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Hematologia Clínica
              Faculdade Dom Bosco




                            Visão Geral,
                               Coleta,
                                 Biossegurança
Professor: Vitor Y. Obara
vitorobara@hotmail.com
Hematologia Clínica

Nesta aula veremos:
  O que é Hematologia e para que serve?
  Como coletar amostra para análises hematológicas?
  Quais são as regras de biossegurança para estas
   análises?
1. O que é e para quê serve?




          Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   3
1. O que é e para que serve?


Produção e órgãos de origem:
  Normal (BQ + Histologia + Fisiologia)
  Patológico (Patologia)




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   4
1. O que é e para que serve?




         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   5
2. Venopunção periférica

Fase pré-analítica:
   Indicação do exame;
   Redação da solicitação;
   Transmissão de instruções ao paciente;
   Avaliação das condições prévias do paciente (pc);
   Procedimento de coleta;
   Acondicionamento, preservação e transporte de
    amostra biológica.

          70% ERROS LABORATORIAIS!!!
                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   6
2.1 Procedimentos iniciais pré-
           punção


 Verificar a solicitação do médico;
 Apresentar-se ao paciente;
 Explicar o procedimento será aplicado;
 Fazer assepsia das mãos;
 Identificar a amostra.




                   Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   7
2.2 Escolha do local para
             venopunção
Fossa antecubital;
      Veia cubital mediana (1)
      Veia cefálica (2) (mais propensa a hematomas)


                             2

                                             1
Dorso das mãos
                                                        3
      Arco venodorsal (3)



                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara       8
2.2 Escolha do local para
      venopunção




        Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   9
2.2 Escolha do local para
                venopunção
Evitar:
   Terapias intravenosas;
   Queimaduras;
   Hematoma;
   Veias trombozadas.




                    Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   10
2.3 Técnicas de evidenciação de
             veias
Observação;
Movimentação;
Palpação (dedo indicador);
Garroteamento com torniquete.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   11
2.3.1 Torniquete

Aumento da pressão intravascular: facilita palpação e
  preenchimento dos tubos;


Não exceder 1 minuto (estase localizada, hemoconcentração,
  infiltração sg → tc, hemólise, hematomas, formigamento)




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara       12
2.3.1 Torniquete

Procedimentos:
   Posicionar o braço do pc;
  Posicionar o torniquete (7,5-10cm)
     Não bater com os indicadores;
     Mão do pc fechada;
     Caso haja necessidade de retirar o garrote, esperar 2 min
      para utilizá-lo novamente
     Não apertar intensamente (pulso palpável).




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara            13
2.4 Posição do paciente

Sentado:
  Braço do pc levemente inclinado para baixo,
    estendido, evitando hiperextensão;
  Braço apoiado pelo descanso;
  Cotovelo não pode estar dobrado;




                   Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   14
2.4 Posição do paciente

Leito:
   Braço do pc levemente inclinado para baixo,
     estendido, evitando hiperextensão;
   Travesseiro debaixo do braço;




                    Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   15
2.5 Assepsia e Higienização

Escolha do antisséptico:
   Prevenir a contaminação direta do pc e da amostra;
   Eficaz;
   Ação rápida;
   Baixa causticidade;
   Hipoalergênico na pele e mucosas.
                               ↓
   Álcool Etílico ou Isopropílico a 70% (Redução da
    microbiota residente por até 3 horas)

                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   16
2.5.1 Higienização das mãos

Quando? Em contato com cada paciente.
Com o que? Água e sabão ou álcool gel.
Como?




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   17
2.5.2 Calçar as luvas

Trocar a cada venopunção;
Luvas deves estar bem aderidas a pele.




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   18
2.5.3 Antissepsia do local da
            venopunção
Limpar com antisséptico no local da punção;
Secar a área por, pelo menos, 30s;
Não tocar no local, caso haja necessidade de fazê-lo, limpar
  novamente.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara         19
2.6 Venopunção

Angulação oblíqua de 30º;
Bisel voltado para cima;
Esticar a pele com a outra mão;
Desgarrotear o braço ao perceber que o sangue flui para dentro
  do tubo/seringa;
Pedir para o pc abrir a mão;
Retirar a agulha assim que a coleta estiver concluída.




