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Mercados de Concorrência perfeita

A concorrência perfeita verifica-se sempre que nenhum produtor pode
influenciar o preço de mercado. Cada produtor comporta-se como um
“tomador do preço”, no sentido de que deve vender ao nível de preço que
se regista no mercado. Portanto, um concorrente não tem justificação
para cortar no preço de mercado. Além disso, não aumentará o seu preço
acima do preço e mercado, pois então a empresa não venderia nada – os
consumidores prefeririam comprar mais barato aos seus concorrentes.

A concorrência perfeita verifica-se sempre que existe um número
significativo de pequenas empresas, cada uma delas oferecendo um
produto idêntico e sem dimensão suficientemente grande de forma a ter
capacidade de influenciar o preço de mercado. E concorrência perfeita,
cada produtor defronta-se com uma curva da procura perfeitamente
horizontal.
Mercados de Concorrência Imperfeita

A concorrência perfeita é o ideal da economia dos nossos dias: muito
procurada, raramente encontrada. Quando o consumidor compra um
automóvel Ford ou Toyota, hambúrgueres da McDonald’s ou da Burger
King, computadores da IBM ou da Apple, está a lidar com empresas
suficientemente grandes para influenciarem o preço de mercado. De
facto, na economia, a maioria dos mercados é dominada por uma mão
cheia de grandes empresas.




Monopólio

Até que nível de imperfeição pode a concorrência imperfeita chegar? O
caso extremo é o monopólio: um único vendedor com o controlo total
sobre um ramo de actividade (que é designado por “monopolista”, a partir
do grego, mono “um” e polist, “vendedor”). É ele o único produtor na sua
indústria, não existindo qualquer indústria que produza um bem
sucedâneo aproximado do seu produto.

Hoje em dia, os verdadeiros monopólios são raros e apenas surgem
porque existem barreiras de acesso ao mercado. De facto, existem apenas
devido alguma de forma de protecção governamental, que resulta na
formação de um monopólio artificial ou monopólio legal; ou devido ao
aproveitamento de economias de escala, que resultam na formação de
um monopólio natural.

Oligopólio

O termo oligopólio significa “pouco vendedores”. Poucos, neste contexto,
podem ser 2, 5 ou 10 empresas. O aspecto importante do oligopólio é o de
que cada empresa, individualmente, pode influenciar o preço de mercado.
Os oligopolistas pertencem a duas categorias.

Em primeiro lugar, um oligopolista pode ser um dos pouco produtores que
produzem um bem idêntico (ou quase). Assim, se o aço de A, que abastece
a área de Nova Iorque, é muito semelhante ao de B, então, a redução dos
preços de B fará com que os consumidores abandonem A e passem a
comprar B. Nem A nem B poderão chamar-se monopolistas. Contudo, se o
número de vendedores for pequeno, cada um deles pode ter um efeito
considerável sobre o preço de mercado.



Concorrência Monopolística

No outro extremo do espectro dos oligopólios de conluio está a
concorrência monopolística. A concorrência monopolística assemelha-se
concorrência perfeita em três aspectos: há muitos compradores e
vendedores; são fáceis a saída e a entrada no mercado, e as empresas
consideram garantidos os preços das outras empresas. A distinção é que
em concorrência perfeita os produtos são iguais, enquanto que na
concorrência monopolística os produtos são diferenciados.

A concorrência monopolística é muito comum – pesquise nas prateleiras
dos supermercados, e verá uma estonteante variedade de diferentes
marcas de cereais para pequeno-almoço, champô e alimentos congelados.

Para a nossa análise o ponto importante é que a diferenciação do produto
significa que cada vendedor tem alguma liberdade para aumentar ou
baixar os preços, mais do que num mercado perfeitamente concorrencial.
A diferenciação do produto leva a uma inclinação negativa na curva da
procura de cada vendedor.
O modelo de concorrência monopolística proporciona um importante
esclarecimento: nos ramos de actividade de concorrência imperfeita, a
taxa de lucro será nula, no longo prazo, à medida que as empresas
entrarem com novos produtos diferenciados.

Esta análise tem um bom exemplo na indústria de computadores pessoais.
A princípio, alguns fabricantes de computadores, como a Apple e a
Compaq, realizaram lucros elevados. Mas verificou-se que a indústria de
computadores pessoais tinha fracas barreiras à entrada e numerosas
pequenas empresas entraram no mercado. Actualmente, há dezenas de
empresas, cada uma com uma pequena quota de mercado de
computadores, mas sem lucros que recompensem o seu esforço.

