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METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO
Prof.WaldemarNeto

[I] TÉCNICAS DE FICHAMENTO
1. Dicas sobre a Técnica de Fichamento
Quanto mais se estuda, mais se percebe que o ato de estudar é extremamente lento, exige
interesse, esforço. disciplina. Não adiante ler ou levantar dados superficialmente, porque o objetivo
básico da aprendizagem, que é a assimilação da matéria, não se efetua.
Deste modo, lembramos que o fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza
pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para
isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho.
Destacamos dois tipos de fichas:
1. Bibliográfica (assunto e autor).
2. Conteúdo (resumo e cópia-citação).
Todavia, no próprio exercício da leitura percebemos a necessidade de fazer comentários
sobre a argumentação do autor, assim como também surgem na nossa mente várias idéias e relações
novas.
Alguns autores de técnica de ensino acrescentam mais dois tipos de fichas de conteúdo: [A] comentário; [B] - ideação. Mas não vemos necessidade de ampliar o número de fichas, mas
simplesmente assinalar a necessidade de elaborar esses tipos de anotações que devem aparecer na
feitura do trabalho. Assim, num único tipo de ficha (fichamento), pode-se incluir as diversas
modalidades de apurações de investigação.
Em primeiro lugar, deve-se apresentar objetivamente as idéias do autor (resumo e citação),
em seguida deve-se discutir de modo pessoal as idéias fichadas (comentário e ideação).
Em outras palavras, um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados:
1) Indicação bibliográfica — mostrando a fonte da leitura.
2) Resumo — sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no
esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou
ilustrativa).
3) Citações — apresentando as transcrições significativas da obra.
4) Comentários — expressando a compreensão crítica do texto,
baseando-se ou não em outros autores e outras obras.
5) Ideação — colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante
a leitura reflexiva.

1.2. Modelo de Fichamento
2

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
1ª Parte: apresentação objetiva das idéias do autor
1)- resumo (baseado no esquema)
2)- pequenas citações (entre aspas e página)

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
2ª Parte (elaboração pessoal sobre a leitura)
1)- Comentários (parecer e crítica)
2)- Ideação (novas perspectivas)

2.1. Modelo de Fichamento (a respeito de “Obstáculo epistemológico”, de Gaston Bachelard)

In:

BACHELARD, Gaston. A noção de obstáculo epistemológico. In: A
formação do espírito científico [La formation de l’espirit scientifique].
3ª ed. Paris: L.J.F, 1957.

Recensão

1 - Noções sobre Bachelard
Nasceu em 1884, em Champagne, e faleceu em Paris, em 1962.
Foi professor de ciências na sua cidade natal, mais tarde professor
de história e filosofia das ciências na Sorbonne. Preocupado com a
pedagogia das ciências, ele analisou nesta obra a noção de
obstáculo epistemológico à luz das psicanálise do conhecimento
objetivo.

Citação

2 - Influência da psicanálise freudiana sobre Gaston Bachelard
Nesse texto ele não apresenta os objetos externos como os
empecilhos verdadeiros ao conhecimento científico, mas analisa
principalmente aqueles obstáculos internos de carácter
inconsciente, que surgem no próprio ato de conhecer. “... é no
interior do próprio ato de conhecer que aparecem, por uma
espécie de necessidade funcional, retardos e perturbações”.

COMO SE FAZ UMA RESENHA?
1. DEFINIÇÃO
3

Inicialmente é preciso definir o termo “resenha”. Fazer uma resenha é o mesmo que fazer
uma recensão (que significa apreciação breve de um livro ou de um escrito), ou seja, trata-se de
resumir de maneira clara e sucinta um livro, artigo ou qualquer tipo de texto científico.
Embora o texto a ser resenhado tenha um/a autor/a, o/o recenseador/a deve ser o/a autor/a
do seu trabalho; quer dizer, é preciso manter a identidade de quem escreveu o trabalho que você está
analisando, mas é preciso transparecer a sua presença, como voz crítica sobre o texto.
Resenhar significa resumir, sintetizar, destacar os pontos principais de uma obra científica.

2. PROCEDIMENTOS
1o Passo - Leitura total da obra a ser resenhada;
2o Passo - leitura pormenorizada, fazendo os destaques da partes mais significativas, que
servirão de fio condutor para elaboração do texto da resenha;
3o Passo - elaboração de um esquema com as principais etapas a serem desenvolvidas pela
resenha;
4o Passo - construção do texto propriamente dito;
5o Passo - revisão do texto, correção e aprimoramento.

3. NECESSIDADES
Toda resenha deve ser o mais bem identificada possível, daí as seguintes necessidades:
3.1. cabeçalho contendo o nome da instituição de ensino, título da resenha com identificação
do texto resenhado, autor/a da resenha, objetivo do trabalho, local e data.
3.2. Texto dissertativo contendo: introdução, corpo principal do texto e conclusão com
apreciação crítica.
3.3. Bibliografia.

