SlideShare a Scribd company logo
1 of 44
Poemas  Completos  de Alberto Caeiro Heterônimo de  Fernando Pessoa
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
As Pessoas de Pessoa - Heteronímia Heterônimo ≠ Pseudônimo Multiplicidade de visões de mundo (modernidade) Alberto Caeiro – o homem do campo  O Guardador de Rebanhos O Pastor Amoroso Poemas Inconjuntos Álvaro de Campos -  o engenheiro – Moderno/Revolucionário Poesias Cancioneiro Poemas Franceses Poemas Ingleses Traduções Textos em Prosa Lírico Ricardo Reis – o médico - Clássico Odes  Heterônimos Ficções de Interlúdio Inter-ludus Fernando Pessoa – Literato Mensagem Épico Ortônimo  
[object Object],pólo da + objetividade - sensação pólo da  +  subjetividade  - pensar ALBERTO CAEIRO presente/simplicidade/cultura elementar/campo . RICARDO REIS passado/classicizante/cultura humanística/formal ÁLVARO DE CAMPOS presente/cidade//conflitos modernos, crises
[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
“ Os Amantes”, Magritte
Ideal Poético O essencial é saber ver, Saber ver sem estar a pensar, Saber ver quando se vê, E nem pensar quando se vê, Nem ver quando se pensa. Sensasionismo: FP (1915)  ...nada existe, não existe a realidade, mas apenas sensações. As idéias são sensações, mas de coisas não colocadas no espaço e, por vezes, nem mesmo no tempo. A lógica, o lugar das idéias, é outra espécie de espaço.” Sensacionismo Paganismo absoluto Estilo A poesia descreve o real e o exterior ao homem sensação Tema
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[223] Quem me dera que eu fosse o pó da estrada E que os pés dos pobres me estivessem pisando... Quem me dera que eu fosse os rios que correm E que as lavadeiras estivessem à minha beira... Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio E tivesse só o céu por cima e a água por baixo... Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro E que ele me batesse e me estimasse... Antes isso que ser o que atravesse a vida Olhando para trás de si e tendo pena...
Outras Obras
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Caeiro por exercícios
“ Olá, guardador de rebanhos, Aí à beira da estrada, Que te diz o vento que passa?” “Que é vento, e que passa, E que já passou antes, E que passará depois. E a ti o que te diz?” “Muita cousa mais do que isso. Fala-me de muitas outras cousas. De memórias e de saudades E de cousas que nunca foram.” “Nunca ouviste passar o vento. O vento só fala do vento. O que lhe ouviste foi mentira, E a mentira está em ti.”
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ENEM 2004 Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura...   (Alberto Caeiro) A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma idéia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente a) pelo alcance de cada cultura. b) pela capacidade visual do observador. c) pelo senso de humor de cada um. d) pela idade do observador. e) pela altura do ponto de observação.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
(A traição das Imagens, 1928-1929) Fuvest - adaptado
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
(Fuvest-2006) Noite de S.João para além do muro do meu quintal. Do lado de cá, eu sem noite de S.João Porque há S.João onde o festejam. Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite, Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos. E um grito casual de quem não sabe que eu existo.
Considerando-se este poema no contexto das tendências dominantes da poesia de Caeiro, pode-se afirmar que, neste texto, o afastamento da festa de São João é vivido pelo eu-lírico como a) Oportunidade de manifestar seu desapreço pelas festividades que mesclam indevidamente o sagrado e o profano. b) Ânsia de integração em uma sociedade que o rejeita por causa de sua excentricidade e estranheza. c) Uma ocasião de criticar a persistência de costumes tradicionais, remanescentes no Portugal do Modernismo d) Frustração, uma vez que não experimenta as emoções profundas nem as reflexões filosóficas que tanto aprecia. e) Reconhecimento de que só tem realidade efetiva o que corresponde à experiência dos próprios sentidos. (alternativa E)
Drummond e Caeiro O canto não é a natureza Nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires a poesia das coisas) Elide sujeito e objeto  (“A procura da poesia”) Vomitar esse tédio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema Resolvido, sequer colocado. (...) Uma flor nasceu na rua! (...) É feia. Mas é realmente uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. (“A flor e a náusea”)
Caeiro revisitado: XLVI Deste modo ou daquele modo,  Conforme calha ou não calha,  Podendo às vezes dizer que o que penso, E outras vezes dizendo-o mal e com misturas, Vou escrevendo os meus versos sem querer, Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos, Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse  Como dar-me o sol de fora. Procuro dizer o que sinto Sem pensar em que o sinto. Procuro encostar as palavras à idéia E não precisar dum corredor Do pensamento para as palavras Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.  
Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro, Mas um animal humano que a Natureza produziu. E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um  [homem, Mas como quem sente a Natureza, e mais nada. Escrevo, ora bem, ora mal, Ora acertando com o que quero dizer, ora errando, Caindo aqui, levantando-me acolá, Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso. Ainda assim, sou alguém. Sou o Descobrir da Natureza. Sou o Argonauta das sensações verdadeiras. Trago ao Universo um novo Universo Porque trago ao Universo ele-próprio.
  Isto sinto e isto escrevo Perfeitamente sabedor e sem que não veja Que são cinco horas do amanhecer E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça Por cima do muro do horizonte, Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos Agarrando o cimo do muro Do horizonte cheio de montes baixo in “O Guardador de Rebanhos”  
Caeiro e Bandeira  -  Visão oposta e modificada da natureza   O Cacto Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária: Laocoonte constrangido pelas serpentes, Ugolino e os filhos esfaimados. Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas... Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.   Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. O cacto tombou atravessado na rua, Quebrou os beirais do casario fronteiro, Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças, Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia:   –  Era belo, áspero, intratável.
Laocoonte