                           Hemato Clínica - Vitor Y. Obara       20
2.6 Venopunção




30º




         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   21
2.6.1 Pós-Venopunção

Exercer pressão por 1 a 2 min;


Fazer curativo oclusivo;


Orientar o pc para não dobrar o braço, não carregar peso ou
  bolsa no mesmo lado da punção por, pelo menos, 1h.




                           Hemato Clínica - Vitor Y. Obara    22
2.7 Observações

2.7.1 Hemólise;
2.7.2 Sequência dos tubos;
2.7.3 Homogeneização dos tubos




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   23
2.7.1 Hemólise

Boas práticas para evitar hemólise:
   Deixar o álcool secar antes da punção;
   Evitar agulhar de calibre menor;
   Evitar áreas com hematomas;
   Angulação adequada;
   Volume de sangue excessivo ou insuficiente;
   Não agitar vigorosamente;
   Não deixar o sangue em contato direto com o gelo;


                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   24
2.7.1 Hemólise

Boas práticas para evitar hemólise:
   Evitar transferência de um tubo para outro;
   Não centrifugar sem a retração completa do coágulo;
   Não usar freio da centrífuga;
   Tubos com gel separador: centrifugação entre 30
     minutos a 2 horas.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   25
2.7.1 Hemólise

Boas práticas para evitar hemólise:
   Coleta com agulha e seringa:
      Verificar se estão bem encaixadas;
      Não puxar o êmbolo com muita força;
      Descartar a agulha, antes de passar o sangue para os
        tubos;
      Não espetar a agulha em tampa de borracha




                         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara     26
2.7.2 Sequência dos tubos a
               vácuo
Tubos plásticos:
   Hemocultura;
   Citrato (azul-claro);
   Soro (amarelo/vermelho);
   Heparina (verde);
   EDTA (Roxa);
   Fluoreto (cinza).



                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   27
2.7.2 Sequência dos tubos a
               vácuo
Tubos vidro:
   Hemocultura;
   Vidro-siliconizado para soro (vermelho);
   Citrato (Azul-claro);
   Ativador de coagulo para soro (amarela);
   Heparina (Verde);
   EDTA (Roxa);
   Fluoreto (Cinza).


                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   28
2.7.3 Homogeneização dos tubos

Após a coleta TODOS os tubos devem ser homogeneizados;
Não agitar vigorosamente tubos de citrato (azul -claro) → ativação
  plaquetária;
Homogeneização inadequada → microcoágulos;




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara          29
3 Biossegurança (BS)em
laboratórios de Hematologia




         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   30
3.1 O que é?

Vida + Segurança
Conjunto de ações:
   Prevenção, minimização ou eliminação de riscos que
     podem comprometer a saúde do homem, dos
     animais, do meio ambiente ou da qualidade dos
     trabalhos desenvolvidos.
Riscos Físicos, Químicos, Biológicos, Ergonômicos e
  Psicológicos.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   31
3.1 O que é?

                         A g e n te s B io ló g ic o s
                          V IA S D E C O N T A M IN A Ç Ã O

    CUTÂNEA                        D IG E S T IV A              R E S P IR A T Ó R IA

F E R IM E N T O S O U    IN G E S T Ã O D E M A T E R IA L   A S P IR A Ç Ã O D E A R
LESÕ ES N A PELE              O U A L IM E N T A Ç Ã O           C O N T A M IN A D O
                                 C O N T A M IN A D A
3.1 O que é?

Risco Biológico:
   Classe I: Escasso risco;
   Classe II: Risco individual moderado, risco
     comunitário limitado;
   Classe III: Risco individual elevado, risco comunitário
     baixo;
   Classe IV: Elevado risco individual e comunitário.




                     Hemato Clínica - Vitor Y. Obara     33
3.1 O que é?