4. DICAS IMPORTANTES
•

A recensão deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos essenciais da
obra em questão e situá-lo no assunto da melhor maneira possível. Lembremo-nos de que,
no método Descartes, a 1ª regra é a evidência, i.e., o dado inicial, que tem de ser claro,
ordenado e distinto, ou seja, o critério cartesiano da verdade é a clareza e a distinção. Em
concreto, Descartes parte de uma dúvida universal (metódica), para, entretanto, superá-la
criticamente na conquista da verdade.

•

A forma da resenha, isto é, o texto deve ser claro, inteligível e dinâmico. O/A leitor/a deve
ter prazer nesta leitura e deve sentir-se convidado/a à leitura do texto resenhado. Para isso,
é imprescindível o uso das normas padrão da língua portuguesa.

•

Caso haja necessidade de citação do próprio texto resenhado, isso deve ser feito entre
aspas e/ou em destaque. Sempre deve haver referência bibliográfica.

•

Por vezes, é interessante fazer uma pesquisa mais abrangentes sobre o/a autor/a do texto
resenhado, sobre o assunto em questão e sobre a situação atual da pesquisa científica sobre
4

o tema. Esses esclarecimentos, quando convenientes, devem abrir a resenha e preparar o
comentário sobre o texto em pauta.

5. APRESENTAÇÃO GRÁFICA
•

Papel A4 (210x297)

•

Corpo do texto:

•

margens: superior e inferior: 2,5cm; margem direita: 2cm e margem esquerda: 3cm;

•

caracteres (fontes): “Times New Roman”, tamanho 12;

•

títulos e subtítulos: no mesmo tamanho, em negrito e/ou sublinhado;

•

espaçamento: no texto: 2 (duplo); na bibliografia: simples.

•

Bibliografia

Observa-se o seguinte critério de citação, de acordo com os padrões de Normas Técnicas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):
SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Subtítulo. Edição. Cidade (local da
publicação; quando houver duas cidades, separa-se com barra: /): Editora (quando houver mais de
uma editora, separa-se por barra: /), ano da publicação e páginas citadas.
Ex:
BEAINI, Thais Curi. Heidegger: arte como cultivo do inaparente. SP: EDUSP/Nova Stella, 1986.

COMO SE FAZ UMA TESE1
[I] PARÁFRASES E PLÁGIO
Ao elaborar a ficha de leitura, você resumiu vários pontos do/a autor/a que lhe interessavam:
isto é, fez paráfrases e repetiu com suas próprias palavras o pensamento do autor. E também
reproduziu trechos inteiros entre aspas.
1

ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 12ª ed.. SP: Perspectiva, 1995, p. 128 a 132.
5

Ao passar para a redação da tese, já não terá sob os olhos o texto, e provavelmente copiará
longos trechos das fichas. Aqui, é preciso certificar-se de que os trechos que copiou são realmente
paráfrases e não citações sem aspas. Do contrário, terá cometido um plágio.
Essa forma de plágio é assaz comum nas teses. O estudante fica com a consciência tranqüila
porque informa, antes ou depois, em nota de rodapé, que está se referindo àquele autor. Mas o leitor
que, por acaso, percebe na página não uma paráfrase do texto original, mas uma verdadeira cópia
sem aspas, pode tirar dai uma péssima impressão. E isto não diz respeito apenas ao orientador, mas a
quem quer que posteriormente estude a sua tese, para publicá-la ou para avaliar sua competência.
Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo, se for muito mais
curta do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande conteúdo numa
frase ou período curtíssimo, de sorte que a paráfrase deve ser muito mais longa do que o trecho
original. Neste caso, não se deve preocupar doentiamente em nunca colocar as mesmas palavras,
pois às vezes é inevitável ou mesmo útil que certos termos permaneçam imutáveis. A prova mais
cabal é dada quando conseguimos parafrasear o texto sem tê-lo diante dos olhos, significando que
não só não o copiamos como o entendemos.
Para melhor esclarecer esse ponto, transcrevo com o número I um trecho de um livro
(trata-se de Norman Cohn, Os Fanáticos do Apocalipse).
Com o número 2 exemplifico uma paráfrase razoável.
Com o número 3 exemplifico uma falsa paráfrase, que constitui um plágio.
Com o número 4 exemplifico uma paráfrase igual à do número 3, mas onde o plágio é
evitado pelo uso honesto de aspas.
1.1. O texto original
A vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. Sucessivas
gerações viveram numa constante expectativa do demônio destruidor, cujo
reino seria de fato um caos sem lei, uma era votada à rapina e ao saque, à
tortura e ao massacre, mas também o prelúdio de um termo ansiado, a
Segunda Vinda e o Reino dos Santos. As pessoas estavam sempre alerta,
atentas aos “sinais” que, segundo a tradição profética, anunciariam e
acompanhariam o último “período de desordem”; e, já que os “sinais”
incluíam maus governantes, discórdia civil, guerra, fome, carestia, peste,
cometas, mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente
pecaminosidade geral, nunca houve dificuldade em detectá-los.

