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Prof. Dr. Renato Bulcão
UNIDADE I
Ciências Sociais
 O senso comum é a nossa primeira forma de compreensão do mundo,
resultante da herança cultural dos grupos sociais em que estamos inseridos. É um
conhecimento transmitido de geração em geração por meio da educação informal
e é baseado em imitações e experiências pessoais.
 O desenvolvimento da razão conduziu a uma nova atitude diante da possibilidade
de explicar os fatos sociais de maneira lógica e coerente.
 O conhecimento científico se pauta na realidade concreta
e é baseado na experimentação e não apenas na razão.
 É um saber que possui uma ordenação lógica e busca
constantemente se repensar.
As origens do pensamento científico sobre o social
 Em A Utopia, Thomas Morus (1478-1535) defende a igualdade e a concórdia e
concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de
vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.
 Em sua obra O Príncipe, Maquiavel afirma que o destino da sociedade depende da
ação dos governantes e explora as condições pelas quais um monarca absoluto é
capaz de obter êxitos. Além disso, Maquiavel acredita que o poder depende das
características pessoais do governante, de suas virtudes, das circunstâncias
históricas e de fatos que ocorrem independentemente de sua vontade.
A sociologia pré-científica
Renascimento
Os valores sociais eram:
 Antropocentrismo: o homem se coloca como centro de tudo;
 Laicidade: separação das questões transcendentais das preocupações
imediatas do dia a dia;
 Individualismo: valorização da autonomia individual em detrimento
da coletividade;
 Racionalismo: modo de pensar que atribui valor somente
à razão;
 Hedonismo: dedicação ao prazer como estilo de vida.
A sociologia pré-científica
O século das luzes
 Os filósofos iluministas concebiam a política como uma coletividade organizada
e contratual. O poder surgiu como uma construção lógica e jurídica que
independia de quem o ocupava e se fazia de forma temporária ou representativa.
 A sociedade passou a ser vista como portadora de diferentes instâncias, como
a política, a jurídica, a social e a econômica, ou seja, surgiu a percepção de que
o funcionamento da sociedade dependia da relação entre as partes que
a compunham.
 Em um contexto de luta contra o poder absolutista
que atravancava o desenvolvimento do comércio e a
efetivação dos princípios de representatividade política,
as massas foram conclamadas a defender a democracia
e a igualdade jurídica entre os homens na constituição de
um regime republicano.
A sociologia pré-científica
 Eu concebo na espécie humana duas espécies de desigualdades: uma, que
chamo de natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste
na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades do
espírito ou da alma; outra, a que se pode chamar de desigualdade moral ou
política, pois depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida, ou ao
menos autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste esta nos diferentes
privilégios desfrutados por alguns em prejuízo dos demais, como o de serem mais
ricos, mais respeitados, mais poderosos que estes, ou mesmo mais obedecidos
(ROUSSEAU).
 O primeiro que, cercando um terreno, se lembrou de
dizer: isto é meu, e encontrou pessoas bastantes simples
para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade
civil (ROUSSEAU).
O pensamento científico sobre o social
Quando Rousseau critica a formação da propriedade privada como um problema
da humanidade, ele está criticando a adoção de qual pecado capital como um
sentimento normal?
a) Luxúria.
b) Inveja.
c) Preguiça.
d) Orgulho.
e) Ganância.
Interatividade
Quando Rousseau critica a formação da propriedade privada como um problema
da humanidade, ele está criticando a adoção de qual pecado capital como um
sentimento normal?
a) Luxúria.
b) Inveja.
c) Preguiça.
d) Orgulho.
e) Ganância.
Resposta
Revoluções burguesas
 As revoluções burguesas foram: a Revolução Gloriosa (1680), na Inglaterra, a
Revolução Francesa (1789), a Independência Americana (1776) e a Revolução
Industrial inglesa a partir de 1750.
Transformações sociais do século XVIII
Revolução Industrial
 A Revolução Industrial significou mais do que a introdução da máquina a vapor e
o aperfeiçoamento dos métodos produtivos, ela nasceu sob a égide da liberdade
ao permitir aos empresários industriais que desenvolvessem e criassem novas
formas de produzir e enriquecer.
Transformações sociais do século XVIII
Aparecimento da
máquina a vapor
Aumento da produção
Melhoria nos transportes
Crescimento das cidades
Fonte: Livro-texto.
