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O que é Estatística?
Estatística: o que é?
 O primeiro uso da palavra ESTATÍSTICA
  parece datar de 1589 (dc) e apareceu em um
  trabalho do historiador Girolomo Ghilini,
  quando se referiu a uma “ciência civil, política,
  estatística e militar”. (Berquó, 1981)
 As expressões “statistics”, “statist” e
  “statistical” parecem ter sido derivadas do
  latim status com duplo significado:
 estado político; e situação das coisas.
DEFINIÇÃO
     No Aurélio (primeira edição) apresentam-se as
      seguintes definições:
(1)   Parte da matemática em que se investigam os
      processos de obtenção, organização e análise de
      dados sobre uma população ou uma coleção de
      seres quaisquer, e os métodos de tirar conclusões
      e fazer ilações ou predições com base nesses
      dados;
(2)   Qualquer parâmetro de uma amostra, como, por
      exemplo, a sua média, o seu desvio-padrão, a sua
      variância.
Estatística: o que é ?
Para Sir Ronald A. Fisher (1890-1962): Estatística é o
estudo das populações, das variações e dos métodos
de redução de dados.
Estatística: o que é?


   “Eu gosto de pensar na
    Estatística como a ciência de
    aprendizagem a partir dos
    dados... “
                                    Jon Kettenring
                                    Presidente da American
                                    Statistical Association, 1997
Estatística: o que é?


 Uma boa definição é “Estatística é um
 conjunto de técnicas e métodos
 que nos auxiliam no processo de
 tomada de decisão na presença
 de incerteza .”
Estatística: o que é?

 Toda atividade humana é baseada em
  previsões e tomadas de decisão sob
  incerteza:
 quando entramos para a universidade,
  quando arrumamos um emprego,
  quando nos casamos, quando
  investimos uma quantia no mercado
  de ações, etc.
Estatística: o que é?

 Calyampudi R. Rao (1920- ), um
 estatístico indiano famoso apresenta a
 seguinte equação:
                          Essa parte da equação
                          Representa o papel
                          fundamental do estatístico



  conhecimento     conhecimento
               +   da quantidade =         conhecimento
  incerto
                   de incerteza            útil
Quantificação da Incerteza
   Não há uma forma definida de quantificar incertezas e o
    assunto é bastante controverso. A primeira tentativa séria foi
    feita pelo Reverendo Thomas Bayes (?-1761) que foi dito ter
    59 anos quando morreu em 17/04/1761 – não se sabe
    quando ele nasceu.
   Bayes introduziu o conceito de uma distribuição a priori sobre
    o conjunto das hipóteses possíveis, indicando os graus de
    crença para as diferentes hipóteses, antes dos dados serem
    observados, que nós denotaremos por p(h).
   Essa distribuição a priori junto com o conhecimento da
    distribuição de probabilidade dos dados d dada a hipótese h,
    denotada por p(d|h), capacita-nos obter a distribuição de
    probabilidade total (marginal) dos dados observados,
    denotada por p(d).
p ( h) p ( d | h )
p(h | d ) =
                   p(d )



                          Agora estamos em posição de calcular a distribuição
                           condicional da hipótese dados os dados observados:

                                                        p ( h ) p ( d | h)
                                            p(h | d ) =
                                                              p (d )


