar
Felizmente Há Luar
 
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdfFrei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
Frei Luis de Sousa- Resumo R.pdf
 
Almeida Garrett, historia
Almeida Garrett, historiaAlmeida Garrett, historia
Almeida Garrett, historia
 
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.doc
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.docFrei Luís de Sousa de Almeida Garrett.doc
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.doc
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Amor de prdiçao
Amor de prdiçaoAmor de prdiçao
Amor de prdiçao
 
Os Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicosOs Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicos
 
Frei Luís de Souza - 2ª A - 2011
Frei Luís de Souza  -  2ª A - 2011Frei Luís de Souza  -  2ª A - 2011
Frei Luís de Souza - 2ª A - 2011
 
Almeida Garrett
Almeida Garrett Almeida Garrett
Almeida Garrett
 
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab Oro
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab OroPanorama Do Teatro Ocidental Elisab Oro
Panorama Do Teatro Ocidental Elisab Oro
 

Almeida garett

  • 1. Sobre quem vamos falar meninos?? Sobre Almeida Garrett.
  • 2. E QUEM É ALMEIDA GARRETT?  João Baptista da Silva Leitão- Almeida Garrett  Nasceu em 1799 no Porto e faleceu em Lisboa em 1854 . É provavelmente o escritor português mais completo de todo o século XIX.  Deixou obras primas na: poesia; no teatro; na prosa e foi inovando na escrita e na composição de cada um destes géneros literários.
  • 3. Ai! não te amo, não; e só te quero De um querer bruto e fero Que o sangue me devora, Não chega ao coração. Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela. Quem ama a aziaga estrela Que lhe luz na má hora Da sua perdição? E quero-te, e não te amo, que é forçado, De mau, feitiço azado Este indigno furor. Mas oh! não te amo, não. E infame sou, porque te quero; e tanto Que de mim tenho espanto, De ti medo e terror... Mas amar!... não te amo, não. Almeida Garrett:: Folhas Caídas Tema: Amor Não te Amo Não te amo, quero- te: o amar vem d’alma. E eu n’alma - tenho a calma, A calma - do jazigo. Ai! não te amo, não. Não te amo, quero- te: o amor é vida. E a vida - nem sentida A trago eu já comigo. Ai, não te amo, não!
  • 4.
  • 6. Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica. Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo. Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico- literário então já dominante na Europa. Regressa em 1826 e passa a participar na vida política, mas tem de se exilar novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra revolução de D. Miguel. Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco do Porto. Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas. Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspetor Geral dos Teatros e fundou o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional. Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851) recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. A vida :
  • 8. A OBRA : Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em Portugal ao nível da criação textual. Processo que iniciou com os poemas: Camões (1825); D. Branca (1826). Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro (recolha de poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem Fruto (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas Caídas (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso. Na prosa, saliente-se O Arco de Sant'Ana (1.º vol. em 1845 e 2.º em 1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na Minha Terra (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa moderna em Portugal. E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841) e sobretudo o famoso drama Frei Luís de Sousa (1844).
  • 10. O ROMANTISMO EM PORTUGAL O Romantismo português tem de ser enquadrado no cenário das guerras liberais . Forma-se à luz dos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade. Investido de uma dimensão idealista. Deve ainda referir-se que os nossos primeiros grandes românticos foram exilados políticos e contactaram, na Europa, com outros escritores já empenhados na difusão das normas da nova estética. Continua…
