2. Estudos no campo
Quando o pesquisador coleta dados simplesmente
observando os eventos à medida que eles ocorrem, sem
desempenhar um papel ativo no que acontece, são chamados
de estudos observacionais.
A maioria dos estudos sobre risco são observacionais.
Estudos de Coorte
Estudos de Caso-controle
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3. Estudos de coorte
• Coorte: termo usado na Roma antiga
para definir um grupo de soldados que
marchavam juntos.
• São estudos que acompanham grupos de sujeitos no
tempo.
• Apresentam dois objetivos principais: descrever a
incidência de certos desfechos ao longo do tempo e
analisar as associações entre os preditores e esses
desfechos.
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4. Relação entre causa e efeito
Exemplos: Exposição vs. Doença
Tabagismo Câncer de pulmão
Obesidade Doença cardíaca
Dieta gordurosa AVC (derrame)
Alcoolismo Acidente de carro
História familiar Diabetes
Vacinação incompleta Sarampo
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5. Estudos de coorte
- Inicia com pessoas expostas a determinado fator: Cigarro
- Segue em direção ao desfecho: Câncer
- Direção do estudo:
Observador
Exposição => => => => => => Doença
Passado Presente Futuro
Retrospectivo
Coorte
Seguimento
Constituída
Prospectivo
Coorte
Seguimento
Constituída
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6. Estudos de coorte
População
Sem
Com
Fator de risco
Doença
Doença
presente
Fator de risco Sem
Com
ausente Doença
Doença
População
Passado Presente
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7. Estudos de coorte
- Medida de associação* -
- Risco relativo (RR)
- Compare incidência da doença em expostos com
incidência da doença em não expostos
- Exemplo:
- Divida incidência de câncer de pulmão em
fumantes por incidência de CP em não fumantes
* Pode ser calculado risco atribuível e pode ser analisado por pessoa/ano
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8. Estudos de coorte
Risco relativo
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+
c+d
- c d
b+d a+b+c+d
Total a+c
RR = Incidência da doença em expostos
Incidência da doença em não expostos
RR = a / a + b
c/c+d
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9. Estudos de coorte
Risco relativo
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+ LEITURA
c+d
- c d
b+d a+b+c+d
Total a+c
RR = Incidência da doença em expostos
Incidência da doença em não expostos
RR = a / a + b
c/c+d
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10. Estudos de coorte
Risco relativo
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+
c+d
- c d
LEITURA
b+d a+b+c+d
Total a+c
RR = Incidência da doença em expostos
Incidência da doença em não expostos
RR = a / a + b
c/c+d
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11. Estudos de coorte
Risco relativo
- Interpretação -
RR = 1.0
• O risco é idêntico: independente da
presença ou não de exposição
RR < 1.0
• O risco diminui com a presença da exposição
Ex.: Uso de hipoclorito de sódio – surto cólera
RR > 1.0
• O risco aumenta com a presença da exposição
•Ex.: Exposição a locais fechados – Hanta/ DF
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12. Estudos de coorte X Estudos de Caso-controle
Exemplo:
Tabagismo e câncer de pulmão
Estudo de coorte Estudo de caso-controle
Inicia com fumantes e não Inicia com casos de câncer
fumantes pulmonar e controles são
pessoas sem câncer pulmão
Segue até o desfecho: câncer Procura no passado (tempo)
por história de tabagismo
Compara incidência de câncer Compara freqüência de história
pulmonar (CP) em fumantes de tabagismo em casos com
com incidência de CP em não freqüência de história para
fumantes tabagismo em controles
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13. Estudos de coorte
- Principais vantagens -
- Seqüência temporal é lógica
- Possível de calcular incidência da doença
- Pois existem denominadores (taxas !!!)
