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MARIALIS CULTUS
         Paulo VI




 Organização: Afonso Murad
   www.maenossa.blogspot.com
Esquema do documento
• PARTE I: O CULTO DE MARIA NA LITURGIA
• A. Maria na liturgia romana renovada
• B. Maria, modelo da Igreja no exercício do culto
•   PARTE II: PARA A RENOVAÇÃO DA PIEDADE
    MARIANA
•   A. Notas sobre o culto mariano
•   B. Algumas orientações o culto a Virgem Maria.
•   (1) Critérios
•   (2) Orientação antropológica
•   2.1: Constatação
•   2.2. A figura atual de Maria
•   2.3. No rumo de um culto legítimo e coerente
•   PARTE III: "ANJO DO SENHOR" E ROSÁRIO
•   O rosário
•   A. Fundamentação teológica
•   B. Rosário, liturgia e devoção
•   C. Recomendações práticas
•   Conclusão: Valor teológico e pastoral do culto mariano
I.O culto de Maria na liturgia
               a.Maria na reforma litúrgica (MC 2-13)
A reforma litúrgica após o Vaticano II inseriu Maria no ciclo anual dos mistérios de Cristo:
* Tempo do Advento: Imaculada Conceição, último domingo do Advento. Tomar Maria como
    modelo e se preparar para ir ao encontro do Salvador que vem. A liturgia do Advento
    apresenta um equilíbrio cultual acertado: Maria em relação a Cristo.
* Tempo do Natal: Nascimento, Epifania, Sagrada Família, e Santa Maria mãe de Deus.
* Solenidades no Tempo comum:
- Anunciação do Senhor (25 de março), festa de Cristo e de Maria.
- Assunção (15 de Agosto): festa de Maria que propõe a imagem da antecipação da nossa
    glorificação plena. Prolonga-se na memória da Realeza de Maria (22 de agosto).
* Celebrações de eventos salvíficos, de Maria intimamente associada ao Filho:
- Memória da "Apresentação do Senhor"(2 de Fevereiro)
- Festa da Visitação (31 de maio)
- Festa da Natividade de Maria (8 de setembro)
- Memória de Nossa Senhora das Dores (15 de setembro)
* Outras celebrações, originalmente de cunho local ou congregacional:
- Memória de N.S. de Lurdes (11 de fevereiro)
- Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior (5 de agosto)
- Memória NS do rosário (7 de outubro)
Compete às Igrejas locais recolher e realizar as suas festas marianas. Pode-se celebrar a
    memória de Santa Maria, aos sábados.
 *Maria está presente nas orações eucarísticas, especialmente a Oração III
. O mesmo se dá na "liturgia das Horas", através de hinos, antífonas e preces.
b.Maria modelo da Igreja no culto(MC 16-22)
 Maria é o modelo da Igreja, na fé, na caridade e na união
    com Cristo, as disposições com a que a mesma Igreja,
    intimamente associada ao seu Senhor, o invoca, e por
    meio d'Ele presta o culto ao Pai:
 * Maria, Virgem que sabe ouvir e acolher a palavra de
    Deus com fé. Assim faz a Igreja na liturgia: escuta
    com fé, acolhe, proclama e venera a Palavra de Deus e a
    distribui como pão da vida. À luz da Palavra, perscruta
    os sinais dos tempos, interpreta e vive os
    acontecimentos da história.
 * Dada à oração. A Igreja, como Maria, se dedica à
    oração. Todos os dias apresenta ao Pai as necessidades
    de seus filhos, louvando o Senhor e intercedendo pela
    salvação de todos.
 * Mãe. A Igreja pelo Batismo gera novos filhos de Deus.
 * Oferente. A Igreja se oferta a Deus e oferece os dons
    na eucaristia.
 Maria é a mestra da vida espiritual para cada um dos
    cristãos. Os cristãos olham para Maria, a fim de que,
    como ela, façam de sua própria vida um culto a Deus, e
    do seu culto um compromisso vital.
