O documento descreve as atividades de um projeto de Terapia Ocupacional com idosos em Joinville, Santa Catarina, chamado "Projeto Cognição". O projeto visa estimular a memória e promover a saúde cognitiva dos idosos através de atividades semanais como jogos, exercícios, histórias de vida e vídeos. A Terapia Ocupacional é importante para idosos porque as falhas de memória são comuns na terceira idade e o envelhecimento traz mudanças cognitivas.
1. Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, Regional Santa Catarina
Abrato-SC
T erapia Ocupacional é... uma profissão da:
área da saúde,
do social e da
educação
que visa a estimulação
e o desenvolvimento das
habilidades do individuo
objetivando
facilitar e melhorar o seu
desempenho
nas atividades que realiza em
sua vida.
Núcleo de Estudos de Terapia
Ocupacional do Centro-Oeste Mineiro –
Netocom
– POPULAÇÃO CONCIENTE –
“TERAPIA OCUPACIONAL SÓ COM TERAPEUTA OCUPACIONAL”
2. Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, Regional Santa Catarina
Abrato-SC
E-mail: abrato-sc@hotmail.com
www.abratosc.blogspot.com
Diretoria
Dra. Lizete Antunes
Dra. Almerize Leite
Dra. Lenita de Villa
Dra. Luciane Frutuoso
Dra. Beatriz Macali
Dra. Suzana Elisa Sedrez Correa
Dra. Camille Weiser
Dra. Crystiane Castelen
Dra. Renata Florez Rocha
Dr. Regis Nepomuceno
Dra. Paula Agnolin
Dra. Ubiritan Oliveira
Gestão: 2011-2013
ARTICULADORES DO INFORMATIVO
Dra. Camille Weiser
Dra Renata Florez Rocha
Dra. Lizete Antunes
AUTORES
Dra. Almerize Leite
Dra. Beatriz Macali
Dra. Cibeli de Andrade Engler
Dr. Regis Nepomuceno
Dra. Sandra Fabiana Vieira
Dra. Vera Lucia Lehn
ENTREVISTA
Dra. Paula Agnolin
ANO I, NÚMERO 1/2011, JOINVILLE/SC
3. TERAPIA OCUPACIONAL e sua história:
• Desde os primórdios o ser humano utiliza a atividade
(ocupação) como produtora de saúde física, mental e ATUALMENTE ...
social.
• Segundo o bom e velho ditado popular: “Quem canta
seus males espanta.”
A Terapia Ocupacional é uma profissão da saúde, da
No século XVIII, os grandes hospitais psiquiátricos, começam a ser
educação e do social, regulamentada, de nível superior
sistematizadas o uso das atividades humanas como uma
possibilidade de tratamento. Nesta época as atividades surgiram que tem a atividade humana como elemento
para padronizar e normalizar comportamentos. Serviam também, centralizador e orientador, possibilitando mudanças
como forma de gerar mão de obra, recursos a ser utilizados pela criativas na busca da independência e autonomia dos
própria instituição. sujeitos. Para tanto, é necessário respeitar as
singularidades e potencializar as multiplicidades de cada
sujeito, ambiente, situação e contexto, levando em
consideração as fragilidades e forças de cada um na
superação das dificuldades. (ROCHA, 2009).
Libertando lunáticos de suas correntes no Asilo Salpetrière em Paris”
(Boston Harbor Museum)
Tony Robert-Fleury: “Philippe Pinel (1745-1826)
A Terapia Ocupacional surge oficialmente no final da Primeira
Guerra Mundial nos EUA como uma profissão da saúde que vinha
para tratar dos mutilados (físicos e emocionais).
Esta resultou em aumento de disfunções físicas de boa parte da
população atingida, sendo, necessário promover o retorno do
individuo ao convívio social junto à família e comunidade. Diante
de tudo isso, a Terapia Ocupacional amplia e qualifica o emprego
do treino das Atividades da Vida Diária (AVD´s), bem como busca
o aperfeiçoamento das próteses de extremidade superior, entre
outros possíveis procedimentos. Estamos diante de uma
abordagem curativa, clinica devido á demanda traumatológica
dos pacientes.
