SlideShare a Scribd company logo
1 of 12
Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Gestão de Tomar
   Curso de Pós-Graduação em Ciências Documentais
   Unidade Curricular: Planeamento e Gestão de Organizações




    Morgan, Gareth, Imagens da Organização, “Explorando a Caverna de
    Platão – As Organizações vistas como Prisões Psíquicas”, São Paulo,
    Editora Atlas S.A., 1996



                                                   Professor: António Cúrdia

                                                   Alunas:
                                                   16883 – Alexandra Cristina Jesus Santos
                                                   16884 – Maria Margarida Sampaio A. Costa Rodrigues
                                                   16885 – Adélia Sofia Freire Ribeiro

Segundo o novo acordo ortográfico em vigor                                                     2011/2012
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS
COMO PRISÕES PSÍQUICAS
         (OU)
A ALEGORIA DA CAVERNA
     APLICADA ÀS
    ORGANIZAÇÕES




        http://youtu.be/3tr5hr3MtTI
A ARMADILHA DAS FORMAS ASSUMIDAS DE RACIOCÍNIO


                 Aprisionados pelo sucesso
  As organizações que são líderes na sua área durante um
     tempo considerável podem ter a tendência de se
acomodarem ao sucesso adquirido (superioridade técnica e
 confiança no produto), deixando-se ultrapassar de forma
              passiva por outras organizações.
      Ex.: indústria automóvel Americana vs Japonesa

                                     Aprisionados pela acomodação organizacional
                     As organizações adquirem uma falsa segurança pelo facto de possuírem stocks e
                      trabalho sequencial, apesar dos efeitos positivos em termos de economia de
                      custos e qualidade do produto. O sistema Just in time surge como alternativa,
                        evitando o armazenamento desnecessário e fomentando a sincronização e
                                               rentabilização do trabalho.
                    Ex.: Japoneses e inventário-zero/ defeito-zero


            Aprisionados pelos processos grupais
  O psicólogo Irving Janis caracterizou o “pensamento de
   grupo”, defendendo que o consenso assumido pode
    impedir as pessoas de questionar um determinado
      procedimento, levando a situações imprevistas.
       Ex.: Presidente Kennedy e a invasão em Cuba
E A SEXUALIDADE REPRIMIDA



   E A FAMÍLIA
                                                 MORTE E IMORTALIDADE
   PATRIARCAL
                                 A
                            ORGANIZAÇÃO
                                EO
BONECAS E URSINHOS          INCONSCIENTE
   DE PELUCHE                                        E ANSIEDADE




                        SOMBRA E ARQUÉTIPO
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                                                   E A SEXUALIDADE REPRIMIDA

Frederick Taylor, pai da “Administração Científica”, ilustrou claramente como as
preocupações e inquietações inconscientes podem ter efeitos na organização.
No que diz respeito às organizações, conclui que a sexualidade reprimida está relacionada
com a maioria dos problemas organizacionais mais complexos. “Impulsos sexuais e fantasias
influenciam as políticas da organização; comportamentos neuróticos determinam atos
compulsivos e outras formas de representação paranóicas, masoquistas e compulsivas do
ambiente     e      das     relações     de     trabalho.”    (G.     Morgan,       1996).

Ex.: Caráter obsessivo e compulsivo de Taylor (anti-heroi)
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                               E A FAMÍLIA PATRIARCAL




                      Tal como nas famílias tradicionalmente estruturadas,
                      nas organizações, o homem domina tendencialmente,
                      enquanto a mulher é preterida para papeis de
                      subordinação. Esta liderança também tem uma relação
                      direta com o facto do líder ser muitas vezes entendido
                      como                   uma                   autoridade.
                      Ex.: Exercício da autoridade na família vs na organização
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                                              MORTE E IMORTALIDADE




Segundo Ernest Becker os homens vivem
grande parte da sua vida procurando a
imortalidade, encontrando nas organizações
uma forma de a materializar, uma vez que
esta perdura para além da sua própria vida.