 A Igreja traduz as múltiplas relações que a unem a Maria
    em outras tantas atitudes cultuais: Veneração
    profunda, Amor ardente, Invocação confiante, Serviço
    amoroso, Imitação operosa, Admiração comovida.
II.Renovação da Piedade Mariana
As manifestações da piedade mariana aparecem de muitas
formas, de acordo com: tempo, lugar, sensibilidade dos povos e
tradições culturais.
Como são sujeitas ao desgaste do tempo, necessitam de
renovação -> para valorizar os elementos perenes e substituir
os caducos, incorporando os dados da reflexão teológica e do
magistério.
Deve-se fazer uma revisão dos exercícios de piedade mariana,
respeitando a sã tradição e estando abertos “para receber as
legítimas instâncias dos homens de nosso tempo“ (MC 24).
A. Nota trinitária, cristológica e eclesial do culto mariano
Os exercícios de piedade mariais devem ser cristológicos e
trinitários: ao Pai, por Cristo, no Espírito. Em Maria, "tudo é
relativo a Cristo e dependente dele". Por isso, o culto mariano
deve manter a orientação cristológica.
O Espírito Santo plasmou Maria como nova criatura, consagrou
e fecundou sua virgindade, tornando-a santuário dele; foi
responsável pela fé-esperança-caridade que animaram seu
coração, teve influxo no Magnificat, agiu nela e na comunidade
cristã das origens. Deve-se aprofundar sobre a obra do
Espírito na história da salvação, na relação com a Igreja e
Maria.
Os exercícios de piedade mariais têm que manifestar de modo
claro o lugar que Maria ocupa na Igreja: "depois de Cristo, o
mais alto e mais perto de nós" (LG 54). O amor pela Igreja
traduzir-se-á em amor para com Maria, e vice-versa (MC 25-
27).
b. Orientações para o Culto a Maria
(1) Critérios para rever/recriar exercícios de piedade mariais:
•   Dar cunho bíblico. Não somente diligente uso de textos e símbolos
    da Escritura, mas que "as fórmulas de oração e os textos
    destinados ao canto assumam os termos e a inspiração da Bíblia". O
    culto à Maria deve estar permeado pelos grandes temas da
    mensagem cristã.
•   Dar Cunho litúrgico. Levar em conta a recomendação do Concílio,
    SC 13: "Considerando os tempos litúrgicos, estes exercícios devem
    ser organizados de tal maneira que condigam com a Sagrada
    Escritura, dela de alguma forma derivem, para ela encaminhem o
    povo, pois que ela, por sua natureza, em muito os supera". Esta
    norma sábia tem difícil aplicação prática.
•   Evitar os extremos: os que desprezam os exercícios de piedade,
    criando um vazio, e os que misturam exercício piedoso e ato
    litúrgico, em celebrações híbridas.
•   Sensibilidade ecumênica. Devido ao seu caráter eclesial, no culto a
    Maria refletem-se as preocupações da própria Igreja. Entre elas, o
    anseio pela unidade dos cristãos. A piedade para com a Mãe do
    Senhor torna-se sensível ao Movimento ecumênico, e adquire
    também um caráter ecumênico (..)
•   “Sejam evitados, com todo o cuidado, quaisquer exageros, que
    possam induzir em erro os outros irmãos cristãos, acerca da
    verdadeira doutrina da Igreja Católica; e sejam banidas quaisquer
    manifestações cultuais contrárias à reta praxe católica" .
•   Existem discordâncias entre as Igrejas a respeito da função de
    Maria na obra da salvação, e conseqüentemente, sobre o culto que
    se presta a ela (MC 30-33).
(2)Orientação antropológica p/ o culto a Maria
 No culto à Maria devem ser consideradas as aquisições das
 ciências humanas. Isso ajudará a eliminar o desconcerto
 entre os dados do culto e as atuais concepções sobre o ser
 humano e sua realidade.
 2.1: Distância entre imagem de Maria na devoção e as
 conquistas da mulher
 É difícil enquadrar a imagem de Maria em certa literatura
 devocional nas condições de vida da sociedade
 contemporânea, e em particular na situação da mulher. Isso
 se dá em vários campos:
 Ambiente doméstico: tendência para reconhecer a
 igualdade e a corresponsabilidade com o homem, na direção
 da vida familiar.