Campo social e núcleos de saberes
No período da segunda guerra mundial no Brasil as atuações
estavam voltadas aos pacientes crônicos, tais como os portadores
de tuberculose, as deficiências congênitas, pois era comprovada a
Fonte: ROCHA, Renata Florez.
eficiência da Terapia Ocupacional, bem como os benefícios Cinedebate:(des)construindo territórios da loucura. 2009
gerados ao Estado diante da alta deste tipo de paciente (JARDIM, [dissertação] / Renata Florez Rocha– Fpolis (SC):UFSC/PEN, 2009.
2009). 117p
Fonte: JARDIM A. L. Revendo as Origens da Terapia Ocupacional – uma Gráfico: www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1...
possibilidade a mais para compreender o nosso papel na atualidade,
Publicado no Blog Fisioterapia Hoje em 2009.
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4. Atividade simples e suas possibilidades sob o olhar da TERAPIA OCUPACIONAL
Impossibilidade para abrir uma lata Com o adaptador melhora o posicionamento
Causa: Acentuado estresse nas pequenas das articulações facilitando o desempenho.
articulações da mão.
Fonte: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
www.ufmg.br/diversas/12/ciencias-da-saude.teras www.img.youtube.com/vi/g8v6swO0yUo/0.jpg
www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=s1415-91042004000300006&scrip=sci_arttext
É possível melhorar o desempenho das atividades simples do cotidiano como o uso de adaptações,
tais como nos talheres; no computador; ao subir ou descer uma escada, ou entre outras.
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5. ONDE ENCONTRAR UM
TERAPEUTA
OCUPACIONAL?
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Neonatologia e estimulação precoce; Atrasos do
desenvolvimento psicomotor e cognitivo;
Deficiências sensoriais; Disfunções neurológicas;
Problemas ortopédicos e
músculo-esqueléticos;
Problemas cardiopulmonares;
Deficiências do sistema auto-imune;
Dificuldades psicossociais;
Negligência e abuso infantil, entre outras, ...
ADULTOS E IDOSOS
Disfunções neurológicas
(aspectos cognitivos, visuais e psicomotores)
Problemas ortopédicos e
músculo-esqueléticos;
Problemas cardiopulmonares;
Doenças imunológicas;
Dificuldades psicossociais (saúde mental,
gerontologia, presidiários, entre outros);
Disfunções do sistema cutâneo (queimaduras e
dermatoses);
Saúde da mulher.
TERAPIA OCUPACIONAL NO MUNDO DO
TRABALHO
Educação para o Trabalho
Promoção de Saúde, Prevenção de Riscos
Processos de Trabalho.
Ergonomia;
Adaptação e Reabilitação Profissional
(inserção no Mercado de Trabalho; Creches, escolas e
aproveitando as potencialidades e respeitando universidades;
as limitações); Comunidade;
- Saúde do Trabalhador; Empresas e fábricas;
Outras instituições públicas ou
privadas
- TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
OUTRAS AREAS...
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6. ÓRTESES DE MÃOS
Drª Vera Lúcia Mendes Lehm*
ÓRTESES: Vem da palavra grega orthos que significa corrigir.
O que é Órtese: é um dispositivo utilizado para suportar, imobilizar um segmento durante a fase de recuperação, ou para corrigir e
prevenir deformidades, podendo ser estáticas, dinâmicas seriadas e progressivas.
O principal objetivo: é promover o equilíbrio biomecânico, por meio da aplicação de forças de contenção externa ao segmento
comprometido.
As indicações quanto seu uso: Imobilização de um segmento; auxílio nos movimentos da mão, correção e prevenção nas
deformidades, alívio da dor; melhorar o posicionamento da mão.
Quanto sua classificação: Antebraço, mão, dedo, palmar, dorsal, rígido ou macio
Quem pode indicar o uso da Órtese: O médico e o terapeuta responsável, poderá indicar qual o tipo de órtese adequada.
