1. Balanço das incidências
criminais e administrativas
no Estado do Rio de Janeiro
(1º semestre de 2010)
Diretor-Presidente Paulo Augusto Souza Teixeira
Organização Marcus Ferreira
Orlinda Claudia Rosa de Moraes
Equipe Andréia Soares Pinto
João Batista Porto de Oliveira
Leonardo de Carvalho Silva
Marcello Montillo Provenza
Renato Dirk
Equipe de apoio Bruna Chervezan Souza e Silva
Daniel Keidel
Renan Alves de Oliveira
Pedro Assis Senna Medureira
Programação visual Kelson Moreira
Assessoria de imprensa Renata Fortes
Priscila Diniz
Revisão e edição Thaís Chaves Ferraz
2. BALANÇO DAS INCIDÊNCIAS CRIMINAIS E ADMINISTRATIVAS
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1º SEMESTRE DE 2010)
Sérgio Cabral Filho
Governador do Estado do Rio de Janeiro
Dr. José Mariano Beltrame
Secretário de Estado de Segurança
Paulo Augusto Souza Teixeira
Diretor-Presidente do Instituto de Segurança Pública
Contatos:
Av. Presidente Vargas, 817, 16° andar, Centro - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2332-9690
isp@isp.rj.gov.br - www.isp.rj.gov.br
4. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta um balanço das incidências Com relação ao título “Armas apreendidas”, foram
criminais e administrativas ocorridas no Estado do Rio acrescentadas informações sobre os tipos de arma-
de Janeiro no primeiro semestre de 2010, comparado mentos apreendidos, segundo seu poder destrutivo ou
com o mesmo período de 2009. Para uma reflexão mais grau de periculosidade, bem como informações sobre
aprofundada dessas incidências, nas Considerações apreensões de artefatos explosivos. No primeiro se-
Finais apresentamos um comparativo dos títulos que mestre de 2010, apesar da diminuição no número de
mais se destacaram, considerando os primeiros seis armas apreendidas – menos 17,0%, se comparado ao
meses dos anos de 2003 a 2010. primeiro semestre de 2009 –, em relação à qualidade
Além do balanço semestral, foram realizadas análi- do potencial destrutivo desse armamento, foi observa-
ses mais detalhadas referentes aos títulos “Apreensão do um aumento (de 28,7% para 35,1%) na apreensão
de drogas”, “Apreensão de armas” e “Apreensão de de fuzis, metralhadoras/ submetralhadoras e pistolas,
artefatos explosivos”, com utilização de informações classificadas como armas de “Categoria A”.
advindas da Coordenadoria de inteligência da PMERJ A análise sobre apreensão de drogas contou com
e do Estado-Maior Geral da PMERJ, assim como do dados sobre o tipo de substância apreendida e a quan-
Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Po- tidade periciada pelo ICCE no primeiro semestre de
lícia Civil. A utilização de outras fontes de dados, além 2010. Inicialmente, cumpre esclarecer que o detalha-
daquelas que usualmente apoiam a análise das esta- mento acerca dos tipos de drogas apreendidas foi feito
tísticas oficiais, traz não só a possibilidade de um ou- a partir da leitura dos registros de ocorrência em que
tro olhar sobre o mesmo tema, como também amplia a houve apreensões de substâncias a princípio identifi -
qualidade das informações deste relatório. Com relação cadas como drogas. A partir daí, foram identificados e
aos delitos classificados como “Crimes Violentos”, ob- computados os tipos de substâncias mencionadas em
servou-se que, na comparação com o primeiro semes- cada registro (maconha, cocaína, crack, etc.). Nesse
tre de 2009, houve redução percentual nos crimes de sentido, mais de um tipo de droga pode ser apreen-
homicídio doloso (20,2%), latrocínio (34,2%) e tentativa dido através de um mesmo registro. Cabe ainda des-
de homicídio (13,6%), enquanto apresentaram aumento tacar que, nesse detalhamento, os percentuais de
os crimes de lesão corporal seguida de morte (45%) e drogas apresentados se referem ao total dos tipos de
lesão corporal dolosa (2,5%). drogas mencionadas nos registros de apreensão, não
Nos crimes violentos de trânsito, os dados mostram se tratando, portanto, de quantidade (massa, unida-
que o homicídio culposo de trânsito acumulou uma re- de, etc.). Partindo-se dessa metodologia, constatou-
dução da ordem de 5,5%, de janeiro a junho de 2010. se que, no primeiro semestre de 2010, a droga mais
Em relação ao mesmo período de 2009, foram menos apreendida, em termos de registro, foi cocaína, repre-
67 vítimas. A partir dos dados referentes aos homicídios sentando 41,4% do total das drogas mencionadas nos
culposos de trânsito e dos homicídios dolosos provo- registros de apreensão, seguida pela maconha, com
cados por arma de fogo (PAF), foi feita uma outra aná- 39,8%. Outro aspecto a ser destacado é o aumento da
lise, a qual mostra que esses dois tipos de homicídio participação do crack nas apreensões de um semestre
apresentaram redução no primeiro semestre de 2010 para outro, passando de 11,8% em 2009 para 17,2%
em relação ao mesmo período de 2009. Entretanto, a em 2010. Já em relação às quantidades de drogas
redução percentual mais significativa é verificada nos periciadas no primeiro semestre de 2010, observa-se
homicídios por PAF, que apresentaram decréscimo de que o maior montante foi de maconha, com 1.952kg
21,1% no período. Dentre os crimes contra o patrimô- periciados, seguida pela cocaína e crack, com cerca
nio, com exceção dos crimes de extorsão, extorsão com de 250kg e 54kg, respectivamente.