Ex.: Definição de objetivos e planeamento
como forma de projetar a imortalidade
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                            ORGANIZAÇÃO E ANSIEDADE




                     A ansiedade que o homem experiencia quando se sente
                     em competição dentro de uma organização pode levá-lo
                     a bloquear o sucesso dos seus pares, com medo de
                     nunca atingir esse mesmo sucesso. Esta postura pode
                     restringir o espírito de cooperação do grupo e
                     consequentemente      inibir   a  performance    da
                                          organização.

                     Ex.: Dicotomia entre sentimentos amor/ ódio; vida/
                     morte; seio bom/ seio mau
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                                                   BONECAS E URSINHOS DE PELUCHE




O medo de abandonar práticas instituídas,
adquirindo outras mais inovadoras, mas sobre as
quais não se tem um domínio claro, leva muitas
vezes a organização a rejeitar, evitar e adiar a
mudança imprescindível ao acompanhamento da
evolução       dos      tempos         modernos.

Ex.: Ligação a objetos que ajudam a manter a
ligação com o mundo. À medida que a realidade é
alterada,   os   objetos   são    substituídos.
A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE


                                                        SOMBRA E ARQUÉTIPO

Jung define o arquétipo como um modelo a partir
do qual a nossa compreensão do mundo é
organizada. Ao identificar-se com arquétipos, o ser              Pensamento
humano posiciona-se na sua própria vida e na
história, entendendo melhor quem é e onde está
no universo das coisas. Por sua vez, Jung utiliza o
termo sombra para se referir a desejos e impulsos
indesejáveis. “Assim, na sombra da organização        Sensação
encontram-se todos os opostos reprimidos da                                   Intuição
racionalidade, que lutam para emergir e mudar a
natureza da racionalidade que está sendo
praticada.”        (G.       Morgan,        1996).
Jung ilustra a interação dos contrários numa
tentativa de explicar a forma como cada indivíduo                Sentimento
consegue lidar com o mundo e determinar a
própria realidade: Sensação/ Intuição e
Pensamento/Sentimento. Para que haja sucesso ao
nível da organização deve existir um equilíbrio
entre     estas    quatro     funções.   Qualquer
predominância poderá levar a perda de
oportunidades.
FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA DA PRISÃO PSÍQUICA


                   FORÇAS                                       LIMITAÇÕES

 * Leva-nos a concluir que as questões
                                                 •As organizações podem cair numa
 problemáticas nas quais o ser humano se
                                                 racionalização excessiva;
 envolve são, na verdade, criadas por ele
 próprio;

                                                 •As armadilhas das formas assumidas de
 * Leva-nos a questionar tudo o que nos          raciocínio são aplicadas apenas ao
 rodeia, mesmo o que era assumido como           inconsciente e poderiam sê-lo também
 pacífico;                                       alargadas ao consciente;

 * Permite entender a estreita relação entre o
                                                 •A reflexão sobre a organização vista como
 consciente e o inconsciente e a necessidade
                                                 uma prisão psíquica não basta para levar à
 de um equilíbrio entre ambos;
                                                 libertação da mesma;

 * Conduz-nos a questionar a liderança nas
                                                 •Há tendência para despender mais tempo
 organizações e as relações interpessoais;
                                                 no processo de análise, do que na procura de
                                                 soluções;
 * É um importante instrumento de reflexão
 sobre a vida organizacional.                    •Pode cair-se na tentação de acreditar que se
                                                 pode dominar o inconsciente.
AVALIAÇÃO CRÍTICA


* Gareth Morgan foi inovador, ao aplicar a metáfora como forma de entender a organização;



 * Na obra Imagens da Organização G. Morgan reúne a visão de vários teóricos como Platão, Freud,
 Taylor , Jung, entre outros, enquadrando-a no contexto da organização;