  • 11. Almeida Garrett pelo escultor António Pinheiro.
  • 12.  Costuma datar-se o início do Romantismo em 1825 com a publicação, em Paris, do poema Camões de Garrett. Todavia, esta obra não teve sequência imediata e é mais correto datá-lo de 1836, ano de publicação de A Voz do Profeta de Herculano.  Este é também o ano em que Passos Manuel, chefe do governo Setembrista, abre caminho à reforma do teatro português por Garrett.
  • 14. O ROMANTISMO NA EUROPA  Foi na Inglaterra que este movimento literário teve a sua origem.  Walter Scott, Byron, Thompson, Wordsworth, Macpher son, Coleridge e Shelley; são alguns dos escritores que abriram caminho para a descrição de uma natureza saudosista, solitária, povoada de ruínas e cemitérios, para criação de uma atmosfera sentimental, aventureira e até revolucionária.
  • 15.  "A tudo se habitua o homem, a todo o estado se afaz; e não há dúvida por mais estranha que o tempo e a repetição dos atos lhe não faça natural.“  Tema - Hábito
  • 16.  "Formou Deus o homem, e o pôs num paraíso de delícias; tornou a formá-lo a sociedade, e o pôs num inferno de tolices. O homem - não o homem que Deus fez, mas o que a sociedade tem contrafeito, apertando e forçando em seus moldes de ferro aquela pasta de limo que no paraíso terreal afeiçoará à imagem da divindade -, o homem assim aleijado como nós o conhecemos, é o animal mais absurdo, o mais disparatado e incongruente que habita na terra.“  Tema - Homem
  • 17.  "Imaginar é sonhar, dorme e repousa a vida no entretanto; sentir é viver ativamente, cansa-a e consome-a.“  Tema - Imaginação
  • 20. FREI LUIS DE SOUSA  Drama –Pressupõe uma ação menos tensa que a tragédia, menos concentrado numa crise, mais submetida à influência dos acontecimentos exteriores.  Tragédia – poema dramático que desenvolve uma ação séria e completa, tirado da história, entre personagens ilustres com o fim de provocar na alma dos espectadores o terror e a piedade dados através do espetáculo da paixões luares em luta entre si ou contra o destino
  • 21. ELEMENTOS TRÁGICOS E DRAMÁTICOS EM FREI LUÍS DE SOUSA: TRÁGICOS:  Tema – ilegitimidade de Maria ( adultério )  Personagens – n.º reduzidos e nobres  Presságios – ( predestinação ) referida por parte de Maria e de Telmo em que irá acontecer uma tragédia  Coro – Frei Jorge e Telmo ( fatalismo/ Destino = Madalena ) representa o papel de uma pecadora arrependida, pois amou Manuel de Sousa Coutinho na presença de D. João de Portugal. Acredita que o destino trará uma tragédia . Qualquer acção será irremediável ( predestinação – fatalismo ).  Estrutura  Efeitos catárticos – piedade e terror
  • 22.  Drama:  A peça é escrita em prosa.
  • 23.  Espaço:  O espaço vai-se reduzindo.  África - Europa – Portugal - Lisboa - Alfeite - Almada - I palácio – II palácio
  • 24.  Tempo :  O tempo vai-se reduzindo, fechando-se dramaticamente em partes cada vez mais curtas.  1578 – Madalena casa com D. João. Madalena conhece M. de Sousa.  1578 e 1585 – Madalena procura assegurar-se da morte de D. João  1585 e 1599 – Madalena casa com M. de Sousa.  1598 a 1599 ( 1 ano ) – D. João é libertado dirige-se para Portugal  28 de julho a 4 de Agosto ( 8 dias ) – Madalena vive de novo no palácio de D. João.  Agosto (3 dias ) – D. João apressa-se para chegar  4 de Agosto ( hoje ) – é um dia fatal para Madalena
  • 25.  Divisão da peça :  3 atos escritos em prosa:  1 ato - Do início até ao incêndio do palácio de Manuel de Sousa Coutinho.  2 ato – Até à chegada do Romeiro  3 ato – Até à morte de Maria
  • 26. PERSONAGENS:  Manuel de Sousa Coutinho – Segundo marido de madalena; pai de Maria; teme que D. João possa regressar (ideia inconfessada); que a saúde débil de sua filha progrida para uma doença grave ; decidido, patriota (incendeia o seu palácio porque este iria ser ocupado pelos governadores espanhóis; sofre, sente remorsos ao pensar na cruel situação em que ficara a sua querida Maria; Amor paternal.