 Campo político: a mulher conquistou em muitos países
 paridade com o homem no poder de intervenção na vida
 pública.
 Campo social: a mulher desenvolve atividades em diversos
 setores, "deixando cada dia mais o restrito ambiente do
 lar“.
 Campo cultural: abrem-se possibilidades novas de pesquisa
 científica e de afirmação intelectual da mulher.
 É normal que haja dificuldade em tomar Maria de Nazaré
 como modelo, porque os horizontes de sua vida parecem
 muito estreitos (MC 34).
2.2. A figura de Maria hoje                            (MC 34-37)


Ao mesmo tempo que exortamos os teólogos, os responsáveis
pelas comunidades cristãs e os fiéis a dedicarem a devida
atenção a tais desafios, daremos uma contribuição própria.
"Antes de mais nada, a Virgem Maria foi sempre proposta pela
Igreja à imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que
Ela levou ou, menos ainda, por causa do ambiente sócio-cultural
em que se desenrolou a sua existência, hoje superado quase por
toda a parte; mas sim, porque, nas condições concretas da sua
vida, Ela aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus (Lc
1,38); porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática,
porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de
serviço; e porque, em suma, Ela foi a primeira e a mais perfeita
discípula de Cristo - o que, naturalmente, tem um valor exemplar
universal e permanente".
As dificuldades em reconhecer Maria como modelo de vida estão
em conexão não com a sua imagem evangélica, mas sim com
alguns traços da imagem popular e literária em vigor.
Maria "reuniu em si as situações mais características da vida
feminina, porque (é) virgem, esposa e mãe".
A leitura das Escrituras, feita sob o influxo do Espírito Santo e
tendo presente as aquisições das ciências humanas e as várias
situações do mundo contemporâneo, levará a descobrir que Maria
é um modelo do que os homens as mulheres de nosso tempo
desejam.
2.2. A figura de Maria hoje
A mulher contemporânea, que quer participar com poder de
decisão nas opções da comunidade, vê em Maria a pessoa que dá
o seu consentimento ativo e responsável não para a solução de um
problema pequeno e contingente, mas para a "obra dos séculos",
a redenção da humanidade.
A escolha de ser virgem não é um ato de fechar-se aos valores
do matrimônio, mas sim uma opção corajosa de consagrar-se
totalmente ao amor de Deus.
"Maria de Nazaré, apesar de absolutamente abandonada à
vontade de Deus, longe de ser um mulher passivamente submissa
ou de uma religiosidade alienante, foi, sim, uma mulher que não
duvidou em afirmar que Deus é vingador dos humildes e dos
oprimidos e derruba dos seus tronos os poderosos do mundo".
Maria, a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, foi
"uma mulher forte, que conheceu de perto a pobreza e o
sofrimento, a fuga e o exílio - situações estas, que não podem
escapar à atenção de quem quiser ajudar, com espírito
evangélico, as energias libertadoras do homem e da sociedade".
- Maria não se volta ciosamente para o Filho. É mulher que, com a
sua ação favoreceu, a fé da comunidade apostólica, em Cristo, e
cuja função materna se dilatou, vindo a assumir no calvário
dimensões universais.
Assim, Maria não desilude algumas das aspirações profundas dos
homens e mulheres do nosso tempo. Ao contrário, oferece o
modelo acabado do discípulo do Senhor: construtor da cidade
terrena e temporal, e simultaneamente peregrino para a cidade
celeste e eterna; promotor da justiça que liberta o oprimido e da
caridade que socorre o necessitado, mas sobretudo, testemunha
operosa do amor, que edifica Cristo nos corações (MC 37).
2.3. Culto legítimo e coerente
• De acordo com o espírito do Concílio
  Vaticano II, é deplorável e inadmissível,
  tanto no conteúdo quanto na forma, as
  manifestações cultuais e devocionais
  meramente exteriores, bem como
  expressões devocionais sentimentalistas
  estéreis e passageiras. Tudo o que é
  "manifestadamente lendário ou falso"
  deve ser banido do culto mariano (MC38).
