Este documento discute a influência oculta dos espíritos em nossos pensamentos e atos. Explica que espíritos podem sugerir bons ou maus pensamentos, e que cabe a nós discernir entre eles e resistir à influência dos espíritos imperfeitos que nos induzem ao mal. Também diz que praticando o bem e confiando em Deus podemos neutralizar a influência dos espíritos inferiores.

1. Influencia oculta dos Espíritos em nossosInfluencia oculta dos Espíritos em nossos
pensamentos e atospensamentos e atos
Livro dos Espíritos cap. IXLivro dos Espíritos cap. IX
Perg.459 a 472.Perg.459 a 472.

2. O que é um Espírito?O que é um Espírito?
 IndividualidadesIndividualidades
inteligentes,incorpóreas,que povoam ointeligentes,incorpóreas,que povoam o
Universo,criadas por Deus,independenteUniverso,criadas por Deus,independente
da matéria.Prescinde do mundoda matéria.Prescinde do mundo
corporal,agem sobre ele e,corporifica-secorporal,agem sobre ele e,corporifica-se
através da carne,recebematravés da carne,recebem
estímulos,transmitindo impressões,emestímulos,transmitindo impressões,em
intercambio expressivo e contínuo.intercambio expressivo e contínuo.

3.  São de todos os tempos,desde que aSão de todos os tempos,desde que a
criação sendo infinita,semprecriação sendo infinita,sempre
existiram e jamais cessarão.existiram e jamais cessarão.
 Constituem os seres que habitamConstituem os seres que habitam
tudo,no Cosmo,tornando-se uma dastudo,no Cosmo,tornando-se uma das
potencias da Natureza e atuam napotencias da Natureza e atuam na
obra Divina como cooperadores,doobra Divina como cooperadores,do
que resulta a própria evoução eque resulta a própria evoução e
aperfeiçoamento contínuo.aperfeiçoamento contínuo.

4.  Transcende ao entendimento humano oTranscende ao entendimento humano o
mecanismo do seu nascimento emecanismo do seu nascimento e
formação,princípio inteligente que são,aformação,princípio inteligente que são,a
glorificar a Obra de Deus em toda parte.glorificar a Obra de Deus em toda parte.
 Indestrutíveis,jamais terão fim.Indestrutíveis,jamais terão fim.
 Dependendo do grau de seuDependendo do grau de seu
desenvolvimento são imune a aosdesenvolvimento são imune a aos
obstáculos de qualquer naturezaobstáculos de qualquer natureza
material,por dotado de constituiçãomaterial,por dotado de constituição
específica,superior às organizaçõesespecífica,superior às organizações
físicas,podendo ...físicas,podendo ...

5.  Irradiar-se em todas as direções eIrradiar-se em todas as direções e
participam,simultaneamente,departicipam,simultaneamente,de
inúmeros acontecimentos de uma sóinúmeros acontecimentos de uma só
vez,sem qualquer prejuízo para avez,sem qualquer prejuízo para a
própria integridade...própria integridade...

6. Influem os Espíritos em nossosInfluem os Espíritos em nossos
pensamentos e atos?pensamentos e atos?
 ““Muito mais do queMuito mais do que
imaginais.Influem a tal ponto,que, deimaginais.Influem a tal ponto,que, de
ordinário,são eles que vos dirige.”ordinário,são eles que vos dirige.”

7. De par com os pensamentos que nos sãoDe par com os pensamentos que nos são
próprios,outros haverá que nos sejam sugeridos?próprios,outros haverá que nos sejam sugeridos?
Vossa alma é um Espírito queVossa alma é um Espírito que
pensa.Não ignorais que compensa.Não ignorais que com
freqüentemente,muitos pensamentosfreqüentemente,muitos pensamentos
vos acodem a um tempo sobre ovos acodem a um tempo sobre o
mesmo assunto e,não raro,contráriosmesmo assunto e,não raro,contrários
uns dos outros.uns dos outros.
Pois bem!Pois bem!
No conjunto deles,estão sempre deNo conjunto deles,estão sempre de
mistura os vossos com os nossos.mistura os vossos com os nossos.

