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O CAOS DE SANTO AGOSTINHO
1. CAOS DE SANTO AGOSTINHO
O SEU MANUAL PRÁTICO DE SOBREVIVÊNCIA EM NOSSA CIDADE
Em tempos de crescimento,
Com mazelas a crescer,
Até o desenvolvimento,
Um dia aparecer,
Se livre de tormentos,
Sabendo se defender.
Em cordel um manual,
Pra sua sobrevivência,
Prático e funcional,
Serve na emergência,
Ou a qualquer sinal,
De sua impaciência.
Cedinho ao levantar,
Sugiro vá rezando,
E se tiver patuá,
Pense já ir usando,
Antes que stress não vá,
Logo se manifestando.
Comece com nova meta,
No quesito locomoção.
Aconselho bicicleta,
Ao invés do buzão,
Nem carro, motocicleta,
Conseguem circulação.
Plano Saúde não tem?
Dera não fique doente,
A pública não convém,
Nem pro povo carente,
Benzedeira é, porém,
A saída mais frequente
Mas se preciso for,
O serviço municipal,
Faça com muito amor,
A doação habitual,
Da seringa ao Anador,
E do soro tradicional.
O índice educacional,
No IDEPE recente,
Foi morte vital,
No sonho da gente.
Vergonhoso e imoral,
Vexatório, indecente.
Fachada que só enrola,
Modelo enganador,
É seu filho na escola,
Que falta professor,
Às vezes até a bola,
2. Merenda, computador.
Telecurso 2º grau,
É a única solução,
Nem o antigo Mobral,
Tinha essa embromação.
O ensino caminha mal,
Sem rumo nem direção.
Quando praias frequentar,
Banho de cloro faz bem,
Sujeira por todo lugar,
Até nas ondas, vão e vem,
E quando for mergulhar,
Reze forte e diga: Amém!
Mostre foto ou tela,
Vídeo ou cartão,
Mas evite a mazela,
Pro turista na região.
Nazaré virou favela,
E o Parque invasão.
Em pesquisa nacional,
Por em favela falar,
De povo morando mal,
Somos o quinto lugar,
E no ranking estadual,
O primeiro a liderar.
AS 100 MAIS DO BRASIL,
É outra posição,
De cidade que viu,
AIDS em evolução,
E o Ministro sugeriu:
Cobrem mais da gestão.
Kit sobrevivência,
Se Mercadão visitar:
Além da paciência,
Leve botas para usar,
Penico pra emergência,
E lenço para cheirar.
Poluição sonora?
Ioga e meditação.
Se a paz for embora?
Leitura ou televisão.
Mas se a coisa piora,
Delegacia de Plantão!
Um surto fatal,
De dengue rondando,
É o Governo Federal,
De novo alertando,
E um alerta geral,
Vamos anunciando.
3. Ainda desempregado?
Que tal carrocinha?
É o Governo empenhado
Em dá uma forcinha.
Povo não qualificado:
É camelô ou flanelinha.
Pros bancos nas filas,
Sugiro a sacada:
Com pão na mochila,
Chegue de madrugada,
Chazinho de camomila,
E banquinho na calçada.
Capacete com lanterna,
Eis a luz, a solução,
Pra livra-se da baderna,
Do medo, da prostituição,
Na Cidade Caverna,
Do breu, da escuridão.
Se a cultura de massa,
Insiste te perseguir,
Não espere na praça,
Nossa arte surgir,
Pois o que surge ameaça,
O restinho extinguir.
28ª do país,
No mapa da violência.
O Brasil é quem diz,
E faz advertência:
O Cabo virou chamariz,
E entrou na decadência.
Se assalto sofrer,
Por favor, não grita!
Desconto pode ter,
Sendo vítima favorita.
Daí ser bom oferecer,
Seu cartão de visita.
Brincadeira o gesto,
Desse manual?
Apenas um protesto,
Com o descaso geral.
Que deixa indigesto,
Nosso Cabo atual.
A cidade arrecada,
600 milhões.
É por que bagunçada?
Pergunte aos Vilões!
Que vão pra caçada,
Nas próximas eleições.
• IDEPE – Índice de Desenvolvimento Educacional de Pernambuco
4. Jairo Lima – membro da Academia Cabense de Letras