Nível de contenção:
   Nível 1: Laboratórios de nível básico (Classe I);
   Nível 2: Laboratórios Clínicos ou hospitalares de nível
     primário (Classe II);
   Nível 3: Classe III ou altos volumes de Classe II;
   Nível 4: Barreiras de contenção e procedimentos
     especiais de segurança, Classe IV.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   34
Classes de Risco Biológico

Classe I:
Dificilmente são patogênicos para o homem, animais
ou plantas
Exemplos:
Lactobacillus, Bacillus cereus...
Classes de risco biológico

Classe II:
Moderado risco individual e limitado para a comunidade
São patogênicos para o homem mas,
Medidas terapêuticas e profiláticas eficazes
A maioria dos microorganismos isolados em laboratórios clínicos
de rotina
Exemplos:
E. coli, Pseudomonas spp, Acinetobacter spp, Enterococcus spp,
Micobactérias de cresc. Rápido (MNTCR)
Vírus da dengue, adenovirus, coronavirus
Classes de risco biológico

Classe III:
Muito patogênicos para o homem
Potencialmente letais
Disseminação via respiratória ou desconhecida
Usualmente existe tratamento/prevenção
Risco para comunidade e meio ambiente
Exemplos:
Vírus: Hantavirus (alguns), Flavivírus (febre amarela não vacinal), Influenza
Aviária,
Bactérias: Mycobacterium tuberculosis, Bacillus anthracis, Burkholderia
mallei, Clostridium botulinum...
Classes de risco biológico
Classe IV:
São extremamente patogênicos para o homem e/ou para
animas
Grande poder de transmissão por via respiratória (ou forma
desconhecida);
Alta capacidade de disseminação na comunidade e meio
ambiente
Não há tratamento/profilaxia conhecida
Exemplos:
Vírus:
Filovirus (Marburg, Ebola)
Febres hemorrágicas: Congo, Lassa, Sabia
Vírus da Aftosa
3.1 O que é?

Barreiras Primárias:
   Proteção da equipe e do meio de trabalho contra
     exposição de agentes infecciosos.
Barreiras secundárias:
   Proteção do meio externo contra agentes infecciosos.




                         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   39
3.1 O que é?
Nº de                                         C
Acidentes     A



                            B
                  Anos de Trabalho
  A               Desconhecimento do Risco

      B            Estabilidade

          C               Negligência / Excesso de Confia
3.2 Contribuições Históricas
Séc. IV aC – Grécia antiga: surto de tifo exantemático → médicos
  morriam em número igual ou maior que os habitantes.
1941 – Meyer e Eddie: Manipulação de culturas e inalação de
  poeira contendo cepas de Brucella são eminentemente
  perigosas;
1949 – Sulkin e Pike: manuseio de animais e tecidos
  contaminados como provável fonte de infecção;
1951 – Sulkin e Pike: Casos de brucelose e outras doenças
  associados com uso de pipetas, seringas e agulhas;
1965, 1976 – Casos aumentavam, porém não era transmitido
  para familiares e pessoas pŕoximas;


                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara         41
3.2 Contribuições Históricas

1987: AIDS:
  EUA: Centers for Desease Control and Prevention
   (CDC);
  Adoção pelo Ministério da Saúde (BR);
  Precauções universais;
  Precauções padrão (proteção física de partes do
    corpo);
  Acidente com material biológico.



                   Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   42
3.3 Como trabalhar com BS?

Conhecer vias de transmissão;
Regras básicas de BS;
Higienizar as mãos;
Cuidados pessoais (cabelos, unhas, sapatos, adornos,
  maquiagem, lentes de contato, lesões na pele);
Procedimento padrão: luvas, máscaras, botas, aventais,
  protetores oculares.




                        Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   43
3.3.1 Higienizar as mãos
Por quê?
  Microbiota transitória;
  Microbiota residente;
  Gordura, sujidade, suor e células descamativas;
Quando?
  Manuseio de materiais biológicos;
  Antes e após o término da rotina;
Como?
  Água e sabão;
  Álcool 70% - Glicerina;
  Álcool Gel.        Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   44
3.3.2 Regras de BS



Regra número 1:
  Todo material biológico é POTENCIALMENTE
    CONTAMINANTE!




