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A realização do
Componente Indígena do
Plano Básico Ambiental,
relativo às obras do
Contorno Rodoviário
de Florianópolis é uma
medida de mitigação e
compensação exigida pelo
licenciamento ambiental
federal, conduzido
pelo IBAMA com
participação da Funai.
RELAÇÕES
COM O UNIVERSO NÃO-INDÍGENA
Como acontece com todas as culturas, as
sociedades indígenas transformaram-se
ao longo do tempo através das relações
estabelecidas com outras sociedades e por
suas dinâmicas internas. Por mais que o
modo de viver Guarani tenha sofrido muitas
mudanças, ainda há práticas e valores que
mantêm preservada sua identidade étnica.
A venda de artesanatos é talvez uma das
formas de troca com os não-indígenas
mais conhecidas. Mas não é a única. Vários
guarani estão presentes nas universidades,
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Casa tradicional da aldeia Amâncio
Dona Ilda Benite,
da aldeia de
Itanhaém
CONTORNO
RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS
Desde 2014, essa região está em obras para construção
do Contorno Rodoviário de Florianópolis com o
objetivo de desafogar o intenso tráfego do local. Como
todo empreendimento dessa magnitude, que causa
uma série de impactos ao meio ambiente e às
populações próximas, por lei, é necessário um
processo de licenciamento ambiental.
No licenciamento são feitos estudos que medem essas
interferências causadas pelo empreendimento, tanto
na fase de obras quanto depois durante seu
funcionamento, e propõem que sejam implementadas
medidas para diminuir os impactos, quando possível, e
compensar aqueles que não têm como ser evitados.
No caso dessas comunidades indígenas, essas medidas
são pensadas e realizadas de forma participativa com
os Guarani, que possuem especificidades em seus
modos de vida.
RELIGIÃO
A religiosidade é fundamental para os povos Guarani.
Eles acreditam na existência de diferentes deuses,
sendo o mais representativo deles chamado de
Nhanderu. A visão de mundo Guarani acredita que
existe uma Yvy Marã e’y (terra que nunca acaba, sem
males) e os saberes são transmitidos de geração em
geração na língua tupi-guarani através das inúmeras
narrativas pronunciadas por seus xeramõi e xejary
(anciãos e anciãs). A opy (casa de reza) é um espaço
privilegiado de socialização, vida ritual e relações com
o universo extra-humano.
VOCÊ SABIA QUE HÁ
COMUNIDADES INDÍGENAS
GUARANI NO LITORAL
CATARINENSE?
Na região metropolitana de Florianópolis encontram-se
dez delas: Na região metropolitana de Florianópolis
encontram-se dez delas: Amâncio (Ygua Porã), Amaral
(Mymba Roka), Cambirela, Canelinha (Tava’i),
Itanhaém, Massiambu (Pira Rupa), M’Biguaçu (Yynn
Morotchi Whera), Morro dos Cavalos (Itaty), Praia de
Fora 1 e Paria de Fora 2.
ORGANIZAÇÃO
SOCIOPOLÍTICA
As dez áreas influenciadas pelo empreendimento são
autônomas e se organizam internamente através de
famílias extensas. Todas as comunidades possuem li-
derança própria. Há uma organização política regional
que reúne lideranças Guarani para tratar de assuntos
de interesse comum.
ECONOMIA
A economia Guarani é baseada em relações de trocas
entre as aldeias.
De forma mais aparente, as relações econômicas
se evidenciam na produção agrícola e na confecção
artesanal. A agricultura de subsistência é marcada
pela produção de roças familiares com multicultivo.
Nesse plantio há uma grande valorização de sementes
verdadeiras (aquelas que permanecem conservadas
sob domínio das famílias Guarani consideradas
como sementes sagradas) com variedades de milho,
feijão, batata-doce, aipim, amendoim, melancia,
entre outras. O artesanato, por sua vez, é produzido
em todas as aldeias através do uso de uma grande
variedade de material vegetal extraído da natureza,
como madeira, taquara, cipó e sementes.
ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA
CONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNO
0 10 20 305
km
LEGENDA:
Pedágio
Comunidade
Indígena
Contorno
Rodoviário de
Florianópolis
BR-101
!.
!.
!.
Pedágio
Pedágio
Amaral
Amâncio
Biguaçu
Itanhaém
Canelinha
Massiambu
Cambirela
Praia de Fora I
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Morro dos Cavalos
.