Revolução Francesa
 A crítica racional da vida em sociedade propiciou ao povo questionar as
instituições políticas absolutistas e de base feudal presentes na França.
 O povo não aguentava mais pagar as altas taxas de impostos para manutenção
de um grupo social que nada produzia.
 A burguesia também se opunha ao regime monárquico, pois este não permitia
a livre constituição de empresas e a impossibilitava de realizar seus
interesses econômicos.
 Em 1789, com a mobilização das massas em torno da
defesa da igualdade e da liberdade, a burguesia tomou
o poder e passou a atuar para a desestruturação do
sistema feudal (agrário) que ainda era predominante
na Europa.
Transformações sociais do século XVIII
 O pensamento sociológico clássico tenta compreender a sociedade industrial.
Esse é o motivo de se estudar pensadores que viveram no século XIX.
 A importância da compreensão das principais matrizes do pensamento social se
deve à sua capacidade de explicar o mundo contemporâneo, ou seja, a atualidade
dessas obras reside no fato de que elas não foram corroídas pelo tempo e são
plenamente capazes de lançar luz à compreensão dos problemas sociais
presentes no mundo atual.
As principais contribuições do pensamento sociológico clássico
A palavra revolução foi usada para denominar modificações fortes nos sistemas
estabelecidos na cultura da Europa, tais como o predomínio da religião, o
feudalismo baseado na agricultura e o sistema de monarquia. Mas o que significa
originalmente revolução?
a) Período de tempo que corpos celestes empregam em percorrer a sua órbita.
b) Mudança brusca e violenta na estrutura social ou política de um Estado.
c) Perturbação moral, indignação, agitação.
d)Náusea, repulsa, nojo.
e)Giro completo do eixo de um motor.
Interatividade
A palavra revolução foi usada para denominar modificações fortes nos sistemas
estabelecidos na cultura da Europa, tais como o predomínio da religião, o
feudalismo baseado na agricultura e o sistema de monarquia. Mas o que significa
originalmente revolução?
a) Período de tempo que corpos celestes empregam em percorrer a sua órbita.
b) Mudança brusca e violenta na estrutura social ou política de um Estado.
c) Perturbação moral, indignação, agitação.
d)Náusea, repulsa, nojo.
e)Giro completo do eixo de um motor.
Resposta
 É considerado o fundador da sociologia, pois foi ele o primeiro a definir
precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação
e, além disso, a definir a especificidade do estudo científico da sociedade.
 Referências ao funcionamento do corpo humano e à teoria da evolução geral das
espécies de Darwin foram utilizadas como parâmetros para o estudo da sociedade.
 Ele foi um crítico das ideias de Rousseau e das ideias
iluministas que preconizavam a liberdade e a igualdade
entre os homens e conduziram estes à discórdia.
O restabelecimento da coesão social só seria possível
com a constituição de uma nova ordem de ideias e
conhecimentos representados pelo positivismo.
Augusto Comte (1798-1857)
A relação indivíduo versus sociedade
 Como quaisquer animais, os humanos nascem dotados de impulsos, instintos
e desejos herdados da natureza.
 Para conviverem pacificamente, os indivíduos devem aprender a limitar seus
impulsos, desejos e instintos, que geralmente são violentos ou sexuais. Para isso,
a sociedade estabelece valores e normas para guiar o comportamento dos
indivíduos e conduzi-los à convivência harmoniosa.
 São as instituições que fazem o trabalho de transferência
dos valores e normas sociais para os indivíduos,
habituando-os à vida social. A esse processo
educativo denominamos socialização.
Émile Durkheim e o pensamento positivista
Os fatos sociais e a consciência coletiva
 Os fatos sociais são de natureza coletiva e se apresentam ao indivíduo como
exteriores e coercitivos.
Os fatos sociais são todos aqueles que apresentam três características:
 Exterioridade: não foram criados por nós, são exteriores à nossa vontade.
 Coercitividade: enquadram nosso comportamento, atuam
pela intimidação e induzem o homem à aceitação das regras.
 Generalidade: qualidade do que é geral, ou seja, atingem
um grande número de pessoas na sociedade.
Émile Durkheim e o pensamento positivista
 O crime: é aquele desvio que uma sociedade considerou tão perigoso e ofensivo
que resolveu inibir ou punir com a lei.