   * Concordamos que a aceitação e conhecimento de si próprio são o caminho para a mudança e o
   desenvolvimento, quer dentro da organização, quer fora dela;



     * A teoria defendida por Freud e Taylor no que diz respeito aos recalcamentos sexuais e seus impactos
     na organização parece-nos exagerada;



       * O paralelismo entre a organização e a prisão psíquica é bem conseguido, na medida em que ideias
       preconcebidas, hábitos e comodismo condicionam o trabalho nas organizações;



          * Gareth Morgan fez uma análise lata da organização, incluindo visões das várias áreas como a
          Economia, a Psicanálise, a Psicologia, a Sociologia e a Filosofia.

More Related Content

What's hot (20)

CONCEITOS BÁSICOS DE GESTÃO
CONCEITOS BÁSICOS DE GESTÃOCONCEITOS BÁSICOS DE GESTÃO
CONCEITOS BÁSICOS DE GESTÃO
 
Teoria comportamental da administração
Teoria comportamental da administraçãoTeoria comportamental da administração
Teoria comportamental da administração
 
Tga teoria estruturalista
Tga teoria estruturalistaTga teoria estruturalista
Tga teoria estruturalista
 
Teorias motivacionais
Teorias motivacionaisTeorias motivacionais
Teorias motivacionais
 
Silêncio em grupos
Silêncio em gruposSilêncio em grupos
Silêncio em grupos
 
O Indivíduo e a Organização
O Indivíduo e a OrganizaçãoO Indivíduo e a Organização
O Indivíduo e a Organização
 
Teoria Estruturalista
Teoria EstruturalistaTeoria Estruturalista
Teoria Estruturalista
 
Comportamento Organizacional
Comportamento OrganizacionalComportamento Organizacional
Comportamento Organizacional
 
Personalidade e Emoções
Personalidade e EmoçõesPersonalidade e Emoções
Personalidade e Emoções
 
Comunicação organizacional
Comunicação organizacionalComunicação organizacional
Comunicação organizacional
 
Grupos
GruposGrupos
Grupos
 
Capítulo 14
Capítulo 14Capítulo 14
Capítulo 14
 
Teoria da contingência 2012_01
Teoria da contingência 2012_01Teoria da contingência 2012_01
Teoria da contingência 2012_01
 
14 princípios básicos da administração
14 princípios básicos da administração14 princípios básicos da administração
14 princípios básicos da administração
 
Abordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencialAbordagens sistêmica e contingencial
Abordagens sistêmica e contingencial
 
Abordagem sistêmica
Abordagem sistêmicaAbordagem sistêmica
Abordagem sistêmica
 
Teoria comportamental administracao
Teoria comportamental administracaoTeoria comportamental administracao
Teoria comportamental administracao
 
Modelo Burocrático de Organização
Modelo Burocrático de OrganizaçãoModelo Burocrático de Organização
Modelo Burocrático de Organização
 
Estilos lideranca
Estilos liderancaEstilos lideranca
Estilos lideranca
 
Cultura e clima organizacional
Cultura e clima organizacionalCultura e clima organizacional
Cultura e clima organizacional
 

Similar to Organizações vistas como prisões psíquicas

Imagens Da Organização
Imagens Da OrganizaçãoImagens Da Organização
Imagens Da Organizaçãoguestdf4f2e
 
dinamicas-de-grupo-.pdf
dinamicas-de-grupo-.pdfdinamicas-de-grupo-.pdf
dinamicas-de-grupo-.pdfThiagofmg
 
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivoA organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivoAnderson Cássio Oliveira
 
Psicanálise x Analogia
Psicanálise x AnalogiaPsicanálise x Analogia
Psicanálise x AnalogiaStael Gomes
 
Psicologia institucional e procesos grupais
Psicologia institucional e procesos grupaisPsicologia institucional e procesos grupais
Psicologia institucional e procesos grupaisMichelle Mariana
 
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdf
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdfCULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdf
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdfjoaoantunes110
 