                  Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   45
3.3.2 Regras de BS
Não comer, beber ou fumar;
Cuidados pessoais;
Usar EPI/EPC;
Usar pipetores;
Cuidado com materiais perfuro-cortantes;
Limpar diariamente a bancada e piso;
Ser responsável pelo lixo gerado.




                       Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   46
3.3.3 Cuidados especiais
Atenção durante os procedimentos;
Jamais utilizar os dedos como anteparo em procedimento com
  perfurocortantes;
Evite reencapar, entornar, quebrar ou retirar a agulha da seringa;
Descartar materiais perfurocortantes, mesmo estéreis, em
  recipiente específico;
Transportar em bandejas/estantes;
Utilizar apenas 2/3 da capacidade interna do recipiente de
  perfurocortantes;




                        Hemato Clínica - Vitor Y. Obara          47
3.3.3 Cuidados especiais
Desinfetar perfurocortantes antes de limpá-los ou manipulá-los;
Envolver o gargalo da ampola com algodão levemente embebido
  em álcool antes de quebrar a ampola;
Nunca realizar sozinho procedimento utilizando perfurocortante
  com paciente agitado;
Sempre utilizar luvas;
Trabalhar com consciência;
Evitar pressa;
Na dúvida, perguntar antes de fazer.




                         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara          48
3.4 Sinais de perigo

“Quando os piratas percorriam os mares em seus galeões,
  desfraldavam bandeira negra com uma caveira sobre duas
  tíbias que simbolizava o perigo que corriam os navios
  mercantes e as cidades litorâneas”




                     Hemato Clínica - Vitor Y. Obara       49
4 Conclusões

Hematologia:
   Estuda o sangue: células e componentes no plasma:
    hemácias, leucócitos, plaquetas, fatores de
    coagulação;
Venopunção periférica:
   Procedimentos para coleta; cuidados para evitar
     hemólise;
Biossegurança:
   O que é e por que se paramentar.


                         Hemato Clínica - Vitor Y. Obara   50
5 Referências

ANDRIOLO, A. Recomendações da Sociedade Brasileira de
  Patologia Clínica e Laboratorial para coleta de sangue
  venoso. 2ed. Barueri: Manole, 2010.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biossegurança em
  Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia. Trad. 3 ed.
  Rev. Brasília: MS, 2006.




                      Hemato Clínica - Vitor Y. Obara       51

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Aula 1 Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1

