William Boeing fundou a Boeing Company em 1916 para construir hidroaviões. A empresa cresceu rapidamente durante a Primeira Guerra Mundial produzindo aviões para a Marinha Americana. Após a guerra, a Boeing expandiu sua produção de aviões comerciais e estabeleceu uma subsidiária de transporte aéreo.
2. William Edward Boeing nasceu na cidade de Detroit em 1881, descendente de uma família
de origem alemã. A família Boeing mudou-se para Seattle, na costa oeste americana. William
cresceu e tornou-se um bem sucedido empresário do ramo madeireiro nos arredores de
Grays Harbor, estado de Washington. Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial,
William e seu amigo George Conrad Westervelt, engenheiro e comandante de um
esquadrão da marinha americana, começaram a acalentar o sonho de construir um
hidroavião tão bom, ou melhor, que os já existentes. Compraram um hidroavião Martin e
estudaram sua construção nos mínimos detalhes. Finalmente, criaram seu próprio modelo,
batizado de B&W 1, que decolou em 29 de junho de 1916. Era o primeiro vôo de um
BOEING. Surgia assim a Pacifico Aero Products Company. Mostraram à marinha o avião, que
logo agradou. Modificações foram feitas, e o novo modelo foi chamado de B&W “C” Model.
Em 1917 foi declarada guerra à Alemanha. A Marinha encomendou 50 unidades do C-4,
diretamente a Boeing Airplane Company, razão social adotada em 26 de abril do mesmo
ano. Com o fim da guerra, a empresa encontrou dificuldades para sobreviver: passou a
construir modelos desenhados por outras companhias. Seus projetistas desenvolveram
então um ótimo avião, o trimotor para 12 passageiros conhecido como Model 80. Com esta
aeronave, em 1926 a empresa venceu a concorrência para iniciar serviços de transporte de
correio: nascia uma subsidiária, a Boeing Air Transport. Uma novidade foi à contratação de
uma aeromoça (na verdade, uma ex-enfermeira) para cuidar dos passageiros durante os
vôos entre San Francisco e Chicago. Com esta empresa aérea, muita experiência operacional
foi adquirida.
História boeing
3.
Primeiro vôo comercial com o BOEING 707 (aeronave
transcontinental com 4 turbinas) efetuado pela já extinta Pan
American (Pan Am), no dia 26 de outubro, entre as cidades de
Nova York e Paris. A versão era da série 707-120. Rapidamente
diversas outras companhias aéreas adquiriram essa aeronave de
enorme sucesso em todo o mundo, encurtando distâncias em
longos vôos transatlânticos. O modelo era a maravilha da época.
Podia transportar 181 passageiros em uma viagem sem escalas de
Nova York a Paris. Em maio de 1991, foi suspensa a produção
dessa aeronave, somando 1.010 unidades produzidas para uso
comercial.
História do B707
4.
Lançamento do BOEING 727, introduzido em serviço
comercial no mês de fevereiro através da United Airlines. A
aeronave utilizava três tripulantes na cabine de comando
(comandante, co-piloto e o engenheiro de vôo). Foi a
primeira aeronave tri-jato a ser disponibilizada no mercado.
Em 5 de dezembro de 1977 a geração 727, bateu um recorde
até então inédito. Foi transportado naquela data o passageiro
de número 1 bilhão. Em setembro de 1995, esse número
atingia 4.2 bilhões de passageiros transportados nesse tipo
de aeronave, recorde absoluto em todo mundo. A sua
produção comercial foi encerrada em agosto de 1984. Foram
vendidas 1.832 aeronaves do modelo, incluindo todas as suas
versões.
História B727
5. Em 9 de abril foi realizado o vôo inaugural do modelo BOEING 737-100 (oficialmente
denominados pela fábrica como “Originals”), entrando em serviço com a Lufthansa em fevereiro
de 1968, como a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos à lançar um novo modelo da
BOEING. Era um avião bi-jato, turbinas nas asas, bem mais econômico e versátil para pequenas e
médias distâncias e que ocupava pouca pista. O modelo é o mais popular jato comercial de
passageiros de fuselagem estreita (narrow-body) para médio-alcance no mundo. Com 6.160
pedidos e 5.009 unidades entregues, esta é a aeronave com a maior carteira de pedidos e de maior
número de unidades de transporte de passageiros já produzida em todos os tempos. O modelo
tem sido tão amplamente utilizado, há mais de 1.250 deles em vôo pelo mundo, que um 737
decola ou pousa a cada cinco segundos no mundo. No decorrer dos anos novas versões foram
lançadas como o 737-200, versão original alongada introduzida em 1968; o 737-300, que entrou
em serviço no dia 24 de fevereiro de 1984; o 737-400, versão desenvolvida para companhias áreas
de vôos charters, que entrou em serviço no dia 19 de fevereiro de 1988; o 737-500, que entrou em
serviço em 1990; o 737-600, que entrou em serviço em 1998 através da Scandinavian Airlines
System; o 737-700, lançado pelas asas da Southwest Airlines em 1993, com capacidade para 124
passageiros, e que entrou em serviço em 1998; o 737-800, que entrou em serviço no ano de 1998; o
737-900, lançado pela Alaska Airlines em 1997, entrando em serviço no ano de 2000; e o 737-
900ER, maior versão da aeronave com capacidade para até 215 passageiros, com “roll-out”
(apresentação após a montagem final) ocorrida na fábrica, em Renton, Washington, em 8 de
agosto de 2006 para o cliente estreante do modelo, a Lion Air. Ao todo foram produzidos e
entregues mais de 6.600 aviões deste modelo, incluindo todas as versões.
