# O documento discute o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), descrevendo-o como um transtorno neurobiológico causado por fatores genéticos que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo ao longo da vida, apresentando sintomas como desatenção, inquietação, esquecimento e impulsividade.
7. Os meninos
tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e
impulsividade que as meninas.
8. • Desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho
• Memória (são muito esquecidos)
• São inquietos (parece que só relaxam dormindo)
• Vivem mudando de uma coisa para outra
• Impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois").
9. • Dificuldade em avaliar seu próprio
comportamento e o quanto isto afeta os
demais à sua volta.
• São frequentemente considerados “egoístas”.
• Outros problemas: o uso de drogas e álcool,
ansiedade e depressão.
10. É reconhecido oficialmente por vários países e
pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em alguns países, como nos Estados Unidos,
portadores de TDAH são protegidos pela lei
quanto a receberem tratamento
diferenciado na escola.
11. É o transtorno mais comum em crianças e
adolescentes encaminhados para serviços
especializados.
Ocorre em 3 a 5% das crianças.
Em mais da metade dos casos o transtorno
acompanha o indivíduo na vida adulta, embora
os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
12.
13. Consenso Internacional é uma publicação
científica realizada após extensos debates
entre pesquisadores de todo o mundo.
Não necessariamente eles têm as mesmas
opiniões sobre o transtorno, e nem
pertencem as mesmas escolas psicológicas.
*Existe um Consenso Internacional publicado
pelos mais renomados médicos e psicólogos de
todo o mundo a este respeito.
14.
15. *O transtorno não é associado a fatores culturais , ou seja, às
práticas de determinada sociedade, nem tampouco ao modo
como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos
psicológicos.
*Portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as
suas conexões com o resto do cérebro.
*A região frontal orbital é uma das mais
desenvolvidas no ser humano em comparação com
outras espécies animais e é responsável pela
inibição do comportamento (isto é, controlar ou
inibir comportamentos inadequados), pela
capacidade de prestar atenção, memória,
autocontrole, organização e planejamento.
16. Vista do cérebro com TDAH (DDA) em 3D*
Cérebro em repouso Cérebro em
concentração
Cérebro em
concentração com
Ritalina
*Imagens capturadas por SPECT. A área escura significa hipofuncionamento do
córtex pré-frontal.
17. O que está alterado nesta região cerebral
é o funcionamento de um sistema de
substâncias químicas chamadas
neurotransmissores (principalmente
dopamina e noradrenalina), que passam
informação entre as células nervosas
(neurônios).
18. #Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si,
mas por uma predisposição ao TDAH.
#A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é
cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é
chamado de recorrência familial).
#É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos
transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca
devemos falar em determinação genética, mas sim em
predisposição ou influência genética.
#Não existe um “gene do TDAH”.
19. # A nicotina e o álcool quando ingeridos durante a
gravidez podem causar alterações em algumas
partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região
frontal orbital.
# Mães alcoólatras têm mais chance de ter filhos
com problemas de hiperatividade e desatenção.
20. # Mulheres que tiveram problemas
no parto que acabaram causando
sofrimento fetal tem mais chance
de ter filhos com TDAH.
21. # Crianças pequenas que sofreram
intoxicação por chumbo podem
apresentar sintomas semelhantes
aos do TDAH.
22. # Algumas teorias sugeriam que problemas
familiares (alto grau de discórdia conjugal,
baixa instrução da mãe, famílias com apenas
um dos pais, funcionamento familiar caótico
e famílias com nível socioeconômico mais
baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas
crianças.
23. # Dificuldades para manter atenção em atividades muito
longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes.
# São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo,
mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é,
vivem "voando".
# Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento
da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas“. (O
"esquecimento" é uma das principais queixas dos pais).
# Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu
interesse, conseguem permanecer mais tranquilas.
24. # Tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não leem a pergunta até o final e já
respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar).
# Frequentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo
que querem ou precisam fazer.
# Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade
intelectual.
# O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta
seja uma queixa frequente de pais e professores. É mais comum que os problemas na
escola sejam de comportamento que de rendimento.
# IMPORTANTE: As meninas têm menos sintomas de hiperatividade-impulsividade
que os meninos (embora sejam igualmente desatentas), o que fez com que se acreditasse
que o TDAH só ocorresse no sexo masculino. Como as meninas não incomodam tanto,
são menos encaminhadas para diagnóstico e tratamento médicos.
25. # Muitos médicos desconhecem a existência do
TDAH em adultos e quando são procurados por
estes pacientes, tendem a tratá-los como se
tivessem outros problemas (de personalidade).
# Quando existe realmente um outro problema
associado (depressão, ansiedade ou drogas), o
médico só diagnostica este último e “deixa
passar” o TDAH.
26. # Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é
obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente
desde criança.
# Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de
organizar e planejar suas atividades do dia a dia.
# Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos
pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e
começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior
bem mais tarde ou esquecendo-o.
27. # Tem dificuldade para realizar sozinho suas tarefas,
principalmente quando são muitas, e o tempo todo
precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem
para fazer.
# Em torno de 60% das crianças com TDAH
ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas
(tanto de desatenção quanto de hiperatividade-
impulsividade) porém em menor número do que
apresentavam quando eram crianças ou
adolescentes.
28. # Em crianças com TDAH (DDA), mais de
50% dos casos tem comorbidades.
# Em adultos com TDAH (DDA), 70% dos
casos tem comorbidades e destes, 97% tem
aproximadamente 4 comorbidades.
29. # TDAH (DDA) com Depressão
# TDAH (DDA) com Ansiedade Generalizada
# TDAH (DDA) com Distúrbio de Linguagem
Dislexia (dificuldade com a leitura ou escrita).