• "A finalidade última do culto à bem-
  aventurada Virgem Maria é glorificar a
  Deus e levar os cristãos a aplicarem-se
  numa vida absolutamente conforme à sua
  vontade"(MC39).
III. O Angelus e o Rosário
Cabe às Conferências Episcopais, aos responsáveis pelas
comunidades locais e pelas várias Famílias religiosas
realizarem uma sábia renovação da piedade mariana (40).
Deve-se manter a recitação do "Anjo do Senhor", onde e
quando for possível (41).
                      O rosário
A. Fundamentação teológica
O rosário inspira-se no Evangelho, busca nele o enunciado
dos mistérios e as fórmulas principais, medita a
encarnação e considera em sucessão os principais eventos
salvíficos da redenção. A tríplice divisão ( gozosos,
dolorosos e gloriosos) evoca as três fases do mistério de
Cristo: despojamento, morte, exaltação (44s)
"O Rosário é uma prece de orientação profundamente
cristológica. Aquele Jesus que cada Ave-Maria relembra
é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe" (46).
A contemplação constitui um elemento básico do rosário.
"Sem esta, o rosário é um corpo sem alma e a sua
recitação corre o perigo de tornar-se uma recitação
mecânica de fórmulas e achar-se em contradição com a
advertência de Jesus: na oração, não repitam as palavras
(..) Por sua natureza, a recitação do rosário requer um
ritmo tranqüilo e uma certa demora a pensar" (47).
• b. Rosário, liturgia e devoção
•   O rosário e a liturgia, embora diferentes, apresentam
    analogias. "Como a liturgia, o rosário tem uma índole
    comunitária, se nutre da Sagrada Escritura e gravita em
    torno do mistério de Cristo". A meditação dos mistérios
    do rosário pode ser uma preparação e um eco prolongado
    da celebração eucarística. Porém, as celebrações
    litúrgicas e o rosário não se devem contrapor nem
    equiparar (MC 48).
•   c. Recomendações práticas
•   Existem também outras práticas devocionais marianas,
    que se inspiram no rosário, usando textos bíblicos, com
    momentos de silêncio e meditação. Recomenda-se a
    utilização destes recursos e a recitação a liturgia das
    horas em família.
•   Estimula-se a recitação do Rosário em família (51-53).
    Depois da liturgia das horas, o rosário é "uma das mais
    excelentes e eficazes orações em comum" para a família.
•   As atuais condições de vida não são favoráveis a
    momentos de reunião familiar. Mas as famílias devem
    fazer um esforço para criar momentos de encontro
    comunitário e de oração em comum (54).
•   O rosário nunca deve ser apresentado "com inoportuno
    exclusivismo". Ele é "uma oração excelente, em relação à
    qual, contudo, os fiéis se devem sentir serenamente livres,
    e solicitados a recitá-lo com compostura e tranqüilidade,
    atraídos por sua beleza intrínseca" (55).
Conclusão
O culto a Maria tem raízes na Palavra revelada e sólidos
fundamentos dogmáticos:
- Singular dignidade de Mãe do Filho de Deus, filha predileta do
Pai e templo do Espírito Santo;
- Cooperação de Maria nos momentos decisivos da história da
Salvação;
- Santidade plena da Imaculada, conjugada com o sempre
crescente progresso na fé.
- Relação de Maria com o povo de Deus: membro eminente, modelo
e mãe;
- Intercessora (MC 56).
Cristo é o único caminho para o Pai. A piedade para com Maria,
subordinada à piedade para com Jesus e em conexão com ela, tem
grande eficácia pastoral e é uma força renovadora (57). A missão
de Maria em relação ao Povo de Deus é reproduzir nos filhos as
feições do Filho.
A materna missão de Maria impele o Povo de Deus a dirigir-se com
filial confiança a Ela. A devoção à Maria é "um auxílio poderoso
para o homem em marcha para a conquista da sua própria
plenitude.
