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Por: Vera Capucho
NEPEDH/UFPE
Cuidar e proteger na perspectiva do
direito à memória e à verdade.
O golpe civil militar de 1964
instalou um dos mais longos
governos autoritário do
continente latino-americano.
Nesse período a repressão,
censura e a negação dos direitos
humanos foram marcas da
política de Estado, tendo a
violência sido racionalizada e
convertida em princípio de ação.
Lei 9.140/1995 – Comissão Especial
sobre Mortos e Desaparecidos.
Lei 12.527/2011 – Acesso a
informação
Lei 12.528/2011 – Comissão
Nacional da Verdade
O direito à memória e à verdade é
considerado um direito implícito decorrente
do regime e dos princípios adotados pela
Constituição de 1988.
A dimensão educativa está no princípio
da não-repetição, mecanismo de
inibição, pela valorização da verdade e
da reparação, de novas violações de
direitos humanos.
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais.”
ECA Art. 5º.
O ATO DE CUIDAR DE
TEM COMO PRINCÍPIO A
NECESSIDADE DE
CONHECER
VERDADEIRAMENTE A
QUEM SE CUIDA.
•SABER QUEM SÃO
•SABER UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
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Nome: André
Idade: 3 anos
Mãe: Maria Auxiliadora
Atuação: militante política
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Mãe e filho foram presos e ficaram detidos
por cinco meses junto a ratos enormes e no
meio de muito lixo. Não sendo suficientes
as dores da situação o medo do sequestro
das crianças foi uma presença constante
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Em nosso país crianças
foram vitimas de graves
violações dos direitos
humanos, fotografadas,
fichadas, torturadas e
banidas do país sob
acusação de subversão
pelos órgãos de
repressão.
A violência não se diferenciavam pela
idade, sexo ou situação moral, psíquica ou
física das pessoas, pois a intenção não era
apenas fazê-las sentir dores quase
insuportáveis, mas a destruição moral da
vítima, por meio de uma ruptura dos
limites emocionais que cercavam as
relações efetivas de parentesco.
Os depoimentos foram marcados por
lembranças da prisão, do exílio, do
desamparo, de questionamentos em
relação às suas identidades, de
medo, insegurança, isolamento,
solidão e vazio que, em muitos casos,
são traumas não superados.
Como proteger e cuidar de crianças e
adolescentes vítimas de graves
violações dos direitos humanos?
Como proteger crianças de graves
violações dos direitos humanos?
Os Direitos Humanos
devem ser afirmados e
garantidos por meio de
um esforço conjunto
entre Estado e sociedade
civil com vistas a
formação da cidadania e
transformação de
realidades injustas.
Conhecer a verdade
sobre o legado de
violências e
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direitos humanos e
atuar para que não
se repitam.
Cuidar e
Proteger
Acolher, proteger, reparar e
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e à verdade
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da Ditadura Civil Militar
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30 órgãos públicos com referências a violadores
dos direitos humanos
No período da ditadura teve muita influência no setor
industrial brasileiro, sendo um dos primeiros grandes
empresários a financiar o aparato político-militar
brasileiro, que torturou e matou em São Paulo, por meio
da Operação Bandeirante (OBAN).
Presídio Tiradentes
Com a mudança ocorrida no
país a partir de 1964, o
presídio testemunhou outra
etapa de nossa história,
quando se tornou lugar de
detenção e repressão aos
primeiros opositores do
regime militar.
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Fortalecer a memória de grupos sociais
marcados por violações
Educar a população sobre o ocorrido;
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Cuidar e
Proteger
Acolher, proteger, reparar e
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Cuidar e proteger na perspectiva do direito a memória e a verdade