  • 27.  D . João de Portugal – Casado com Madalena, mas desaparecido na batalha de Alcácer Quibir; austero; sentimento amoroso por Madalena; sonhador; crente ( quando pensa, por momentos, que Madalena o ama ). Dona Madalena – suporte viúva de D. João de Portugal; casa com Manuel de S. Coutinho; nasce Maria, filha de Manuel; Angustia em relação à situação insegura do seu casamento; remorso por ter gostado de Manuel de S. enquanto era ainda casada com D . João; Inquietação em relação a Manuel de Sousa e a Maria; Insegurança e hesitação; profunda, feminina; mulher p/ lágrimas e para o amor, ela sofre e sofrerá sempre, porque a dúvida não a deixará ser feliz; perfil romântico; solidão.
  • 28.  Maria de Noronha – Filha de D. Madalena e D. João; amor filial, curiosidade; sonho, fantasia, idealismo , filha fatal, adolescente fantasista, sebastianista por influência de Telmo, adivinhava " lia nos olhos e nas estrelas " ; sempre febril, cresceu de repente, criança precoce; gosto pela aventura, frágil, alta, mag ra, faces rosadas, patriota, intuitiva , inteligente.
  • 29.  Telmo Pais – escudeiro de família dos condes Vimioso, sofre pela volta de D. João, pois esta tirará a tranquilidade da sua " menina " ; sofre porque é forçado a ver o seu velho amo como um intruso que nunca deveria ter vindo. Por amor a Maria, dispõe-se a declarar o Romeiro como um impostor; confessor das personagens femininas; o coro da tragédia, sádico, fiel, confiante, de sentendido, supersticioso, sebasti anista, humilde, enorme sabedoria.
  • 30. A CRENÇA DO SEBASTIANISMO:  O mito do sebastianismo está espalhado por toda a obra.  Logo no início: Madalena afirma a Telmo "..mas as tuas palavras misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse desgraçado rei de D. Sebastião, que o seu mais desgraçado povo ainda quis acreditasse que morresse, por quem ainda espera em sua leal incredulidade ! "  No sebastianismo, como ele é representado no Frei Luís de Sousa, por Telmo e Maria, reside somente a crença em que o rei ao voltar conduzira a uma época mundial do direito e da grandeza, a qual será última no plano de salvação dos Homens.
  • 31.  Cena I à IV – localização das personagens no tempo  Ato 1 Cena V à VIII – preparação da acção para o que se ai passar a seguir  Cena IX à XII – o Incêndio  A obra de Frei Luís de Sousa é ambas tragédia e drama, é tragédia pelo conteúdo do texto e é drama pela forma.  Cena 1 – solução adotada  Ato 3 até à 10º cena temos a preparação do desenlace.  Cena 11 até à 12º temos o desenlace com morte de Maria em palco  Ato 3:  Cena 1 – Manuel debate-se com um dilema enorme, a doença de filha, a ilegitimidade.  Maria ficava ilegítima cheia de infâmia tal e qual como Garret.   Sempre que alguém pergunta a D. João quem ele é, ele responde espontaneamente "ninguém", este ninguém significa que D. João de Portugal já não tinha Pátria, não tinha família, não tinha lugar na sociedade, não tinha o seu palácio, pois perdeu-o .
  • 32. A TRAGÉDIA CLÁSSICA:  A todo o sistema de forças, que comprime e pesa sobre a liberdade individual, o cidadão, o homem opõe o seu vivo protesto e lança um desafio ( hybris ).  À hybris responde a vingança, a punição, o ressentimento, uma espécie de ciúme ferido pela corajosa atitude assumida pelo homem – a nemesis divina.  O coro actua como um trovão ao ímpeto libertário do indivíduo aconselhado a moderação, o comedimento, a serena contenção, e traduz as ideias e os sentimentos da média humana. Os acontecimentos desenrolam-se segundo as cotas das personagens e os logros do destino, de necessidade do fatum; encadeiam-se uns nos outro se, por vezes, precipitam a acção no seu curso através de peripécias ( acontecimentos ), que acabam por voltar o rumo do drama em sentido inesperado ( catástrofe ). Esta mudança brusca é muitas vezes levada a cabo por um reconhecimento ( agnórise ) de laços parentescos até então insuspeitos.  As consequências patéticas, avolumam-se num crescendo inquietante ( climax ), até se resolver numa reviravolta brusca e brutal dos acontecimentos – a catástrofe.
  • 33.
  • 34. ESPECTADOR E ACÇÃO DRAMÁTICA:  O agenciamento da ação dramática da tragédia visava a exibição das consequências (pathos) do descomedimento humano de modo a sugerir no espectador o temor religioso ou sua simpatia.
  • 36.  Trabalho feito por:  Bruno Soares;  Daniel Pinto;  Paulo Semedo.  Português, sobre Almeida Garrett.  25/01/2013