1.2. Uma paráfrase honesta
A esse respeito, Cohn2 é bastante explícito. Debruça-se sobre a situação de
tensão típica desse período, em que a expectativa do Anticristo é, ao mesmo
tempo, a do reino do demônio, inspirado na dor e na desordem, mas também
prelúdio da chamada Segunda Vinda, a Parúsia3, a volta do Cristo triunfante.
Numa época dominada por acontecimentos sombrios, saques, rapinas,
carestia e pestes, não faltavam às pessoas os “sinais” correspondentes aos
sintomas que os textos proféticos haviam sempre anunciado como típicos da
vinda do Anticristo.
2

COHN, Norman. I fanatici dell’Apocalipse. Milano: Comunità, 1965, p. 128.
Normalmente, entre nós teólogos/as e pastoras/es, empregamos a forma transliterada do grego parusía; todavia, no
dicionário Aurélio a forma de se grafar esse vocábulo é parúsia. Em atenção à perfeita tradução e revisão do texto, ora
compilador, mantivemos a grafia original do texto. [Nota do Compilador]
3
6

1.3. Uma falsa paráfrase
Segundo Cohn... [segue-se uma lista de opiniões expressas pelo autor em
outros capítulos]. Por outro lado, cumpre não esquecer que a vinda do
Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. As gerações viviam na
constante expectativa do demônio destruidor, cujo reino seria de fato um
caos sem lei, uma era consagrada à rapina e ao saque, à tortura e ao
massacre, mas também o prelúdio à Segunda Vinda ou ao Reino dos Santos.
As pessoas estavam sempre alerta, atentas aos sinais que, segundo os
profetas, acompanhariam c anunciariam o último “período de desordem”: e,
já que esses “sinais” incluíam os maus governantes, a discórdia civil, a
guerra, a seca, a fome, a carestia, as pestes e os cometas, além das mortes
imprevistas de pessoas importantes (e uma crescente pecaminosidade geral),
nunca houve dificuldade em detectá-los.
1.4. Uma paráfrase quase textual que evita o plágio
O próprio Cohn, já citado, recorda ainda que “a vinda do Anticristo deu
lugar a uma tensão ainda maior”. As diversas gerações viviam em constante
expectativa do demônio destruidor, “cujo reino seria de fato um caos sem lei,
uma era consagrada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas
também o prelúdio de um termo ansiado, a Segunda Vinda e o Reino dos
Santos”.
As pessoas estavam sempre alerta e atentas aos sinais que, segundo os profetas,
acompanhariam e anunciariam o último “período de desordens”. Ora, sublinha Cohn, uma vez que
estes sinais incluíam “maus governantes, discórdia civil. guerra, seca, fome, carestia. peste. cometas,
mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente pecaminosidade geral, nunca houve
dificuldade em detectá-los.
Ora, é claro que, ao invés de dar-se ao trabalho de elaborar a paráfrase n.° 4, melhor fora
transcrever como citação o trecho completo. Mas para isso seria preciso que sua ficha de leitura já
contivesse todo o trecho ou uma paráfrase insuspeita. Como, ao redigir a tese, não poderá mais
recordar-se do que foi feito na fase de fichamento, cumpre proceder corretamente a partir daí. Você
deve estar seguro de que, não existindo aspas na ficha, o que ali está é uma paráfrase e não um
plágio.
[II] NOTAS DE RODAPÉ
2.1. Para que servem as notas
Uma opinião muito difundida pretende que não apenas as teses, mas também os livros com
muitas notas, denunciam um esnobismo erudito e, com freqüência, uma tentativa de lançar fumaça
nos olhos do leitor. Por certo, não se deve excluir que muitos autores amontoam notas para conferir
um tom importante ao seu trabalho, ou que recheiam as notas com informações desnecessárias, às
vezes subtraídas subrepticiamente da literatura critica examinada. Mas isso não impede que as notas,
quando utilizadas na justa medida, sejam importantes. Qual seja essa justa medida depende do tipo de
tese. Não obstante, procuraremos ilustrar os casos onde as notas se impõem e como se elaboram.
a) As notas servem para indicar as fontes das citações. Se a fonte tivesse de ser indicada no
próprio texto, a leitura da página seria difícil. Há sem dúvida maneiras de fornecer
referências essenciais no texto, sem recorrer às notas, como no sistema autor-data
discutido em 5.4.3. Mas, em geral, a nota se presta maravilhosamente a este fim. Se for
nota de referência bibliográfica, convém que apareça em rodapé e não no fim do livro ou
7