Maria, a Mulher nova, está ao lado de Cristo, o Homem novo, em
cujo mistério encontra verdadeira luz o mistério do ser humano.
Nela se tornou já realidade o plano de Deus em Cristo para a
salvação de todos” (57).
Maria é sinal de vitória da esperança sobre a angústia, da
comunhão sobre a solidão, da paz sobre a perturbação, da alegria
e da beleza sobre o tédio e a náusea, das perspectivas eternas
sobre as temporais e, enfim, da vida sobre a morte" (57).

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Marialis cultus

  • 1. MARIALIS CULTUS Paulo VI Organização: Afonso Murad www.maenossa.blogspot.com
  • 2. Esquema do documento • PARTE I: O CULTO DE MARIA NA LITURGIA • A. Maria na liturgia romana renovada • B. Maria, modelo da Igreja no exercício do culto • PARTE II: PARA A RENOVAÇÃO DA PIEDADE MARIANA • A. Notas sobre o culto mariano • B. Algumas orientações o culto a Virgem Maria. • (1) Critérios • (2) Orientação antropológica • 2.1: Constatação • 2.2. A figura atual de Maria • 2.3. No rumo de um culto legítimo e coerente • PARTE III: "ANJO DO SENHOR" E ROSÁRIO • O rosário • A. Fundamentação teológica • B. Rosário, liturgia e devoção • C. Recomendações práticas • Conclusão: Valor teológico e pastoral do culto mariano
  • 3. I.O culto de Maria na liturgia a.Maria na reforma litúrgica (MC 2-13) A reforma litúrgica após o Vaticano II inseriu Maria no ciclo anual dos mistérios de Cristo: * Tempo do Advento: Imaculada Conceição, último domingo do Advento. Tomar Maria como modelo e se preparar para ir ao encontro do Salvador que vem. A liturgia do Advento apresenta um equilíbrio cultual acertado: Maria em relação a Cristo. * Tempo do Natal: Nascimento, Epifania, Sagrada Família, e Santa Maria mãe de Deus. * Solenidades no Tempo comum: - Anunciação do Senhor (25 de março), festa de Cristo e de Maria. - Assunção (15 de Agosto): festa de Maria que propõe a imagem da antecipação da nossa glorificação plena. Prolonga-se na memória da Realeza de Maria (22 de agosto). * Celebrações de eventos salvíficos, de Maria intimamente associada ao Filho: - Memória da "Apresentação do Senhor"(2 de Fevereiro) - Festa da Visitação (31 de maio) - Festa da Natividade de Maria (8 de setembro) - Memória de Nossa Senhora das Dores (15 de setembro) * Outras celebrações, originalmente de cunho local ou congregacional: - Memória de N.S. de Lurdes (11 de fevereiro) - Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior (5 de agosto) - Memória NS do rosário (7 de outubro) Compete às Igrejas locais recolher e realizar as suas festas marianas. Pode-se celebrar a memória de Santa Maria, aos sábados. *Maria está presente nas orações eucarísticas, especialmente a Oração III . O mesmo se dá na "liturgia das Horas", através de hinos, antífonas e preces.
  • 4. b.Maria modelo da Igreja no culto(MC 16-22) Maria é o modelo da Igreja, na fé, na caridade e na união com Cristo, as disposições com a que a mesma Igreja, intimamente associada ao seu Senhor, o invoca, e por meio d'Ele presta o culto ao Pai: * Maria, Virgem que sabe ouvir e acolher a palavra de Deus com fé. Assim faz a Igreja na liturgia: escuta com fé, acolhe, proclama e venera a Palavra de Deus e a distribui como pão da vida. À luz da Palavra, perscruta os sinais dos tempos, interpreta e vive os acontecimentos da história. * Dada à oração. A Igreja, como Maria, se dedica à oração. Todos os dias apresenta ao Pai as necessidades de seus filhos, louvando o Senhor e intercedendo pela salvação de todos. * Mãe. A Igreja pelo Batismo gera novos filhos de Deus. * Oferente. A Igreja se oferta a Deus e oferece os dons na eucaristia. Maria é a mestra da vida espiritual para cada um dos cristãos. Os cristãos olham para Maria, a fim de que, como ela, façam de sua própria vida um culto a Deus, e do seu culto um compromisso vital. A Igreja traduz as múltiplas relações que a unem a Maria em outras tantas atitudes cultuais: Veneração profunda, Amor ardente, Invocação confiante, Serviço amoroso, Imitação operosa, Admiração comovida.