Cultura e clima_organizacional_apostila
Cultura e clima_organizacional_apostilaCultura e clima_organizacional_apostila
Cultura e clima_organizacional_apostilaFagner Neri
 
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdfWEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdfMarciaCristine2
 
Aula rodrigo estruturalismo - comportamentalismo
Aula rodrigo   estruturalismo - comportamentalismoAula rodrigo   estruturalismo - comportamentalismo
Aula rodrigo estruturalismo - comportamentalismoCassia da Silva
 
As 5 etapas da transformação cultural
As 5 etapas da transformação culturalAs 5 etapas da transformação cultural
As 5 etapas da transformação culturalMrioKojima
 
a liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosa liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosJooMiguelFilho
 
Psicanalise e instituições.pptx
Psicanalise e instituições.pptxPsicanalise e instituições.pptx
Psicanalise e instituições.pptxLucimaraRabel
 

Similar to Organizações vistas como prisões psíquicas (20)

Organização Contremporânea 2
Organização Contremporânea 2Organização Contremporânea 2
Organização Contremporânea 2
 
Organização Contremporânea 4
Organização Contremporânea 4Organização Contremporânea 4
Organização Contremporânea 4
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 
Diálogos Reflexivos - SASF Tremembé/SP
Diálogos Reflexivos - SASF Tremembé/SPDiálogos Reflexivos - SASF Tremembé/SP
Diálogos Reflexivos - SASF Tremembé/SP
 
Imagens Da Organização
Imagens Da OrganizaçãoImagens Da Organização
Imagens Da Organização
 
dinamicas-de-grupo-.pdf
dinamicas-de-grupo-.pdfdinamicas-de-grupo-.pdf
dinamicas-de-grupo-.pdf
 
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivoA organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
 
Psicanálise x Analogia
Psicanálise x AnalogiaPsicanálise x Analogia
Psicanálise x Analogia
 
Psicologia institucional e procesos grupais
Psicologia institucional e procesos grupaisPsicologia institucional e procesos grupais
Psicologia institucional e procesos grupais
 
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdf
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdfCULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdf
CULTURA_E_CLIMA_ORGANIZACIONAL_APOSTILA.pdf
 
Cultura e clima_organizacional_apostila
Cultura e clima_organizacional_apostilaCultura e clima_organizacional_apostila
Cultura e clima_organizacional_apostila
 
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdfWEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf
WEBAULAS - Terapia Familiar Sistêmica - Cap 1.pdf
 
Cultura e clima organizacionais (1)
Cultura e clima organizacionais (1)Cultura e clima organizacionais (1)
Cultura e clima organizacionais (1)
 
Aula7
Aula7Aula7
Aula7
 
Psicologiadocomportamento 120929125230-phpapp02
Psicologiadocomportamento 120929125230-phpapp02Psicologiadocomportamento 120929125230-phpapp02
Psicologiadocomportamento 120929125230-phpapp02
 
Aula rodrigo estruturalismo - comportamentalismo
Aula rodrigo   estruturalismo - comportamentalismoAula rodrigo   estruturalismo - comportamentalismo
Aula rodrigo estruturalismo - comportamentalismo
 
As 5 etapas da transformação cultural
As 5 etapas da transformação culturalAs 5 etapas da transformação cultural
As 5 etapas da transformação cultural
 
Teoria e técnica de dinâmica de grupo
Teoria e técnica de dinâmica de grupoTeoria e técnica de dinâmica de grupo
Teoria e técnica de dinâmica de grupo
 
a liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosa liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitos
 
Psicanalise e instituições.pptx
Psicanalise e instituições.pptxPsicanalise e instituições.pptx
Psicanalise e instituições.pptx
 

More from Alexandra Santos

Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!
Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!
Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!Alexandra Santos
 
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...Alexandra Santos
 
Encontro com o escritor José Alberto Marques
Encontro com o escritor José Alberto MarquesEncontro com o escritor José Alberto Marques
Encontro com o escritor José Alberto MarquesAlexandra Santos
 