                            que é chamada distribuição a posteriori ou distribuição de
                           incertezas sobre as hipóteses à luz dos dados observados.
                          A partir de um conhecimento a priori das hipóteses
                           alternativas e dos dados observados, obtemos um
                           conhecimento novo sobre as hipóteses possíveis e a solução
                           de Bayes é, de fato, logicamente sólida.
Alguns estatísticos, porém, sentem-se desconfortáveis
sobre a introdução de uma distribuição a priori em um
problema, a menos que a escolha de tal distribuição
seja feita de maneira objetiva – por exemplo, baseada
na evidência observacional do passado e não na
crença de um indivíduo.
 Esforços foram empreendidos pelos fundadores
da estatística moderna K. Pearson, R.A. Fisher, J.
Neyman, A. Wald, para desenvolver teorias de
inferência sem usar distribuições a priori. Esses
métodos, porém, apresentam muitas vezes
dificuldades lógicas. (Rao, 1996)
Do determinismo ao estocástico
Por muito tempo acreditou-se que todo evento
natural tinha uma característica pré-
determinada.
Formulação mais extrema disso  idéia de
Laplace
“existência de um demônio matemático, um espírito dotado
de uma capacidade ilimitada de dedução matemática, que
seria capaz de prever todos os eventos futuros no mundo, se
em um dado momento ele conhecesse todas as magnitudes
que caracterizam o estado presente.”
A idéia de Laplace mostrou-se incorreta de
duas formas.

existem  dificuldades tanto lógicas, quanto
práticas na formulação de leis determinísticas
para fenômenos naturais;

 é impossível medir o estado verdadeiro de
um sistema em qualquer tempo dado.
 Na teoria do Caos tal fenômeno é
chamado – Efeito Borboleta.
CHANCE: inerente na natureza
Três grandes desenvolvimentos se deram
aproximadamente na mesma época em
meados do século XIX em três campos
distintos de averiguação.

1) O estatístico social belga Adolphe
Quetelet (1796-1874) usou os conceitos de
probabilidade ao descrever um fenômeno
social e biológico.
CHANCE: inerente na natureza
2) O botânico austríaco Gregor Mendel
  (1822-1884) formulou suas leis de
  hereditariedade, através de simples
  mecanismos de chance, como lançar
  dados.
CHANCE: inerente na natureza
3) O físico austríaco Ludwig Boltzmann (1844-
  1906) deu uma interpretação estatística para
  uma das proposições mais fundamentais de
  física   teórica,   a    segunda   lei    da
  termodinâmica. As leis básicas da física
  foram elas próprias expressas em termos
  probabilísticos, particularmente no nível
  microscópico das partículas fundamentais.
 o comportamento aleatório é considerado
como uma parte indispensável e inerente do
funcionamento normal de muitos tipos de
coisas.

 modelos estocásticos foram construídos para
explicar o comportamento de sistemas dados.

 Exemplos de tais descrições são: o movimento
Browniano, cintilações causadas por radioatividade, o
princípio da incerteza de Heisenberg, as distribuições
de velocidade de Maxwell de moléculas de massas
iguais. Todas eles indicando o caminho para a
mecânica quântica.
POSSIBILIDADE DE FALHA NO
      CONHECIMENTO CIENTÍFICO
   Todo conhecimento científico, sendo baseado em
    evidência que é formalmente incompleta, é somente
    provável e nunca absolutamente certo.
    Todas as predições baseadas em conhecimento
    científico. Devem, portanto, poder falhar e, de fato,
    mostrarem-se erradas a longo prazo.
   A longa história da filosofia e da ciência é em grande
    parte a história da emancipação progressiva da
    mente humana da teoria das verdades auto-
    evidentes e dos postulados de certeza total com a
    marca da verdade científica.
   Em todo o campo da ciência os processos
    matemáticos dedutivos de inferência absolutamente
    certa estão sendo substituídos pelos métodos
    estatísticos de inferência incerta.
Exemplos de situações em que se usa
            Estatística
   Mensuração das mudanças no meio-ambiente para avaliar os
    efeitos do aquecimento global;
   Mensuração da poluição do ar para avaliar os efeitos na
    saúde da população;
   Mensuração das mudanças nos padrões populacionais para
    avaliar que tipos de moradia são necessários e em que
    localizações;
   Análise de experimentos sobre o uso de fertilizantes para
    maximizar a produção de milho;
   Mensuração da eficácia de diferentes medicamentos para
    encontrar o melhor, e identificar efeitos colaterais;
   Cálculo de quão provável duas pessoas têm o mesmo perfil
    de DNA.
Resumindo:
 A Estatística utiliza métodos matemáticos
  para solucionar problemas reais de tomada
  de decisão quando há incerteza.
 Em situações nas quais poderíamos contar
  unicamente com a sorte, temos um
  instrumento, que nos possibilita aumentar
  as chances de tomar a melhor decisão.
 Na prática, a Estatística pode ser
  empregada como ferramenta fundamental
  em várias outras ciências.