  • 5. II.Renovação da Piedade Mariana As manifestações da piedade mariana aparecem de muitas formas, de acordo com: tempo, lugar, sensibilidade dos povos e tradições culturais. Como são sujeitas ao desgaste do tempo, necessitam de renovação -> para valorizar os elementos perenes e substituir os caducos, incorporando os dados da reflexão teológica e do magistério. Deve-se fazer uma revisão dos exercícios de piedade mariana, respeitando a sã tradição e estando abertos “para receber as legítimas instâncias dos homens de nosso tempo“ (MC 24). A. Nota trinitária, cristológica e eclesial do culto mariano Os exercícios de piedade mariais devem ser cristológicos e trinitários: ao Pai, por Cristo, no Espírito. Em Maria, "tudo é relativo a Cristo e dependente dele". Por isso, o culto mariano deve manter a orientação cristológica. O Espírito Santo plasmou Maria como nova criatura, consagrou e fecundou sua virgindade, tornando-a santuário dele; foi responsável pela fé-esperança-caridade que animaram seu coração, teve influxo no Magnificat, agiu nela e na comunidade cristã das origens. Deve-se aprofundar sobre a obra do Espírito na história da salvação, na relação com a Igreja e Maria. Os exercícios de piedade mariais têm que manifestar de modo claro o lugar que Maria ocupa na Igreja: "depois de Cristo, o mais alto e mais perto de nós" (LG 54). O amor pela Igreja traduzir-se-á em amor para com Maria, e vice-versa (MC 25- 27).
  • 6. b. Orientações para o Culto a Maria (1) Critérios para rever/recriar exercícios de piedade mariais: • Dar cunho bíblico. Não somente diligente uso de textos e símbolos da Escritura, mas que "as fórmulas de oração e os textos destinados ao canto assumam os termos e a inspiração da Bíblia". O culto à Maria deve estar permeado pelos grandes temas da mensagem cristã. • Dar Cunho litúrgico. Levar em conta a recomendação do Concílio, SC 13: "Considerando os tempos litúrgicos, estes exercícios devem ser organizados de tal maneira que condigam com a Sagrada Escritura, dela de alguma forma derivem, para ela encaminhem o povo, pois que ela, por sua natureza, em muito os supera". Esta norma sábia tem difícil aplicação prática. • Evitar os extremos: os que desprezam os exercícios de piedade, criando um vazio, e os que misturam exercício piedoso e ato litúrgico, em celebrações híbridas. • Sensibilidade ecumênica. Devido ao seu caráter eclesial, no culto a Maria refletem-se as preocupações da própria Igreja. Entre elas, o anseio pela unidade dos cristãos. A piedade para com a Mãe do Senhor torna-se sensível ao Movimento ecumênico, e adquire também um caráter ecumênico (..) • “Sejam evitados, com todo o cuidado, quaisquer exageros, que possam induzir em erro os outros irmãos cristãos, acerca da verdadeira doutrina da Igreja Católica; e sejam banidas quaisquer manifestações cultuais contrárias à reta praxe católica" . • Existem discordâncias entre as Igrejas a respeito da função de Maria na obra da salvação, e conseqüentemente, sobre o culto que se presta a ela (MC 30-33).