Apresentação animais votação Biblioteca DMA
Apresentação animais votação Biblioteca DMAApresentação animais votação Biblioteca DMA
Apresentação animais votação Biblioteca DMAAlexandra Santos
 
Visita estudo 26_junho_2014
Visita estudo 26_junho_2014Visita estudo 26_junho_2014
Visita estudo 26_junho_2014Alexandra Santos
 
Dia aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º ano
Dia  aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º anoDia  aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º ano
Dia aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º anoAlexandra Santos
 
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democrática
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democráticaO Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democrática
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democráticaAlexandra Santos
 
Feira de Troca de livros usados
Feira de Troca de livros usadosFeira de Troca de livros usados
Feira de Troca de livros usadosAlexandra Santos
 
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...Alexandra Santos
 
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela Rosário
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela RosárioTodos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela Rosário
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela RosárioAlexandra Santos
 
Sabe ou nao sabe bom português
Sabe ou nao sabe   bom portuguêsSabe ou nao sabe   bom português
Sabe ou nao sabe bom portuguêsAlexandra Santos
 
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013Alexandra Santos
 
Exposiçao rosa dos_ventos
Exposiçao rosa dos_ventosExposiçao rosa dos_ventos
Exposiçao rosa dos_ventosAlexandra Santos
 
Oficina de formação sobre dislexia
Oficina de formação sobre dislexiaOficina de formação sobre dislexia
Oficina de formação sobre dislexiaAlexandra Santos
 

More from Alexandra Santos (20)

Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!
Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!
Mês Internacional da Biblioteca escola 2015 - A biblioteca escolar é Super!
 
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...
Escritor e ilustrador Pedro Seromenho, Escola Básica D. Miguel de Almeida - 2...
 
Encontro com o escritor José Alberto Marques
Encontro com o escritor José Alberto MarquesEncontro com o escritor José Alberto Marques
Encontro com o escritor José Alberto Marques
 
Apresentaçao BE
Apresentaçao BEApresentaçao BE
Apresentaçao BE
 
Apresentação animais votação Biblioteca DMA
Apresentação animais votação Biblioteca DMAApresentação animais votação Biblioteca DMA
Apresentação animais votação Biblioteca DMA
 
Visita estudo 26_junho_2014
Visita estudo 26_junho_2014Visita estudo 26_junho_2014
Visita estudo 26_junho_2014
 
Dia aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º ano
Dia  aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º anoDia  aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º ano
Dia aberto - Apresentação da BE aos alunos do 4º ano
 
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democrática
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democráticaO Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democrática
O Bicho de sete cabeças - História de uma eleição democrática
 
Feira de Troca de livros usados
Feira de Troca de livros usadosFeira de Troca de livros usados
Feira de Troca de livros usados
 
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...
Encontro com a escritora Daniela Rosário para apresentação de "A Borboleta Zu...
 
Encontro rossio
Encontro rossioEncontro rossio
Encontro rossio
 
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela Rosário
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela RosárioTodos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela Rosário
Todos Juntos Podemos Ler - Encontro com Daniela Rosário
 
Poemas andantes
Poemas andantesPoemas andantes
Poemas andantes
 
Sabe ou nao sabe bom português
Sabe ou nao sabe   bom portuguêsSabe ou nao sabe   bom português
Sabe ou nao sabe bom português
 
Ana macedo
Ana macedoAna macedo
Ana macedo
 
Poemas de amor
Poemas de amorPoemas de amor
Poemas de amor
 
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2013
 
Exposiçao rosa dos_ventos
Exposiçao rosa dos_ventosExposiçao rosa dos_ventos
Exposiçao rosa dos_ventos
 
Cavaleiro da Dinamarca
Cavaleiro da Dinamarca Cavaleiro da Dinamarca
Cavaleiro da Dinamarca
 