momentânea privação de liberdade e estelionato, todos O primeiro semestre de 2010 apresentou redução de
os demais apresentaram redução no acumulado de ja- 25,1% no número de registros de apreensões de drogas
neiro a junho de 2010 em relação ao mesmo período em relação ao mesmo período de 2009. Já a respeito do
de 2009. Nesse sentido, destacam-se as reduções no total de pessoas desaparecidas, verificou-se a redução
crimes de roubo de veículo (23,1%), roubo em coletivo de 2,6%. Também houve diminuição dos autos de resis-
(17,8%), roubo de aparelho celular (16,6%), roubo a tran- tência, que decresceram em 10%. Verificaram-se, ainda,
seunte (13,5%), roubo a residência (9,2%), roubo a esta- menos mortes de policiais civis e militares em serviço:
belecimento comercial (5,2%) e furto de veículo (4,5%). enquanto no primeiro semestre de 2009 foram mortos
Nas atividades policiais, observou-se o aumento do nú- em serviço 23 policiais, no mesmo período de 2010 hou-
mero de prisões entre os meses de janeiro e junho de 2010, ve 08 mortes de policiais nessas circunstâncias.
com mais 948 casos (10,7%). Contudo, o período registrou O total de roubos registrados no Estado do Rio de Ja-
a redução do número de cumprimento de mandados de neiro no primeiro semestre de 2010 decresceu 15,8%,
prisão em 6,4%, assim como os registros de apreensões enquanto o total de furtos no mesmo período aumen-
de drogas também diminuíram em torno de 25,0%. No que tou 4,8%. Em relação ao número total de registros no
tange à apreensão de armas, houve redução de 17,0%, em período, houve redução de 0,6%, o que corresponde,
comparação ao mesmo período de 2009. precisamente, a menos 2001 registros.
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5. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
NOTAS METODOLÓGICAS
Este relatório apresenta um balanço das incidên- que, tal recurso foi empregado especialmente no que
cias criminais e administrativas ocorridas no Estado concerne ao dados referentes aos anos anteriores a
do Rio de Janeiro e registradas nas Delegacias de 2010, tendo em vista que, a partir deste ano, há uma
Polícia Civil no primeiro semestre de 2010, em com- consolidação dos registros de estupro com base na
paração com o mesmo período de 2009. A análise é nova definição.
baseada em todos os títulos discriminados no Diário Na seção “Vítimas de crimes violentos de trânsi-
Oficial do Estado do Rio de Janeiro, nas seções: “Víti- to” são tratados os delitos que envolvem os casos de
mas de crimes violentos”, “Vítimas de crimes violentos acidentes de trânsito, de caráter involuntário ou não-
de trânsito”, “Vítimas de mortes com tipificação provi- intencional, que resultaram em vítimas fatais ou não-
sória”, “Registros de crimes contra o patrimônio”, “Ati- fatais. Desta forma, são analisados os homicídios
vidade policial”, “Outros registros policiais” e “Totais culposos de trânsito, nos episódios em que houve
de registros”. vítimas fatais, e as lesões culposas de trânsito, com
A categoria “Crimes violentos”, utilizada neste vítimas não-fatais.
relatório, se refere a crimes contra a pessoa, pra- O segmento “Vítimas de mortes com tipificação
ticados com o uso de violência; crime contra o pa- provisória” refere-se às ocorrências nas quais não foi
trimônio, com resultado morte; e crimes contra a possível caracterizar, no momento do registro, a cau-
liberdade sexual. sa da morte como natural ou externa. Nesses casos,
Com relação a crimes violentos contra a pessoa dois tipos foram considerados: encontro de cadáver e
nos quais houve morte, dois tipos foram analisados: encontro de ossada.
homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Os crimes analisados na seção “Registros de cri-
Dentre os casos sem morte de crimes violentos contra mes contra o patrimônio” dizem respeito aos roubos,
a pessoa, foram estudadas a tentativa de homicídio e furtos, extorsões e estelionatos. Conforme o Código
a lesão corporal dolosa. Penal Brasileiro, o crime de roubo consiste em sub-
Os crimes contra o patrimônio, que resultaram em trair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, me-
morte, referem-se a roubo seguido de morte, também diante grave ameaça ou violência contra a pessoa,
chamado de latrocínio. enquanto o furto é o ato de subtrair, para si ou para
O crime contra a liberade sexual integrante da outrem, coisa alheia móvel. Cabe ressaltar, no en-
seção que trata dos “Crimes violentos” é o estupro. tanto, que este se distingue do roubo por se tratar de
Entretanto, cabe esclarecer que a categoria “estupro” uma abordagem sem grave ameaça ou violência. O
corresponde ao somatório dos crimes anteriormen- crime de extorsão consiste em constranger alguém,
te registrados como “atentado violento ao pudor” e mediante violência ou grave ameaça (e com o intuito
aqueles registrados como “estupro”. Essa mudança de obter para si ou para outrem indevida vantagem
na metodologia foi necessária em virtude da promul- econômica), a fazer, tolerar que se faça ou deixar
gação da lei que alterou, em parte, o Código Penal de fazer alguma coisa. Estelionato se caracteriza
Brasileiro (CP), ou seja, a Lei 12.015, de 07 de agosto pela obtenção, para si ou para outrem, de vantagem
de 2009, referente aos crimes contra a dignidade se- ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo al-
xual. Com isso, o crime de atentado violento ao pudor, guém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer
anteriormente previsto no artigo 214 do Código Penal, outro meio fraudulento.
foi revogado integralmente pelo artigo 7º da referida Os crimes contra o patrimônio apresentados neste
lei. Porém, a Lei 12.015/09 também mudou a redação relatório foram: roubo a estabelecimento comercial,
do artigo 312 do CP, que passou a incluir no rol das roubo a residência, roubo de veículo, roubo de carga,
condutas previstas como estupro aquela que anterior- roubo a transeunte, roubo em coletivo, roubo a banco,
mente era definida como atentado violento ao pudor, roubo de aparelho celular, roubo com condução da ví-
destacando-se que, a partir de então, tanto homens tima para saque em instituição financeira, furto de veí-
quanto mulheres podem ser vítimas de estupro. As- culos, extorsão mediante sequestro (sequestro clássi-
sim, as séries históricas desses dois crimes foram so- co), extorsão, extorsão com momentânea privação da
madas, permitindo uma análise comparativa do crime liberdade (sequestro- relâmpago) e estelionato.
ao longo do tempo, tendo em vista sua atual defini- A atividade policial constitui uma agregação de
ção. A utilização desse recurso metodológico buscou várias ocorrências policiais, intituladas como: apre-
respeitar o tempo de adaptação necessário para a ensão de drogas, armas apreendidas, prisões, apre-
implementação e aplicação dos novos títulos aos re- ensão de crianças e/ou adolescentes e cumprimento
gistros de ocorrência da Polícia Civil. Cabe ressaltar de mandado de prisão.