Quanto ao material: Existem vários materiais disponíveis no mercado que distinguem por sua composição sintética. O material a ser
adotado depende da finalidade e a experiência do terapeuta.
IMPORTANTE: As órteses são confeccionadas por um terapeuta ocupacional ou terapeuta de mão com especialidade em Terapia da
mão e com treinamento especializado e muita experiência.
A órtese deverá ser: Simples, confortável, de fácil colocação, livre de pontos de pressão, facilmente ajustável, leve, prática, moldável e de fácil
manutenção para a limpeza.
MODELOS:
Órtese dinâmica para lesão de nervo mediano ou contratura
articular
Indicação: Quando a limitação do movimento da mão estiver
comprometida e ainda, com encurtamento da musculatura
intrínseca e extrínseca da mão.
Objetivo: Para prevenção de contratura da musculatura intrínseca
Órtese dinâmica para lesão do nervo radial da mão e no auxílio da flexão das metacarpofalangianas.
Indicação: Lesão do nervo radial no pré e pós operatório.
Objetivo: Promover a extensão de punho e dedos, facilitando a
manipulação dos objetos, auxilia no fortalecimento da musculatura
extensora pela resistência oferecida pelos elásticos e melhorando o
efeito tenodese.
Órtese para Dupuytren
Indicação: É uma intervenção terapêutica essencial no
pós-operatório, sendo sua utilização iniciada precocemente.
Objetivo: p/manter o ganho da extensão dos dedos pós-cirúrgico.
Órtese Para Lesão Mista De Nervo Ulnar
e Nervo Mediano
Indicação: É comum este tipo de lesão nervosa próxima ao punhona
zona de Verdan.
Objetivo: Prevenção da deformidade em contratura em adução do
1º espaço, mão em garra e dificuldade para oposição.
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7. Órtese do tipo Cock- up
Órtese para dedo em martelo
Indicação: Utilizada em várias patologias sendo elas neurológicas Indicação: O tratamento do dedo martelo depende do tempo
de lesão e grau de deformidade em flexão.
e/ou ortopédicas.
Obj: Recomenda-se a imobilização interrupta por 6 a 8
Obj: Estabilizar, prevenir e corrigir o desempenho funcional da mão. semanas.
Órtese modelo funcional
Indicação:Utilizadas para patologias neurológicas e
ortopédicas.
Órtese dinâmica de punho Objetivo: Manutenção do arco funcional da mão e prevenção
das deformidades.
Indicação: Para ganho da extensão e flexão do punho.
Obj: Restaurar a amplitude dos movimentos perdidos após
uma lesão e/ou fratura.
Órtese de nervo ulnar
Indicação: Indicadas para lesões do nervo ulnar.
Órtese dinâmica para rigidez da falange
Objetivo: Para correção da musculatura intrínseca da mão e
proximal
restaurar a flexão das metacarpofalangiana causada pela
lesão do nervo ulnar.
Indicação: Para o uso em lesões tendinosas e fraturas de falange.
Objetivo: Prevenção e correção de contratura muscular, rigidez
articular e ganho de amplitude do movimento.
* Terapeuta ocupacional, CREFITO Nº11023
Terapia da Mão
Email: vera.lehm@hotmail.com
Obs.: A terapeuta ocupacional Vera Lehm foi à responsável pela confecção das órteses aqui ilustradas.
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8. TERAPIA OCUPACIONAL X COGNIÇÃO NA 3ª IDADE
Dra Beatriz Macali Souza*
Dra. Almerize Verônica Leite**
Dra. Cibeli de Andrade Engle***
.
A Secretaria de Assistência Social de Joinville no âmbito da Proteção Social Básica possui um Serviço específico a
pessoa idosa, chamado Centro de Convivência do Idoso – CCI. O CCI possui na sua equipe técnica o profissional de TERAPIA
OCUPACIONAL que realiza um projeto denominado “Projeto Cognição”. Partindo da compreensão de que a qualidade de vida na
Terceira Idade está relacionada com o bem estar biopsicossocial do idoso, o Terapeuta Ocupacional atua no sentido de promover
ações que visam à estimulação da memória para que possam contribuir na promoção da saúde cognitiva.