do capítulo, pois desse modo com um simples golpe de vista pode-se controlar o que se
está discutindo.
b) As notas servem para acrescentar ao assunto discutido no texto outras indicações
bibliográficas de reforço. “ver também' a esse respeito, a obra tal”. Aqui também é mais
cômodo colocá-las em rodapé.
c) As notas servem para remissões internas e externas. Tratado um assunto, pode-se pôr em
nota um “cf.” (que quer dizer “confrontar” e que remete a outro livro ou a outro capítulo
ou parágrafo de nosso próprio trabalho). As remissões internas também podem aparecer
no texto, quando essenciais: sirva de exemplo o presente livro, onde vez por outra
surgem remissões a outro parágrafo.
d)

As notas servem para introduzir uma citação de reforço que, no texto, atrapalharia a
leitura. Quer dizer, no texto você faz uma afirmação e, para não perder o fio da meada,
passa à afirmação seguinte, remetendo em seguida à primeira nota onde se demonstra
como uma célebre autoridade confirma a afirmação feita4.

e)

As notas servem para ampliar as afirmações que se fez no texto 5: nesse sentido, são úteis
por permitirem não sobrecarregar o texto com observações que, embora importantes, são
acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um diferente ponto de vista o que
já fora dito de maneira essencial.

f)

As notas servem para corrigir as afirmações do texto. você está seguro do que afirma
mas, ao mesmo tempo, consciente de que pode haver quem não esteja de acordo, ou
considera que de um certo ponto de vista, se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva.
Seria então prova não só de lealdade científica, mas também espírito crítico inserir uma
nota explicativa6.

g) As notas podem servir para dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer em
língua estrangeira, ou a versão original de uma citação que, por razões de fluência do
discurso, era mais cômodo fazer em tradução.
h) As notas servem para pagar as dívidas. Citar um livro donde se extraiu uma frase é pagar
uma dívida. Citar um autor do qual se utilizou uma idéia ou uma informação é pagar uma
divida. Às vezes, porém, é preciso também pagar dívidas cuja documentação não é fácil, e
pode ser norma de correção científica advertir em nota, por exemplo que uma série de
idéias originais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o estímulo recebido da leitura de
determinada obra ou das conversações privadas com tal estudioso.
Enquanto as notas do tipo a, b, e c são mais úteis em rodapé, as do tipo d, h podem aparecer
também no fim do capítulo ou da tese, principalmente se forem muito longas. Contudo, diremos que
uma nota nunca deveria ser excessivamente longa, do contrário não será uma nota, mas um apêndice
que, como tal, deve aparecer no fim da obra, numerado. De qualquer forma, é preciso ser coerente:
ou todas as notas em rodapé ou no fim do capítulo, ou breves notas em rodapé e apêndices no fim da
obra.
Convém lembrar mais uma vez que, se se está examinando uma fonte homogênea, a obra de
um só autor, as páginas de um diário, uma coleção de manuscritos, cartas ou documentos etc, poder4

Todas as afirmações importantes de fatos que não são matéria de conhecimento geral... devem basear-se numa
evidência da sua validez. Isto pode ser feito no texto, na nota de rodapé ou em ambos. Cf CAMPBELL, op. cit. p. 50.
5
As notas de conteúdo podem ser usadas para discutir ou ampliar pontos do texto. Por exemplo, Campbell e Ballou
(op. cit. p. 50) lembram que é útil colocar em nota discussões técnicas, comentários incidentais, corolários e
informações adicionais.
6
De fato, depois de haver dito que é útil fazer as notas, ressaltemos que, como lembram ainda Campbell e Ballou (op.
cit., p. 50), “o uso das notas com vista à elaboração do trabalho requer certa prudência. E preciso ter cuidado em não
transferir para as notas informações importantes e significativas: as idéias diretamente relevantes e as informações
essenciais devem aparecer no texto”. Por outro lado, como dizem os mesmos autores (ibidem), “qualquer nota de
rodapé deve justificar praticamente sua própria existência”. Não há nada mais irritante do que as notas que parecem
inseridas só para fazer figura e que não dizem nada de importante para os fins daquele discurso.
8

se-á evitar as notas simplesmente fornecendo no início do trabalho abreviaturas para as fontes e
inserindo entre parênteses, no texto, uma sigla com o número de página ou do documento para cada
citação ou outra remissão qualquer. Veja o parágrafo sobre as citações de clássicos, e atenha-se
àqueles uses. Numa tese sobre autores medievais publicados na patrologia latina de Migne
evitar-se-ão centenas de notas colocando no texto parênteses do tipo (PL, 30, 231). Deve-se
proceder da mesma maneira pare remissões a quadros, tabelas, figuras no texto ou em apêndice.