More Related Content

What's hot

A nostalgia da infância
A nostalgia da infânciaA nostalgia da infância
A nostalgia da infânciaPaulo Portelada
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMaria Teixiera
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposAline Araújo
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaNao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaJoão Teles
 
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Mariana Domingues
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisDina Baptista
 
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiroTrabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiroMiguelavRodrigues
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Memorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXMemorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXripmitchlucker
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasAna Tapadas
 
Álvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseÁlvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseDina Baptista
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimoDina Baptista
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Camposguest3fc89a1
 
Mensagem: Análise "O Bandarra"
Mensagem: Análise "O Bandarra"Mensagem: Análise "O Bandarra"
Mensagem: Análise "O Bandarra"InsdeCastro7
 

What's hot (20)

A nostalgia da infância
A nostalgia da infânciaA nostalgia da infância
A nostalgia da infância
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de Campos
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poemaNao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
Nao sei quantas almas tenho - Análise ao poema
 
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo Reis
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiroTrabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
A fragmentação do eu
A fragmentação do euA fragmentação do eu
A fragmentação do eu
 
Memorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXMemorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIX
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - Poemas
 
Álvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseÁlvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª Fase
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
 
Mensagem: Análise "O Bandarra"
Mensagem: Análise "O Bandarra"Mensagem: Análise "O Bandarra"
Mensagem: Análise "O Bandarra"
 

Viewers also liked

Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análiseAlberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análiseAnabela Fernandes
 
"Segue o teu destino" - Ricardo Reis
"Segue o teu destino" - Ricardo Reis"Segue o teu destino" - Ricardo Reis
"Segue o teu destino" - Ricardo ReisRazze
 
Ricardo Reis em Fernando
Ricardo Reis em FernandoRicardo Reis em Fernando
Ricardo Reis em Fernandonunesmaril
 
Análise do poema viajar Perder Países
Análise do poema viajar Perder PaísesAnálise do poema viajar Perder Países
Análise do poema viajar Perder PaísesRicardo Santos
 
Fernando Pessoa e seus heterónimos
Fernando Pessoa e seus heterónimosFernando Pessoa e seus heterónimos
Fernando Pessoa e seus heterónimosguest40b640
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoafromgaliza
 

Viewers also liked (8)

Alberto Caeiro
Alberto CaeiroAlberto Caeiro
Alberto Caeiro
 
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análiseAlberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
 
"Segue o teu destino" - Ricardo Reis
"Segue o teu destino" - Ricardo Reis"Segue o teu destino" - Ricardo Reis
"Segue o teu destino" - Ricardo Reis
 
Ricardo Reis em Fernando
Ricardo Reis em FernandoRicardo Reis em Fernando
Ricardo Reis em Fernando
 
Poesia
PoesiaPoesia
Poesia
 
Análise do poema viajar Perder Países
Análise do poema viajar Perder PaísesAnálise do poema viajar Perder Países
Análise do poema viajar Perder Países
 
Fernando Pessoa e seus heterónimos
Fernando Pessoa e seus heterónimosFernando Pessoa e seus heterónimos
Fernando Pessoa e seus heterónimos
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 

Similar to Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoa

trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nono
trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nonotrabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nono
trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nonoMiguelavRodrigues
 
Alberto%20 caeirosíntese
Alberto%20 caeirosínteseAlberto%20 caeirosíntese
Alberto%20 caeirosíntesemenaneto1
 
Fernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosFernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosCustódia Rebocho
 
