1. Aorta torácica e seus ramos
Parte II: aneurismas e síndromes
aórticas agudas
29/03/2012
MR3 ROBERTO CORRÊA
2. Aneurisma aórtico
Definição: dilatação localizada permanente da aorta
1,5 vez superior ao diâmetro normal.
Considera-se aneurismática a aorta com diâmetro
superior a 40-50mm (ascendente) e 30-40mm
(descendente).
Causas mais frequentes: HAS e aterosclerose: 80%.
Aneurismas verdadeiros incluem todas camadas da
parede.
Pseudoaneurisma: inflamatório ou traumático.
3. Aneurisma aórtico
A maioria dos aneurismas tem configuração
fusiforme (80%); os demais são saculares;
Classificados quanto à localização e etiologia.
O diagnóstico à angiotomografia é inequívoco,
demonstrado pelo aumento do diâmetro;
Outros achados: trombo, calcificação e ulceração.
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6. Aneurisma aterosclerótico
Representam a maioria dos aneurismas;
Mais comum em homens;
Associado: HAS, DAC, DPOC e ICC;
Tendência a ser fusiforme;
Segmento descendente e infrarrenal;
Concomitância de aneurisma abdominal quando há
aneurisma na descendente: 29%.
7. Aneurisma aterosclerótico
Cerca de 90% dos aneurismas abdominais são
infrarrenais, sendo comum o envolvimento das
ilíacas e hipogástricas;
O envolvimento das ilíacas externas é incomum;
Aneurisma da aorta suprarrenal é incomum.
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11. Aneurisma aterosclerótico
Os aneurismas da aorta torácica e abdominal são
classificados de acordo com a classificação de
Crawford
I – Compromete toda a extensão da aorta torácica
descendente e porção da aorta abdominal
II – Compromete toda a extensão da aorta torácica
descendente e toda a aorta abdominal
III – Compromete a porção média distal da aorta
torácica descendente e segmentos variados ou
toda a aorta abdominal.
IV – Compromete toda ou parte da aorta abdominal.
Não compromete a aorta torácica descendente.
12. • Haaga JR, Dogra VS, Forsting M, et al. TC e RM uma abordagem do corpo humano completa. Editora Mosby-Elsevier, 2009 ..
• Haaga JR, Dogra VS, Forsting M, et al. TC e RM uma abordagem do corpo humano completa. Editora Mosby-Elsevier, 2009
Haaga JR, Dogra VS, Forsting M, et al. TC e RM uma abordagem do corpo humano completa. Editora Mosby-Elsevier, 2009.
13. Pseudoaneurisma pós-traumáticos
Segundo tipo mais comum de aneurismas,
envolvendo a aorta torácica e a principal causa de
aneurismas em jovens.
Configuração sacular;
Resultam de transecção parcial da parede e
apresentam expansão com o tempo;
O istmo aórtico é o principal segmento envolvido
em cerca de 90% dos casos;
Pseudoaneurismas pós-operatórios.
14. RM: T1 com gadolínio.
Pseudoaneurisma crônico
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18. Trauma torácico: coice de um cavalo
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19. História remota de acidente automotor
Haaga JR, Dogra VS, Forsting M, et al. TC e RM uma abordagem do corpo humano completa. Editora Mosby-Elsevier, 2009.
20. Ectasia anuloaórtica
Caracterizada pela dilatação do seio de Valsalva
com distorção da junção sinotubular que assume
configuração em forma de pera;
Causas: MARFAN, homocistinúria, Ehlers-Danlos e
osteogênese imperfeita;
Idiopática em 1/3 dos casos;
21. Ectasia anuloaórtica
Marfan:
•Doença multissistêmica do tecido conjuntivo;
• Afeta igualmente ambos os sexos;
• Manifestações CV, SNC, Pulmonares, etc;
• CV: ectasia anuloaórtica, com ou sem insuficiência
da valva aórtica, dissecção, aneurisma, dilatação da
artéria pulmonar e PVM.