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Mercados de concorrência perfeita 1

  • 1. Mercados de Concorrência perfeita A concorrência perfeita verifica-se sempre que nenhum produtor pode influenciar o preço de mercado. Cada produtor comporta-se como um “tomador do preço”, no sentido de que deve vender ao nível de preço que se regista no mercado. Portanto, um concorrente não tem justificação para cortar no preço de mercado. Além disso, não aumentará o seu preço acima do preço e mercado, pois então a empresa não venderia nada – os consumidores prefeririam comprar mais barato aos seus concorrentes. A concorrência perfeita verifica-se sempre que existe um número significativo de pequenas empresas, cada uma delas oferecendo um produto idêntico e sem dimensão suficientemente grande de forma a ter capacidade de influenciar o preço de mercado. E concorrência perfeita, cada produtor defronta-se com uma curva da procura perfeitamente horizontal.
  • 2. Mercados de Concorrência Imperfeita A concorrência perfeita é o ideal da economia dos nossos dias: muito procurada, raramente encontrada. Quando o consumidor compra um automóvel Ford ou Toyota, hambúrgueres da McDonald’s ou da Burger King, computadores da IBM ou da Apple, está a lidar com empresas suficientemente grandes para influenciarem o preço de mercado. De facto, na economia, a maioria dos mercados é dominada por uma mão cheia de grandes empresas. Monopólio Até que nível de imperfeição pode a concorrência imperfeita chegar? O caso extremo é o monopólio: um único vendedor com o controlo total sobre um ramo de actividade (que é designado por “monopolista”, a partir do grego, mono “um” e polist, “vendedor”). É ele o único produtor na sua indústria, não existindo qualquer indústria que produza um bem sucedâneo aproximado do seu produto. Hoje em dia, os verdadeiros monopólios são raros e apenas surgem porque existem barreiras de acesso ao mercado. De facto, existem apenas devido alguma de forma de protecção governamental, que resulta na formação de um monopólio artificial ou monopólio legal; ou devido ao
  • 3. aproveitamento de economias de escala, que resultam na formação de um monopólio natural. Oligopólio O termo oligopólio significa “pouco vendedores”. Poucos, neste contexto, podem ser 2, 5 ou 10 empresas. O aspecto importante do oligopólio é o de que cada empresa, individualmente, pode influenciar o preço de mercado. Os oligopolistas pertencem a duas categorias. Em primeiro lugar, um oligopolista pode ser um dos pouco produtores que produzem um bem idêntico (ou quase). Assim, se o aço de A, que abastece a área de Nova Iorque, é muito semelhante ao de B, então, a redução dos preços de B fará com que os consumidores abandonem A e passem a comprar B. Nem A nem B poderão chamar-se monopolistas. Contudo, se o número de vendedores for pequeno, cada um deles pode ter um efeito considerável sobre o preço de mercado. Concorrência Monopolística No outro extremo do espectro dos oligopólios de conluio está a concorrência monopolística. A concorrência monopolística assemelha-se concorrência perfeita em três aspectos: há muitos compradores e vendedores; são fáceis a saída e a entrada no mercado, e as empresas consideram garantidos os preços das outras empresas. A distinção é que em concorrência perfeita os produtos são iguais, enquanto que na concorrência monopolística os produtos são diferenciados. A concorrência monopolística é muito comum – pesquise nas prateleiras dos supermercados, e verá uma estonteante variedade de diferentes marcas de cereais para pequeno-almoço, champô e alimentos congelados. Para a nossa análise o ponto importante é que a diferenciação do produto significa que cada vendedor tem alguma liberdade para aumentar ou baixar os preços, mais do que num mercado perfeitamente concorrencial. A diferenciação do produto leva a uma inclinação negativa na curva da procura de cada vendedor.
  • 4. O modelo de concorrência monopolística proporciona um importante esclarecimento: nos ramos de actividade de concorrência imperfeita, a taxa de lucro será nula, no longo prazo, à medida que as empresas entrarem com novos produtos diferenciados. Esta análise tem um bom exemplo na indústria de computadores pessoais. A princípio, alguns fabricantes de computadores, como a Apple e a Compaq, realizaram lucros elevados. Mas verificou-se que a indústria de computadores pessoais tinha fracas barreiras à entrada e numerosas pequenas empresas entraram no mercado. Actualmente, há dezenas de empresas, cada uma com uma pequena quota de mercado de computadores, mas sem lucros que recompensem o seu esforço.