Disgrafia (dificuldade com a escrita).
Disfasia (dificuldade com a fala).
# TDAH (DDA) com Transtorno Bipolar
# TDAH (DDA) com Uso de Substâncias
30. # TDAH (DDA) com Transtorno Alimentar
#TDAH (DDA) com Transtorno de Personalidade
Antissocial
# TDAH (DDA) com Transtorno de Sono
#TDAH (DDA) com Transtorno Obsessivo-
Compulsivo (TOC)
# TDAH (DDA) com Fobia
31. • Depressão – 20 a 30%
• Transtorno de ansiedade – 20 a 30%
• Uso de substâncias – 25 a 50%
• Tabagismo – 40%
• Distúrbio alimentar – 20 a 30%
• Transtorno de personalidade antissocial – 25%
• Transtorno de sono – 75%
33. • O indivíduo com TDAH (DDA) está
geralmente distraído, ocupado com
estímulos de todas as direções, gerando um
pensar caótico, sem prioridades.
• Mente hiper-reativa, (faz drama com coisas
pequenas).
• Pode até parecer calma externamente, mas
por dentro há sempre um turbilhão de
ideias, de sentimentos dominando-a.
34. • Apesar de todo desgaste que o caos provoca,
pode ajudá-lo no processo criativo e dele podem
surgir muitas ideias inovadoras.
• A impulsividade e hiperconcentração (vindas da
motivação) geram muita energia que pode levá-
lo à concretização da criação.
35.
36.
37. Albert Einstein
Começou a falar tarde, tinha raciocínio lento e
baixo rendimento escolar, detestava ter que decorar
matérias, sendo alfabetizado apenas aos 9 anos.
Possuía uma perfil intuitivo e visionário. Mais tarde,
visualizava fenômenos nos quais colocava hiperfoco,
criando a Teoria da Relatividade.
38. Leonardo da Vinci
Escrevia de trás para frente, característica de
canhotos e disléxicos. Embora tenha contribuído com
inúmeras obras geniais, deixou muitas inacabadas.
46. • Combinação de medicamentos.
• Orientação aos pais e professores.
• Técnicas específicas que são ensinadas ao
portador.
A medicação, na maioria dos casos, faz
parte do tratamento.
47. # PSICOTERAPIA - Terapia Cognitivo Comportamental
# FONOAUDIÓLOGO - Recomendado nos casos onde existe
simultaneamente Transtorno de Leitura (Dislexia) e
Transtorno da Expressão Escrita (Disgrafia).
# É necessário que os professores conheçam técnicas que
auxiliem os alunos com TDAH a ter melhor desempenho.
56. Outros medicamentos que ainda não existem no
Brasil:
• Focalin – um “derivado” do metilfenidato (na
verdade, uma parte da própria molécula).
• Daytrana – um adesivo (para colocar na pele) de
metilfenidato.
• Dexedrine – uma anfetamina (Dextroanfetamina); existe a
formulação de ação curta e de ação prolongada.
• Adderall – uma mistura de anfetaminas; existe a
formulação de ação curta e de ação prolongada.
57.
58. Os professores têm TUDO a ver com esse
processo. Eles têm uma condição privilegiada de
observação do comportamento das crianças sob
os seus cuidados, pois as observam em uma
grande variedade de situações, tais como em
atividades individuais dirigidas, em atividades de
trabalho grupal, em atividades de lazer, durante
a interação com outros adultos e com crianças
de diversas idades.
59. AÇÕES DO PROFESSOR:
• Prestar especial atenção e descrever as atividades e
comportamentos do aprendiz, sem preocupação com
nomes técnicos.
• Dar exemplos práticos sobre os comportamentos da
criança tanto para os pais quanto para os profissionais
de saúde.
• Ter interesse em estudar o TDAH. O conhecimento
sobre as patologias, as necessidades pedagógicas e o
manejo comportamental dessas crianças é
fundamental para a identificação precoce dos
sintomas e o encaminhamento para avaliação médica.
60. Recebendo e acolhendo o aluno
• Identifique quais os talentos que o aluno possui.
Estimule, aprove, encoraje e ajude no
desenvolvimento deste.
• Elogie sempre que possível e minimize ao máximo
evidenciar os fracassos. ( O prejuízo à autoestima
frequentemente é o aspecto mais devastador para o
TDAH.
61. • O prazer está diretamente relacionado à
capacidade de aprender. Seja criativo e afetivo
buscando estratégias que estimulem o interesse do
aluno para que este encontre prazer na sala de
aula.
• Solicite ajuda sempre que necessário. Lembre-se
que o aluno com TDAH conta com profissionais
especializados neste transtorno.
• Evite o estigma conversando com seus alunos
sobre as necessidades específicas de cada um,
com transtorno ou não.
62.
63. CONCLUINDO
Os portadores de TDAH apresentam muitas
características positivas: bom nível intelectivo,
criatividade aguçada, grande sensibilidade,
forte senso de intuição.
A desatenção pode melhorar quando a atividade
que estão realizando é interessante.
Muito importante é saber que, com o avanço do
conhecimento, atualmente, existe tratamento
eficaz do TDAH.
64. Além de medicações eficazes e
seguras, estratégias de manejo
comportamental para a criançada,
para seus pais e professores, tem
sido desenvolvidas e cada vez
surgem mais estudos científicos
comprovando sua eficácia.
67. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FE
CURSO DE PEDAGOGIA
PROFESSORA: Alyne Dayane Pacífico Sousa
ALUNOS: Geraldo Marques dos Santos Júnior &
Zaniske Freitas Brito