O projeto é desenvolvido semanalmente por meio de: vivências de grupo, exercícios cognitivos (relaxamento,
jogos diversos, história de vida dos idosos, contação de casos, documentários, vídeos e outros); oferecendo material informativo
onde o idoso seja realmente um protagonista social.
Sabe-se que as falhas da memória são episódios que podem acometer o ser humano em qualquer idade, embora
seja uma queixa muito freqüente entre os idosos. Esta realidade justifica o fato de que durante o processo de envelhecimento
ocorrem mudanças que interferem na qualidade do funcionamento da memória, destacando-se: perdas fisiológicas; diminuição
da capacidade de concentração, atenção, aprendizado e processamento das informações.
A perda da memória provocada pelo avanço da idade ocorre em parte, por uma adaptação do cérebro à nova
condição de vida iniciada na terceira idade. As células relacionadas às atividades menos utilizadas seriam desativadas para
concentrar esforços em áreas mais necessárias ao novo modo de vida.
O que geralmente acontece é que, ao se aposentar, o indivíduo não é mais requisitado a utilizar a sua memória recente,
conhecida como memória de trabalho e que se refere aos fatos do cotidiano.
Sem se submeter à correria do dia-a-dia, que exigem a realização de muitas tarefas, essa função é praticamente descartada pelo
cérebro. Ele, então, dá prioridade a outro tipo de memória, a remota, que o remete a lembrança do passando distante.
É importante ressaltar que processo de aprendizagem não se interrompe na velhice! Aprender uma nova atividade e estimular o
raciocínio por meio de jogos, por exemplo, é uma excelente atividade para o cérebro. Nesse sentido, o “Projeto Cognição”
possibilita a manutenção dos papéis sociais, do exercício de cidadania e da autonomia, contribuindo para a promoção de um
envelhecimento ativo e saudável.
Fotos:Dra. Beatriz Macali
* terapeuta ocupacional, Especialista em Gerontologia, CREFITO 10/4079
** terapeuta ocupacional, Especialista em Psicopedagogia, CREFITO 10/4174
*** terapeuta ocupacional, Especialista em Gerontologia, Coordenadora do Centro de Convivência do Idoso, CREFITO 10/4465
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9. TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
Dr. Régis Nepomuceno Peixoto*
A Terapia Ocupacional é a profissão da área da saúde que atua na reabilitação e habilitação Funcional de pessoas que
por qualquer problema, seja de origem física, emocional ou social não consigam realizar as atividades básicas que
promoverão independência e autonomia, aquisição dos requisitos para continuidade no desenvolvimento humano e
promoção do bem-estar biopsicossocial.
O ser humano se desenvolve e adquire recursos para um viver saudável através da Ocupação. Entende-se por
Ocupação Humana as Atividades de Vida Diária, Atividades de Vida Prática ou Instrumentais de Vida Diária, Trabalho
e Lazer. Assim como o Desenvolvimento Humano a Ocupação Humana, que é o instrumento do Desenvolvimento,
possui fases e evolui gradativamente de acordo com as necessidades de sobrevivência da pessoa.
Considerando as necessidades de Desenvolvimento do ser humano, a criança, por sua vez, possui como suas
Ocupações o Brincar, a Independência nas Atividades de vida diária, iniciação de atividades de vida prática, Trabalho
e Lazer. Onde podem ser considerados Trabalho da criança as atividades escolares, sendo que o lazer e o brincar não
são sinônimos, necessitando assim que a criança possua os dois itens para um melhor desenvolvimento global.
Assim, por ser, o terapeuta ocupacional o profissional que possui a Ocupação humana como instrumento de
trabalho, cabe a ele identificar e interferir em qualquer alteração nas Ocupações da criança e auxiliar no processo de
aquisição ou de recuperação de atividades que são necessárias para o seu bem estar.
A ampliação da carga horária da criança na escola é crescente a cada dia, com este aumento a maioria das suas
Ocupações é realizada no ambiente escolar, por isso, a Terapia Ocupacional está diretamente ligada à escola e está
prática é cada dia mais freqüente.