Oficina de formação sobre dislexia
Oficina de formação sobre dislexiaOficina de formação sobre dislexia
Oficina de formação sobre dislexia
 

Recently uploaded

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 

Recently uploaded (20)

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 

Organizações vistas como prisões psíquicas

  • 1. Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Gestão de Tomar Curso de Pós-Graduação em Ciências Documentais Unidade Curricular: Planeamento e Gestão de Organizações Morgan, Gareth, Imagens da Organização, “Explorando a Caverna de Platão – As Organizações vistas como Prisões Psíquicas”, São Paulo, Editora Atlas S.A., 1996 Professor: António Cúrdia Alunas: 16883 – Alexandra Cristina Jesus Santos 16884 – Maria Margarida Sampaio A. Costa Rodrigues 16885 – Adélia Sofia Freire Ribeiro Segundo o novo acordo ortográfico em vigor 2011/2012
  • 2. AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO PRISÕES PSÍQUICAS (OU) A ALEGORIA DA CAVERNA APLICADA ÀS ORGANIZAÇÕES http://youtu.be/3tr5hr3MtTI
  • 3. A ARMADILHA DAS FORMAS ASSUMIDAS DE RACIOCÍNIO Aprisionados pelo sucesso As organizações que são líderes na sua área durante um tempo considerável podem ter a tendência de se acomodarem ao sucesso adquirido (superioridade técnica e confiança no produto), deixando-se ultrapassar de forma passiva por outras organizações. Ex.: indústria automóvel Americana vs Japonesa Aprisionados pela acomodação organizacional As organizações adquirem uma falsa segurança pelo facto de possuírem stocks e trabalho sequencial, apesar dos efeitos positivos em termos de economia de custos e qualidade do produto. O sistema Just in time surge como alternativa, evitando o armazenamento desnecessário e fomentando a sincronização e rentabilização do trabalho. Ex.: Japoneses e inventário-zero/ defeito-zero Aprisionados pelos processos grupais O psicólogo Irving Janis caracterizou o “pensamento de grupo”, defendendo que o consenso assumido pode impedir as pessoas de questionar um determinado procedimento, levando a situações imprevistas. Ex.: Presidente Kennedy e a invasão em Cuba
  • 4. E A SEXUALIDADE REPRIMIDA E A FAMÍLIA MORTE E IMORTALIDADE PATRIARCAL A ORGANIZAÇÃO EO BONECAS E URSINHOS INCONSCIENTE DE PELUCHE E ANSIEDADE SOMBRA E ARQUÉTIPO
  • 5. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE E A SEXUALIDADE REPRIMIDA Frederick Taylor, pai da “Administração Científica”, ilustrou claramente como as preocupações e inquietações inconscientes podem ter efeitos na organização. No que diz respeito às organizações, conclui que a sexualidade reprimida está relacionada com a maioria dos problemas organizacionais mais complexos. “Impulsos sexuais e fantasias influenciam as políticas da organização; comportamentos neuróticos determinam atos compulsivos e outras formas de representação paranóicas, masoquistas e compulsivas do ambiente e das relações de trabalho.” (G. Morgan, 1996). Ex.: Caráter obsessivo e compulsivo de Taylor (anti-heroi)
  • 6. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE E A FAMÍLIA PATRIARCAL Tal como nas famílias tradicionalmente estruturadas, nas organizações, o homem domina tendencialmente, enquanto a mulher é preterida para papeis de subordinação. Esta liderança também tem uma relação direta com o facto do líder ser muitas vezes entendido como uma autoridade. Ex.: Exercício da autoridade na família vs na organização
  • 7. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE MORTE E IMORTALIDADE Segundo Ernest Becker os homens vivem grande parte da sua vida procurando a imortalidade, encontrando nas organizações uma forma de a materializar, uma vez que esta perdura para além da sua própria vida. Ex.: Definição de objetivos e planeamento como forma de projetar a imortalidade