Para Durkheim, nenhuma sociedade estaria livre do crime:
 Como toda sociedade institui normas, o crime existirá sempre que alguém quebrar
essas normas.
 O crime representa a desagregação dos laços que unem
os indivíduos.
Émile Durkheim e o pensamento positivista
Solidariedade mecânica e orgânica
Durkheim identificou dois tipos de solidariedade social:
 Solidariedade mecânica: significa a união de pessoas a partir da semelhança
na religião, na tradição ou nos sentimentos.
 Solidariedade orgânica: é a união de pessoas a partir da
dependência que uma tem da outra para realizar alguma
atividade social; é a dependência que cada um tem da
atividade do outro.
Émile Durkheim e o pensamento positivista
Divisão do trabalho social
 Karl Marx foi fortemente influenciado por Hegel (1770-1831), que sistematizou os
princípios da dialética. A dialética considera que as coisas possuem movimento e
estão relacionadas umas com as outras. A realidade é um constante devir e seria
marcada pela luta de opostos. Nesse modelo de análise, é a contradição que atua
como verdadeiro motor do pensamento.
 O trabalhador não possui máquinas ou ferramentas,
apenas seus próprios músculos e nervos; não define
o lugar nem a jornada de trabalho; não define
o que, como ou com que velocidade produzir;
a máquina “usa” o trabalhador.
 Portanto, na dialética marxista, o dono das máquinas
está sempre em oposição aos trabalhadores.
Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
Classes sociais
 A grande burguesia: classe detentora do poder econômico e dos meios de
produção (1%).
 A burguesia (10%).
 O proletariado: não possui o poder econômico nem os modos de produção e, por
isso, vende seu trabalho em troca de salário (40-80%).
 O lumpen: aqueles que são tão pobres e
desorganizados, analfabetos e desprovidos, que não
conseguem participar da sociedade organizada (5-30%).
Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
Salário, valor, lucro e mais-valia
 O salário é o valor da força de trabalho, considerada no capitalismo como
uma mercadoria qualquer. Corresponde à quantia que permite ao trabalhador
alimentar-se, vestir-se e cuidar dos filhos, garantindo, portanto, a reprodução
das condições de vida do trabalhador e de sua família.
 O assalariado ganha menos do que a riqueza que produz. A diferença entre
o valor da riqueza produzida e o salário é o lucro. Se o capitalista pagasse
ao assalariado o valor da riqueza que este produz, não haveria exploração.
 Mais-valia é a diferença entre o preço de custo da força
de trabalho (salário) e o valor da mercadoria produzida.
Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
Ideologia burguesa e alienação
 A ideologia burguesa procura criar uma “falsa consciência”, com o objetivo
fazer com que as pessoas não percebam que a sociedade é dividida em classes
sociais. Desse modo, essa ideologia contribui para a manutenção das estruturas
de dominação.
 Alienação, no capitalismo, é a falta de consciência que é o seu
trabalho que enriquece o patrão. O trabalhador se aliena,
pois não se vê como produtor das riquezas.
Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
Fonte: https://guides.wikinut.com/img/1948zbnxvgjkqq5m/Karl-Marx
A amplitude da contribuição de Karl Marx
 No plano cultural, a dominação burguesa se dá pelo controle dos meios de
comunicação de massa, que difunde os valores e concepções da burguesia.
 Suas ideias tiveram ampla repercussão em todo o mundo, incentivando a
formação de partidos marxistas, de sindicatos contestadores da ordem e de
revoluções como a Revolução Russa (1917), a Revolução Chinesa (1949) e a
Revolução Cubana (1959).
Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
Fonte: https://www.alamy.com/stock-photo-crowd-cheering-
before-quirinal-after-attempt-on-king-of-italys-life-
55178743.html
Em muitos países existe uma confusão entre burguesia e grande burguesia,
proletariado e lumpen. As pessoas usam as palavras como sinônimo. No caso da
confusão entre proletários e lumpen, por que existe confusão entre as duas
categorias?
a) Porque todos os pobres são iguais.
b) Porque a maioria da classe trabalhadora mora em favelas.
c) Porque a esquerda quer contar com os votos dos miseráveis.
d)Porque realmente não há diferença.
e)Porque todos os trabalhadores se sentem mendigos.