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6. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
A seção “Outros registros policiais” apresenta títu- outros tipos de drogas (somatório de LSD, “cheirinho
los que se enquadram em definições variadas e que da loló”, ecstasy, haxixe e heroína).
não se adequavam às categorias já apresentadas: Vale ressaltar que considerou-se pó branco como
“Ameaça”, “Pessoas desaparecidas”, resistência com cocaína e erva seca como cannabis sativa por se tra-
morte do opositor, ou seja, “Auto de resistência”, “Po- tar de um procedimento de caracterização da droga
liciais militares mortos em serviço” e “Policiais civis quando ainda não há um laudo pericial.
mortos em serviço”. O Instituto de Criminalística Carlos Éboli disponibi-
O detalhamento das informações sobre apreen- lizou informações sobre a quantidade de drogas peri-
sões de drogas teve como fontes o sistema ROWEB ciadas no primeiro semestre de 2010. As categorias e
e dados provenientes do Instituto de Criminalística unidades de medida usadas nesta análise seguem o
Carlos Éboli (ICCE). modelo enviado pelo ICCE ao ISP.
O sistema ROWEB, gerenciado pelo Departamen- As categorias de armas apreendidas utilizadas nas
to Geral de Tecnologia da Informação e Telecomuni- análises tiveram como fonte de dados a Polícia Civil e
cações (DGTIT) da Polícia Civil do Estado do Rio de a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Os tipos
Janeiro, permite a consulta on-line dos registros de de armas apreendidas foram agregados por técnicos,
ocorrência de todas as delegacias policiais. da seguinte forma: fuzil, metralhadora/submetralhado-
A partir dos tipos de drogas especificados no siste- ra e pistola (Categoria A); carabina, rifle, espingarda
ma ROWEB foram utilizadas as seguintes categorias: e escopeta (Categoria B); revólver (Categoria C); e
cocaína (somatório de cocaína e pó branco), maconha arma de fabricação caseira, garrucha/garruchão e
(somatório de cannabis sativa e erva seca), crack e trabuco (Categoria D).
6
7. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
01. VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS
Esta seção traz informações sobre os títulos “Homicídio doloso”, “Lesão corporal seguida de morte”, “Latrocínio” (roubo seguido de
morte), “Tentativa de homicídio”, “Lesão corporal dolosa” e “Estupro”.
No primeiro semestre de 2010, houve Gráfico 1.1 - Homicídio doloso
redução de 20,2% no número de vítimas
de homicídio doloso em comparação com 700
o mesmo período de 2009. Em termos de 600 551 556
588
542 522
valores absolutos, foram 646 vítimas a
500 439
menos, o que significou, em média, uma
473 492
redução mensal 107 homicídios no perí- 400 447 432
odo . Analisando-se o primeiro semestre 300 361 347
de 2010, é possível verificar que o maior
200
número de homicídios dolosos ocorreu
no mês de março, com 492 vítimas, e o 100
mês que apresentou o menor número foi 0
junho, com 347 homicídios. jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 3.198 2010 = 2.552 Abs. = -646 % = -20,2
O título “Lesão corporal seguida de Gráfico 1.2 - Lesão corporal seguida de morte
morte”, no primeiro semestre de 2010,
registrou um aumento de 09 vítimas em 8
7
relação ao mesmo período de 2009. O 7
maior número de vítimas na série obser- 6
7
6
vada se deu nos meses de maio e junho 5 6
de 2010, com 07 casos. No total, o pri- 5
4
meiro semestre de 2010 teve 29 vítimas, 4 3
enquanto o mesmo período de 2009 re- 3
4
2
gistrou 20 vítimas. 2
3
2
1
0
0
jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010 2009 = 20 2010 = 29 Abs. = 9
No primeiro semestre de 2010, o título Gráfico 1.3 - Latrocínio
“Latrocínio” apresentou redução em rela-
35
ção ao mesmo período de 2009: foram 30
menos 38 vítimas, o que, em termos per- 30 27
centuais, significa uma redução de 33,3% 25
no total dos roubos seguidos de morte. O 19
19
20
primeiro semestre de 2009 totalizou 114
14
vítimas, enquanto no mesmo período de 15 17 12
11
2010 esse número decresceu para 76. 10 13
Em relação aos totais mensais do primeiro 11 11
5
semestre de 2010, o maior valor ocorreu 6
em janeiro, com 19 casos, e o menor, em 0
fevereiro, com 06 casos. jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 114 2010 = 76 Abs. = -38 % = -33,3
7
8. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
A tentativa de homicídio apresentou, no Gráfico 1.4 - Tentativa de homicídio
primeiro semestre de 2010, uma redução
de 13,6% em relação ao mesmo período 500
444
de 2009, o que, em termos de valores ab- 450 383 423
386
378 378
solutos, significa menos 325 vítimas. Isso 400
denotou, em média, uma redução mensal 350 391
de 54 vítimas no período. Analisando-se o 300 377 347
345
329
primeiro semestre de 2010, é possível ve- 250 278
rificar que o maior número de ocorrências 200
desse delito se deu no mês de março, que 150
teve 391 vítimas. Já o menor número, 278 100
vítimas, ocorreu em junho. 50
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 2.392 2010 = 2.067 Abs. = -325 % = -13,6
A lesão corporal dolosa, no primeiro Gráfico 1.5 - Lesão corporal dolosa
semestre de 2010, apresentou um au-
mento de 2,5%. Foram mais 970 vítimas
9.000
em comparação com o mesmo período 7.716
8.000 7.201 7.183
de 2009. O maior número de vítimas do 6.705 6.565
7.000
período analisado ocorreu no mês de ja- 6.153
6.000 6.631 6.595 6.767
neiro, que totalizou 7.716 vítimas, e o me- 6.185
5.000 6.267 5.640
nor número pôde ser verificado em junho,
4.000
com 6.153 vítimas.