Poesia Heterônima de Alberto Caiero
 Poesia Heterônima de Alberto Caiero Poesia Heterônima de Alberto Caiero
Poesia Heterônima de Alberto CaieroLindolfo Teixeira
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimosAntónio Fraga
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaLuci Cruz
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaguesta742e2e
 
Simbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireSimbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireDon Veneziani
 
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoaPoesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoama.no.el.ne.ves
 
Fernando Pessoa - O Poeta Enigma
Fernando Pessoa - O Poeta EnigmaFernando Pessoa - O Poeta Enigma
Fernando Pessoa - O Poeta EnigmaFabio Lemes
 
Caminhos modernistas - a geração poética de 30
Caminhos modernistas - a geração poética de 30Caminhos modernistas - a geração poética de 30
Caminhos modernistas - a geração poética de 30Walace Cestari
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxLUCELIOFERREIRADASIL
 
Historia social do classicismo
Historia social do classicismoHistoria social do classicismo
Historia social do classicismoAngela Santos
 

Similar to Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoa (20)

trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nono
trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nonotrabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nono
trabalho: Alberto caeiro poema trigésimo nono
 
Alberto%20 caeirosíntese
Alberto%20 caeirosínteseAlberto%20 caeirosíntese
Alberto%20 caeirosíntese
 
Alberto caeiro
Alberto caeiroAlberto caeiro
Alberto caeiro
 
Alberto caeiro
Alberto caeiroAlberto caeiro
Alberto caeiro
 
Fernando_Pessoa.pdf
Fernando_Pessoa.pdfFernando_Pessoa.pdf
Fernando_Pessoa.pdf
 
Fernando Pessoa - Alberto Caeiro.pptx
Fernando Pessoa - Alberto Caeiro.pptxFernando Pessoa - Alberto Caeiro.pptx
Fernando Pessoa - Alberto Caeiro.pptx
 
Fernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosFernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e Heterónimos
 
Poesia Heterônima de Alberto Caiero
 Poesia Heterônima de Alberto Caiero Poesia Heterônima de Alberto Caiero
Poesia Heterônima de Alberto Caiero
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimos
 
fernando pessoa
 fernando pessoa fernando pessoa
fernando pessoa
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesia
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesia
 
Simbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireSimbolismo e Baudelaire
Simbolismo e Baudelaire
 
Aula cursinho
Aula cursinhoAula cursinho
Aula cursinho
 
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoaPoesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
 
Fernando Pessoa - O Poeta Enigma
Fernando Pessoa - O Poeta EnigmaFernando Pessoa - O Poeta Enigma
Fernando Pessoa - O Poeta Enigma
 
Caminhos modernistas - a geração poética de 30
Caminhos modernistas - a geração poética de 30Caminhos modernistas - a geração poética de 30
Caminhos modernistas - a geração poética de 30
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
 
Historia social do classicismo
Historia social do classicismoHistoria social do classicismo
Historia social do classicismo
 

More from vestibular

Sagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães RosaSagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães Rosavestibular
 
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil VicenteO Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicentevestibular
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencarvestibular
 
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de AlmeidaMemórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeidavestibular
 
Dom Casmurro - Machado de Assis
Dom Casmurro - Machado de AssisDom Casmurro - Machado de Assis
Dom Casmurro - Machado de Assisvestibular
 
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de AndradeA Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andradevestibular
 
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de QueirósA Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirósvestibular
 

More from vestibular (7)

Sagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães RosaSagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães Rosa
 
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil VicenteO Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de AlmeidaMemórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
 
Dom Casmurro - Machado de Assis
Dom Casmurro - Machado de AssisDom Casmurro - Machado de Assis
Dom Casmurro - Machado de Assis
 
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de AndradeA Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade
A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade
 
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de QueirósA Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
 