Fonte:www.eduardostefani.eti.br/bennett/pesquisa/metodologia-trabalho-academico-1fichamentos.doc

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Como fazer um fichamento

  • 1. METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO Prof.WaldemarNeto [I] TÉCNICAS DE FICHAMENTO 1. Dicas sobre a Técnica de Fichamento Quanto mais se estuda, mais se percebe que o ato de estudar é extremamente lento, exige interesse, esforço. disciplina. Não adiante ler ou levantar dados superficialmente, porque o objetivo básico da aprendizagem, que é a assimilação da matéria, não se efetua. Deste modo, lembramos que o fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Destacamos dois tipos de fichas: 1. Bibliográfica (assunto e autor). 2. Conteúdo (resumo e cópia-citação). Todavia, no próprio exercício da leitura percebemos a necessidade de fazer comentários sobre a argumentação do autor, assim como também surgem na nossa mente várias idéias e relações novas. Alguns autores de técnica de ensino acrescentam mais dois tipos de fichas de conteúdo: [A] comentário; [B] - ideação. Mas não vemos necessidade de ampliar o número de fichas, mas simplesmente assinalar a necessidade de elaborar esses tipos de anotações que devem aparecer na feitura do trabalho. Assim, num único tipo de ficha (fichamento), pode-se incluir as diversas modalidades de apurações de investigação. Em primeiro lugar, deve-se apresentar objetivamente as idéias do autor (resumo e citação), em seguida deve-se discutir de modo pessoal as idéias fichadas (comentário e ideação). Em outras palavras, um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 1) Indicação bibliográfica — mostrando a fonte da leitura. 2) Resumo — sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). 3) Citações — apresentando as transcrições significativas da obra. 4) Comentários — expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não em outros autores e outras obras. 5) Ideação — colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a leitura reflexiva. 1.2. Modelo de Fichamento
  • 2. 2 INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 1ª Parte: apresentação objetiva das idéias do autor 1)- resumo (baseado no esquema) 2)- pequenas citações (entre aspas e página) INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 2ª Parte (elaboração pessoal sobre a leitura) 1)- Comentários (parecer e crítica) 2)- Ideação (novas perspectivas) 2.1. Modelo de Fichamento (a respeito de “Obstáculo epistemológico”, de Gaston Bachelard) In: BACHELARD, Gaston. A noção de obstáculo epistemológico. In: A formação do espírito científico [La formation de l’espirit scientifique]. 3ª ed. Paris: L.J.F, 1957. Recensão 1 - Noções sobre Bachelard Nasceu em 1884, em Champagne, e faleceu em Paris, em 1962. Foi professor de ciências na sua cidade natal, mais tarde professor de história e filosofia das ciências na Sorbonne. Preocupado com a pedagogia das ciências, ele analisou nesta obra a noção de obstáculo epistemológico à luz das psicanálise do conhecimento objetivo. Citação 2 - Influência da psicanálise freudiana sobre Gaston Bachelard Nesse texto ele não apresenta os objetos externos como os empecilhos verdadeiros ao conhecimento científico, mas analisa principalmente aqueles obstáculos internos de carácter inconsciente, que surgem no próprio ato de conhecer. “... é no interior do próprio ato de conhecer que aparecem, por uma espécie de necessidade funcional, retardos e perturbações”. COMO SE FAZ UMA RESENHA? 1. DEFINIÇÃO
  • 3. 3 Inicialmente é preciso definir o termo “resenha”. Fazer uma resenha é o mesmo que fazer uma recensão (que significa apreciação breve de um livro ou de um escrito), ou seja, trata-se de resumir de maneira clara e sucinta um livro, artigo ou qualquer tipo de texto científico. Embora o texto a ser resenhado tenha um/a autor/a, o/o recenseador/a deve ser o/a autor/a do seu trabalho; quer dizer, é preciso manter a identidade de quem escreveu o trabalho que você está analisando, mas é preciso transparecer a sua presença, como voz crítica sobre o texto. Resenhar significa resumir, sintetizar, destacar os pontos principais de uma obra científica. 2. PROCEDIMENTOS 1o Passo - Leitura total da obra a ser resenhada; 2o Passo - leitura pormenorizada, fazendo os destaques da partes mais significativas, que servirão de fio condutor para elaboração do texto da resenha; 3o Passo - elaboração de um esquema com as principais etapas a serem desenvolvidas pela resenha; 4o Passo - construção do texto propriamente dito; 5o Passo - revisão do texto, correção e aprimoramento. 