- Bom para exposições raras
- Alto potencial analítico
- Possível de se estudar diversos efeitos de uma única
exposição
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14. Estudos de coorte
- Principais Desvantagens -
- Para se estudar doenças raras muitas pessoas são
necessárias
- Acompanhamento: perda e logísticas
- Prospectivo: longo tempo, caro, observação pode
influenciar comportamentos
- Retrospectivo: Necessidade de registros adequados
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15. Estudos de caso-controle
- Inicia com a doença: Diarréia
- Segue em direção ao desfecho: Comida contaminada
- Direção do estudo:
Observador
Exposição => => => => => => Doença
Passado Presente Futuro
Retrospectivo
Exposição Doença
Híbrido
Doença
Exposição
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16. Estudos de caso-controle
População
Amostra com a doença com a doença
Fator
Fator de risco Caso
de risco
presente
ausente
População
Amostra sem a doença
sem a doença
Fator
Fator de risco
de risco
ausente
presente Controle
Presente
Passado
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17. Estudos de caso-controle
- Diretrizes para seleção de controles
- Desenho do estudo é importantíssimo !!!!
- Não existe um grupo ideal em todas as situações
- Controles devem ...
- Representar a população de origem da qual os
casos são derivados
- Representar pessoas que, se casos, estariam no
estudo
- Serem selecionados independentemente da
exposição
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18. Estudos de caso-controle
Viés
- Conceitos básicos -
- Viés: erro sistemático causando uma associação
exposição-doença imprecisos
- Viés: Resultados imprecisos devido a:
- Viés de seleção
- Viés de informação (forma da pergunta, proxy, memória,
etc.)
- Fator de confusão
- Resultados válidos = resultados que não são “enviesados”
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19. Estudos de caso-controle
- Vieses comuns -
- Viés de seleção
- Viés de informação
- Viés de memória
- Quais as causas ?!!!
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20. Estudos de caso-controle
Porque é susceptível a viés ?
- Tempo
- Doença e exposição já ocorreram quando estudo
inicia
- Duas metas:
- Seleção dos participantes: Selecionar pessoas com
base na doença (SIM, NÃO) independente da situação
de exposição (SIM, NÃO)
- Coleta de dados: Obter e classificar informação sobre
exposição e doença independentemente
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21. Estudos de caso-controle
Odds (chances) X Probabilidade
- Odds: probabilidade que um evento ocorra, dividido pela
probabilidade que um evento não ocorra
- Pode ser qualquer número positivo
- Probabilidade: Proporção de vezes que um evento
ocorra em várias tentativas
- Sempre varia de 0 a 1
Probabilidade = 0 Odds = 0
Probabilidade = 0.5 Odds = 1
Probabilidade = 0.75 Odds = 3
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22. Estudos de caso-controle
Odds ratio (razão de chances)
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+
c+d
- c d
b+d a+b+c+d
Total a+c
OR = Odds de expostos com doença
Odds de não-expostos com doença
OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad
b / (b + d) c / (a + c) bc
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23. Estudos de caso-controle
- Medida de associação -
- Probabilidades entre as freqüências dos eventos
- Exemplo:
- Os doentes de câncer de pulmão apresentaram oito
vezes mais chances de ter adoecido por exposição a
mais de 25 cigarros por dia
- Odds ratio (OR) – Razão de chances
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24. Estudos de caso-controle
Odds ratio (razão de chances)
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+
c+d
- c d
b+d a+b+c+d
Total a+c
OR = Odds de expostos com doença
Odds de não-expostos com doença
OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad
b / (b + d) c / (a + c) bc
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25. Estudos de caso-controle
Odds ratio (razão de chances)
Doença
Exposição + - Total
a+b
a b
+
c+d
- c d
b+d a+b+c+d
Total a+c
OR = Odds de expostos com doença
Odds de não-expostos com doença
OR = a / (a + c) x d / (b + d) = ad
b / (b + d) c / (a + c) bc
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26. Estudos de caso-controle
Risco relativo X Odds ratio
- Risco relativo:
- Mede incidência da doença
- Estudos experimentais e estudos de coorte
- Risco relativo NÃO pode ser usado em estudos de caso-
controle
- Odds ratio:
- Mede a probabilidade de exposição
- Estudos de caso-controle
- Pode ser calculada em estudos de coorte
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27. Estudos de caso-controle
- Principais vantagens -
- Rápido e barato (relativamente)
- Adequado para estudar doenças raras
- Alto potencial analítico
- Requer menor número de pessoas no início
- Possível de se estudar exposições múltiplas
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28. Estudos de caso-controle
- Principais desvantagens
- Desenhado para o passado
- Não é adequado para exposições raras
- Usualmente não pode medir incidência da doença
- Incerteza temporal: exposição – doença
- Propenso a viés de seleção e memória
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