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Estatística

  • 1. O que é Estatística?
  • 2. Estatística: o que é?  O primeiro uso da palavra ESTATÍSTICA parece datar de 1589 (dc) e apareceu em um trabalho do historiador Girolomo Ghilini, quando se referiu a uma “ciência civil, política, estatística e militar”. (Berquó, 1981)  As expressões “statistics”, “statist” e “statistical” parecem ter sido derivadas do latim status com duplo significado:  estado político; e situação das coisas.
  • 3. DEFINIÇÃO  No Aurélio (primeira edição) apresentam-se as seguintes definições: (1) Parte da matemática em que se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma população ou uma coleção de seres quaisquer, e os métodos de tirar conclusões e fazer ilações ou predições com base nesses dados; (2) Qualquer parâmetro de uma amostra, como, por exemplo, a sua média, o seu desvio-padrão, a sua variância.
  • 4. Estatística: o que é ? Para Sir Ronald A. Fisher (1890-1962): Estatística é o estudo das populações, das variações e dos métodos de redução de dados.
  • 5. Estatística: o que é?  “Eu gosto de pensar na Estatística como a ciência de aprendizagem a partir dos dados... “ Jon Kettenring Presidente da American Statistical Association, 1997
  • 6. Estatística: o que é?  Uma boa definição é “Estatística é um conjunto de técnicas e métodos que nos auxiliam no processo de tomada de decisão na presença de incerteza .”
  • 7. Estatística: o que é?  Toda atividade humana é baseada em previsões e tomadas de decisão sob incerteza:  quando entramos para a universidade, quando arrumamos um emprego, quando nos casamos, quando investimos uma quantia no mercado de ações, etc.
  • 8. Estatística: o que é?  Calyampudi R. Rao (1920- ), um estatístico indiano famoso apresenta a seguinte equação: Essa parte da equação Representa o papel fundamental do estatístico conhecimento conhecimento + da quantidade = conhecimento incerto de incerteza útil
  • 9. Quantificação da Incerteza  Não há uma forma definida de quantificar incertezas e o assunto é bastante controverso. A primeira tentativa séria foi feita pelo Reverendo Thomas Bayes (?-1761) que foi dito ter 59 anos quando morreu em 17/04/1761 – não se sabe quando ele nasceu.  Bayes introduziu o conceito de uma distribuição a priori sobre o conjunto das hipóteses possíveis, indicando os graus de crença para as diferentes hipóteses, antes dos dados serem observados, que nós denotaremos por p(h).  Essa distribuição a priori junto com o conhecimento da distribuição de probabilidade dos dados d dada a hipótese h, denotada por p(d|h), capacita-nos obter a distribuição de probabilidade total (marginal) dos dados observados, denotada por p(d).
  • 10. p ( h) p ( d | h ) p(h | d ) = p(d )  Agora estamos em posição de calcular a distribuição condicional da hipótese dados os dados observados: p ( h ) p ( d | h) p(h | d ) = p (d ) que é chamada distribuição a posteriori ou distribuição de incertezas sobre as hipóteses à luz dos dados observados.  A partir de um conhecimento a priori das hipóteses alternativas e dos dados observados, obtemos um conhecimento novo sobre as hipóteses possíveis e a solução de Bayes é, de fato, logicamente sólida.
  • 11. Alguns estatísticos, porém, sentem-se desconfortáveis sobre a introdução de uma distribuição a priori em um problema, a menos que a escolha de tal distribuição seja feita de maneira objetiva – por exemplo, baseada na evidência observacional do passado e não na crença de um indivíduo.  Esforços foram empreendidos pelos fundadores da estatística moderna K. Pearson, R.A. Fisher, J. Neyman, A. Wald, para desenvolver teorias de inferência sem usar distribuições a priori. Esses métodos, porém, apresentam muitas vezes dificuldades lógicas. (Rao, 1996)