  • 7. (2)Orientação antropológica p/ o culto a Maria No culto à Maria devem ser consideradas as aquisições das ciências humanas. Isso ajudará a eliminar o desconcerto entre os dados do culto e as atuais concepções sobre o ser humano e sua realidade. 2.1: Distância entre imagem de Maria na devoção e as conquistas da mulher É difícil enquadrar a imagem de Maria em certa literatura devocional nas condições de vida da sociedade contemporânea, e em particular na situação da mulher. Isso se dá em vários campos: Ambiente doméstico: tendência para reconhecer a igualdade e a corresponsabilidade com o homem, na direção da vida familiar. Campo político: a mulher conquistou em muitos países paridade com o homem no poder de intervenção na vida pública. Campo social: a mulher desenvolve atividades em diversos setores, "deixando cada dia mais o restrito ambiente do lar“. Campo cultural: abrem-se possibilidades novas de pesquisa científica e de afirmação intelectual da mulher. É normal que haja dificuldade em tomar Maria de Nazaré como modelo, porque os horizontes de sua vida parecem muito estreitos (MC 34).
  • 8. 2.2. A figura de Maria hoje (MC 34-37) Ao mesmo tempo que exortamos os teólogos, os responsáveis pelas comunidades cristãs e os fiéis a dedicarem a devida atenção a tais desafios, daremos uma contribuição própria. "Antes de mais nada, a Virgem Maria foi sempre proposta pela Igreja à imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que Ela levou ou, menos ainda, por causa do ambiente sócio-cultural em que se desenrolou a sua existência, hoje superado quase por toda a parte; mas sim, porque, nas condições concretas da sua vida, Ela aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus (Lc 1,38); porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática, porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; e porque, em suma, Ela foi a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo - o que, naturalmente, tem um valor exemplar universal e permanente". As dificuldades em reconhecer Maria como modelo de vida estão em conexão não com a sua imagem evangélica, mas sim com alguns traços da imagem popular e literária em vigor. Maria "reuniu em si as situações mais características da vida feminina, porque (é) virgem, esposa e mãe". A leitura das Escrituras, feita sob o influxo do Espírito Santo e tendo presente as aquisições das ciências humanas e as várias situações do mundo contemporâneo, levará a descobrir que Maria é um modelo do que os homens as mulheres de nosso tempo desejam.
  • 9. 2.2. A figura de Maria hoje A mulher contemporânea, que quer participar com poder de decisão nas opções da comunidade, vê em Maria a pessoa que dá o seu consentimento ativo e responsável não para a solução de um problema pequeno e contingente, mas para a "obra dos séculos", a redenção da humanidade. A escolha de ser virgem não é um ato de fechar-se aos valores do matrimônio, mas sim uma opção corajosa de consagrar-se totalmente ao amor de Deus. "Maria de Nazaré, apesar de absolutamente abandonada à vontade de Deus, longe de ser um mulher passivamente submissa ou de uma religiosidade alienante, foi, sim, uma mulher que não duvidou em afirmar que Deus é vingador dos humildes e dos oprimidos e derruba dos seus tronos os poderosos do mundo". Maria, a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, foi "uma mulher forte, que conheceu de perto a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio - situações estas, que não podem escapar à atenção de quem quiser ajudar, com espírito evangélico, as energias libertadoras do homem e da sociedade". - Maria não se volta ciosamente para o Filho. É mulher que, com a sua ação favoreceu, a fé da comunidade apostólica, em Cristo, e cuja função materna se dilatou, vindo a assumir no calvário dimensões universais. Assim, Maria não desilude algumas das aspirações profundas dos homens e mulheres do nosso tempo. Ao contrário, oferece o modelo acabado do discípulo do Senhor: construtor da cidade terrena e temporal, e simultaneamente peregrino para a cidade celeste e eterna; promotor da justiça que liberta o oprimido e da caridade que socorre o necessitado, mas sobretudo, testemunha operosa do amor, que edifica Cristo nos corações (MC 37).
  • 10. 2.3. Culto legítimo e coerente • De acordo com o espírito do Concílio Vaticano II, é deplorável e inadmissível, tanto no conteúdo quanto na forma, as manifestações cultuais e devocionais meramente exteriores, bem como expressões devocionais sentimentalistas estéreis e passageiras. Tudo o que é "manifestadamente lendário ou falso" deve ser banido do culto mariano (MC38). • "A finalidade última do culto à bem- aventurada Virgem Maria é glorificar a Deus e levar os cristãos a aplicarem-se numa vida absolutamente conforme à sua vontade"(MC39).