3.000
2.000
1.000
0
jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 39.319 2010 = 40.289 Abs. = 970 % = 2,5
Estupro apresentou, no primeiro se- Gráfico 1.6 - Estupro
mestre de 2010, uma redução de 4,8%
em comparação com o mesmo período 500
441
391
de 2009, ou seja, menos 106 casos. 450
381 372
Com relação ao primeiro semestre de 400 359
347
2010, observa-se que o maior valor do 350
período ocorreu no mês de fevereiro, 300 345 322 341 337 345 337
com 391 vítimas, e o menor, em abril, 250
com 337 vítimas. 200
150
100
50
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 2.212 2010 = 2.106 Abs. = -106 % = -4,8
8
9. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
02. VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS DE TRÂNSITO
Nesta seção encontram-se análises sobre os crimes de homicídio culposo de trânsito e de lesão corporal culposa de trânsito.
Homicídio culposo de trânsito apre- Gráfico 2.1 - Homicídio culposo de trânsito
sentou uma redução de 67 vítimas, ou
300
5,5%, em relação ao mesmo período de
2009. No primeiro semestre de 2010 fo- 250 239
216
ram 1.154 vítimas, enquanto no primeiro 204 208 206
semestre de 2009 houve 1.221. Abril foi 200 189
o mês com o maior número de vítimas, 189 194 185
150 198 186
totalizando 216. Janeiro, por sua vez, foi 161
quando ocorreu o menor número do perí- 100
odo analisado: 161 vítimas.
50
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 1.221 2010 = 1.154 Abs. = -67 % = -5,5
No primeiro semestre de 2010, lesão Gráfico 2.2 - Lesão corporal culposa de trânsito
corporal culposa de trânsito apresentou
um aumento de 1.009 vítimas, ou 5,1%, 4.500
em relação ao mesmo período de 2009. 4.000 3.511 3.661 3.674
3.462
Analisando-se o Gráfico 2.2, é possível 3.500 3.267 3.209
observar que todos os totais mensais do 3.000
3.493
3.571 3.241
3.167 3.230 3.073
primeiro semestre de 2010 ficaram acima 2.500
daqueles verificados no mesmo período 2.000
do ano anterior. Outro aspecto também ob- 1.500
servável através do gráfico é a semelhen- 1.000
ça entre as curvas de comportamento dos
500
dois períodos. Nesses primeiros meses de
0
2010 em questão, a maior quantidade de jan fev mar abr mai jun
vítimas ocorreu em maio (3.674 pessoas), Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
e a menor, em abril (3.209 casos). 2009 = 19.775 2010 = 20.784 Abs. = 1.009 % = 5,1
9
10. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
03. COMPARATIVO DE HOMICÍDIO DOLOSO POR PAF
E HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO
Esta seção traz informações sobre o número de vítimas de homicídio doloso cuja morte foi causada por projétil de arma de fogo (PAF)
nos primeiros semestres de 2010 e 2009, no Estado do Rio de Janeiro. Também é apresentado um comparativo entre o quantitativo de
homicídios dolosos por PAF e as mortes ocasionadas por acidentes de trânsito no Estado no mesmo período.
Os homicídios provocados por projétil Gráfico 3.1 - Homicídio doloso por PAF
de arma de fogo (PAF) tiveram redução
de 485 vítimas, ou 21,1%, no primeiro 500
434
semestre de 2010 em relação ao mes- 450 397 388 398 385
mo período de 2009. Isso significou, em 400
média, uma redução mensal de 80 homi- 350 293
cídios provocados por PAF no período 300 358
considerado. Analisando-se o primeiro 315 315
250 295
275
semestre de 2010, é possível perceber, 200 252
pelo Gráfico 3.1, que todos os valores 150
desse período ficaram abaixo daqueles 100
observados no mesmo período do ano 50
anterior. Quanto às incidências mensais 0
desse tipo de delito, ocorridas no primei- jan fev mar abr mai jun
ro semestre de 2010, verifica-se que o 1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
maior número foi registrado em março 1º Sem. 2010 2009 = 2.295 2010 = 1.810 Abs. = -485 % = -21,1
(358 vítimas), enquanto o menor número
se deu em junho (252 vítimas).
O primeiro semestre de 2010, em rela- Gráfico 3.2 - Comparativo entre Homicídio doloso por PAF e
ção ao mesmo período de 2009, registrou Homicídio culposo de trânsito - Vítimas
redução tanto nos homicídios dolosos pro-
vocados por PAF quanto nos homicídios 3.000
culposos de trânsito. Todavia, o maior
percentual de redução foi verificado nos 2.500 2.295
homicídios por PAF: 21,1% no período
2.000 1.810
(Gráfico 3.2).
1.500 Redução de 1.221 1.154
485 vítimas ou
1.000 21,1%
Redução de
67 vítimas ou
500 5,5%
0
Homicídio doloso por PAF Homicídio culposo de trânsito
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
10
11. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
04. VÍTIMAS DE MORTES COM TIPIFICAÇÃO PROVISÓRIA
Os títulos que tratam as mortes com tipificação provisória são “Encontro de cadáver” e “Encontro de ossada”.