8.  Daí a incerteza em que vos vedes.Daí a incerteza em que vos vedes.
 É que tendes em vós duas idéias a seÉ que tendes em vós duas idéias a se
combaterem”combaterem”

9. Como havemos de distinguir osComo havemos de distinguir os
pensamentos que nos são próprios dos quepensamentos que nos são próprios dos que
nos são sugeridos?nos são sugeridos?
 ““ Quando um pensamento vos éQuando um pensamento vos é
sugerido,tendes a impressão de quesugerido,tendes a impressão de que
alguém vos fala.alguém vos fala.
 Geralmente,os pensamentos próprios sãoGeralmente,os pensamentos próprios são
os que acodem em primeiro lugaros que acodem em primeiro lugar..

10.  Afinal,não vos é de grande interesseAfinal,não vos é de grande interesse
estabelecer essa distinção.estabelecer essa distinção.
 Muitas vezes,é útil que não saibais fazê-la.Muitas vezes,é útil que não saibais fazê-la.
 Não a fazendo,obra o homem com maisNão a fazendo,obra o homem com mais
liberdade.liberdade.
 Se se decide pelo bem,é voluntariamenteSe se decide pelo bem,é voluntariamente
que o pratica;se toma o mauque o pratica;se toma o mau
caminho,maior será a suacaminho,maior será a sua
responsabilidade.”responsabilidade.”

11. É sempre de dentro de si mesmo que osÉ sempre de dentro de si mesmo que os
homens inteligentes e de gênio tiram suashomens inteligentes e de gênio tiram suas
idéias?idéias?
 ““Algumas vezes,elas lhes vem do seuAlgumas vezes,elas lhes vem do seu
próprio Espírito,porém,de outraspróprio Espírito,porém,de outras
muitas,lhes são sugeridas por Espíritosmuitas,lhes são sugeridas por Espíritos
que os julgam capazes de compreende-lasque os julgam capazes de compreende-las
e dignos de vulgarizá-las.e dignos de vulgarizá-las.
 Quando tais homens não as acham em siQuando tais homens não as acham em si
mesmos,apelam para a inspiraçãomesmos,apelam para a inspiração......

12.  Fazem assim,sem o suspeitarem,umaFazem assim,sem o suspeitarem,uma
verdadeira evocação.”verdadeira evocação.”
 Se for útil que pudéssemos distinguirSe for útil que pudéssemos distinguir
claramente os nossos pensamentosclaramente os nossos pensamentos
próprios dos que nos são sugeridos,Deuspróprios dos que nos são sugeridos,Deus
nos houvera proporcionado os meios denos houvera proporcionado os meios de
conseguirmos,como nos concedeu o deconseguirmos,como nos concedeu o de
diferenciarmos o dia da noite.Quando umadiferenciarmos o dia da noite.Quando uma
coisa se conserva imprecisa,é que convémcoisa se conserva imprecisa,é que convém
assim aconteça.assim aconteça.

13. Diz-se comumente ser sempre bom oDiz-se comumente ser sempre bom o
primeiro impulso.É exato?primeiro impulso.É exato?
 ““ Pode ser bom,ou mau,conforme aPode ser bom,ou mau,conforme a
natureza do Espírito encarnado.natureza do Espírito encarnado.
 É sempre bom naquele que atendeÉ sempre bom naquele que atende
as boas inspirações,”as boas inspirações,”

14. Como distinguir se um pensamentoComo distinguir se um pensamento
sugerido procede de um bom Espírito ou desugerido procede de um bom Espírito ou de
um Espírito mau?um Espírito mau?
 ““ Estudai o caso.Estudai o caso.
 Os bons Espíritos só para o bemOs bons Espíritos só para o bem
aconselham.aconselham.
 Compete-vos discernir”Compete-vos discernir”

15. Com que fim os Espíritos imperfeitos nosCom que fim os Espíritos imperfeitos nos
induzem ao mal?induzem ao mal?
 ““Para que sofrais como eles sofrem.”Para que sofrais como eles sofrem.”
 a)-E isso lhes diminui o sofrimento?a)-E isso lhes diminui o sofrimento?
 ““Não;mas fazem-no por inveja,porNão;mas fazem-no por inveja,por
não poderem suportar que hajanão poderem suportar que haja
seres felizes.”seres felizes.”