Interatividade
Em muitos países existe uma confusão entre burguesia e grande burguesia,
proletariado e lumpen. As pessoas usam as palavras como sinônimo. No caso da
confusão entre proletários e lumpen, por que existe confusão entre as duas
categorias?
a) Porque todos os pobres são iguais.
b) Porque a maioria da classe trabalhadora mora em favelas.
c) Porque a esquerda quer contar com os votos dos miseráveis.
d)Porque realmente não há diferença.
e)Porque todos os trabalhadores se sentem mendigos.
Resposta
Ação social e tipo ideal
 Sua preocupação central era entender a maneira como a razão podia apreender
o conhecimento, pois os acontecimentos são compreendidos não pela sua
concretude, mas pela maneira como são interiorizados pelos seres humanos.
 Ação social é qualquer ação que um indivíduo faz orientando-se pela ação
dos outros.
 O tipo ideal é um recurso metodológico que permite dar
um enfoque ao pesquisador em meio à variedade de
fenômenos observáveis na vida social.
Max Weber e a busca das conexões de sentido
A tarefa do cientista
 Ao conceber o cientista como o homem das análises frias e penetrantes, e o
político como o homem da ação e decisão, comprometido com as questões
práticas, identifica-se dois tipos de ética: a do cientista é a ética da convicção e a
do político é a ética da responsabilidade. Consequentemente, caberia ao cientista
oferecer ao político o entendimento claro de sua conduta.
 Os políticos podem exercer a política por vocação
e buscam o bem comum. Estes vivem para a política.
Mas há os políticos que encaram sua atividade como um
emprego e não se comprometem com as necessidades
reais do país. Estes vivem da política.
Max Weber e a busca das conexões de sentido
A ética protestante e o espírito do capitalismo
 Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através
dos valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. O teórico buscou
examinar as implicações das orientações religiosas na conduta econômica dos
indivíduos e, com suas pesquisas, constatou que, para algumas seitas
protestantes puritanas, o êxito econômico era um indício da bênção de Deus.
Para os calvinistas, a salvação estava vinculada à glorificação de Deus através
do trabalho.
Max Weber e a busca das conexões de sentido
Teoria da burocracia e os tipos de dominação
 A burocracia surge de necessidades técnicas de coordenação, de supervisão e de
planejamento de produção e também para proteger o indivíduo e dar tratamento
igualitário às partes interessadas.
 Para Weber, a função da burocracia é reduzir conflitos e as regras economizariam
esforços, pois eliminariam a necessidade de encontrar uma nova solução para
cada problema e facilitariam a padronização e igualdade no tratamento de
muitos casos.
Max Weber e a busca das conexões de sentido
Industrialização e formação da sociedade de classes
 A sociedade brasileira se constituiu com o processo de expansão do capitalismo
europeu a partir do século XV.
 O processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao desenvolvimento da
economia cafeeira no Estado de São Paulo.
 No início dos anos 1920, grandes empresas norte-americanas instalaram filiais no
Brasil. Com a crise mundial do início dos anos 1930, a economia brasileira deixou
de se voltar à exportação e se apoiou na interiorização e na industrialização.
 Foi somente com a chegada de empresas estrangeiras
que, na década de 1950, o desenvolvimento industrial
ganhou forte impulso.
A formação da sociedade capitalista no Brasil
O capitalismo dependente
 A elite que atua como agente dependente do capitalismo internacional
e do Estado.
 O povo atuaria como figurante ou espectador nas principais decisões sobre
o destino do país.
 Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, na qual o povo age como
massa e a elite como agente dos interesses internacionais
(Fernando Henrique Cardoso).
A formação da sociedade capitalista no Brasil
Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através dos
valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. Dentro da ética
protestante, qual o maior valor que um homem podia alcançar por si mesmo?
a) Ser o melhor guerreiro.
b) Rezar muito para alcançar o paraíso.
c) Viver do fruto do seu trabalho.
d) Ser leal ao seu senhor.
e) Obedecer os mandamentos da Igreja.