Considerando as mortes que tiveram Gráfico 4.1 - Encontro de cadáver
como tipificação provisória o título “En-
80
contro de cadáver”, observou-se que 69 67
o primeiro semestre de 2010, em com- 70
57
paração ao mesmo período de 2009, 60
apresentou um aumento de 87 vítimas 50 45 44
46
(36,1%). Pela análise do Gráfico 4.1, ob- 50 50
40
serva-se que todos os totais mensais do 41
30 39
primeiro semestre de 2010 ficaram acima 32
29
daqueles verificados no mesmo período 20
de 2009. Especificamente em relação 10
aos totais mensais do primeiro semestre 0
de 2010, observa-se que o maior valor jan fev mar abr mai jun
ocorreu em janeiro (foram 69 vítimas), e 1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
Total semestral Variação semestral
o menor, em maio (44 vítimas). 2009 = 241 2010 = 328 Abs. = 87 % = 36,1
As mortes tipificadas provisoriamente Gráfico 4.2 - Encontro de ossada
como “Encontro de ossada” tiveram um
4
aumento de 02 vítimas no total acumula- 3 3 3
do no primeiro semestre de 2010 em rela- 3
ção ao mesmo período de 2009. 3
2 2 2 2
2
2
1 1 1
1
1
0 0
0
jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010 2009 = 9 2010 = 11 Abs. = 2
11
12. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
05. REGISTROS DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Os crimes contra o patrimônio apresentados nesta seção são: “Roubo a estabelecimento comercial”, “Roubo a residência”, “Roubo de
veículo”, “Roubo de carga”, “Roubo a transeunte”, “Roubo em coletivo”, “Roubo a banco”, “Roubo de aparelho celular”, “Roubo com con-
dução da vítima para saque em instituição financeira”, “Furto de veículo”, “Extorsão mediante sequestro (sequestro clássico)”, “Extorsão”,
“Extorsão com momentânea privação da liberdade (sequestro-relâmpago)” e “Estelionato”.
Observando-se a distribuição percen-
tual de roubos no Estado, no primeiro Gráfico 5.1 - Distribuição do percentual de roubos - 2010
semestre de 2010, verifica-se que o roubo
a transeunte concentrou 52,6% do total
52,6%
dos registros. Em segundo lugar ficou o
roubo de veículo, com 17,2%, seguido de
roubo em coletivo, com 6,4%, e roubo de
aparelho celular, com 5,9%. O roubo em
estabelecimento comercial correspondeu 17,2%
a 3,8% do total de roubos, enquanto os ou-
tros tipos de roubos totalizaram 14,2% das
ocorrências. Cabe esclarecer que na cate-
Roubo a transeunte
goria “outros” estão agregadas titulações
Roubo de veículo
de roubo tais como: “roubo em interior de
6,4% Roubo em coletivo
veículo”, “roubo a residência”, “roubo em
Roubo em estab. comercial
estabelecimento industrial”, “roubo a turis-
3,8% Roubo de aparelho celular
ta”, “roubo de documento de veículo”, “rou-
5,9% Outros
bo de carga”, “roubo outros”, dentre outras. 14,2%
No primeiro semestre de 2010, roubo Gráfico 5.2 - Roubo a estabelecimento comercial
a estabelecimento comercial apresentou 500
465 441
uma redução de 5,2% em relação ao mes- 450
450
mo período de 2009. Em termos de valor 400
392 381 410
441 418
absoluto, foram 130 casos a menos. Pela 420
350 373
análise do Gráfico 5.2 observa-se que, 363
300
com exceção do mês de maio, todos os 348
250
totais mensais do primeiro semestre de
200
2010 ficaram abaixo dos valores observa-
dos no mesmo período do ano anterior. O 150
maior número de ocorrências do primeiro 100
semestre de 2010 se deu nos meses de 50
março e maio, cada um com 441 casos. 0
Já o menor número ocorreu em fevereiro: jan fev mar abr mai jun
348 casos. 1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 2.516 2010 = 2.386 Abs. = -130 % = -5,2
Roubo de veículo, no primeiro se- Gráfico 5.3 - Roubo de veículo
mestre de 2010, apresentou uma redu- 3.000
ção de 3.266 casos (menos 23,1%) em 2.573 2.564
2.367
comparação com o primeiro semestre de 2.500 2.310 2.340
2009. Isso significou, em média, uma re- 1.968
2.000
dução mensal de 544 roubos de veículos 2.041
1.945
no período. Analisando-se o Gráfico 5.3, 1.500
1.784
1.739 1.648 1.699
é possível observar que todos os totais
mensais desse delito registrados no pri- 1.000
meiro semestre de 2010 ficaram abaixo
500
daqueles verificados no mesmo período
de 2009. Através do gráfico é possível, 0
ainda, observar a semelhança entre as jan fev mar abr mai jun
curvas de distribuição dos casos nos dois
1º Sem. 2009
semestres considerados. 1º Sem. 2010
Total semestral Variação semestral
2009 = 14.122 2010 = 10.856 Abs. = -3266 % = -23,1
12
13. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
Furto de veículos teve uma redução Gráfico 5.4 - Furto de veículo
de 472 casos (ou 4,5%) no primeiro se-
1.850 1.830
mestre de 2010, em comparação com o 1.789
mesmo período do ano anterior. No pri- 1.800 1.759
meiro semestre de 2009 foram 10.386 1.750
1.691
ocorrências, enquanto no mesmo perío- 1.700
1.679
do de 2010 esse número decresceu para 1.713 1.638
1.650 1.683
9.914. O maior valor do primeiro semes- 1.669 1.670
tre de 2010 ocorreu em março, com 1.713 1.600
1.594
veículos furtados. Já o menor valor des- 1.550 1.585
se semestre se deu em junho, que teve 1.500