História do B737
6.
Lançado oficialmente no dia 9 de fevereiro o modelo BOEING 747, em um vôo inaugural sob o comando do
comandante Jack Waddell, do co-piloto Brien Wygle e do engenheiro de vôo Jess Wallick. Foi projetado na
década de 60 para satisfazer a demanda de companhias aéreas norte-americanas, européias e japonesas por
um tipo de equipamento mais adequado para viajar a grandes distâncias, ligando grandes centros urbanos
sem necessidade de escalas para reabastecimento, sobrevoando inclusive o Oceano Atlântico, o Oceano
Pacífico e outras regiões inóspitas e isoladas do planeta, como desertos e florestas. O modelo era widebody
(como é designado todo avião comercial contendo três fileiras de assentos, com um par de fileiras de assentos
próximas à janela e uma fileira no meio e dois corredores). O Jumbo ou “King of the skies” (o rei dos ares),
como ficou conhecido o modelo, tornou-se a galinha dos ovos de ouro (“cash cow”) da empresa. Ao longo dos
anos o modelo foi utilizado para o transporte de passageiros e cargas, com versões configuradas para 350
passageiros (baixa-densidade), 400 passageiros (média-densidade) ou 450 passageiros (alta-densidade). O
desenvolvimento do modelo 747 quase causou a falência da BOEING pelos elevados custos de
desenvolvimento, mas o esforço valeu a pena, pois ele se tornou um verdadeiro best seller, e certamente um
dos maiores sucessos da empresa em todos os tempos. Em setembro de 1993, quando a BOEING fabricou seu
milésimo aparelho, os 747 tinham transportado mais de 1.4 bilhões de passageiros, o equivalente a um quarto
da população terrestre, e percorrido 28 trilhões de quilômetros. Desde 1969 já vendeu mais de 1.350 unidades,
nas versões SP (um 747 mais curto), 100 (com 3 janelas na parte superior), 200 (com mais janelas na parte
superior), 300 (com a parte superior alongada) e 400 (com wing-lets nas pontas das asas). O 747-400, a única
versão do modelo ainda em fabricação, mas com vendas já suspensas, foi a que recebeu a maior quantidade de
inovações técnicas e a introdução de novos materiais que permitiram uma significativa redução de peso e,
como conseqüência, redução no consumo de combustível, além da adoção de motores mais silenciosos e de
manutenção mais barata, entrou em serviço em 1989, tendo a Northeast Airlines como seu primeiro cliente.
Uma das versões mais recentes do modelo, apresentada em 2005, é o moderno cargueiro 747-8F, que tem
autonomia de vôo e peso de decolagem maior, e começou a voar somente em 2011. As companhias aéreas que
tem mais BOEING 474 em suas frotas atualmente são a JAL (Japan Airlines), British Airways e Korean Air.
História do B747
7.
Lançamento oficial em 19 de agosto do primeiro BOEING 767,
entregue a United Airlines, entrando em serviço somente no dia 8
de setembro, quando realizou a rota entre as cidades de Chicago e
Denver. O modelo, um widebody com configuração de assentos
2x3x2 na classe econômica, foi projetado para longo alcance e baixo
custo operacional, sendo o principal responsável pela grande
popularização dos vôos transatlânticos na década de 80. Chegou a
ser a aeronave que mais cruzava o Oceano Atlântico diariamente.
Em março de 1984 surgiu o modelo 767-200ER, uma versão que
tinha um alcance superior, mesmo quando muito pesado, e um
tanque central adicional para permitir vôos ainda mais longos. A
primeira companhia aérea que operou este modelo foi a Ethiopian
Airlines. O modelo aos poucos será substituído pelo avançado 787.
História B767
8.
Estréia oficial em vôo do BOEING 757 no dia 1 de
janeiro através da companhia aérea Eastern Airlines. O
modelo foi fabricado em 3 versões: B757-200
(passageiros), B757-200F (cargueiro) e B757-300
(passageiros e alongado). Com produção já encerrada,
foram fabricadas 1.050 unidades deste modelo.