Interatividade
Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através dos
valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. Dentro da ética
protestante, qual o maior valor que um homem podia alcançar por si mesmo?
a) Ser o melhor guerreiro.
b) Rezar muito para alcançar o paraíso.
c) Viver do fruto do seu trabalho.
d) Ser leal ao seu senhor.
e) Obedecer os mandamentos da Igreja.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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  • 1. Prof. Dr. Renato Bulcão UNIDADE I Ciências Sociais
  • 2.  O senso comum é a nossa primeira forma de compreensão do mundo, resultante da herança cultural dos grupos sociais em que estamos inseridos. É um conhecimento transmitido de geração em geração por meio da educação informal e é baseado em imitações e experiências pessoais.  O desenvolvimento da razão conduziu a uma nova atitude diante da possibilidade de explicar os fatos sociais de maneira lógica e coerente.  O conhecimento científico se pauta na realidade concreta e é baseado na experimentação e não apenas na razão.  É um saber que possui uma ordenação lógica e busca constantemente se repensar. As origens do pensamento científico sobre o social
  • 3.  Em A Utopia, Thomas Morus (1478-1535) defende a igualdade e a concórdia e concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.  Em sua obra O Príncipe, Maquiavel afirma que o destino da sociedade depende da ação dos governantes e explora as condições pelas quais um monarca absoluto é capaz de obter êxitos. Além disso, Maquiavel acredita que o poder depende das características pessoais do governante, de suas virtudes, das circunstâncias históricas e de fatos que ocorrem independentemente de sua vontade. A sociologia pré-científica
  • 4. Renascimento Os valores sociais eram:  Antropocentrismo: o homem se coloca como centro de tudo;  Laicidade: separação das questões transcendentais das preocupações imediatas do dia a dia;  Individualismo: valorização da autonomia individual em detrimento da coletividade;  Racionalismo: modo de pensar que atribui valor somente à razão;  Hedonismo: dedicação ao prazer como estilo de vida. A sociologia pré-científica
  • 5. O século das luzes  Os filósofos iluministas concebiam a política como uma coletividade organizada e contratual. O poder surgiu como uma construção lógica e jurídica que independia de quem o ocupava e se fazia de forma temporária ou representativa.  A sociedade passou a ser vista como portadora de diferentes instâncias, como a política, a jurídica, a social e a econômica, ou seja, surgiu a percepção de que o funcionamento da sociedade dependia da relação entre as partes que a compunham.  Em um contexto de luta contra o poder absolutista que atravancava o desenvolvimento do comércio e a efetivação dos princípios de representatividade política, as massas foram conclamadas a defender a democracia e a igualdade jurídica entre os homens na constituição de um regime republicano. A sociologia pré-científica
  • 6.  Eu concebo na espécie humana duas espécies de desigualdades: uma, que chamo de natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades do espírito ou da alma; outra, a que se pode chamar de desigualdade moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida, ou ao menos autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste esta nos diferentes privilégios desfrutados por alguns em prejuízo dos demais, como o de serem mais ricos, mais respeitados, mais poderosos que estes, ou mesmo mais obedecidos (ROUSSEAU).  O primeiro que, cercando um terreno, se lembrou de dizer: isto é meu, e encontrou pessoas bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil (ROUSSEAU). O pensamento científico sobre o social
  • 7. Quando Rousseau critica a formação da propriedade privada como um problema da humanidade, ele está criticando a adoção de qual pecado capital como um sentimento normal? a) Luxúria. b) Inveja. c) Preguiça. d) Orgulho. e) Ganância. Interatividade
  • 8. Quando Rousseau critica a formação da propriedade privada como um problema da humanidade, ele está criticando a adoção de qual pecado capital como um sentimento normal? a) Luxúria. b) Inveja. c) Preguiça. d) Orgulho. e) Ganância. Resposta
  • 9. Revoluções burguesas  As revoluções burguesas foram: a Revolução Gloriosa (1680), na Inglaterra, a Revolução Francesa (1789), a Independência Americana (1776) e a Revolução Industrial inglesa a partir de 1750. Transformações sociais do século XVIII
  • 10. Revolução Industrial  A Revolução Industrial significou mais do que a introdução da máquina a vapor e o aperfeiçoamento dos métodos produtivos, ela nasceu sob a égide da liberdade ao permitir aos empresários industriais que desenvolvessem e criassem novas formas de produzir e enriquecer. Transformações sociais do século XVIII Aparecimento da máquina a vapor Aumento da produção Melhoria nos transportes Crescimento das cidades Fonte: Livro-texto.