  • 8. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE ORGANIZAÇÃO E ANSIEDADE A ansiedade que o homem experiencia quando se sente em competição dentro de uma organização pode levá-lo a bloquear o sucesso dos seus pares, com medo de nunca atingir esse mesmo sucesso. Esta postura pode restringir o espírito de cooperação do grupo e consequentemente inibir a performance da organização. Ex.: Dicotomia entre sentimentos amor/ ódio; vida/ morte; seio bom/ seio mau
  • 9. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE BONECAS E URSINHOS DE PELUCHE O medo de abandonar práticas instituídas, adquirindo outras mais inovadoras, mas sobre as quais não se tem um domínio claro, leva muitas vezes a organização a rejeitar, evitar e adiar a mudança imprescindível ao acompanhamento da evolução dos tempos modernos. Ex.: Ligação a objetos que ajudam a manter a ligação com o mundo. À medida que a realidade é alterada, os objetos são substituídos.
  • 10. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE SOMBRA E ARQUÉTIPO Jung define o arquétipo como um modelo a partir do qual a nossa compreensão do mundo é organizada. Ao identificar-se com arquétipos, o ser Pensamento humano posiciona-se na sua própria vida e na história, entendendo melhor quem é e onde está no universo das coisas. Por sua vez, Jung utiliza o termo sombra para se referir a desejos e impulsos indesejáveis. “Assim, na sombra da organização Sensação encontram-se todos os opostos reprimidos da Intuição racionalidade, que lutam para emergir e mudar a natureza da racionalidade que está sendo praticada.” (G. Morgan, 1996). Jung ilustra a interação dos contrários numa tentativa de explicar a forma como cada indivíduo Sentimento consegue lidar com o mundo e determinar a própria realidade: Sensação/ Intuição e Pensamento/Sentimento. Para que haja sucesso ao nível da organização deve existir um equilíbrio entre estas quatro funções. Qualquer predominância poderá levar a perda de oportunidades.
  • 11. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA DA PRISÃO PSÍQUICA FORÇAS LIMITAÇÕES * Leva-nos a concluir que as questões •As organizações podem cair numa problemáticas nas quais o ser humano se racionalização excessiva; envolve são, na verdade, criadas por ele próprio; •As armadilhas das formas assumidas de * Leva-nos a questionar tudo o que nos raciocínio são aplicadas apenas ao rodeia, mesmo o que era assumido como inconsciente e poderiam sê-lo também pacífico; alargadas ao consciente; * Permite entender a estreita relação entre o •A reflexão sobre a organização vista como consciente e o inconsciente e a necessidade uma prisão psíquica não basta para levar à de um equilíbrio entre ambos; libertação da mesma; * Conduz-nos a questionar a liderança nas •Há tendência para despender mais tempo organizações e as relações interpessoais; no processo de análise, do que na procura de soluções; * É um importante instrumento de reflexão sobre a vida organizacional. •Pode cair-se na tentação de acreditar que se pode dominar o inconsciente.
  • 12. AVALIAÇÃO CRÍTICA * Gareth Morgan foi inovador, ao aplicar a metáfora como forma de entender a organização; * Na obra Imagens da Organização G. Morgan reúne a visão de vários teóricos como Platão, Freud, Taylor , Jung, entre outros, enquadrando-a no contexto da organização; * Concordamos que a aceitação e conhecimento de si próprio são o caminho para a mudança e o desenvolvimento, quer dentro da organização, quer fora dela; * A teoria defendida por Freud e Taylor no que diz respeito aos recalcamentos sexuais e seus impactos na organização parece-nos exagerada; * O paralelismo entre a organização e a prisão psíquica é bem conseguido, na medida em que ideias preconcebidas, hábitos e comodismo condicionam o trabalho nas organizações; * Gareth Morgan fez uma análise lata da organização, incluindo visões das várias áreas como a Economia, a Psicanálise, a Psicologia, a Sociologia e a Filosofia.