  • 11. III. O Angelus e o Rosário Cabe às Conferências Episcopais, aos responsáveis pelas comunidades locais e pelas várias Famílias religiosas realizarem uma sábia renovação da piedade mariana (40). Deve-se manter a recitação do "Anjo do Senhor", onde e quando for possível (41). O rosário A. Fundamentação teológica O rosário inspira-se no Evangelho, busca nele o enunciado dos mistérios e as fórmulas principais, medita a encarnação e considera em sucessão os principais eventos salvíficos da redenção. A tríplice divisão ( gozosos, dolorosos e gloriosos) evoca as três fases do mistério de Cristo: despojamento, morte, exaltação (44s) "O Rosário é uma prece de orientação profundamente cristológica. Aquele Jesus que cada Ave-Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe" (46). A contemplação constitui um elemento básico do rosário. "Sem esta, o rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma recitação mecânica de fórmulas e achar-se em contradição com a advertência de Jesus: na oração, não repitam as palavras (..) Por sua natureza, a recitação do rosário requer um ritmo tranqüilo e uma certa demora a pensar" (47).
  • 12. • b. Rosário, liturgia e devoção • O rosário e a liturgia, embora diferentes, apresentam analogias. "Como a liturgia, o rosário tem uma índole comunitária, se nutre da Sagrada Escritura e gravita em torno do mistério de Cristo". A meditação dos mistérios do rosário pode ser uma preparação e um eco prolongado da celebração eucarística. Porém, as celebrações litúrgicas e o rosário não se devem contrapor nem equiparar (MC 48). • c. Recomendações práticas • Existem também outras práticas devocionais marianas, que se inspiram no rosário, usando textos bíblicos, com momentos de silêncio e meditação. Recomenda-se a utilização destes recursos e a recitação a liturgia das horas em família. • Estimula-se a recitação do Rosário em família (51-53). Depois da liturgia das horas, o rosário é "uma das mais excelentes e eficazes orações em comum" para a família. • As atuais condições de vida não são favoráveis a momentos de reunião familiar. Mas as famílias devem fazer um esforço para criar momentos de encontro comunitário e de oração em comum (54). • O rosário nunca deve ser apresentado "com inoportuno exclusivismo". Ele é "uma oração excelente, em relação à qual, contudo, os fiéis se devem sentir serenamente livres, e solicitados a recitá-lo com compostura e tranqüilidade, atraídos por sua beleza intrínseca" (55).
  • 13. Conclusão O culto a Maria tem raízes na Palavra revelada e sólidos fundamentos dogmáticos: - Singular dignidade de Mãe do Filho de Deus, filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo; - Cooperação de Maria nos momentos decisivos da história da Salvação; - Santidade plena da Imaculada, conjugada com o sempre crescente progresso na fé. - Relação de Maria com o povo de Deus: membro eminente, modelo e mãe; - Intercessora (MC 56). Cristo é o único caminho para o Pai. A piedade para com Maria, subordinada à piedade para com Jesus e em conexão com ela, tem grande eficácia pastoral e é uma força renovadora (57). A missão de Maria em relação ao Povo de Deus é reproduzir nos filhos as feições do Filho. A materna missão de Maria impele o Povo de Deus a dirigir-se com filial confiança a Ela. A devoção à Maria é "um auxílio poderoso para o homem em marcha para a conquista da sua própria plenitude. Maria, a Mulher nova, está ao lado de Cristo, o Homem novo, em cujo mistério encontra verdadeira luz o mistério do ser humano. Nela se tornou já realidade o plano de Deus em Cristo para a salvação de todos” (57). Maria é sinal de vitória da esperança sobre a angústia, da comunhão sobre a solidão, da paz sobre a perturbação, da alegria e da beleza sobre o tédio e a náusea, das perspectivas eternas sobre as temporais e, enfim, da vida sobre a morte" (57).