  • 1. Por: Vera Capucho NEPEDH/UFPE Cuidar e proteger na perspectiva do direito à memória e à verdade.
  • 2. O golpe civil militar de 1964 instalou um dos mais longos governos autoritário do continente latino-americano. Nesse período a repressão, censura e a negação dos direitos humanos foram marcas da política de Estado, tendo a violência sido racionalizada e convertida em princípio de ação.
  • 3. Lei 9.140/1995 – Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos. Lei 12.527/2011 – Acesso a informação Lei 12.528/2011 – Comissão Nacional da Verdade
  • 4. O direito à memória e à verdade é considerado um direito implícito decorrente do regime e dos princípios adotados pela Constituição de 1988. A dimensão educativa está no princípio da não-repetição, mecanismo de inibição, pela valorização da verdade e da reparação, de novas violações de direitos humanos.
  • 5. “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.” ECA Art. 5º.
  • 6. O ATO DE CUIDAR DE TEM COMO PRINCÍPIO A NECESSIDADE DE CONHECER VERDADEIRAMENTE A QUEM SE CUIDA. •SABER QUEM SÃO •SABER UM POUCO DE SUA HISTÓRIA • SABER UM POUCO DE SUAS FAMÍLIAS •SABER SUAS CARACTERÍSTICAS •SABER A FASE DE DESENVOLVIMENTO EM QUE SE ENCONTRA
  • 7. Nome: André Idade: 3 anos Mãe: Maria Auxiliadora Atuação: militante política Histórico: Mãe e filho foram presos e ficaram detidos por cinco meses junto a ratos enormes e no meio de muito lixo. Não sendo suficientes as dores da situação o medo do sequestro das crianças foi uma presença constante naqueles dias de terror.
  • 8. Em nosso país crianças foram vitimas de graves violações dos direitos humanos, fotografadas, fichadas, torturadas e banidas do país sob acusação de subversão pelos órgãos de repressão.
  • 9. A violência não se diferenciavam pela idade, sexo ou situação moral, psíquica ou física das pessoas, pois a intenção não era apenas fazê-las sentir dores quase insuportáveis, mas a destruição moral da vítima, por meio de uma ruptura dos limites emocionais que cercavam as relações efetivas de parentesco. Os depoimentos foram marcados por lembranças da prisão, do exílio, do desamparo, de questionamentos em relação às suas identidades, de medo, insegurança, isolamento, solidão e vazio que, em muitos casos, são traumas não superados.
  • 10. Como proteger e cuidar de crianças e adolescentes vítimas de graves violações dos direitos humanos? Como proteger crianças de graves violações dos direitos humanos?
  • 11. Os Direitos Humanos devem ser afirmados e garantidos por meio de um esforço conjunto entre Estado e sociedade civil com vistas a formação da cidadania e transformação de realidades injustas.
  • 12. Conhecer a verdade sobre o legado de violências e violações dos direitos humanos e atuar para que não se repitam. Cuidar e Proteger Acolher, proteger, reparar e educar com respeito.
  • 13. Direito à memória e à verdade Biografias da resistência Biografia de violadores Identificação dos lugares de memória Identificação de órgãos públicos Mapeamento logradouros Mapeamento de monumentos Formação de professores Formação de educadores sociais
  • 14. 122 Logradouros nomeados em homenagem a mortos e desaparecidos 29 Logradouros nomeados em homenagem a pessoas que supostamente cometeram crimes de lesa humanidade 09 conjuntos arquitetônicos relacionados ao período da Ditadura Civil Militar 72 referências a lugares de memória 30 órgãos públicos com referências a violadores dos direitos humanos
  • 15. No período da ditadura teve muita influência no setor industrial brasileiro, sendo um dos primeiros grandes empresários a financiar o aparato político-militar brasileiro, que torturou e matou em São Paulo, por meio da Operação Bandeirante (OBAN).
  • 16. Presídio Tiradentes Com a mudança ocorrida no país a partir de 1964, o presídio testemunhou outra etapa de nossa história, quando se tornou lugar de detenção e repressão aos primeiros opositores do regime militar.
  • 17. Romper com pactos de silêncio Identificar e punir artífices da violência Promover reparação às vitimas Fortalecer a memória de grupos sociais marcados por violações Educar a população sobre o ocorrido; Construir caminhos para coibir a repetição de violências. Cuidar e Proteger Acolher, proteger, reparar e educar com respeito.
  • 19.
  • 20. Há que cuidar do mundo, defender a verdade, a paz, a justiça. Chavela Vargas

Editor's Notes

  1. Em uma perspectiva que compreende a EDH em sua potencial contribuição para a educação para a cidadania e justiça social, ou seja, como estratégia para a transformação de realidades injustas, se coloca como necessário, segundo Teixeira, aos processos educativos, formais e não formais, valer-se de vestígios memoriais de grupos sociais marcados por violações dos direitos humanos e estabelecer relações entre estas e os problemas locais/atuais da comunidade/nação com vista a firmar a dignidade humana. Tomando esta premissa justificamos a pertinência da realização da presente proposta de pesquisa com base em demandas de três diferentes ordens: legal, social e educacional. Legal Concretizar as prerrogativas postas pela legislação (PNDH3, DNEDH) Social Fazer avançar as demandas por memória, verdade e justiça exigidas por movimentos da sociedade civil organizada. Educacional Promover a formação crítica dos trabalhadores da educação oportunizando um maior conhecimento sobre as violações dos D.H., as estratégias de resistência e a luta em defesa da dignidade humana; Democratizar as relações e espaços educativos; Desenvolver conhecimento para o trato pedagógico com o direito à memória e à verdade; Desconstruir a memória oficial enraizada pelo sistema ditatorial e conservada em contextos educativos;