3. NECESSIDADES Toda resenha deve ser o mais bem identificada possível, daí as seguintes necessidades: 3.1. cabeçalho contendo o nome da instituição de ensino, título da resenha com identificação do texto resenhado, autor/a da resenha, objetivo do trabalho, local e data. 3.2. Texto dissertativo contendo: introdução, corpo principal do texto e conclusão com apreciação crítica. 3.3. Bibliografia. 4. DICAS IMPORTANTES • A recensão deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos essenciais da obra em questão e situá-lo no assunto da melhor maneira possível. Lembremo-nos de que, no método Descartes, a 1ª regra é a evidência, i.e., o dado inicial, que tem de ser claro, ordenado e distinto, ou seja, o critério cartesiano da verdade é a clareza e a distinção. Em concreto, Descartes parte de uma dúvida universal (metódica), para, entretanto, superá-la criticamente na conquista da verdade. • A forma da resenha, isto é, o texto deve ser claro, inteligível e dinâmico. O/A leitor/a deve ter prazer nesta leitura e deve sentir-se convidado/a à leitura do texto resenhado. Para isso, é imprescindível o uso das normas padrão da língua portuguesa. • Caso haja necessidade de citação do próprio texto resenhado, isso deve ser feito entre aspas e/ou em destaque. Sempre deve haver referência bibliográfica. • Por vezes, é interessante fazer uma pesquisa mais abrangentes sobre o/a autor/a do texto resenhado, sobre o assunto em questão e sobre a situação atual da pesquisa científica sobre
  • 4. 4 o tema. Esses esclarecimentos, quando convenientes, devem abrir a resenha e preparar o comentário sobre o texto em pauta. 5. APRESENTAÇÃO GRÁFICA • Papel A4 (210x297) • Corpo do texto: • margens: superior e inferior: 2,5cm; margem direita: 2cm e margem esquerda: 3cm; • caracteres (fontes): “Times New Roman”, tamanho 12; • títulos e subtítulos: no mesmo tamanho, em negrito e/ou sublinhado; • espaçamento: no texto: 2 (duplo); na bibliografia: simples. • Bibliografia Observa-se o seguinte critério de citação, de acordo com os padrões de Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Subtítulo. Edição. Cidade (local da publicação; quando houver duas cidades, separa-se com barra: /): Editora (quando houver mais de uma editora, separa-se por barra: /), ano da publicação e páginas citadas. Ex: BEAINI, Thais Curi. Heidegger: arte como cultivo do inaparente. SP: EDUSP/Nova Stella, 1986. COMO SE FAZ UMA TESE1 [I] PARÁFRASES E PLÁGIO Ao elaborar a ficha de leitura, você resumiu vários pontos do/a autor/a que lhe interessavam: isto é, fez paráfrases e repetiu com suas próprias palavras o pensamento do autor. E também reproduziu trechos inteiros entre aspas. 1 ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 12ª ed.. SP: Perspectiva, 1995, p. 128 a 132.
  • 5. 5 Ao passar para a redação da tese, já não terá sob os olhos o texto, e provavelmente copiará longos trechos das fichas. Aqui, é preciso certificar-se de que os trechos que copiou são realmente paráfrases e não citações sem aspas. Do contrário, terá cometido um plágio. Essa forma de plágio é assaz comum nas teses. O estudante fica com a consciência tranqüila porque informa, antes ou depois, em nota de rodapé, que está se referindo àquele autor. Mas o leitor que, por acaso, percebe na página não uma paráfrase do texto original, mas uma verdadeira cópia sem aspas, pode tirar dai uma péssima impressão. E isto não diz respeito apenas ao orientador, mas a quem quer que posteriormente estude a sua tese, para publicá-la ou para avaliar sua competência. Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo, se for muito mais curta do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande conteúdo numa frase ou período curtíssimo, de sorte que a paráfrase deve ser muito mais longa do que o trecho original. Neste caso, não se deve preocupar doentiamente em nunca colocar as mesmas palavras, pois às vezes é inevitável ou mesmo útil que certos termos permaneçam imutáveis. A prova mais cabal é dada quando conseguimos parafrasear o texto sem tê-lo diante dos olhos, significando que não só não o copiamos como o entendemos. Para melhor esclarecer esse ponto, transcrevo com o número I um trecho de um livro (trata-se de Norman Cohn, Os Fanáticos do Apocalipse). Com o número 2 exemplifico uma paráfrase razoável. Com o número 3 exemplifico uma falsa paráfrase, que constitui um plágio. Com o número 4 exemplifico uma paráfrase igual à do número 3, mas onde o plágio é evitado pelo uso honesto de aspas. 