Historicamente a Terapia Ocupacional era conhecida na atuação da Educação apenas na Educação Especial, onde tem
como objetivo reabilitar e habilitar pessoas com Deficiência Mental e múltiplas a obterem o maior nível de
Independência possível.
As evoluções das teorias mundiais em educação fizeram com que o Brasil se adequasse as tendências mundiais e
aprovaram Leis que preconizam a Inclusão do diferente no Ensino Regular ou Convencional, fazendo com que a
Educação Inclusiva se tornasse uma área de atuação compatível ao conhecimento do terapeuta ocupacional, bem
como sua significativa atuação no meio.
De acordo com a lei 9.394, de 1996, a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os
estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das
políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem
humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a
satisfação pessoal e a inserção social de todos.
Mesmo assim, nos deparamos com a falta de preparo dos profissionais da educação tanto com as deficiências quanto
aos métodos para ensinar, entretanto o terapeuta ocupacional pode estar auxiliando nos processos de adaptações e
tecnologia assistiva, sejam adaptações físicas ou curriculares.
A Tecnologia Assistiva é o processo que permite acessibilidade e funcionalidade para as pessoas com algum tipo de
restrição funcional. O terapeuta ocupacional atua no processo de inclusão no Ensino Regular adaptando material e o
ambiente para os Deficientes Visuais, Computadores em Comunicação.
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10. TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO
(continuação)
Alternativa para Paralisados Cerebrais, Rampas, mesas para cadeirantes e simples adaptações de engrossadores
de lápis para alunos com dificuldades na preensão. As adaptações de materiais e ambientes beneficiam os
deficientes a nível físico, porém os Deficientes Intelectuais necessitam de adaptações que trazem o conteúdo
pedagógico.
As adaptações de materiais e ambientes beneficiam os deficientes a nível físico, porém os Deficientes
Intelectuais necessitam de adaptações que trazem o conteúdo pedagógico programático em atividades
concretas que permitam, dentro da capacidade do aluno, que ele assimile e possa utilizar do conhecimento de
maneira funcional. A esta adaptações é dado o nome de Currículo Funcional, que se baseia nos conteúdos
necessários para um viver independente, ou seja, recrutar recursos dentro do ensino regular para realização de
atividades de vida diária, atividades de vida práticas, trabalho e lazer.
Por Lei o profissional habilitado para programar, habilitar e reabilitar as Ocupações Humanas, são os terapeutas
ocupacionais, ou seja as adaptações em Currículo Funcional devem ser programadas e orientadas por um
terapeuta ocupacional que deve também viabilizar métodos e técnicas para utilização destas adaptações pelos
Educadores.
Hoje em dia, as preocupações com a eficácia na aprendizagem das crianças não estão somente em torno apenas
das crianças com deficiências. As dificuldades de aprendizagem vêm sendo a cada dia mais discutidas e
estudadas. Alguns estudiosos associam o número crescente de crianças com Dificuldades no processo de
aprender com falta de atividades psicomotoras nas primeiras fases da infância; outros com a diminuição do
tempo que as crianças têm para brincar, entre outros fatores.
A aprendizagem do ser humano é gradativa, evoluindo de acordo com a capacidade de cada individuo
psicomotoras nas primeiras fases da infância; outros com a diminuição do tempo que as crianças têm para
brincar, entre outros fatores.
A aprendizagem do ser humano é gradativa, evoluindo de acordo com a capacidade de cada individuo. Dessa
forma, podemos pré defini-las em: Atenção, Concentração, Raciocínio Lógico e Memórias e poderão ser
avaliadas e tratadas pelo terapeuta ocupacional através de técnicas e métodos baseadas no Brincar, Atividades
Psicomotoras, Terapia da Integração Sensorial, Estimulação Cognitiva e Grafomotricidade.
