2. A economia açucareira
Quando o rei de Portugal, Dom João III, decidiu colonizar o Brasil, teve de enfrentar três
problemas:
1. Escolher um produto
2. Conseguir dinheiro
3. Mão de obra
3. 1. Escolher um produto
O produto escolhido foi o açúcar de cana. Havia três boas razões para essa escolha:
• O açúcar alcançava altos preços na Europa;
• O solo e o clima do litoral nordestino eram favoráveis ao cultivo de cana;
• Os portugueses já haviam produzido açúcar nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo
Verde;
4. 2. Conseguir dinheiro
O dinheiro aplicado nos
primeiros engenhos foi
emprestado por banqueiros
holandeses e italianos.
Mas, algum tempo depois, os
senhores de engenho produziam
açúcar com capitais próprios.
5. 3. Mão de obra
Inicialmente utilizou-se a mão de
obra indígena. Os índios eram
capturados e postos a trabalhar.
Mais tarde, no início do século XVII
(17), o uso da mão de obra indígena
entrou em declínio e a mão de obra
predominante passou a ser a do escravo
africano.
6. O Engenho
Na época em que o Brasil era uma colônia, o açúcar era
produzido em engenhos. No começo, engenho era o
nome dado ao equipamento usado na fabricação do
açúcar. Com o tempo, passou a significar um conjunto
que incluía o canavial, a casa de engenho (onde se
produzia o açúcar, a roça (onde se plantavam os
alimentos), a casa-grande (habitação do senhor do
engenho), a senzala (moradia dos escravos), a capela
(onde se realizavam batizados, missas, etc.) e a moradia
dos trabalhadores livres.
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9. A Sociedade Colonial Açucareira
Senhores de Engenho
Livres e Brancos
Indivíduos livres Técnicos e artesãos (brancos, mestiços, negros)
Escravos Quase sempre africanos
11. Os Senhores de Engenho
Os senhores de engenho formavam o grupo dominante
na sociedade açucareira. Eles eram os donos das
terras, das máquinas e até mesmo dos homens, ou
seja, eram donos daquilo que na época significava
riqueza e prestígio.
12. A Casa-grande, moradia do senhor do engenho
“[...] possuía paredes grossas de pedra e cal cobertas de telha, alpendre na
frente e dos lados, telhados caídos num máximo de proteção contra o sol
forte e as chuvas tropicais [...] várias salas, quartos, corredores, duas
cozinhas, despensa, capela.” (Casa-grande e Senzala, Gilberto Freyre)
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14. Os Escravos
Grande parte da população colonial era
formada por africanos escravizados.
Do trabalho deles dependia o
funcionamento da economia colonial:
• A lavoura;
• A pecuária;
• A coleta;
• A pesca;
• O transporte de mercadorias, etc
Tudo isso e mais algumas coisas eram
feitas pelos escravos. Eles eram “as mãos
e os pés” do Senhor de Engenho.
15. Senzala
O lugar de moradia dos
escravizados chamava-se senzala.
Senzala é uma palavra de origem
banto que significa “povoado” ou
“comunidade”.
As senzalas eram feitas de pau a
pique e cobertas de sapé.
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17. Os escravizados eram obrigados a
trabalhar.
Se um escravo se recusasse a
trabalhar ou fosse pego fugindo,
receberia castigos físicos.
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20. Os Assalariados
Muitos engenhos empregavam trabalhadores assalariados
Ofício O que fazia o trabalhador
Feitor-mor Administrava o engenho.
Mestre de açúcar Controlava o trabalho de fabricação do
açúcar.
Purgador Trabalhava na purificação do açúcar.
Caldeireiro Trabalhava nas caldeiras.
Oficial de açúcar Auxiliava o mestre de açúcar.
Feitor de campo Vigiava e castigava os escravos.