1.585 casos. Cabe destacar que todos os
1.450
valores mensais do primeiro semestre de
jan fev mar abr mai jun
2010 ficaram abaixo dos observados em
2009 no mesmo período. 1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 10.386 2010 = 9.914 Abs. = -472 % = -4,5
Roubo de carga teve uma redução de Gráfico 5.5 - Roubo de carga
27 casos (ou menos 2,0%) no primeiro 300
semestre de 2010 em relação ao mes-
236 236
mo período de 2009. O maior número 250 234 226 221
221
de ocorrências desse delito nos seis pri-
meiros meses de 2010 foi verificado em 200 229
215 212
212
janeiro, totalizando 234 casos. Já o mês 188 181
150
que apresentou o menor número do se-
mestre foi abril, com 181 casos. 100
50
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2008 = 1.319 2009 = 1.292 Abs. = -27 % = -2,0
O roubo em coletivo, no primeiro se- Gráfico 5.6 - Roubo em coletivo
mestre de 2010, apresentou uma redução
1.000 926
de 873 casos. Isso em termos percentu- 829
900 780
ais significou um decréscimo de 17,8% 788 769
802
800
em comparação ao primeiro semestre
700 795
de 2009. Em média, a redução verifica- 716 669
600 691
da no primeiro semestre de 2010 foi de 582
500 568
145 roubos por mês. Pela análise do Grá- 400
fico 5.6 observa-se a semelhança entre 300
as curvas de distribuição dos casos nos 200
dois períodos considerados, e é possível 100
verificar ainda que todos os valores men- 0
sais do primeiro semestre de 2010 ficaram jan fev mar abr mai jun
abaixo dos registrados nos seis primeiros
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
meses de 2009. O maior valor do primeiro 1º Sem. 2010 2009 = 4.894 2010 = 4.021 Abs. = -873 % = -17,8
semestre de 2010 foi observado no mês
de março: 795 casos. Janeiro registrou o
menor valor: 568 ocorrências.
13
14. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
Roubo a banco apresentou uma re- Gráfico 5.7 - Roubo a banco
dução de 12 casos no primeiro semestre
7
de 2010 em relação ao mesmo período 6
de 2009. No primeiro semestre de 2009 6
5 5
foram registrados 22 roubos a banco, en- 5
quanto no mesmo período de 2010 esse
4
número caiu para 10 ocorrências . 3 3
3
2
2
1 2 2 2
1
0 1
0
jan fev mar abr mai jun
-1
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 22 2010 = 10 Abs. = -12
Roubo com condução da vítima Gráfico 5.8 - Roubo com condução para saque em IF
para saque em instituição financeira
20
apresentou uma redução de 31,7% no 18
18 17
primeiro semestre de 2010. Em compa-
ração ao mesmo período de 2009, fo- 16
14 13
ram menos 26 casos. Analisando-se o 12 12 14 10
primeiro semestre de 2010, observa-se 12
que o mês de março foi o que apresen- 10
12
10
tou o maior número de ocorrências: no 8
total foram 14 registros. Já o menor nú- 8
6
mero, 06 episódios, ocorreu nos meses 4 6 6
de fevereiro e abril. 2
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 82 2010 = 56 Abs. = -26 % = -31,7
No primeiro semestre de 2010, em re- Gráfico 5.9 - Roubo a transeunte
lação ao mesmo período de 2009, o roubo 8.000
a transeunte teve uma redução de 5.160 6.686 6.506
7.000 6.145 6.279 6.369 6.277
casos, o que, em termos percentuais,
significa um decréscimo de 13,5%. O pri- 6.000
meiro semestre de 2010 apresentou, em 6.036
5.000 5.581 5.749
5.292 5.361
média, uma redução mensal de 860 casos 5.083
4.000
de roubo a transeunte. O maior número do
período considerado ocorreu no mês de 3.000
março, totalizando 6.036 episódios. Já o 2.000
menor número se deu no mês de junho, 1.000
que registrou 5.083 casos.
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2008 = 38.262 2009 = 33.102 Abs. = -5.160 % = -13,5
14
15. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
Roubo de aparelho celular apresentou 5.10 - Roubo de aparelho celular
uma redução de 737 casos, ou 16,6%, no
900 799
primeiro semestre de 2010 em relação ao 782 766
800 718
primeiro semestre de 2009. Analisando- 659
711
se o Gráfico 5.10 observa-se que todos 700
os valores mensais registrados no pri- 600 693
650
meiro semestre de 2010 ficaram abaixo 622 613
500 574
546
daqueles verificados no mesmo período
400
de 2009. Outro aspecto também obser-
300
vavel pelo gráfico é que as curvas dos
dois períodos descrevem o mesmo com- 200
portamento. O maior valor do primeiro 100
semestre de 2010 foi registrado no mês 0
de março, com 693 casos. Já o mês de jan fev mar abr mai jun
fevereiro teve o menor número de regis- Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009
tros do semestre, com 546 eventos. 1º Sem. 2010 2009 = 4.435 2010 = 3.698 Abs. = -737 % = -16,6
No primeiro semestre de 2010, o 5.11 - Roubo a residência
roubo a residência apresentou uma re- 180
dução de 9,2%. Em relação ao mesmo 156
160
período em 2009, foram menos 76 ca- 134 135 143
140 125 136
sos. Analisando-se o primeiro semestre 148
de 2010, observa-se que o mês com 120 132
maior número de ocorrências foi março, 123 121
100 116 113
com 148 casos, e o menor número do 80
período ocorreu em abril, que registrou
60
113 roubos a residência.