A dificuldade na escrita é um dos fatos que vem chamando atenção dos profissionais ligados à educação e são
cada vez mais presentes no meio escolar. Tais dificuldades permeiam em diversos fatores, como na alteração da
coordenação motora fina ligada a escrita, Grafomotricidade (na relação da coordenação dos movimentos dos
olhos com as mãos), coordenação viso-motora e também os aspectos cognitivos e de linguagem. Os aspectos
ligados a cima citados, exceto a Linguagem que é trabalhada pelo profissional responsável pela área da
comunicação o fonoaudiólogo, são de responsabilidade do terapeuta ocupacional que é especialista no
funcionamento da extremidade do Membro Superior, a Mão.
Apesar de pouco conhecida, a Terapia Ocupacional é eficaz e embasada em teorias e técnicas comprovadas, vem
ganhando seu espaço e importância nas áreas da educação.
Percebendo a necessidade de atuação em um dos fatores anteriormente citados, consulte um terapeuta
ocupacional, que é um profissional graduado em nível superior, por Instituição reconhecida pelo MEC e com
registro no CREFITO de seu estado; ele poderá ajudar seu aluno, paciente ou filho.
* terapeuta ocupacional, CREFITO-1011178
Contatos: regis.to@hotmail.com
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e-mail: abrato-sc@hotmail.com
11. TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA PRISIONAL
Dra. Sandra Fabiana Vieira
A Penitenciária Industrial de Joinville conta com uma profissional terapeuta ocupacional, que realiza atividade juntamente com
a equipe técnica, sendo responsável pelos projetos de Dependência Química, Oficinas Terapêuticas de Artes e Música, e
acompanhamento aos canteiros de trabalho. Sendo esta Unidade Prisional a única no Estado que conta com esta modalidade de
atendimento.
Conforme CAVALCANTI, 2007; pg 3, a Terapia Ocupacional é um campo de conhecimento e intervenção em saúde,
educação e na esfera social. Está fundamentada nas atividades humanas para desenvolver e oferecer atendimento adequado a
indivíduos ou grupos que necessitem. Seu objetivo é o de melhorar a qualidade de vida em geral do indivíduo ou de grupos
atendidos, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia destes, que apresentem dificuldade temporária ou
definitiva na inserção ou participação na vida social.
Ela é a arte e a ciência, que tem a atividade humana como elemento centralizador e orientador do processo
terapêutico, sendo esta a mediadora da relação terapêutica, como forma de comunicação e expressão dos conteúdos internos
dos pacientes, estabelecendo a tríade terapeuta – paciente - atividade.
A Terapia Ocupacional no Sistema Prisional atende em grupos ou individualmente, pode lançar mão de Oficinas Terapêuticas ou
acompanhar os grupos de trabalho já formados nas Unidades Prisionais, ou ainda criar Projetos específicos para reabilitação
social.
O profissional desta área baseia-se ainda na L.E.P. (Lei de Execuções Penais nº 7.210/84) que é a lei que regula o
cumprimento das Sanções Criminais, e cita em seu Artigo 1º o objetivo de “efetivar as disposições de sentença ou decisão
criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”. Levando em conta o que
cita o Artigo 5º da LEP que fala da Individualização da Pena, onde cada condenado deve ter um atendimento individualizado e
direcionado.
Com o apenado especificamente, o terapeuta ocupacional realiza entre outras atividades: avaliações, aplica testes, produz
laudos para o Juizado da Vara Criminal, atua fortemente na questão da dependência química, trabalha no resgate da auto-estima
e da cidadania, no acompanhamento de projetos de vida; busca conhecer a dinâmica familiar e orientá-los, encaminhando
apenados e familiares à programas das três esferas governamentais.
Abalizado no Artigo 6º da L.E.P., o qual refere à Comissão Técnica de Classificação, esta comissão direcionada à avaliação do
apenado para o trabalho, estudo e terapias de qualquer natureza; o terapeuta ocupacional atua em conjunto com a equipe
técnica, e tem um papel ímpar na avaliação do reeducando dentro da Unidade Prisional.
