1.
Centro de Ensino Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga
1. Leia o texto, escrito pelo filósofo grego Aristóteles, que viveu entre 348 – 322 a.C., e responda às
questões:
[...] É indispensável, portanto, que a cidade seja organizada de maneira a dispor destes serviços;
consequentemente ela deve possuir um número de agricultores suficiente para assegurar o suprimento dos
alimentos, além de artífices, militares, homens ricos, sacerdotes e juízes para decidirem o que for necessário e
conveniente.
[...] Na cidade melhor constituída e, naquela dotada de homens absolutamente justos [...], os cidadãos não
devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios (estes tipos de vida são ignóbeis e incompatíveis com as
qualidades morais); tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao
desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas. [...]
Aristóteles (século IV a.C.), citado por Teresa Van Acker Grécia. Avida cotidiana
na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 2003, p. 33. Adaptado
a) De acordo com Aristóteles, como deveria ser uma cidade bem organizada?
Para Aristóteles uma cidade bem organizada deveria dispor de vários serviços e de um número de
agricultores suficiente para assegurar o suprimento dos alimentos, além de artífices, militares, homens
ricos, sacerdotes e juízes.
b) Que qualidade eram desejáveis a um cidadão em condições de atuar politicamente?
O cidadão que atuasse politicamente deveria ser justo, ter qualidades morais e ser abstrato (de modo
que não precisasse trabalhar e pudesse usufruir de tempo ocioso e lazer.)
2. Consulte o mapa ao lado para responder: o que motivou a expansão territorial promovida pelos
gregos entre os séculos VIII a.C. e VII a. C. ?
2.
Os gregos precisaram se expandir porque em seu território as terras eram montanhosas e pouco
férteis . Eles se espalharam a partir do século VIII a. C. por toda costa mediterrânea, ocupando várias
ilhas, como se pode observar no mapa.
3. Leia o texto a seguir e responda as questões propostas:
Texto 1
Os ofícios que se chamam de artesanais [...] arruínam fisicamente os que a eles se dedicam e que a
eles se ocupam, obrigando-os a viver sentados e a sombra, às vezes mesmo a passar o dia inteiro junto ao
fogo. Os corpos ficando assim maltratados, as almas, por sua vez, tornam-se bem menos robustas. Além
disso e sobretudo, os ofícios chamados artesanais não deixam a quem os pratica nenhum ócio para
cultivarem os amigos e a cidade. Dessa forma, passam por maus amigos e medíocres defensores de sua
pátria [...]
(Xenofonte – Econômica)
Texto 2
[...] Sólon, que adaptava as leis às coisas, em lugar de adaptar as coisas, as leis, e via a pobreza
natural do território, que somente oferecia uma subsistência medíocre aos cultivadores e era incapaz de
alimentar uma multidão indolente e ociosa, exaltou os ofícios e levou o Areópago, a examinar de onde
cada um tirava seus recursos e a punir os preguiçosos.
(Plutarco – Vidas paralelas – Sólon)
a) Por que o trabalho braçal era menosprezado na Grécia antiga?
Porque acreditavam que essa atividade arruinava tanto o corpo como a alma, impedindo a vida social
e o cultivo das amizades.
b) Que razões Sólon alega para defender os “ofícios”? Que outras medidas esse legislador propôs em
favor dos setores não aristocráticos da sociedade?
Para defender os ofícios, Sólon destacou a pobreza reinante no território e a impossibilidade de o
trabalho de poucos alimentar uma “multidão ociosa”
Em favor dos setores não aristocráticos, ele propôs reformas de grande alcance social e politico,
como a proibição da escravidão por dividas e a criação da assembleia popular e o conselho dos 400.
4. Considere a seguinte descrição de uma cidade grega:
[...] Havia uma parte urbana, em geral
protegida por muralhas, e dentro dela uma
parte alta (acrópole) e outra baixa (asty).
Na parte alta, estavam os templos e se
reuniam os representantes de algumas
instituições, como o conselho de anciãos.
Na parte baixa existia uma praça, que servia
para o comércio e para as reuniões dos
cidadãos (Ágora), onde também estavam as
casas. Fora das muralhas estavam o campo
(khora) . Ali viviam os camponeses,
agrupados em aldeias. Ambas as partes,
urbanas e rural, constituíam a pólis, [...]
a) Localize na planta baixa os espaços citados no texto
A ágora, o Partenon e os templos de Zeus de Efesto, além dos campos fora dos muros da polis.
3.
b) Explique como a disposição dos espaços públicos e dos lugares de poderes na pólis grega
relacionam politica com igreja.
Na parte alta e mais protegida da cidade (acrópole) se concentravam os templos e as principais
instituições politicas.
5. Segundo a Teogonia, de Hesíodo, Pandora era o nome da primeira mulher que existiu, criada por
Zeus. Essa criação, entretanto, fora um castigo de Zeus aos homens, uma represália ao delito cometido
por Prometeu, que havia roubado o segredo do fogo do Olimpo para que os mortais usufruíssem da
sabedoria ate então exclusiva dos deuses. Pandora surgiu da terra, esculpida por Hefesto, um deus –
artesão, que a dotou de rara beleza para encantar e perturbar os homens.
a) Observe as imagens a seguir, extraídas da cerâmica grega clássica, e identifique a cena
correspondente à criação de Pandora. Justifique sua escolha.
O mito da Pandora é representado na cerâmica de número 1. Na cena uma figura feminina surge da
terra; ao seu lado está Hefesto, que segura o instrumento com o qual a teria esculpido.
b) Pesquise o mito de Pandora. O que essa narrativa mítica representa em relação ao lugar da mulher na
sociedade grega antiga?
A narrativa reforça o lugar subalterno da mulher na sociedade grega, uma vez que a primeira mulher
foi criada como um castigo, uma tentação “carnal” que desafiava e se contrapunha à sabedoria cobiçada
por Prometeu.
4.
A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo
são explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para
se voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo. Para
tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu,
irmão de Prometeu.
Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de algum
plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde
estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo. Desconhecedor do
conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com
isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.
Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam
espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono
profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para
espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que
atormentariam a existência do Homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra
Prometeu.
Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela
conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança. Dessa
forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o Homem é capaz de manter-se perseverante mesmo
quando as situações se mostram bastante adversas. Além disso, esse mesmo mito explora a construção da
identidade feminina como sendo marcada pela sensualidade e o poder de dissimulação.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
NAPOLITANO, Marcos. História para o Ensino Médio: vol.1/ Marcos Napolitano, Mariana Villaça - 1ª ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013.
Boa Sorte!!!
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