40
20
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 829 2010 = 753 Abs. = -76 % = -9,2
O número de vítimas de extorsão 5.12 - Extorsão mediante sequestro
mediante sequestro (sequestro clás-
3
sico) no primeiro semestre de 2010 foi
igual ao verificado no mesmo período
de 2009: 04 pessoas. Pela análise do 2 2 2
2
primeiro semestre de 2010, observa-se
que, nos últimos três meses do período,
não houve qualquer registro de extrosão 1 1
mediante sequestro. 1
0 0 0 0 0
0
0 0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010 Total semestral Variação semestral
2009 = 4 2010 = 4 Abs. = 0
15
16. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
No primeiro semestre de 2010 houve 5.13 - Extorsão
um aumento de 2,7% nos registros de ex-
200
torsão, em comparação ao primeiro se-
180 169
mestre de 2009. Em termos absolutos, o
160
período registrou um aumento de 18 ca- 140
140
sos. Analisando-se o primeiro semestre 122 120
120
de 2010, é possível verificar que o maior 123 128
100 89 118
número de ocorrências foi registrado no 112 107
80
mês de março, quando houve 169 casos,
60 73
enquanto o mês com o menor número foi 65
40
fevereiro, com 65 casos.
20
0
jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 674 2010 = 692 Abs. = 18 % = 2,7
Extorsão com momentânea privação 5.14 - Extorsão com momentânea privação da liberdade
da liberdade (sequestro-relâmpago), no
14
primeiro semestre de 2010 em compa- 12
ração com o mesmo período de 2009, 12 11
apresentou um aumento de 14 vítimas. O 10
maior valor do primeiro semestre de 2010 8
8 7 7
ocorreu em março (foram 12 vítimas), e o 6
menor, nos meses de janeiro e maio (05 6
6
vítimas em cada qual). 4 5 5 5
4
2
2
0
jan fev mar abr mai jun
Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
2009 = 32 2010 = 46 Abs. = 14
O primeiro semestre de 2010, em re- 5.15 - Estelionato
lação ao mesmo período de 2009, apre- 3.000
sentou um aumento de 7,6% nas ocor-
rências de estelionato no Estado. Em 2.500 2.249 2.215
termos absolutos foram mais 825 casos. 2.032
1.813
Analisando-se o primeiro semestre de 2.000 1.752 1.644
2010, verifica-se que o mês que apresen- 1.975 1.956 1.892
1.500 1.628
tou o maior número de casos foi março, 1.716 1.609
com 2.249. Já o menor número ocorreu 1.000
no mês de fevereiro, que registrou 1.628
ocorrências desse delito. 500
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 10.828 2010 = 11.653 Abs. = 825 % = 7,6
16
17. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
06. ATIVIDADE POLICIAL
Os títulos que tratam da atividade policial são: “Apreensão de drogas”, “Armas apreendidas”,“Prisões”, “Apreensão de criança/adoles-
cente”, “Recuperação de veículo” e “Cumprimento de mandado de prisão”.
No primeiro semestre de 2010, em re- Gráfico 6.1 - Apreensão de drogas
lação ao mesmo período de 2009, houve
uma redução de 1.398 (25,1%) registros 1.200 1.053
de apreensão de drogas. Analisando-se o 1.000 912 892
946
888
881
Gráfico 6.1, é possível verificar que todos
os valores mensais registrados no pri- 800
meiro semestre de 2010 ficaram abaixo 765
600 741
daqueles observados no mesmo período 657 653
700
658
de 2009. O maior número de registros 400
do primeiro semestre de 2010 se deu em
maio, com 765 apreensões, enquanto o 200
menor número desse período ocorreu em
fevereiro, com 653 casos. 0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 5.572 2010 = 4.174 Abs. = -1.398 % = -25,1
A seguir, apresentamos informações detalhadas sobre os tipos e quantidades de drogas mais apreendidas. A partir dos dados disponibi-
lizados no sistema ROWEB, da PCERJ, foram analisadas as seguintes categorias: cocaína, maconha, crack e outros.
Inicialmente, cumpre esclarecer que o detalhamento acerca dos tipos de drogas apreendidas foi feito a partir da leitura dos regis-
tros de ocorrência em que houve apreensões de substâncias a princípio identificadas como drogas. A partir daí foram identificados e
computados os tipos de substâncias mencionadas em cada registro (maconha, cocaína, crack, etc.). Nesse sentido, mais de um tipo
de droga pode ser apreendido através de um mesmo registro. Cabe ainda destacar que nesse detalhamento os percentuais de drogas
apresentados se referem ao total dos tipos de drogas mencionadas nos registros de apreensão, não se tratando, portanto, de quantidade
(massa, unidade, etc.).
As informações sobre as quantidades de drogas periciadas no primeiro semestre de 2010 foram disponibilizadas pelo Instituto de Crimi-
nalística Carlos Éboli (ICCE), cabendo ressaltar que o ISP utilizou as categorias e as unidades de medida do modelo enviado pelo ICCE.
A partir da metodologia acima des- Gráfico 6.2 - Tipos de drogas apreendidas - Valores Percentuais
crita, constatou-se que no primeiro se-
mestre de 2010 a droga mais apreendi- 60,0
da, em termos de registro, foi cocaína, 47,7
50,0
representando 41,4% do total das drogas 41,4 39,8
mencionadas nos registros de apreen- 40,0 37,9
são, seguida pela maconha, com 39,8%.
30,0
Outro aspecto observado é que o período
analisado registrou aumento da participa- 20,0 17,2
ção de crack no total de apreensões, que 11,8
10,0
passou de 11,8% no primeiro semestre 2,6 1,7
de 2009 para 17,2% no mesmo período 0,0
de 2010. Cabe esclarecer que eventuais Cocaína Maconha Crack Outros
alterações provenientes de aditamentos
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
dos registros de ocorrência feitos pela
Polícia Civil, no decorrer de um ano para
o outro, podem promover pequenas alte-
rações em relação aos percentuais cons-
tantes de publicações anteriores, uma
vez que foram utilizadas para a confec-
ção deste relatório as informações mais
atualizadas disponíveis.