Recently uploaded

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 

Recently uploaded (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 

Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoa

  • 1. Poemas Completos de Alberto Caeiro Heterônimo de Fernando Pessoa
  • 2.
  • 3.
  • 4. As Pessoas de Pessoa - Heteronímia Heterônimo ≠ Pseudônimo Multiplicidade de visões de mundo (modernidade) Alberto Caeiro – o homem do campo O Guardador de Rebanhos O Pastor Amoroso Poemas Inconjuntos Álvaro de Campos - o engenheiro – Moderno/Revolucionário Poesias Cancioneiro Poemas Franceses Poemas Ingleses Traduções Textos em Prosa Lírico Ricardo Reis – o médico - Clássico Odes Heterônimos Ficções de Interlúdio Inter-ludus Fernando Pessoa – Literato Mensagem Épico Ortônimo  
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 9. Ideal Poético O essencial é saber ver, Saber ver sem estar a pensar, Saber ver quando se vê, E nem pensar quando se vê, Nem ver quando se pensa. Sensasionismo: FP (1915) ...nada existe, não existe a realidade, mas apenas sensações. As idéias são sensações, mas de coisas não colocadas no espaço e, por vezes, nem mesmo no tempo. A lógica, o lugar das idéias, é outra espécie de espaço.” Sensacionismo Paganismo absoluto Estilo A poesia descreve o real e o exterior ao homem sensação Tema
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. [223] Quem me dera que eu fosse o pó da estrada E que os pés dos pobres me estivessem pisando... Quem me dera que eu fosse os rios que correm E que as lavadeiras estivessem à minha beira... Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio E tivesse só o céu por cima e a água por baixo... Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro E que ele me batesse e me estimasse... Antes isso que ser o que atravesse a vida Olhando para trás de si e tendo pena...
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. “ Olá, guardador de rebanhos, Aí à beira da estrada, Que te diz o vento que passa?” “Que é vento, e que passa, E que já passou antes, E que passará depois. E a ti o que te diz?” “Muita cousa mais do que isso. Fala-me de muitas outras cousas. De memórias e de saudades E de cousas que nunca foram.” “Nunca ouviste passar o vento. O vento só fala do vento. O que lhe ouviste foi mentira, E a mentira está em ti.”
  • 27.
  • 28. ENEM 2004 Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro) A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma idéia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente a) pelo alcance de cada cultura. b) pela capacidade visual do observador. c) pelo senso de humor de cada um. d) pela idade do observador. e) pela altura do ponto de observação.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. (A traição das Imagens, 1928-1929) Fuvest - adaptado
  • 35.
  • 36.
  • 37. (Fuvest-2006) Noite de S.João para além do muro do meu quintal. Do lado de cá, eu sem noite de S.João Porque há S.João onde o festejam. Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite, Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos. E um grito casual de quem não sabe que eu existo.
  • 38. Considerando-se este poema no contexto das tendências dominantes da poesia de Caeiro, pode-se afirmar que, neste texto, o afastamento da festa de São João é vivido pelo eu-lírico como a) Oportunidade de manifestar seu desapreço pelas festividades que mesclam indevidamente o sagrado e o profano. b) Ânsia de integração em uma sociedade que o rejeita por causa de sua excentricidade e estranheza. c) Uma ocasião de criticar a persistência de costumes tradicionais, remanescentes no Portugal do Modernismo d) Frustração, uma vez que não experimenta as emoções profundas nem as reflexões filosóficas que tanto aprecia. e) Reconhecimento de que só tem realidade efetiva o que corresponde à experiência dos próprios sentidos. (alternativa E)
  • 39. Drummond e Caeiro O canto não é a natureza Nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires a poesia das coisas) Elide sujeito e objeto (“A procura da poesia”) Vomitar esse tédio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema Resolvido, sequer colocado. (...) Uma flor nasceu na rua! (...) É feia. Mas é realmente uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. (“A flor e a náusea”)
  • 40. Caeiro revisitado: XLVI Deste modo ou daquele modo, Conforme calha ou não calha, Podendo às vezes dizer que o que penso, E outras vezes dizendo-o mal e com misturas, Vou escrevendo os meus versos sem querer, Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos, Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse Como dar-me o sol de fora. Procuro dizer o que sinto Sem pensar em que o sinto. Procuro encostar as palavras à idéia E não precisar dum corredor Do pensamento para as palavras Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.  
  • 41. Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro, Mas um animal humano que a Natureza produziu. E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um [homem, Mas como quem sente a Natureza, e mais nada. Escrevo, ora bem, ora mal, Ora acertando com o que quero dizer, ora errando, Caindo aqui, levantando-me acolá, Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso. Ainda assim, sou alguém. Sou o Descobrir da Natureza. Sou o Argonauta das sensações verdadeiras. Trago ao Universo um novo Universo Porque trago ao Universo ele-próprio.
  • 42.   Isto sinto e isto escrevo Perfeitamente sabedor e sem que não veja Que são cinco horas do amanhecer E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça Por cima do muro do horizonte, Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos Agarrando o cimo do muro Do horizonte cheio de montes baixo in “O Guardador de Rebanhos”  
  • 43. Caeiro e Bandeira - Visão oposta e modificada da natureza   O Cacto Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária: Laocoonte constrangido pelas serpentes, Ugolino e os filhos esfaimados. Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas... Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.   Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. O cacto tombou atravessado na rua, Quebrou os beirais do casario fronteiro, Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças, Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia:   – Era belo, áspero, intratável.