O documento discute a fragilidade em idosos, definindo-a como um estado de maior vulnerabilidade e declínio das reservas fisiológicas que levam a mudanças no estado de saúde após eventos estressores. Apresenta as características da fragilidade nos sistemas cerebral, endócrino, imunológico e muscular e métodos para avaliação e intervenções como atividade física e suporte nutricional. Conclui destacando a importância de identificar idosos frágeis para auxiliar na escolha de tratamentos
3. Definição
• Estado de maior vulnerabilidade para uma
pobre recuperação da homeostase após um
evento estressor.
4. Fisiopatologia
• Envelhecimento normal – declínio gradual
das reservas fisiológicas dos diversos sistemas.
Declínio acelerado das reservas
↓
Falha nos mecanismos de homeostase
↓
Mínimo evento estressor
↓
Mudanças significativas no Estado de Saúde
5. Cérebro Frágil
• Dellirium após admissão hospitalar
Frágil x não frágil – OR = 8,5
• Sobrevida após admissão hospitalar
Frágil – 88 dias x Não frágil – 359 dias
• Déficit cognitivo em 12 meses de seguimento
Frágil x Não frágil – HR = 1,63
Perda cognitiva acelerada
6. Sistema Endócrino Frágil
• Envelhecimento – Diminuição da produção
de hormônios:
• GH - ↓ IGF-I
• Estradiol e Testosterona
• DHEA e DHEA-S - ↑ Cortisol
7. Sistema Imunológico Frágil
• Envelhecimento – Diminui a produção de
Linfócitos B e T, diminui a atividade de
Neutrófilos e Macrófagos.
• Falha em situações de estresse.
• Inflamação → anorexia e catabolismo de
tecidos muscular e adiposo →
comprometimento nutricional.
• Resposta de produção de Anticorpos
prejudicada – Vacinas.
8. Sistema Muscular Frágil
• Sarcopenia – perda progressiva de massa e
força muscular.
• Processo de sarcopenia é acelerado pelas
alterações neuronais, endócrinas e
imunológicas do paciente frágil.
• Redução da massa muscular ↔ Perda de
funcionalidade.
10. Fenótipo Frágil
• 3 ou mais – Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 43%
• 1 ou 2 – Pré-frágil -> Mortalidade em 7 anos – 23%
• 0 – Não Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 12%
11. Prevalência
• Revisão sistemática - 61500 idosos
• Prevalência de acordo com o Fenótipo Fragil
– Frágil – 9,9%
– Pré-frágil – 44,2%
• Feminino 9,6% x Masculino 5,2%
• Prevalência aumenta com a idade
–
–
–
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65-69 anos – 4%
70-74 anos – 7%
75-79 anos – 9%
80-84 anos – 16%
>85 anos – 26%
17. Intervenções
• Assistência Geriátrica Multidisciplinar
– Maior incidência de alta hospitalar
– Menor declínio funcional e cognitivo
– Menor mortalidade intra-hospitalar
Se comparada a internações em unidades de
clínica médica geral.
18. Intervenções
• Atividade física
– Aumenta a força muscular
– Melhora mobilidade e funcionalidade
– Duração e frequência incertos
– Aderência é fundamental
– Pequenos ganhos de força muscular refletiram
importantes ganhos funcionais.
20. Intervenções
• Terapia Farmacológica
– IECA - Melhora a estrutura e bioquímica da
musculatura esquelética, diminuindo assim o declínio
da força muscular em idosos, melhorando a
capacidade de exercício e qualidade de vida.
– Testosterona – Aumento da massa muscular, porém
com efeitos adversos cardiovasculares.
– IGF-I – Não há comprovação de que aumente a
massa muscular.
– Vitamina D – Melhora da função neuromuscular,
porém ainda controverso.
FUTURAS PESQUISAS!!!
21. Conclusão
• Importância de identificar a população de
idosos frágeis:
– Auxiliar na ESCOLHA de procedimentos e
tratamentos que serão ofertados aos pacientes,
pesando sempre os riscos e os benefícios.
– O menos é mais!
• Necessidade de um método simples e
confiável de detecção e graduação da
fragilidade.