17
18. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
De acordo com dados do ICCE, em Quadro 1 - Quantidade de drogas periciadas pelo Instituto de
relação à quantidade (em termos de Criminalística Carlos Éboli (ICCE)
massa) de drogas periciadas no primei-
ro semestre de 2010, a maconha repre- 1º Sem. 2010 Quantidade
sentou o maior montante, seguida pela
cocaína. No entanto, tem-se observado Substância
um incremento na participação de crack Maconha (Kg) 1.952,71
entre as drogas periciadas, o que refle- Cocaína (Kg) 250,97
te o aumento das apreensões desse tipo
de droga. No período, foram periciados Outras subst. controladas
1.952,71 kg de maconha; 250, 97 kg de Haxixe (kg) 3,51
cocaína e 53,88 kg de crack. Cabe sa- Crack (Kg) 53,88
lientar que o Quadro 1 refere-se exclusi-
MDMA (g) 84,53
vamente às quantidades de drogas pe-
riciadas no primeiro semestre de 2010, LSD (unid.) 3.629
não se tratando necessariamente do to- Cannabis sativa L. - frutos (g) 2,8
tal apreendido no período, mas apenas Cannabis sativa L. - vegetal (unid.) 23
do que foi periciado. Cabe destacar que
as massas de MDMA e frutos de ma- Cloreto de etila (ml) 7.720
conha estão lançadas em gramas, pois
em termos de quilogramas praticamente
não apresentam significado.
O número de armas apreendidas no Gráfico 6.3 - Armas apreendidas
primeiro semestre de 2010 decresceu
1.000 923
17,0% em comparação com o mesmo
900 789
período de 2009. No primeiro semes- 716 739 764
800 704
tre de 2009 foram apreendidas 4.635
700
armas, enquanto no mesmo período 736
600 666
de 2010 esse número foi reduzido para 500
641 623 638
3.845 armas, o que representa em ter- 400
541
mos absolutos uma diferença de me- 300
nos 790 armas. 200
Em contrapartida, foi possível verificar 100
que o número de armas apreendidas de 0
maior potencial destrutivo (ou grau de pe- jan fev mar abr mai jun
riculosidade) aumentou.
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 4.635 2010 = 3.845 Abs. = -790 % = -17,0
No primeiro semestre de 2009, 28,7% Gráfico 6.4 - Categoria de Armas apreendidas
do total de armas apreendidas foram segundo grau de periculosidade - %
fuzis, metralhadoras/ submetralhadoras
e pistolas (Categoria A), enquanto no
60,0
mesmo período de 2010 esse percentual 53,7
subiu para 35,1%. 50,0 46,9
Deve-se destacar que os dados aqui
40,0
tratados, para os primeiros semestres 35,1
de 2009 e 2010, referem-se a identifica- 30,0
28,7
ções provisórias feitas pelos policiais no
momento da apreensão das armas, care- 20,0
13,5 14,1
cendo ainda de apreciação pericial para 10,0
uma classificação definitiva quanto às ca- 4,1 3,8
racterísticas do material apreendido. 0,0
Categoria A Categoria B Categoria C Categoria D
Outro fato relevante que se observa
1º Sem. 2009 1º Sem. 2010
pelo Gráfico 6.5 da página seguinte é o
número de artefatos explosivos, principal-
Categoria A: fuzil, metralhadora/submetralhadora e pistola
mente granadas, apreendidos no Estado Categoria B: carabina, rifle, espingarda e escopeta
do Rio de Janeiro desde 2005. Categoria C: revólver
Categoria D: arma de fabricação caseira, garrucha/garruchão e trabuco
18
19. Instituto de Segurança Pública | Balanço Semestral 2010
O total de artefatos explosivos apreen- Gráfico 6.5 - Artefatos explosivos apreendidos - N° de registros
didos compreende granadas, outros tipos
800
de materiais bélicos explosivos e “bombas
de fabricação caseira”. No primeiro se- 700
mestre de 2010, observa-se uma redução 678 665
600
de 12,3% no número de apreensões des- 500
595
522
ses artefatos em comparação com o mes-
400 457
mo período de 2009. Contudo, esse tipo
369 + 48,4%
de apreensão vem apresentando números 300
- 1,9%
superiores aos verificados nos anos de 200
- 10,5%
+ 23,8%
2005 e 2006. A maior quantidade de ar- 100 -12,3%
tefatos explosivos apreendidos nos primei-
0
ros semestres de 2005 a 2009 ocorreu em 1º sem 2005 1º sem 2006 1º sem 2007 1º sem 2008 1º sem 2009 1º sem 2010
2007, a qual totalizou 678 artefatos.
No primeiro semestre de 2010, o nú- Gráfico 6.6 - Prisões
mero de prisões aumentou em 948 casos 2.500
(em relação ao mesmo período de 2009),
o que representou um crescimento de 1.909
2.000
1.677
10,7%. A maior quantidade de prisões 1.667
1.513 1.479 1.534
nesse período ocorreu no mês de maio 1.500
de 2010, com 1.909 prisões, enquanto o 1.600 1.569 1.534 1.475
1.317
menor número ocorreu em fevereiro, com 1.000
1.336
1.479 prisões.
500
0
jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 8.831 2010 = 9.779 Abs. = 948 % = 10,7
O primeiro semestre de 2010, em re- Gráfico 6.7 - Apreensão de criança/adolescente
lação ao mesmo período de 2009, apre- 300
sentou um aumento de 30,6% nas apre-
254
ensões de crianças/adolescentes. Foram 250
218 222 213
302 apreensões a mais. O mês de maio 199
182
200
registrou o maior número: 254 casos.
Já o menor valor do primeiro semestre 150 174 170
182
163
de 2010 foi registrado em fevereiro: 182 159 138
episódios. Analisando-se o Gráfico 6.7, 100
observa-se que todos os valores mensais
50
registrados no primeiro semestre de 2010
ficaram acima daqueles observados no 0
mesmo período de 2009. jan fev mar abr mai jun
1º Sem. 2009 Total semestral Variação semestral
1º Sem. 2010 2009 = 986 2010 = 1.288 Abs. = 302 % = 30,6
19