16.  b)-De que natureza é o sofrimentob)-De que natureza é o sofrimento
que procuram infligir aos outros?que procuram infligir aos outros?
 ““Os que resultam de ser de ordemOs que resultam de ser de ordem
inferior a criatura e de estar afastadainferior a criatura e de estar afastada
de Deus”de Deus”

17. Por que Deus permite que Espíritos nosPor que Deus permite que Espíritos nos
excitem ao mal?excitem ao mal?
 ““ Os Espíritos imperfeitos sãoOs Espíritos imperfeitos são
instrumentos próprios a por eminstrumentos próprios a por em
prova a fé e a constancia dosprova a fé e a constancia dos
homens na prática do bem.homens na prática do bem.
 Como Espíritos que és,tens queComo Espíritos que és,tens que
progredir na ciência do infinito.progredir na ciência do infinito.

18.  Daí o passares pelas provas doDaí o passares pelas provas do
mal,para chegares ao bem.mal,para chegares ao bem.
 A nossa missão consiste em teA nossa missão consiste em te
colocarmos no bom caminho.Desdecolocarmos no bom caminho.Desde
que sobre ti atuam influencias más,éque sobre ti atuam influencias más,é
que as atrais,desejando oque as atrais,desejando o
mal;porquanto os Espíritos inferioresmal;porquanto os Espíritos inferiores
correm a te auxiliar no mal,logo quecorrem a te auxiliar no mal,logo que
desejes praticá-lo.desejes praticá-lo.

19.  Só quando queiras o mal,podem elesSó quando queiras o mal,podem eles
ajudar-te para prática do mal. Se foresajudar-te para prática do mal. Se fores
propenso ao assassínio,terás em torno depropenso ao assassínio,terás em torno de
ti uma nuvem de Espíritos a teti uma nuvem de Espíritos a te
alimentares no íntimo esse pendor.alimentares no íntimo esse pendor.
 Mas,outros também teMas,outros também te
cercarão,esforçando-se por tecercarão,esforçando-se por te
influenciaram para o bem,o queinfluenciaram para o bem,o que
restabelece o equilíbrio da balança e terestabelece o equilíbrio da balança e te
deixa senhor dos teus atos.deixa senhor dos teus atos.

20.  É assim que Deus confia à nossaÉ assim que Deus confia à nossa
consciência a escolha do caminhoconsciência a escolha do caminho
que devamos seguir e a liberdade deque devamos seguir e a liberdade de
ceder a uma ou outra das influenciasceder a uma ou outra das influencias
contrárias que se exercem sobre nós.contrárias que se exercem sobre nós.

21. Pode o homem eximir-se da influencia dosPode o homem eximir-se da influencia dos
Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
 ““ Pode,visto que tais Espíritos só sePode,visto que tais Espíritos só se
apegam aos que,pelos seusapegam aos que,pelos seus
desejos,os chamam,ou aos que,pelosdesejos,os chamam,ou aos que,pelos
seus pensamentos,os atraem.”seus pensamentos,os atraem.”

22. Renunciam às suas tentativas os EspíritosRenunciam às suas tentativas os Espíritos
cuja influencia a vontade do homem repele?cuja influencia a vontade do homem repele?
 ““Que querias que fizessem?Que querias que fizessem?
 Quando nada conseguem,Quando nada conseguem,
abandonam oabandonam o
campo.Entretanto,ficam à espreitacampo.Entretanto,ficam à espreita
de um momento propício,como ode um momento propício,como o
gato que tocaia o rato.”gato que tocaia o rato.”

23. Por que meio podemos neutralizar aPor que meio podemos neutralizar a
influencia dos Espíritos?influencia dos Espíritos?
 Praticando o bem e pondo em DeusPraticando o bem e pondo em Deus
toda vossa confiança,repelireis atoda vossa confiança,repelireis a
influencia dos Espíritos inferiores einfluencia dos Espíritos inferiores e
aniquilareis o império que desejemaniquilareis o império que desejem
ter sobre vós.ter sobre vós.
 Guardai-vos de atender às sugestõesGuardai-vos de atender às sugestões
dos Espíritos que vos suscitam mausdos Espíritos que vos suscitam maus
pensamentos,que sopram apensamentos,que sopram a
discórdia.discórdia.