1.1. O texto original A vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. Sucessivas gerações viveram numa constante expectativa do demônio destruidor, cujo reino seria de fato um caos sem lei, uma era votada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas também o prelúdio de um termo ansiado, a Segunda Vinda e o Reino dos Santos. As pessoas estavam sempre alerta, atentas aos “sinais” que, segundo a tradição profética, anunciariam e acompanhariam o último “período de desordem”; e, já que os “sinais” incluíam maus governantes, discórdia civil, guerra, fome, carestia, peste, cometas, mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente pecaminosidade geral, nunca houve dificuldade em detectá-los. 1.2. Uma paráfrase honesta A esse respeito, Cohn2 é bastante explícito. Debruça-se sobre a situação de tensão típica desse período, em que a expectativa do Anticristo é, ao mesmo tempo, a do reino do demônio, inspirado na dor e na desordem, mas também prelúdio da chamada Segunda Vinda, a Parúsia3, a volta do Cristo triunfante. Numa época dominada por acontecimentos sombrios, saques, rapinas, carestia e pestes, não faltavam às pessoas os “sinais” correspondentes aos sintomas que os textos proféticos haviam sempre anunciado como típicos da vinda do Anticristo. 2 COHN, Norman. I fanatici dell’Apocalipse. Milano: Comunità, 1965, p. 128. Normalmente, entre nós teólogos/as e pastoras/es, empregamos a forma transliterada do grego parusía; todavia, no dicionário Aurélio a forma de se grafar esse vocábulo é parúsia. Em atenção à perfeita tradução e revisão do texto, ora compilador, mantivemos a grafia original do texto. [Nota do Compilador] 3
  • 6. 6 1.3. Uma falsa paráfrase Segundo Cohn... [segue-se uma lista de opiniões expressas pelo autor em outros capítulos]. Por outro lado, cumpre não esquecer que a vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. As gerações viviam na constante expectativa do demônio destruidor, cujo reino seria de fato um caos sem lei, uma era consagrada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas também o prelúdio à Segunda Vinda ou ao Reino dos Santos. As pessoas estavam sempre alerta, atentas aos sinais que, segundo os profetas, acompanhariam c anunciariam o último “período de desordem”: e, já que esses “sinais” incluíam os maus governantes, a discórdia civil, a guerra, a seca, a fome, a carestia, as pestes e os cometas, além das mortes imprevistas de pessoas importantes (e uma crescente pecaminosidade geral), nunca houve dificuldade em detectá-los. 1.4. Uma paráfrase quase textual que evita o plágio O próprio Cohn, já citado, recorda ainda que “a vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior”. As diversas gerações viviam em constante expectativa do demônio destruidor, “cujo reino seria de fato um caos sem lei, uma era consagrada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas também o prelúdio de um termo ansiado, a Segunda Vinda e o Reino dos Santos”. As pessoas estavam sempre alerta e atentas aos sinais que, segundo os profetas, acompanhariam e anunciariam o último “período de desordens”. Ora, sublinha Cohn, uma vez que estes sinais incluíam “maus governantes, discórdia civil. guerra, seca, fome, carestia. peste. cometas, mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente pecaminosidade geral, nunca houve dificuldade em detectá-los. Ora, é claro que, ao invés de dar-se ao trabalho de elaborar a paráfrase n.° 4, melhor fora transcrever como citação o trecho completo. Mas para isso seria preciso que sua ficha de leitura já contivesse todo o trecho ou uma paráfrase insuspeita. Como, ao redigir a tese, não poderá mais recordar-se do que foi feito na fase de fichamento, cumpre proceder corretamente a partir daí. Você deve estar seguro de que, não existindo aspas na ficha, o que ali está é uma paráfrase e não um plágio. [II] NOTAS DE RODAPÉ 2.1. Para que servem as notas Uma opinião muito difundida pretende que não apenas as teses, mas também os livros com muitas notas, denunciam um esnobismo erudito e, com freqüência, uma tentativa de lançar fumaça nos olhos do leitor. Por certo, não se deve excluir que muitos autores amontoam notas para conferir um tom importante ao seu trabalho, ou que recheiam as notas com informações desnecessárias, às vezes subtraídas subrepticiamente da literatura critica examinada. Mas isso não impede que as notas, quando utilizadas na justa medida, sejam importantes. Qual seja essa justa medida depende do tipo de tese. Não obstante, procuraremos ilustrar os casos onde as notas se impõem e como se elaboram. a) As notas servem para indicar as fontes das citações. Se a fonte tivesse de ser indicada no próprio texto, a leitura da página seria difícil. Há sem dúvida maneiras de fornecer referências essenciais no texto, sem recorrer às notas, como no sistema autor-data discutido em 5.4.3. Mas, em geral, a nota se presta maravilhosamente a este fim. Se for nota de referência bibliográfica, convém que apareça em rodapé e não no fim do livro ou