HISTÓRIA B757
9. A necessidade de uma aeronave moderna, de grande alcance e menor
consumo de combustível que os trijatos e quadrijatos, fizeram nascer o
BOEING 777, que voou pela primeira vez em 12 de junho. United
Airlines, All Nippon Airways, British Airways, Japan Airlines e Cathay
Pacific, foram as companhias aéreas que participaram junto com a
BOEING do esboço e da análise do modelo, resultando em um cockpit
com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem da
aeronave. Atualmente é fabricado nas versões 777-200, tendo como
primeiro cliente a United Airlines, que recebeu a aeronave em maio de
1995; 777-200ER, projetado como uma opção de maior alcance que o 777-
200, tendo como primeiro cliente a British Airways, que recebeu a
primeira aeronave em fevereiro de 1997; 777-200LR, versão estendida do
modelo; 777-300, aeronave comercial com maior alcance do mundo
(17.446 km), tendo como primeiro cliente a Pakistan International
Airlines, que o recebeu em fevereiro de 2006; 777-300ER; e o 777F (versão
cargueira), tendo a Air France como primeiro cliente, que recebeu a
aeronave em 2008.
História B777
10. Apresentação oficial do BOEING 787 Dreamliner em 8 de julho, o mais
ousado e avançado avião já produzido pela empresa. No dia de seu
lançamento oficial, mais de 670 unidades já haviam sido encomendadas
por 48 companhias aéreas internacionais, fazendo dele o maior sucesso
comercial da indústria aeronáutica mundial em todos os tempos. Hoje em
dia, as encomendas já passam de 851 aeronaves para 56 clientes
diferentes. O BOEING 787 é capaz de transportar de 200 a 350
passageiros, dependendo do modelo e da configuração do interior da
aeronave. O primeiro será entregue para a ANA (All Nippon Airways),
que comprou 50 unidades do modelo. O novo e revolucionário modelo
poupa aproximadamente 20% de combustível comparando com
aeronaves do mesmo segmento. Este ganho, segundo a empresa, deve-se
aos novos materiais usados: 50% de materiais compostos, 20% de
alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5 % de outros materiais, testados
em caças americanos. Com esta filosofia de construção foi possível
poupar 1.500 folhas de alumínio, 45 mil parafusos e porcas, milhares de
rebites e 100 quilômetros de fio de cobre
História do B787
11.
A mais famosa linha de montagem da BOEING está localizada em Everett, 25 milhas ao
norte da cidade de Seattle, estado de Washington. Foi especialmente construída há 40
anos para abrigar a linha de produção do gigante 747, então o maior avião de
passageiros do mundo.
Em 27 de agosto de 2007 a BOEING comemorou a entrega da aeronave de fuselagem
larga de número 3.000 desta fábrica. O modelo foi um avião 777-200ER, entregue a
Korean Air. De acordo com a empresa americana, atualmente cerca de 80% dos aviões
produzidos nesta fábrica ainda estão em serviço, num total de 2.610 aeronaves. Uma das
atrações do local é a visitação pública guiada ao Future of Flight Aviation Center &
Boeing, onde o turista poderá acompanhar a gigantesca linha de montagem dos
modelos 747, 767, 777 e 787, passo à passo, na maior construção do mundo e com os
maiores vãos livres do planeta, com mais de 5.6 milhões de m³ e ocupando uma área de
98.3 acres. Alguns números impressionantes deste gigantesco complexo: as portas de
entrada de cada seção do hangar são do tamanho de um campo de futebol; caberiam 911
quadras de basquete dentre do hangar; em cada turno trabalham 9.000 pessoas; e a conta
anual de luz é superior a US$ 16 milhões. O complexo ainda inclui um enorme teatro,
uma loja (conhecida como BOEING STORE) e quatro cafés.
A linha de montagem
12. O logotipo da BOEING mudou muito desde o início da
empresa. A tradicional tipologia de letra utilizada pela
marca foi adotada na década de 1940. O atual logotipo
da empresa, que assumiu definitivamente a cor azul, foi
apresentado em 1997.
A evolução visual
13. Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 15 de junho de 1916
● Fundador: William Boeing e George Conrad Westervelt
● Sede mundial: Chicago, Illinois
● Proprietário da marca: The Boeing Company
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: W. James McNerney Jr.
● Presidente: James Bell
● Faturamento: US$ 64.3 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 3.3 bilhões (2010)
● Valor de mercado: US$ 44.9 bilhões (agosto/2011)
● Fábricas principais: 3
● Aeronaves entregues: 462 (2010)
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 164.495
● Segmento: Aeroespacial e defesa
● Principais produtos: Aviões comerciais e cargueiros
● Principais concorrentes: Airbus, Bombardier e Embraer
● Ícones: O avião conhecido como JUMBO
● Slogan: Forever New Frontiers.
● Website: www.boeing.com
Dados coporativos
14.
A BOEING, referência mundial em aviação comercial, é uma das
principais montadoras de aviões e material aeronáutico do mundo.
Sua sede está localizada em Chicago, enquanto que as principais
fábricas da empresa encontram-se na região metropolitana de
Seattle, estado de Washington, em Everett; em Renton, St. Louis,
onde a empresa produz caças e mísseis com fins militares; e Seal
Beach, Califórnia, onde são desenvolvidos e produzidos satélites,
foguetes e módulos de estações espaciais. Atualmente a empresa
detém aproximadamente 50% do mercado de aviação comercial,
empregando mais de 164 mil pessoas em 70 países. Em 2010 a
BOEING entregou 462 aeronaves, alcançando faturamento
superior a US$ 64 bilhões.
A marca do mundo