O documento descreve a história de amor proibido entre D. Pedro e Inês de Castro na Portugal medieval. Narra os eventos que levaram à morte de Inês e a vingança de D. Pedro contra os assassinos. Também descreve as ações de D. Pedro para reconhecer Inês como sua esposa e rainha, incluindo transladar seus restos mortais para um túmulo real.
A história de amor proibido entre D. Pedro e D. Inês de Castro
1. Escola Básica 2,3/s Mestre Martins Correia Português Inês de Portugal João Aguiar Inês Severino nº8 12ºA
2. Ficha Técnica do Livro Autor: João Aguiar Editora: ASA editores, S.A. Local de edição: Lisboa Ano de edição: Junho de 2006
3. Biografia de João Aguiar João Casimiro Namorado de Aguiar foi um jornalista e escritor português, nasceu em Lisboa a 28 de Outubro de 1943. Licenciou-se em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas. Regressou a Portugal em 1976, para se dedicar numa primeira fase ao jornalismo. Trabalhou para a RTP, onde iniciou a sua carreira em 1963, e para diversos diários e semanários como: Diário de Notícias, A Luta, Diário Popular, O País e Sábado. É autor de: «O Bando dos Quatro», «Pedro & Companhia», «Sebastião e os Mundos Secretos», entre outros. Morreu aos 66 anos vítima de uma doença prolongada.
4. Primeiro capítulo (DE PROFUNDIS CLAMO AD TE, DOMINE): Álvaro Pais sente um frio estranho que nem a lareira aquece um frio que não é da idade mas sim de receio, de ansiedade pois El-Rei estará para chegar. Álvaro Pais ouve o cavalgar dos cavalos, o metal das ferraduras a bater na calçada e sente novamente aquele frio estranho pois El-Rei é um bom rei, é generoso mas um Rei que jurou e que jamais quebra os seus juramentos. Álvaro recorda o dia em que D. Pedro jurou, perante sua mãe, Rainha Beatriz e o arcebispo de Braga, paz no reino e que não mataria Pero Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes autores da morte do seu grande amor, D. Inês de Castro apesar de todo o ódio e raiva que sentiria. História
5. Álvaro Pais volta á realidade e corre para a janela onde vê chegar dois homens, Pero Coelho e Álvaro Gonçalves acorrentados pois Diogo Lopes havia fugido de Castela. El-Rei com uma enorme vontade de os fazer sofrer o que D. Inês sofreu no momento da sua morte e Álvaro Pais acredita que estes não merecem tal castigo e tenta fazer com que Afonso Madeira os ajude mas este não o faz pois é o confidencial de D. Pedro e apoia-o. Afonso Madeira e D. Pedro relembram a beleza de D. Inês o amor que D. Pedro sentia e sempre sentirá por D. Inês. Álvaro Pais conta a Afonso o que Martim, bobo do Rei, ouviu entre D. Inês e os seus dois irmãos. Álvaro concluiu que D. Inês queria ser rainha e que estaria a utilizar D. Pedro para o conseguir e por isso mereceu morrer.
6. D. Pedro, enquanto espera Pero Coelho e Álvaro Gonçalves na sua sala na primeira vez em que teve relações sexuais com D. Inês. El-Rei era casado mas foi como se nunca o tivesse feito com a sua mulher, foi como se fosse a sua primeira vez. Os barulhos das correntes trazem D. Pedro à realidade e quando olhou ali estavam mesmo a sua frente Pero Coelho e Álvaro Gonçalves prontos para o ouvirem. D. Pedro só queria saber quem mais tinha morto D. Inês de Castro mas nenhum deles respondeu e El-Rei esgotado, cansado mandou-os sair sem que lhes fizesse nada. João Afonso Recorda o dia em que D. Pedro repara em D. Inês, o dia em que El-Rei, ainda Infante, não conseguia desvia o olhar de Inês de Castro. Após esse dia ninguém conseguiu impedir que ambos se amassem, ninguém os conseguia separar apenas a morte. João Afonso segue D. Pedro e este está sentado junto a uma árvore a pensar em Inês de Castro e de repente ou Álvaro de pais a chamá-lo para que fosse a Alcanede fazer justiça e claro, D. Pedro não recusou pois não tolera injustiças.