  • 7. 7 do capítulo, pois desse modo com um simples golpe de vista pode-se controlar o que se está discutindo. b) As notas servem para acrescentar ao assunto discutido no texto outras indicações bibliográficas de reforço. “ver também' a esse respeito, a obra tal”. Aqui também é mais cômodo colocá-las em rodapé. c) As notas servem para remissões internas e externas. Tratado um assunto, pode-se pôr em nota um “cf.” (que quer dizer “confrontar” e que remete a outro livro ou a outro capítulo ou parágrafo de nosso próprio trabalho). As remissões internas também podem aparecer no texto, quando essenciais: sirva de exemplo o presente livro, onde vez por outra surgem remissões a outro parágrafo. d) As notas servem para introduzir uma citação de reforço que, no texto, atrapalharia a leitura. Quer dizer, no texto você faz uma afirmação e, para não perder o fio da meada, passa à afirmação seguinte, remetendo em seguida à primeira nota onde se demonstra como uma célebre autoridade confirma a afirmação feita4. e) As notas servem para ampliar as afirmações que se fez no texto 5: nesse sentido, são úteis por permitirem não sobrecarregar o texto com observações que, embora importantes, são acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um diferente ponto de vista o que já fora dito de maneira essencial. f) As notas servem para corrigir as afirmações do texto. você está seguro do que afirma mas, ao mesmo tempo, consciente de que pode haver quem não esteja de acordo, ou considera que de um certo ponto de vista, se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva. Seria então prova não só de lealdade científica, mas também espírito crítico inserir uma nota explicativa6. g) As notas podem servir para dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer em língua estrangeira, ou a versão original de uma citação que, por razões de fluência do discurso, era mais cômodo fazer em tradução. h) As notas servem para pagar as dívidas. Citar um livro donde se extraiu uma frase é pagar uma dívida. Citar um autor do qual se utilizou uma idéia ou uma informação é pagar uma divida. Às vezes, porém, é preciso também pagar dívidas cuja documentação não é fácil, e pode ser norma de correção científica advertir em nota, por exemplo que uma série de idéias originais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o estímulo recebido da leitura de determinada obra ou das conversações privadas com tal estudioso. Enquanto as notas do tipo a, b, e c são mais úteis em rodapé, as do tipo d, h podem aparecer também no fim do capítulo ou da tese, principalmente se forem muito longas. Contudo, diremos que uma nota nunca deveria ser excessivamente longa, do contrário não será uma nota, mas um apêndice que, como tal, deve aparecer no fim da obra, numerado. De qualquer forma, é preciso ser coerente: ou todas as notas em rodapé ou no fim do capítulo, ou breves notas em rodapé e apêndices no fim da obra. Convém lembrar mais uma vez que, se se está examinando uma fonte homogênea, a obra de um só autor, as páginas de um diário, uma coleção de manuscritos, cartas ou documentos etc, poder4 Todas as afirmações importantes de fatos que não são matéria de conhecimento geral... devem basear-se numa evidência da sua validez. Isto pode ser feito no texto, na nota de rodapé ou em ambos. Cf CAMPBELL, op. cit. p. 50. 5 As notas de conteúdo podem ser usadas para discutir ou ampliar pontos do texto. Por exemplo, Campbell e Ballou (op. cit. p. 50) lembram que é útil colocar em nota discussões técnicas, comentários incidentais, corolários e informações adicionais. 6 De fato, depois de haver dito que é útil fazer as notas, ressaltemos que, como lembram ainda Campbell e Ballou (op. cit., p. 50), “o uso das notas com vista à elaboração do trabalho requer certa prudência. E preciso ter cuidado em não transferir para as notas informações importantes e significativas: as idéias diretamente relevantes e as informações essenciais devem aparecer no texto”. Por outro lado, como dizem os mesmos autores (ibidem), “qualquer nota de rodapé deve justificar praticamente sua própria existência”. Não há nada mais irritante do que as notas que parecem inseridas só para fazer figura e que não dizem nada de importante para os fins daquele discurso.
  • 8. 8 se-á evitar as notas simplesmente fornecendo no início do trabalho abreviaturas para as fontes e inserindo entre parênteses, no texto, uma sigla com o número de página ou do documento para cada citação ou outra remissão qualquer. Veja o parágrafo sobre as citações de clássicos, e atenha-se àqueles uses. Numa tese sobre autores medievais publicados na patrologia latina de Migne evitar-se-ão centenas de notas colocando no texto parênteses do tipo (PL, 30, 231). Deve-se proceder da mesma maneira pare remissões a quadros, tabelas, figuras no texto ou em apêndice. Fonte:www.eduardostefani.eti.br/bennett/pesquisa/metodologia-trabalho-academico-1fichamentos.doc