  • 1. Hematologia Clínica Faculdade Dom Bosco Visão Geral, Coleta, Biossegurança Professor: Vitor Y. Obara vitorobara@hotmail.com
  • 2. Hematologia Clínica Nesta aula veremos: O que é Hematologia e para que serve? Como coletar amostra para análises hematológicas? Quais são as regras de biossegurança para estas análises?
  • 3. 1. O que é e para quê serve? Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 3
  • 4. 1. O que é e para que serve? Produção e órgãos de origem: Normal (BQ + Histologia + Fisiologia) Patológico (Patologia) Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 4
  • 5. 1. O que é e para que serve? Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 5
  • 6. 2. Venopunção periférica Fase pré-analítica: Indicação do exame; Redação da solicitação; Transmissão de instruções ao paciente; Avaliação das condições prévias do paciente (pc); Procedimento de coleta; Acondicionamento, preservação e transporte de amostra biológica. 70% ERROS LABORATORIAIS!!! Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 6
  • 7. 2.1 Procedimentos iniciais pré- punção Verificar a solicitação do médico; Apresentar-se ao paciente; Explicar o procedimento será aplicado; Fazer assepsia das mãos; Identificar a amostra. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 7
  • 8. 2.2 Escolha do local para venopunção Fossa antecubital; Veia cubital mediana (1) Veia cefálica (2) (mais propensa a hematomas) 2 1 Dorso das mãos 3 Arco venodorsal (3) Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 8
  • 9. 2.2 Escolha do local para venopunção Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 9
  • 10. 2.2 Escolha do local para venopunção Evitar: Terapias intravenosas; Queimaduras; Hematoma; Veias trombozadas. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 10
  • 11. 2.3 Técnicas de evidenciação de veias Observação; Movimentação; Palpação (dedo indicador); Garroteamento com torniquete. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 11
  • 12. 2.3.1 Torniquete Aumento da pressão intravascular: facilita palpação e preenchimento dos tubos; Não exceder 1 minuto (estase localizada, hemoconcentração, infiltração sg → tc, hemólise, hematomas, formigamento) Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 12
  • 13. 2.3.1 Torniquete Procedimentos: Posicionar o braço do pc; Posicionar o torniquete (7,5-10cm) Não bater com os indicadores; Mão do pc fechada; Caso haja necessidade de retirar o garrote, esperar 2 min para utilizá-lo novamente Não apertar intensamente (pulso palpável). Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 13
  • 14. 2.4 Posição do paciente Sentado: Braço do pc levemente inclinado para baixo, estendido, evitando hiperextensão; Braço apoiado pelo descanso; Cotovelo não pode estar dobrado; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 14
  • 15. 2.4 Posição do paciente Leito: Braço do pc levemente inclinado para baixo, estendido, evitando hiperextensão; Travesseiro debaixo do braço; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 15
  • 16. 2.5 Assepsia e Higienização Escolha do antisséptico: Prevenir a contaminação direta do pc e da amostra; Eficaz; Ação rápida; Baixa causticidade; Hipoalergênico na pele e mucosas. ↓ Álcool Etílico ou Isopropílico a 70% (Redução da microbiota residente por até 3 horas) Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 16
  • 17. 2.5.1 Higienização das mãos Quando? Em contato com cada paciente. Com o que? Água e sabão ou álcool gel. Como? Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 17
  • 18. 2.5.2 Calçar as luvas Trocar a cada venopunção; Luvas deves estar bem aderidas a pele. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 18
  • 19. 2.5.3 Antissepsia do local da venopunção Limpar com antisséptico no local da punção; Secar a área por, pelo menos, 30s; Não tocar no local, caso haja necessidade de fazê-lo, limpar novamente. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 19
  • 20. 2.6 Venopunção Angulação oblíqua de 30º; Bisel voltado para cima; Esticar a pele com a outra mão; Desgarrotear o braço ao perceber que o sangue flui para dentro do tubo/seringa; Pedir para o pc abrir a mão; Retirar a agulha assim que a coleta estiver concluída. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 20
  • 21. 2.6 Venopunção 30º Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 21