7. Segundo capítulo (MISEREATUR TUI OMNIPOTNS DEUS): D. Pedro e o seu reino encontram a caminho de Alcanede quando avistam um Judeu mas muitos não reparam nele apenas Gil Fernandes e Rui Vasques que pensaram em assaltar o Judeu pois normalmente estes têm bastantes valores consigo e fingem estar a brincar com os cavalos para se poderem afastar do grupo sem que ninguém desse por isso. Mendo Pires desconfia e vai ao seu encontro e quando chega depara-se com os dois escudeiros a roubar os bens do Judeu e olha para o lado e ali estava o Judeu já morto cheio de sangue. Mendo Pires resolve levá-los ao Rei e este como não suporta injustiças manda-los matar.
8. Afonso Madeira estava agora apaixonado por uma mulher casada, D. Catarina mulher do corregedor Lourenço Gonçalves. Este não acha muita graça ao facto de Afonso Madeira estar perto da sua esposa mas não se manifesta. Já dentro do castelo Afonso Madeira revela a D. Catarina que a ama mas são logo interrompidos por Álvaro Pais pois El-Rei já está de saída e Afonso Madeira tem de ir com ele. À noite, quando todos já estavam deitados Afonso Madeira resolve ir ao quarto onde estava D. Catarina mas primeiro confirma que Lourenço Gonçalves está a jogar e que tão cedo não sairá dali. Afonso Madeira envolve-se com D. Catarina e mais tarde são apanhados por Lourenço Gonçalves na cama.
9. O corregedor leva Afonso Madeira ao pé do Rei que estava na rua a dança e a cantar super feliz rodeado de todo o povo daquela terra. D. Pedro manda-o para as masmorras do castelo onde iria permanecer pelo menos naquela noite. D. Pedro volta para o seu castelo onde encontra muita lenha, uma mesa extensa cheia de comer. Era ali que Pero Coelho e Álvaro Gonçalves iriam ser mortos minutos depois da chegada ao castelo. D. Pedro, no fim de já estarem mortos, suspirou de alivio como se tivesse tirado um peso de cima e como se tivesse feito justiça.
10. 3º Capítulo (PER OMNIA SAECULA SAECULORUM): D. Pedro vai à igreja de Santa Clara, onde estão os restos mortais de D. Inês e diz às irmãs que vai levar o corpo de D. Inês de Castro para a Abadia Real de Alcobaça onde está sepultado sei pai El-Rei D. Afonso. A irmã, abadessa de Santa Clara, fica bastante escandalizada e tenta impedir que D. Pedro leve o corpo de D. Inês pois diz que é contra a vontade de Deus mas D. Pedro não lhe dá ouvidos e manda os seus trabalhadores escavarem. Quando encontram o caixão mas este encontra-se em degradação e ao puxarem, este desfaz-se em três. E lá estava o corpo de Inês de Castro intacto sem qualquer degradação com todos os seus traços, todos se ajoelham perante o seu corpo.
11. A urna foi levada para o refeitório da abadia real de Alcobaça onde se encontra El-Rei ajoelhado bem perto dela. A abadessa e Álvaro de Pais a comentar o acto de D. Pedro, este levanta-se de repente e diz-lhes que apesar do que possam dizer nada o vai impedir de sepultar D. Inês no mosteiro de Alcobaça. D. Pedro anuncia quem o Papa lhe deu autorização para casar com qualquer outra mulher e D. Pedro decidiu anunciar que os filhos que teve com D. Inês eram agora Infantes e D. Inês era sua mulher e Rainha de Portugal. Todos os presentes ficaram chocados mas nadam podiam dizer. É uma vez mais todos se ajoelharam perante o corpo de D. Inês de Castro. Quando surgiu o primeiro raio de sol a igreja começa a ficar vazia e quando todos saíram o silêncio governava aquela igreja e ali estava o corpo de D. Inês de Castro sepultado para o resto da vida, “e assim ficará até ao fim do mundo”. D. Pedro antes de sair acariciou a pedra e saiu de cabeça erguida e satisfeito pois ali estava a sua mulher e a Rainha.