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Escola B. 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã
    Ana Luísa Cota Mateiro da Silva, 12ºA, nº3
                    2010/2011




Memorial do Convento
             Capítulo III
Capítulo III
 No decorrer do Entrudo quem pôde empanturrou-se, bebeu vinho até ao
  arroto e ao vómito.
 Agora “ Vai sair a procissão de penitência. Castigámos a carne pelo jejum,
  maceremo-la agora pelo açoite.” “(…) é tempo de pagar os cometidos
  excessos .“
 “(…), a Quaresma, como o sol, quando nasce, é para todos”, por isso, no
  seu decorrer, as mulheres mesmo as casadas, tinham uma liberdade única
  no ano, podiam percorrer as igrejas sozinhas e assim tirar partido da
  liberdade que lhes permitia encontrarem-se com os seus amantes.
      (referindo-se aos maridos) “E se ele pergunta, Então, já sabemos o
        que ela responderá, que vem morta de canseira, moidinha dos pés,
        arrastadinha dos joelhos mas consolada a alma, e diz o misterioso
        número, Sete igrejas visitei, tão apaixonadamente o disse que ou foi a
        devoção muita ou muita a falta dela.”
Capítulo III
 “De tais desafogamentos se vêem privadas as rainhas”, D.Maria Ana
  enquanto rainha não podia gozar dessa liberdade, assim, passou mais uma
  noite na cama coberta pelo seu cobertor de penas e sonhou com o seu
  cunhado D.Francisco.
 “Passou a Páscoa, que acordou toda a gente, mas reconduziu as mulheres à
  sombra dos quartos e ao carrego das saias.”
Simbologia
 Sete
   O número sete indicia totalidade completa e perfeita: os sete
    dias da criação do mundo, os sete dias da semana, os sete
    pecados mortais, as sete cores do arco-íris, o número de dias de
    cada ciclo lunar, que regula os ciclos de vida e da morte na
    Terra.
   Símbolo de sabedoria e de descanso no fim da criação.


 Cobertor
   Símbolo de afastamento, da separação que marca o casamento
    de convivência entre o rei e a rainha.
   Liga-se à frieza do amor, à ausência do prazer, esconde desejos
    insatisfeitos.
Resumindo
  Ideias chave deste capítulo:

    contrastes entre ricos e pobres;
    liberdade na Quaresma;
    procissão de penitência;
    infidelidade das mulheres e o desinteresse dos maridos;
    sonhos de D. Maria Ana com D. Francisco e a sua devoção.

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Memorial do Convento Capítulo III

  • 1. Escola B. 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã Ana Luísa Cota Mateiro da Silva, 12ºA, nº3 2010/2011 Memorial do Convento Capítulo III
  • 2. Capítulo III  No decorrer do Entrudo quem pôde empanturrou-se, bebeu vinho até ao arroto e ao vómito.  Agora “ Vai sair a procissão de penitência. Castigámos a carne pelo jejum, maceremo-la agora pelo açoite.” “(…) é tempo de pagar os cometidos excessos .“  “(…), a Quaresma, como o sol, quando nasce, é para todos”, por isso, no seu decorrer, as mulheres mesmo as casadas, tinham uma liberdade única no ano, podiam percorrer as igrejas sozinhas e assim tirar partido da liberdade que lhes permitia encontrarem-se com os seus amantes.  (referindo-se aos maridos) “E se ele pergunta, Então, já sabemos o que ela responderá, que vem morta de canseira, moidinha dos pés, arrastadinha dos joelhos mas consolada a alma, e diz o misterioso número, Sete igrejas visitei, tão apaixonadamente o disse que ou foi a devoção muita ou muita a falta dela.”
  • 3. Capítulo III  “De tais desafogamentos se vêem privadas as rainhas”, D.Maria Ana enquanto rainha não podia gozar dessa liberdade, assim, passou mais uma noite na cama coberta pelo seu cobertor de penas e sonhou com o seu cunhado D.Francisco.  “Passou a Páscoa, que acordou toda a gente, mas reconduziu as mulheres à sombra dos quartos e ao carrego das saias.”
  • 4. Simbologia  Sete  O número sete indicia totalidade completa e perfeita: os sete dias da criação do mundo, os sete dias da semana, os sete pecados mortais, as sete cores do arco-íris, o número de dias de cada ciclo lunar, que regula os ciclos de vida e da morte na Terra.  Símbolo de sabedoria e de descanso no fim da criação.  Cobertor  Símbolo de afastamento, da separação que marca o casamento de convivência entre o rei e a rainha.  Liga-se à frieza do amor, à ausência do prazer, esconde desejos insatisfeitos.
  • 5. Resumindo  Ideias chave deste capítulo:  contrastes entre ricos e pobres;  liberdade na Quaresma;  procissão de penitência;  infidelidade das mulheres e o desinteresse dos maridos;  sonhos de D. Maria Ana com D. Francisco e a sua devoção.