  • 22. 2.6.1 Pós-Venopunção Exercer pressão por 1 a 2 min; Fazer curativo oclusivo; Orientar o pc para não dobrar o braço, não carregar peso ou bolsa no mesmo lado da punção por, pelo menos, 1h. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 22
  • 23. 2.7 Observações 2.7.1 Hemólise; 2.7.2 Sequência dos tubos; 2.7.3 Homogeneização dos tubos Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 23
  • 24. 2.7.1 Hemólise Boas práticas para evitar hemólise: Deixar o álcool secar antes da punção; Evitar agulhar de calibre menor; Evitar áreas com hematomas; Angulação adequada; Volume de sangue excessivo ou insuficiente; Não agitar vigorosamente; Não deixar o sangue em contato direto com o gelo; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 24
  • 25. 2.7.1 Hemólise Boas práticas para evitar hemólise: Evitar transferência de um tubo para outro; Não centrifugar sem a retração completa do coágulo; Não usar freio da centrífuga; Tubos com gel separador: centrifugação entre 30 minutos a 2 horas. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 25
  • 26. 2.7.1 Hemólise Boas práticas para evitar hemólise: Coleta com agulha e seringa: Verificar se estão bem encaixadas; Não puxar o êmbolo com muita força; Descartar a agulha, antes de passar o sangue para os tubos; Não espetar a agulha em tampa de borracha Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 26
  • 27. 2.7.2 Sequência dos tubos a vácuo Tubos plásticos: Hemocultura; Citrato (azul-claro); Soro (amarelo/vermelho); Heparina (verde); EDTA (Roxa); Fluoreto (cinza). Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 27
  • 28. 2.7.2 Sequência dos tubos a vácuo Tubos vidro: Hemocultura; Vidro-siliconizado para soro (vermelho); Citrato (Azul-claro); Ativador de coagulo para soro (amarela); Heparina (Verde); EDTA (Roxa); Fluoreto (Cinza). Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 28
  • 29. 2.7.3 Homogeneização dos tubos Após a coleta TODOS os tubos devem ser homogeneizados; Não agitar vigorosamente tubos de citrato (azul -claro) → ativação plaquetária; Homogeneização inadequada → microcoágulos; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 29
  • 30. 3 Biossegurança (BS)em laboratórios de Hematologia Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 30
  • 31. 3.1 O que é? Vida + Segurança Conjunto de ações: Prevenção, minimização ou eliminação de riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Riscos Físicos, Químicos, Biológicos, Ergonômicos e Psicológicos. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 31
  • 32. 3.1 O que é? A g e n te s B io ló g ic o s V IA S D E C O N T A M IN A Ç Ã O CUTÂNEA D IG E S T IV A R E S P IR A T Ó R IA F E R IM E N T O S O U IN G E S T Ã O D E M A T E R IA L A S P IR A Ç Ã O D E A R LESÕ ES N A PELE O U A L IM E N T A Ç Ã O C O N T A M IN A D O C O N T A M IN A D A
  • 33. 3.1 O que é? Risco Biológico: Classe I: Escasso risco; Classe II: Risco individual moderado, risco comunitário limitado; Classe III: Risco individual elevado, risco comunitário baixo; Classe IV: Elevado risco individual e comunitário. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 33
  • 34. 3.1 O que é? Nível de contenção: Nível 1: Laboratórios de nível básico (Classe I); Nível 2: Laboratórios Clínicos ou hospitalares de nível primário (Classe II); Nível 3: Classe III ou altos volumes de Classe II; Nível 4: Barreiras de contenção e procedimentos especiais de segurança, Classe IV. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 34
  • 35. Classes de Risco Biológico Classe I: Dificilmente são patogênicos para o homem, animais ou plantas Exemplos: Lactobacillus, Bacillus cereus...
  • 36. Classes de risco biológico Classe II: Moderado risco individual e limitado para a comunidade São patogênicos para o homem mas, Medidas terapêuticas e profiláticas eficazes A maioria dos microorganismos isolados em laboratórios clínicos de rotina Exemplos: E. coli, Pseudomonas spp, Acinetobacter spp, Enterococcus spp, Micobactérias de cresc. Rápido (MNTCR) Vírus da dengue, adenovirus, coronavirus
  • 37. Classes de risco biológico Classe III: Muito patogênicos para o homem Potencialmente letais Disseminação via respiratória ou desconhecida Usualmente existe tratamento/prevenção Risco para comunidade e meio ambiente Exemplos: Vírus: Hantavirus (alguns), Flavivírus (febre amarela não vacinal), Influenza Aviária, Bactérias: Mycobacterium tuberculosis, Bacillus anthracis, Burkholderia mallei, Clostridium botulinum...