  • 11. Revolução Francesa  A crítica racional da vida em sociedade propiciou ao povo questionar as instituições políticas absolutistas e de base feudal presentes na França.  O povo não aguentava mais pagar as altas taxas de impostos para manutenção de um grupo social que nada produzia.  A burguesia também se opunha ao regime monárquico, pois este não permitia a livre constituição de empresas e a impossibilitava de realizar seus interesses econômicos.  Em 1789, com a mobilização das massas em torno da defesa da igualdade e da liberdade, a burguesia tomou o poder e passou a atuar para a desestruturação do sistema feudal (agrário) que ainda era predominante na Europa. Transformações sociais do século XVIII
  • 12.  O pensamento sociológico clássico tenta compreender a sociedade industrial. Esse é o motivo de se estudar pensadores que viveram no século XIX.  A importância da compreensão das principais matrizes do pensamento social se deve à sua capacidade de explicar o mundo contemporâneo, ou seja, a atualidade dessas obras reside no fato de que elas não foram corroídas pelo tempo e são plenamente capazes de lançar luz à compreensão dos problemas sociais presentes no mundo atual. As principais contribuições do pensamento sociológico clássico
  • 13. A palavra revolução foi usada para denominar modificações fortes nos sistemas estabelecidos na cultura da Europa, tais como o predomínio da religião, o feudalismo baseado na agricultura e o sistema de monarquia. Mas o que significa originalmente revolução? a) Período de tempo que corpos celestes empregam em percorrer a sua órbita. b) Mudança brusca e violenta na estrutura social ou política de um Estado. c) Perturbação moral, indignação, agitação. d)Náusea, repulsa, nojo. e)Giro completo do eixo de um motor. Interatividade
  • 14. A palavra revolução foi usada para denominar modificações fortes nos sistemas estabelecidos na cultura da Europa, tais como o predomínio da religião, o feudalismo baseado na agricultura e o sistema de monarquia. Mas o que significa originalmente revolução? a) Período de tempo que corpos celestes empregam em percorrer a sua órbita. b) Mudança brusca e violenta na estrutura social ou política de um Estado. c) Perturbação moral, indignação, agitação. d)Náusea, repulsa, nojo. e)Giro completo do eixo de um motor. Resposta
  • 15.  É considerado o fundador da sociologia, pois foi ele o primeiro a definir precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação e, além disso, a definir a especificidade do estudo científico da sociedade.  Referências ao funcionamento do corpo humano e à teoria da evolução geral das espécies de Darwin foram utilizadas como parâmetros para o estudo da sociedade.  Ele foi um crítico das ideias de Rousseau e das ideias iluministas que preconizavam a liberdade e a igualdade entre os homens e conduziram estes à discórdia. O restabelecimento da coesão social só seria possível com a constituição de uma nova ordem de ideias e conhecimentos representados pelo positivismo. Augusto Comte (1798-1857)
  • 16. A relação indivíduo versus sociedade  Como quaisquer animais, os humanos nascem dotados de impulsos, instintos e desejos herdados da natureza.  Para conviverem pacificamente, os indivíduos devem aprender a limitar seus impulsos, desejos e instintos, que geralmente são violentos ou sexuais. Para isso, a sociedade estabelece valores e normas para guiar o comportamento dos indivíduos e conduzi-los à convivência harmoniosa.  São as instituições que fazem o trabalho de transferência dos valores e normas sociais para os indivíduos, habituando-os à vida social. A esse processo educativo denominamos socialização. Émile Durkheim e o pensamento positivista
  • 17. Os fatos sociais e a consciência coletiva  Os fatos sociais são de natureza coletiva e se apresentam ao indivíduo como exteriores e coercitivos. Os fatos sociais são todos aqueles que apresentam três características:  Exterioridade: não foram criados por nós, são exteriores à nossa vontade.  Coercitividade: enquadram nosso comportamento, atuam pela intimidação e induzem o homem à aceitação das regras.  Generalidade: qualidade do que é geral, ou seja, atingem um grande número de pessoas na sociedade. Émile Durkheim e o pensamento positivista
  • 18.  O crime: é aquele desvio que uma sociedade considerou tão perigoso e ofensivo que resolveu inibir ou punir com a lei. Para Durkheim, nenhuma sociedade estaria livre do crime:  Como toda sociedade institui normas, o crime existirá sempre que alguém quebrar essas normas.  O crime representa a desagregação dos laços que unem os indivíduos. Émile Durkheim e o pensamento positivista