24.  Entre vós outros e que vos insuflamEntre vós outros e que vos insuflam
as paixões más.as paixões más.
 Desconfiai especialmente dos queDesconfiai especialmente dos que
vos exaltam o orgulho,pois que essesvos exaltam o orgulho,pois que esses
vos assaltam pelo lado fraco.vos assaltam pelo lado fraco.
 Essa a razão por que Jesus,na oraçãoEssa a razão por que Jesus,na oração
dominical,vos ensinou a dizer:dominical,vos ensinou a dizer:
 SENHOR! Não nos deixe cair emSENHOR! Não nos deixe cair em
tentação,mas livrai-nos do mal.tentação,mas livrai-nos do mal.

25. Os Espíritos,que ao mal procuram induzir-Os Espíritos,que ao mal procuram induzir-
nos e que põem assim em prova a nossanos e que põem assim em prova a nossa
firmeza no bem,firmeza no bem,
Procedem desse modo cumprindoProcedem desse modo cumprindo
missão? E,se assim é,cabe-lhesmissão? E,se assim é,cabe-lhes
alguma responsabilidade?alguma responsabilidade?
 ““ A nenhum Espírito é dada a missãoA nenhum Espírito é dada a missão
de praticar o mal.de praticar o mal.
 Aquele que o faz fá-lo por contaAquele que o faz fá-lo por conta
própria,sujeitando-se,portanto,àsprópria,sujeitando-se,portanto,às
conseqüênciasconseqüências..

26.  Pode Deus permitir-lhe que assimPode Deus permitir-lhe que assim
proceda.para vos experimentar;proceda.para vos experimentar;
nunca, porém,lhe determina talnunca, porém,lhe determina tal
procedimento.procedimento.
 Compete-vos,pois,repeli-lo.Compete-vos,pois,repeli-lo.

27. Quando experimentamos uma sensação deQuando experimentamos uma sensação de
angustia,de ansiedade indefinível,ou deangustia,de ansiedade indefinível,ou de
Íntima satisfação,sem que lhe conheçamos aÍntima satisfação,sem que lhe conheçamos a
causa,devemos atribuí-la unicamente acausa,devemos atribuí-la unicamente a
uma disposição física?uma disposição física?
 ““É quase sempre efeito das comunicaçõesÉ quase sempre efeito das comunicações
em que inconscientemente entrais com osem que inconscientemente entrais com os
Espíritos,ou da que com eles tivestesEspíritos,ou da que com eles tivestes
durante o sono”.durante o sono”.

28. Os Espíritos que procuram atrair-nos para oOs Espíritos que procuram atrair-nos para o
mal se limitam a aproveitar asmal se limitam a aproveitar as
circunstânciascircunstâncias
em que nos achamos,ou podemem que nos achamos,ou podem
também criá-las?também criá-las?
 ““Aproveitam as circunstanciasAproveitam as circunstancias
ocorrentes,mas também costumamocorrentes,mas também costumam
criá-las,impelindo-vos,mau gradocriá-las,impelindo-vos,mau grado
vosso,para aquilo que cobiçais.vosso,para aquilo que cobiçais.
 Assim,por exemplo,encontra umAssim,por exemplo,encontra um
homem,no seu caminho,certahomem,no seu caminho,certa
quantia.quantia.

29.  Não penses tenham sido os Espíritos que aNão penses tenham sido os Espíritos que a
trouxeram para ali.trouxeram para ali.
 Mas,eles podem inspirar ao homem a idéiaMas,eles podem inspirar ao homem a idéia
de tomar aquela direção e seguir-lhede tomar aquela direção e seguir-lhe
depois a de se apoderar da importânciadepois a de se apoderar da importância
achada,enquanto outros lhe sugerem a deachada,enquanto outros lhe sugerem a de
restituir o dinheiro ao seu legítimo dono.Orestituir o dinheiro ao seu legítimo dono.O
mesmo se dá com relação a todas asmesmo se dá com relação a todas as
tentações”.tentações”.

30. Estamos cercados por umaEstamos cercados por uma
multidão de testemunhasmultidão de testemunhas