  • 38. Classes de risco biológico Classe IV: São extremamente patogênicos para o homem e/ou para animas Grande poder de transmissão por via respiratória (ou forma desconhecida); Alta capacidade de disseminação na comunidade e meio ambiente Não há tratamento/profilaxia conhecida Exemplos: Vírus: Filovirus (Marburg, Ebola) Febres hemorrágicas: Congo, Lassa, Sabia Vírus da Aftosa
  • 39. 3.1 O que é? Barreiras Primárias: Proteção da equipe e do meio de trabalho contra exposição de agentes infecciosos. Barreiras secundárias: Proteção do meio externo contra agentes infecciosos. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 39
  • 40. 3.1 O que é? Nº de C Acidentes A B Anos de Trabalho A Desconhecimento do Risco B Estabilidade C Negligência / Excesso de Confia
  • 41. 3.2 Contribuições Históricas Séc. IV aC – Grécia antiga: surto de tifo exantemático → médicos morriam em número igual ou maior que os habitantes. 1941 – Meyer e Eddie: Manipulação de culturas e inalação de poeira contendo cepas de Brucella são eminentemente perigosas; 1949 – Sulkin e Pike: manuseio de animais e tecidos contaminados como provável fonte de infecção; 1951 – Sulkin e Pike: Casos de brucelose e outras doenças associados com uso de pipetas, seringas e agulhas; 1965, 1976 – Casos aumentavam, porém não era transmitido para familiares e pessoas pŕoximas; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 41
  • 42. 3.2 Contribuições Históricas 1987: AIDS: EUA: Centers for Desease Control and Prevention (CDC); Adoção pelo Ministério da Saúde (BR); Precauções universais; Precauções padrão (proteção física de partes do corpo); Acidente com material biológico. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 42
  • 43. 3.3 Como trabalhar com BS? Conhecer vias de transmissão; Regras básicas de BS; Higienizar as mãos; Cuidados pessoais (cabelos, unhas, sapatos, adornos, maquiagem, lentes de contato, lesões na pele); Procedimento padrão: luvas, máscaras, botas, aventais, protetores oculares. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 43
  • 44. 3.3.1 Higienizar as mãos Por quê? Microbiota transitória; Microbiota residente; Gordura, sujidade, suor e células descamativas; Quando? Manuseio de materiais biológicos; Antes e após o término da rotina; Como? Água e sabão; Álcool 70% - Glicerina; Álcool Gel. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 44
  • 45. 3.3.2 Regras de BS Regra número 1: Todo material biológico é POTENCIALMENTE CONTAMINANTE! Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 45
  • 46. 3.3.2 Regras de BS Não comer, beber ou fumar; Cuidados pessoais; Usar EPI/EPC; Usar pipetores; Cuidado com materiais perfuro-cortantes; Limpar diariamente a bancada e piso; Ser responsável pelo lixo gerado. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 46
  • 47. 3.3.3 Cuidados especiais Atenção durante os procedimentos; Jamais utilizar os dedos como anteparo em procedimento com perfurocortantes; Evite reencapar, entornar, quebrar ou retirar a agulha da seringa; Descartar materiais perfurocortantes, mesmo estéreis, em recipiente específico; Transportar em bandejas/estantes; Utilizar apenas 2/3 da capacidade interna do recipiente de perfurocortantes; Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 47
  • 48. 3.3.3 Cuidados especiais Desinfetar perfurocortantes antes de limpá-los ou manipulá-los; Envolver o gargalo da ampola com algodão levemente embebido em álcool antes de quebrar a ampola; Nunca realizar sozinho procedimento utilizando perfurocortante com paciente agitado; Sempre utilizar luvas; Trabalhar com consciência; Evitar pressa; Na dúvida, perguntar antes de fazer. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 48
  • 49. 3.4 Sinais de perigo “Quando os piratas percorriam os mares em seus galeões, desfraldavam bandeira negra com uma caveira sobre duas tíbias que simbolizava o perigo que corriam os navios mercantes e as cidades litorâneas” Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 49
  • 50. 4 Conclusões Hematologia: Estuda o sangue: células e componentes no plasma: hemácias, leucócitos, plaquetas, fatores de coagulação; Venopunção periférica: Procedimentos para coleta; cuidados para evitar hemólise; Biossegurança: O que é e por que se paramentar. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 50
  • 51. 5 Referências ANDRIOLO, A. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Laboratorial para coleta de sangue venoso. 2ed. Barueri: Manole, 2010. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia. Trad. 3 ed. Rev. Brasília: MS, 2006. Hemato Clínica - Vitor Y. Obara 51