  • 19. Solidariedade mecânica e orgânica Durkheim identificou dois tipos de solidariedade social:  Solidariedade mecânica: significa a união de pessoas a partir da semelhança na religião, na tradição ou nos sentimentos.  Solidariedade orgânica: é a união de pessoas a partir da dependência que uma tem da outra para realizar alguma atividade social; é a dependência que cada um tem da atividade do outro. Émile Durkheim e o pensamento positivista
  • 20. Divisão do trabalho social  Karl Marx foi fortemente influenciado por Hegel (1770-1831), que sistematizou os princípios da dialética. A dialética considera que as coisas possuem movimento e estão relacionadas umas com as outras. A realidade é um constante devir e seria marcada pela luta de opostos. Nesse modelo de análise, é a contradição que atua como verdadeiro motor do pensamento.  O trabalhador não possui máquinas ou ferramentas, apenas seus próprios músculos e nervos; não define o lugar nem a jornada de trabalho; não define o que, como ou com que velocidade produzir; a máquina “usa” o trabalhador.  Portanto, na dialética marxista, o dono das máquinas está sempre em oposição aos trabalhadores. Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
  • 21. Classes sociais  A grande burguesia: classe detentora do poder econômico e dos meios de produção (1%).  A burguesia (10%).  O proletariado: não possui o poder econômico nem os modos de produção e, por isso, vende seu trabalho em troca de salário (40-80%).  O lumpen: aqueles que são tão pobres e desorganizados, analfabetos e desprovidos, que não conseguem participar da sociedade organizada (5-30%). Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
  • 22. Salário, valor, lucro e mais-valia  O salário é o valor da força de trabalho, considerada no capitalismo como uma mercadoria qualquer. Corresponde à quantia que permite ao trabalhador alimentar-se, vestir-se e cuidar dos filhos, garantindo, portanto, a reprodução das condições de vida do trabalhador e de sua família.  O assalariado ganha menos do que a riqueza que produz. A diferença entre o valor da riqueza produzida e o salário é o lucro. Se o capitalista pagasse ao assalariado o valor da riqueza que este produz, não haveria exploração.  Mais-valia é a diferença entre o preço de custo da força de trabalho (salário) e o valor da mercadoria produzida. Karl Marx e o materialismo histórico e dialético
  • 23. Ideologia burguesa e alienação  A ideologia burguesa procura criar uma “falsa consciência”, com o objetivo fazer com que as pessoas não percebam que a sociedade é dividida em classes sociais. Desse modo, essa ideologia contribui para a manutenção das estruturas de dominação.  Alienação, no capitalismo, é a falta de consciência que é o seu trabalho que enriquece o patrão. O trabalhador se aliena, pois não se vê como produtor das riquezas. Karl Marx e o materialismo histórico e dialético Fonte: https://guides.wikinut.com/img/1948zbnxvgjkqq5m/Karl-Marx
  • 24. A amplitude da contribuição de Karl Marx  No plano cultural, a dominação burguesa se dá pelo controle dos meios de comunicação de massa, que difunde os valores e concepções da burguesia.  Suas ideias tiveram ampla repercussão em todo o mundo, incentivando a formação de partidos marxistas, de sindicatos contestadores da ordem e de revoluções como a Revolução Russa (1917), a Revolução Chinesa (1949) e a Revolução Cubana (1959). Karl Marx e o materialismo histórico e dialético Fonte: https://www.alamy.com/stock-photo-crowd-cheering- before-quirinal-after-attempt-on-king-of-italys-life- 55178743.html
  • 25. Em muitos países existe uma confusão entre burguesia e grande burguesia, proletariado e lumpen. As pessoas usam as palavras como sinônimo. No caso da confusão entre proletários e lumpen, por que existe confusão entre as duas categorias? a) Porque todos os pobres são iguais. b) Porque a maioria da classe trabalhadora mora em favelas. c) Porque a esquerda quer contar com os votos dos miseráveis. d)Porque realmente não há diferença. e)Porque todos os trabalhadores se sentem mendigos. Interatividade
  • 26. Em muitos países existe uma confusão entre burguesia e grande burguesia, proletariado e lumpen. As pessoas usam as palavras como sinônimo. No caso da confusão entre proletários e lumpen, por que existe confusão entre as duas categorias? a) Porque todos os pobres são iguais. b) Porque a maioria da classe trabalhadora mora em favelas. c) Porque a esquerda quer contar com os votos dos miseráveis. d)Porque realmente não há diferença. e)Porque todos os trabalhadores se sentem mendigos. Resposta