  • 12. Do determinismo ao estocástico Por muito tempo acreditou-se que todo evento natural tinha uma característica pré- determinada. Formulação mais extrema disso  idéia de Laplace “existência de um demônio matemático, um espírito dotado de uma capacidade ilimitada de dedução matemática, que seria capaz de prever todos os eventos futuros no mundo, se em um dado momento ele conhecesse todas as magnitudes que caracterizam o estado presente.”
  • 13. A idéia de Laplace mostrou-se incorreta de duas formas. existem dificuldades tanto lógicas, quanto práticas na formulação de leis determinísticas para fenômenos naturais;  é impossível medir o estado verdadeiro de um sistema em qualquer tempo dado.  Na teoria do Caos tal fenômeno é chamado – Efeito Borboleta.
  • 14. CHANCE: inerente na natureza Três grandes desenvolvimentos se deram aproximadamente na mesma época em meados do século XIX em três campos distintos de averiguação. 1) O estatístico social belga Adolphe Quetelet (1796-1874) usou os conceitos de probabilidade ao descrever um fenômeno social e biológico.
  • 15. CHANCE: inerente na natureza 2) O botânico austríaco Gregor Mendel (1822-1884) formulou suas leis de hereditariedade, através de simples mecanismos de chance, como lançar dados.
  • 16. CHANCE: inerente na natureza 3) O físico austríaco Ludwig Boltzmann (1844- 1906) deu uma interpretação estatística para uma das proposições mais fundamentais de física teórica, a segunda lei da termodinâmica. As leis básicas da física foram elas próprias expressas em termos probabilísticos, particularmente no nível microscópico das partículas fundamentais.
  • 17.  o comportamento aleatório é considerado como uma parte indispensável e inerente do funcionamento normal de muitos tipos de coisas.  modelos estocásticos foram construídos para explicar o comportamento de sistemas dados.  Exemplos de tais descrições são: o movimento Browniano, cintilações causadas por radioatividade, o princípio da incerteza de Heisenberg, as distribuições de velocidade de Maxwell de moléculas de massas iguais. Todas eles indicando o caminho para a mecânica quântica.
  • 18. POSSIBILIDADE DE FALHA NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO  Todo conhecimento científico, sendo baseado em evidência que é formalmente incompleta, é somente provável e nunca absolutamente certo.  Todas as predições baseadas em conhecimento científico. Devem, portanto, poder falhar e, de fato, mostrarem-se erradas a longo prazo.  A longa história da filosofia e da ciência é em grande parte a história da emancipação progressiva da mente humana da teoria das verdades auto- evidentes e dos postulados de certeza total com a marca da verdade científica.
  • 19. Em todo o campo da ciência os processos matemáticos dedutivos de inferência absolutamente certa estão sendo substituídos pelos métodos estatísticos de inferência incerta.
  • 20. Exemplos de situações em que se usa Estatística  Mensuração das mudanças no meio-ambiente para avaliar os efeitos do aquecimento global;  Mensuração da poluição do ar para avaliar os efeitos na saúde da população;  Mensuração das mudanças nos padrões populacionais para avaliar que tipos de moradia são necessários e em que localizações;  Análise de experimentos sobre o uso de fertilizantes para maximizar a produção de milho;  Mensuração da eficácia de diferentes medicamentos para encontrar o melhor, e identificar efeitos colaterais;  Cálculo de quão provável duas pessoas têm o mesmo perfil de DNA.
  • 21. Resumindo:  A Estatística utiliza métodos matemáticos para solucionar problemas reais de tomada de decisão quando há incerteza.  Em situações nas quais poderíamos contar unicamente com a sorte, temos um instrumento, que nos possibilita aumentar as chances de tomar a melhor decisão.  Na prática, a Estatística pode ser empregada como ferramenta fundamental em várias outras ciências.