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23. Complicações do aneurisma aórtico
Ruptura é a complicação mais grave;
Taxas de mortalidade entre 70-94%;
Mortalidade no tratamento eletivo: 4%;
Sinais de ruptura: descontinuidade de uma
calcificação circunferencial, presença de crescente
periférico com densidade aumentada, parede
posterior indistinta e extravazamento de meio de
contraste;
24. Complicações do aneurisma aórtico
O sinal do crescente hiperdenso na parede da aorta
representa hematoma agudo com sangue contido
no interior do trombo do aneurisma;
Diagnosticado melhor na fase sem contraste;
Ruptura da aorta: infiltração da gordura
mediastinal, hemomediastino, hemopericárdio ou
hemotórax;
Formação de fístula: 3ª. Porção do duodeno é o
segmento mais afetado (fístula aortoentérica);
25. Sinal do crescente hiperdenso
http://emedicine.medscape.com/article/416776-overview#a20
26. • Haaga JR, Dogra VS, Forsting M, et al. TC e RM uma abordagem do corpo humano completa. Editora Mosby-Elsevier, 2009 .
Ruptura: extravazamento do contraste e hemotórax
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30. Dissecção aórtica
Condição ameaçadora à vida;
Diagnóstico e tratamento imediatos;
Fisiopatologia: laceração da íntima que permite
acesso do sangue à camada média com separação
da camada intimal e adventícia;
HAS é o fator etiológico principal;
Outros fatores: Marfan e Turner, defeitos
congênitos da valva aórtica, coarctação, aneurisma,
aortite, gravidez e uso de cocaína.
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32. Dissecção aórtica
Classificadas em:
•Aguda: dentro de 2 semanas do início dos
sintomas;
• Crônica: após esse prazo;
•Classificação pela localização:
• Stanford A: acomete a aorta ascendente;
• Stanford B: acomete apenas a descendente.
36. Dissecção aórtica
Achados de imagem:
RX tórax:
• Valor limitado: em 50% dos casos está normal;
• Alargamento do mediastino;
• Sinal da calcificação deslocada;
37. Dissecção aórtica
Achados de imagem:
Angiotomografia
• Método de escolha;
• Protocolo:
Fase sem contraste: da croça até a bifurcação: útil
para diagnóstico de hematoma intramural e de
derrames hemorrágicos;
Colimação de 2,5mm.
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40. Dissecção aórtica
Angiotomografia
• Fase com contraste:
Colimação fina: 0,625 a 1,5 mm;
Estuda-se do opérculo torácico até a sínfise púbica;
Delay: usar bolus timing;
41. Dissecção aórtica
Angiotomografia
Diagnóstico: identificação do flap intimal, que se
apresenta como uma fina membrana separando a
luz falsa da verdadeira;
Sensibilidade e especifidade acima de 95% na
detecção do flap intimal;
Após diagnóstico: localizar, definir envolvimento de
ramos aórticos e identificar fatores agravantes
relacionados à própria aorta.
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47. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
48. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
49. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
50. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
51. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
52. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
53. Dissecção aórtica
Tratamento:
Stanford A: cirúrgico
O acometimento da aorta ascendente ocorre em
50-75% das dissecções;
Complicações fatais relacionados à extensão da
dissecção às coronárias, valva aórtica, pericárdio ou
pleura;
Artefatos de movimento na raiz da aorta;
Fase adicional curta com gating cardíaco.
54. Artefato de movimento da aorta
Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
55. Dissecção aórtica
Stanford B
O flap intimal localiza-se após a emergência da
artéria subclávia esquerda;
É importante localizar os sítios de laceração porque
a cirurgia e os procedimentos de colocação de
prótese objetivam a oclusão das lacerações para
induzir a formação de trombo na luz falsa;
56. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
57. Definição da luz
•A luz falsa com frequência tem área transversal
maior devido ao fluxo lento;
• A luz verdadeira encontra-se comprimida em 80%
dos casos;
• A falsa luz tem maior propensão à trombose;
• Quando uma luz envolve a outra, a luz interna
invariavelmente é a verdadeira;
• O fluxo sanguíneo lento leva a retardo na
opacificação da luz falsa.
58. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
59. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
60. Multidetector CT of Aortic Dissection: A Pictorial Review 1. Radiographics march-april, 2010.
62. Úlcera Aterosclerótica Penetrante
Definição: ulceração de uma placa aterosclerótica
erodindo a camada intimal e alcançando a camada
média;
Tipicamente localiza-se no arco aórtico ou na aorta
torácica descendente, podendo estar associada à
quantidade variável de hematoma intramural;
Raramente ocorre na aorta ascendente;
63. Úlcera Aterosclerótica Penetrante
Fase sem contraste: mostra aterosclerose extensa
com hematoma intramural;
Fase contrastada: coleção de contraste fora da luz
da aorta. Podem ser únicas ou múltiplas. Com
frequência associa-se a espessamento da parede da
aorta;
A úlcera pode ser assintomática ou complicar com a
formação de pseudoaneurismas, dissecção ou
ruptura.