  • 27. Ação social e tipo ideal  Sua preocupação central era entender a maneira como a razão podia apreender o conhecimento, pois os acontecimentos são compreendidos não pela sua concretude, mas pela maneira como são interiorizados pelos seres humanos.  Ação social é qualquer ação que um indivíduo faz orientando-se pela ação dos outros.  O tipo ideal é um recurso metodológico que permite dar um enfoque ao pesquisador em meio à variedade de fenômenos observáveis na vida social. Max Weber e a busca das conexões de sentido
  • 28. A tarefa do cientista  Ao conceber o cientista como o homem das análises frias e penetrantes, e o político como o homem da ação e decisão, comprometido com as questões práticas, identifica-se dois tipos de ética: a do cientista é a ética da convicção e a do político é a ética da responsabilidade. Consequentemente, caberia ao cientista oferecer ao político o entendimento claro de sua conduta.  Os políticos podem exercer a política por vocação e buscam o bem comum. Estes vivem para a política. Mas há os políticos que encaram sua atividade como um emprego e não se comprometem com as necessidades reais do país. Estes vivem da política. Max Weber e a busca das conexões de sentido
  • 29. A ética protestante e o espírito do capitalismo  Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através dos valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. O teórico buscou examinar as implicações das orientações religiosas na conduta econômica dos indivíduos e, com suas pesquisas, constatou que, para algumas seitas protestantes puritanas, o êxito econômico era um indício da bênção de Deus. Para os calvinistas, a salvação estava vinculada à glorificação de Deus através do trabalho. Max Weber e a busca das conexões de sentido
  • 30. Teoria da burocracia e os tipos de dominação  A burocracia surge de necessidades técnicas de coordenação, de supervisão e de planejamento de produção e também para proteger o indivíduo e dar tratamento igualitário às partes interessadas.  Para Weber, a função da burocracia é reduzir conflitos e as regras economizariam esforços, pois eliminariam a necessidade de encontrar uma nova solução para cada problema e facilitariam a padronização e igualdade no tratamento de muitos casos. Max Weber e a busca das conexões de sentido
  • 31. Industrialização e formação da sociedade de classes  A sociedade brasileira se constituiu com o processo de expansão do capitalismo europeu a partir do século XV.  O processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao desenvolvimento da economia cafeeira no Estado de São Paulo.  No início dos anos 1920, grandes empresas norte-americanas instalaram filiais no Brasil. Com a crise mundial do início dos anos 1930, a economia brasileira deixou de se voltar à exportação e se apoiou na interiorização e na industrialização.  Foi somente com a chegada de empresas estrangeiras que, na década de 1950, o desenvolvimento industrial ganhou forte impulso. A formação da sociedade capitalista no Brasil
  • 32. O capitalismo dependente  A elite que atua como agente dependente do capitalismo internacional e do Estado.  O povo atuaria como figurante ou espectador nas principais decisões sobre o destino do país.  Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, na qual o povo age como massa e a elite como agente dos interesses internacionais (Fernando Henrique Cardoso). A formação da sociedade capitalista no Brasil
  • 33. Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através dos valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. Dentro da ética protestante, qual o maior valor que um homem podia alcançar por si mesmo? a) Ser o melhor guerreiro. b) Rezar muito para alcançar o paraíso. c) Viver do fruto do seu trabalho. d) Ser leal ao seu senhor. e) Obedecer os mandamentos da Igreja. Interatividade
  • 34. Max Weber identificou que o surgimento do capitalismo foi impulsionado através dos valores difundidos pela ética dos protestantes calvinistas. Dentro da ética protestante, qual o maior valor que um homem podia alcançar por si mesmo? a) Ser o melhor guerreiro. b) Rezar muito para alcançar o paraíso. c) Viver do fruto do seu trabalho. d) Ser leal ao seu senhor. e) Obedecer os mandamentos da Igreja. Resposta