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12. TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA PRISIONAL
(continuação)
Abalizado no Artigo 6º da L.E.P., o qual refere à Comissão Técnica de Classificação, esta comissão direcionada à avaliação do apenado
para o trabalho, estudo e terapias de qualquer natureza; o terapeuta ocupacional atua em conjunto com a equipe técnica, e tem um
papel ímpar na avaliação do reeducando dentro da Unidade Prisional. Sua participação na referida Comissão consiste no levantamento
do histórico laborativo prisional e anterior a sua prisão, para fins de aprovação dos internos na execução de atividades laborais,
escolares e terapêuticas. Avaliando ainda o estado físico-funcional e mental para a execução de tais atividades; e no caso de ser
diagnosticada alguma deficiência, identifica as necessidades no que diz respeito ao potencial funcional residual do interno avaliado,
determinando claramente suas capacidades e definindo suas restrições nas situações de trabalho.
Este constitui um documento específico da Terapia Ocupacional, que se traduz na apresentação descritiva e interpretativa das
atividades exercidas pelo apenado, isto no seu cotidiano laborativo, delitivo e prisional; enquanto objeto de intervenção deste
profissional. Este documento oferece subsídios técnico-específicos que possibilitam a tomada de decisões para a avaliação das A.V.Ls.
(atividades de vida laboral).
Para a construção do histórico laborativo o terapeuta ocupacional realiza um atendimento individual, no qual o profissional
possui um contato maior com o interno, podendo assim ter um conhecimento da sua história. Neste mesmo atendimento são
investigadas atividades sociais e de lazer ou grupos em que o interno esteve inserido antes de entrar no sistema prisional.
A sistematização do referido documento é basicamente uma prática investigativa que deve ser orientada pelas dimensões
ético-política, teórico-prática e técnica-operativa. Os itens analisados pelo terapeuta ocupacional consistem em verificar aspectos como
habilidades profissionais e extras, seu desejo de estar participando de atividades dentro do sistema prisional; ainda a existência de
limitações físicas, cognitivas, ou seqüelas adquiridas, que requeiram tecnologia assistiva, adaptações ou direcionamentos para canteiros
específicos.
O terapeuta ocupacional no Sistema Prisional tem seu trabalho voltado para as questões de integração e reinserção social; busca
ações que visam introduzir os internos às práticas reais da vida cotidiana, e de possíveis projetos individuais, trabalhando para a
desinstitucionalização do apenado e visando seu retorno à sociedade. Sua intervenção baseia-se no fazer e na significação desta
atividade, buscando projetos orientados para novas formas de sociabilização, de narrativas de vida, de reconstrução do “eu” confinado,
propondo novos percursos para a inserção social.
Bibliografia
CAVALCANTI, Alessandra. GALVÃO, Cláudia. Terapia Ocupacional: Fundamentos & Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Kogan, 2007.
PLANALTO, Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984. Brasília: Lei de Execuções Penais Presidência da República,163º da Independência e 96º da República.
1984. Acesso em 18/07/2010. Disponível em <<URL:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7210.htm. >>
PORTAL SAÚDE, Portaria Interministerial 1.777 disponível em <<http www.portal.saude.gov.br/... Acesso em 18.07.2010.
DE CARLO, M. e BARTALOTTI, C. Terapia Ocupacional no Brasil - Fundamentos e Perspectivas, Plexus, 2001.
FRANCISCO, Berenice Rosa. Terapia Ocupacional. Campinas, SP: Papirus, 1988.
CHAMONE, RJ. O Objeto e a Especificidade da Terapia Ocupacional. Belo Horizonte: GESTO, 1990.
* terapeuta ocupacional, CREFITO-10 7637
atua no sistema prisional em Joinville/SC.
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13. ENTREVISTA
Dra. Paula Agnolin *
1) ABRATO-SC: Em linhas gerais quais as atribuições do terapeuta ocupacional na equipe do NASF?
Dra. Paula O NASF é constituído por profissionais de diferentes áreas de conhecimento. O terapeuta ocupacional bem como
toda a equipe atua de forma conjunta com a Estratégia Saúde da Família, compartilhando saberes e propondo alternativas e
soluções. É parte do processo de matriciamento, que propõe o suporte assistencial (produção clínica direta com os usuários
em todos os níveis de atenção) e suporte técnico-pedagógico (produção do apoio educativo com e para a equipe).