CONHEÇA UM POUQUINHO DA REALIDADE
DOS INDÍGENAS DESSA REGIÃO:
RELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃO
ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁ
Todas as aldeias da
região produzem
artesanato para
comercialização
Casa de reza da
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Milho Guarani: alimento
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  • 1. A realização do Componente Indígena do Plano Básico Ambiental, relativo às obras do Contorno Rodoviário de Florianópolis é uma medida de mitigação e compensação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA com participação da Funai. RELAÇÕES COM O UNIVERSO NÃO-INDÍGENA Como acontece com todas as culturas, as sociedades indígenas transformaram-se ao longo do tempo através das relações estabelecidas com outras sociedades e por suas dinâmicas internas. Por mais que o modo de viver Guarani tenha sofrido muitas mudanças, ainda há práticas e valores que mantêm preservada sua identidade étnica. A venda de artesanatos é talvez uma das formas de troca com os não-indígenas mais conhecidas. Mas não é a única. Vários guarani estão presentes nas universidades, alguns trabalham em instituições públicas. Arandua, em Guarani significa conhecimento/sabedoria RELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕES Casa tradicional da aldeia Amâncio Dona Ilda Benite, da aldeia de Itanhaém
  • 2. CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS Desde 2014, essa região está em obras para construção do Contorno Rodoviário de Florianópolis com o objetivo de desafogar o intenso tráfego do local. Como todo empreendimento dessa magnitude, que causa uma série de impactos ao meio ambiente e às populações próximas, por lei, é necessário um processo de licenciamento ambiental. No licenciamento são feitos estudos que medem essas interferências causadas pelo empreendimento, tanto na fase de obras quanto depois durante seu funcionamento, e propõem que sejam implementadas medidas para diminuir os impactos, quando possível, e compensar aqueles que não têm como ser evitados. No caso dessas comunidades indígenas, essas medidas são pensadas e realizadas de forma participativa com os Guarani, que possuem especificidades em seus modos de vida. RELIGIÃO A religiosidade é fundamental para os povos Guarani. Eles acreditam na existência de diferentes deuses, sendo o mais representativo deles chamado de Nhanderu. A visão de mundo Guarani acredita que existe uma Yvy Marã e’y (terra que nunca acaba, sem males) e os saberes são transmitidos de geração em geração na língua tupi-guarani através das inúmeras narrativas pronunciadas por seus xeramõi e xejary (anciãos e anciãs). A opy (casa de reza) é um espaço privilegiado de socialização, vida ritual e relações com o universo extra-humano. VOCÊ SABIA QUE HÁ COMUNIDADES INDÍGENAS GUARANI NO LITORAL CATARINENSE? Na região metropolitana de Florianópolis encontram-se dez delas: Na região metropolitana de Florianópolis encontram-se dez delas: Amâncio (Ygua Porã), Amaral (Mymba Roka), Cambirela, Canelinha (Tava’i), Itanhaém, Massiambu (Pira Rupa), M’Biguaçu (Yynn Morotchi Whera), Morro dos Cavalos (Itaty), Praia de Fora 1 e Paria de Fora 2. ORGANIZAÇÃO SOCIOPOLÍTICA As dez áreas influenciadas pelo empreendimento são autônomas e se organizam internamente através de famílias extensas. Todas as comunidades possuem li- derança própria. Há uma organização política regional que reúne lideranças Guarani para tratar de assuntos de interesse comum. ECONOMIA A economia Guarani é baseada em relações de trocas entre as aldeias. De forma mais aparente, as relações econômicas se evidenciam na produção agrícola e na confecção artesanal. A agricultura de subsistência é marcada pela produção de roças familiares com multicultivo. Nesse plantio há uma grande valorização de sementes verdadeiras (aquelas que permanecem conservadas sob domínio das famílias Guarani consideradas como sementes sagradas) com variedades de milho, feijão, batata-doce, aipim, amendoim, melancia, entre outras. O artesanato, por sua vez, é produzido em todas as aldeias através do uso de uma grande variedade de material vegetal extraído da natureza, como madeira, taquara, cipó e sementes. ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA CONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNOCONTORNO 0 10 20 305 km LEGENDA: Pedágio Comunidade Indígena Contorno Rodoviário de Florianópolis BR-101 !. !. !. Pedágio Pedágio Amaral Amâncio Biguaçu Itanhaém Canelinha Massiambu Cambirela Praia de Fora I Praia de Fora II Morro dos Cavalos . CONHEÇA UM POUQUINHO DA REALIDADE DOS INDÍGENAS DESSA REGIÃO: RELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃORELIGIÃO ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁVOCÊ SABIA QUE HÁ Todas as aldeias da região produzem artesanato para comercialização Casa de reza da aldeia de Amaral Milho Guarani: alimento sagrado para os indígenas