2) ABRATO-SC: Trabalhando em equipe interdisciplinar, destaque quais são as ações que diferenciam o terapeuta
ocupacional dos demais profissionais que atuam no NASF?
Dra. Paula destaco as seguintes entre muitas outras:
Atividades de educação em saúde, individual/grupo, estimulando o auto-cuidado e AVDs: minimizando riscos à saúde.
Ações de educação em saúde para a prevenção de lesões e cuidados a grupos populacionais específicos;
Construção de espaços coletivos para as atividades lúdicas, intervenções ergonômicas, técnicas de relaxamento;
Desenvolver práticas de atividades da vida diária relacionada à promoção de hábitos alimentares saudáveis.
Orientações quanto ao uso de Tecnologia Assistiva nas adaptações necessárias à alimentação, vestuário e outras;
Atividades de educação em saúde, prevenir e minimizar traumas e violência doméstica, ocupacionais e de lazer;
Orientações a portadores de necessidades especiais, familiares e/ou cuidadores;
Treinamentos de AVD, Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Tecnologia Assistiva;
Visitas para a identificação e orientação quanto à necessidade de adaptações domiciliares;
Reinserção social, escolar e ocupacional;
Desenvolver ações de estimulação essencial em crianças identificadas com problemas neuropsicomotores;
Implementar ações intersetoriais de atenção integral a crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e
distúrbios de comportamento;
Orientações quanto ao planejamento familiar, prevenção de ST/AIDS, cuidados pessoais;
Realização de atividades terapêuticas integradas e intersetorializados que promovam a valorização da mulher;
Monitorar a situação epidemiológica local, identificando agravos prioritários e formas de intervenção coletiva
subsidiando o planejamento de ações das equipes de saúde da família, a atenção à saúde da mulher;
Desenvolvimento de atividades laborais com mulheres, em situação de exclusão social, estimulando aprendizagem
de novos ofícios e possibilitando a reinserção econômica e social;
Orientações a pessoas com transtornos mentais, familiares e cuidadores;
Atuar de forma integrada com as equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial, promovendo a
reinserção social, escolar e ocupacional;
Ações integradas visando à redução de riscos. Ex. usuários de drogas e álcool, drogas, tabaco;
Fomentar a constituição de espaços de reabilitação psicossocial. Ex. oficinas terapêuticas comunitárias;
Desenvolver ações integradas e intersetoriais que minimizem a exclusão a indiferença, estimulação a participação e
a cidadania.
3) ABRATO-SC: Como a população tem recebido as intervenções da Terapia Ocupacional dentro do NASF?
Dra. Paula: O terapeuta ocupacional ainda é desconhecido. Não é incomum ouvir solicitações para explicar do que de fato
trata a Terapia Ocupacional. Embora ainda não saibam associar as ações ao profissional em Terapia Ocupacional, as
intervenções são bem aceitas e compreendidas. Os encaminhamentos ainda são incomuns, o que tem gerado a necessidade
de apresentar, principalmente às Unidades de Saúde o que é Terapia Ocupacional e qual seu papel no âmbito da atenção
básica. Não se pode deixar de acrescentar sobre a dificuldade em atuar em equipes multiprofissionais, sem antes a devida
explicação acerca da ciência Terapia Ocupacional.
*terapeuta ocupacional, Especialização (Latu Sensu) em Saúde Mental (Curitiba/PR) 06/07. Formação em Terapia Familiar Sistêmica – Terapia de
Família e Casal – Março/08 a Janeiro/ 2011. Experiência anterior: Coordenadora e terapeuta ocupacional do Centro de Atenção Psicossocial I –
Concórdia/SC. Período: 2006-2010. Região e local atual de atuação: Núcleo de Apoio a Saúde da Família – NASF – Criciúma/SC.
Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional de Santa Catarina – Abrato-SC
e-mail: abrato-sc@hotmail.com
14. Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional de Santa Catarina – Abrato-SC
e-mail: abrato-sc@hotmail.com