1. Escola secundária de São João da Talha
Sociologia | 2016/2017
O Consumo e o Ambiente
Professora: Leonor Alves
Trabalho realizado por:
Carolina Pereira. Nº5 | 12º C
2. Esquema síntese do trabalho
Conceitos fundamentais :
• Consumo
• Sociedade de consuno
• Padrões de consumo
• Hábtos de consumo
• Estilo s de vida
• Ambiente
Objetivos e aprendizagem:
• Definirestilode vida
• Identificarnovosestilosde vida
• Justificaratendênciaparaa
uniformizaçãodospadrõesde consumoa
nível mundal
• Relacionaraglobalizaçãocomosnovos
estilosde vida
• Consequências:Riscose incertezas
3. Consumo global
Consumo, segundo o antropólogo argentino Nestor Canclini, pode ser definido como o
conjunto de processos socioculturais nos quais se realizam a apropriação e os usos dos
produtos para atender às necessidades de sobrevivência humana.
As fronteiras nacionais diluíram-se, as distâncias encurtaram, a velocidade da
comunicação acelerou, as pessoas circulampor diferentes países, os bens de consumo
tendem a universalizar-se e os estilos de vida transformaram-se.
A atividade de consumir passou a ser o ponto central da existência humana quando a
capacidade de 'querer', 'desejar', 'ansiar por' e, particularmente, de experimentar tais
emoções repetidas vezes passaram a sustentar a economia mundial.
"Era uma vez um Homem que vivia na Raridade. Depois de muitas
aventuras e de um longa viagematravés da Ciência Económica, encontrou
a Sociedade de Abundância. Casaram-se e tivera muitas necessidades" -
Jean Baudrillard
4. Sociedade de consumo
Sociedade de consumoé umtermoutilizado
para designarotipode sociedade que se
encontranuma avançadaetapa de
desenvolvimentoindustrial capitalistae que se
caracterizapeloconsumomassivode bense
serviçosdisponíveis,graçasaelevada
produção.
Na sociedade de consumoasopçõesde
aquisiçãodosbensjánão estãodeterminadas
pelasatisfaçãode necessidadesbásicas,mas
principalmente peloseusignificadosimbólicoe prazer.
Em virtude dosfactos,do pontode vistaantropológico,entende-seque esse exagero
característico dassociedadesde consumosãoprovenientesde fatoressociaise principalmente
culturais.Contudo,fatoreshistóricosnãopodemserdescartados,umavezque mudançasnos
modosde produção a partirde uma revoluçãoindustrial,porexemplo,aumentaramosníveis
de produção,juntoaos fatoressociais.
Algumas características da sociedade de consumo:
Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando as empresas a
recorrerem a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o
consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de
fábrica baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de
obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos
produtos e serviços.
Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as
características de consumo de massas.
O consumo de alguns produtos como forma de integração social.
Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo,
descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional). Muitas vezes até para
suprir faltas e vazios da sociedade de consumo.
5. Críticas positivas:
Para alguns defensores, a sociedade deconsumo éconsequência do alto
desenvolvimento quechegou a determinadas sociedades esemanifesta no
incremento da renda nacional. Por sua vez, possibilita queum número cada vez
maior depessoas adquiram bens cada vez mais diversificados; desta forma,
facilitando o acesso a uma maior quantidadeequalidadedeprodutos por uma
partemaior da sociedade, produzindo uma maior igualdadesocial.
Críticas negativas:
Uma das críticas mais comuns sobre a sociedade de consumo é a que afirma se tratar
de um tipo de sociedade que se "rendeu" frente as forças do sistema capitalista e que,
portanto, seus critérios e bases culturais estão submetidos as criações postas ao
alcance do consumidor.
Neste sentido, os consumidores finais perderiam as características de indivíduos e
passariama ser considerados uma massa de consumidores que se pode influir através
de técnicas de marketing, inclusive chegando a criação de "falsas necessidades" entre
eles.
Do ponto de vista ambiental, a sociedade de consumo se vê como insustentável, posto
que implica um constante aumento da extração de recursos naturais, e do despejo de
resíduos, até o ponto de ameaçar a capacidade de regeneração da natureza desses
mesmos recursos imprescindíveis para a sobrevivência humana.
6. Estilos de vida
Estilo de vida é uma expressão moderna que se refere à estratificação da sociedade
por meio de aspectos comportamentais, expressos geralmente sob a forma de padrões
de consumo, rotinas, hábitos ou uma forma de vida adaptada ao dia a dia. Sua
determinação não foge às regras da formação e diferenciação das culturas: a
adaptação ao meio ambiente e aos outros seres humanos. É a forma pela qual uma
pessoa ou um grupo de pessoas vivencia o mundo e, em consequência, se comporta e
faz escolhas.
Práticas quotidianas e formas de consumo que envolvem escolhas particulares e
identitárias em domínios tão díspares como a habitação, a alimentação, o vestuário, a
aparência, os hábitos de trabalho, o lazer, a religião, a arte, a organização do espaço e
do tempo ou o convívio com os outros atores sociais.
Com a evolução dos tempos, as pessoas consomem mais produtos e mudam os seus
estilos de vida. Existindo então novos e diferenciados modelos.
7. Ambiente
A preocupação da Sociologia com a temática ambiental coincidiu com o fortalecimento
dos movimentos de protesto contra a degradação dos recursos naturais e com a
constatação científica de que o desenvolvimento económico capitalista está associado
à utilização de tecnologias ambientalmente predatórias.
Modernização, transformação social e meio ambiente:
O processo de modernização envolve aspetos económicos, políticos e sociais;
está presente na noção atual de indivíduo, na ideia de racionalização em
substituição às crenças religiosas, na burocratização das instituições em
substituição à organização afetiva tradicional
A crítica aos efeitos de desagregação social do capitalismo também considerou
os seus impactos sobre o meio ambiente
A escassez de água e de comida que ainda persiste em diferentes partes do
mundo é consequência do consumismo e do materialismo da cultura ocidental.
De acordo com Shiva, as grandes corporações, na busca incessante de lucros,
aprofundam as crises ambientais.
8. Riscos e incertezas
Muitas das mudanças originadas no processo de globalização
levaram a novas formas de risco.
Riscos Externos:
Até uma época muito recente as sociedades humanas estavam
sob ameaça de riscos externos, isto é, que têm origem no mundo
natural e não estão relacionados com
a acção do homem:
o Perigos que advêm das secas
o Terramotos
o Tempestades
o Fome
Riscos Manufacturados:
Riscos que resultam do impacto da acção do nosso saber e da
tecnologia sobre o mundo natural.
Hoje em dia somos cada vez mais confrontados com este tipo de
riscos manufacturados que são um produto da acção do homem
sobre a natureza.
o Riscos Ambientais
o Riscos de Saúde
o etc.
9. Riscos Ambientais (causas):
o Urbanização
o Produção industrial
o Poluição
o Construção de represas e barragens hidroeléctricas
o Projectos agrícolas em
larga escala
o Programas de energia
nuclear...
o Destruição ambiental
o Aquecimento global
o Efeito de estufa
o Calotes polares derretem
o Subida do nível médio das
águas do mar
o Cheias
o Pragas de insectos (por ex. gafanhotos)...
Riscos de Saúde (causas):
o Industrialização
o Uso de pesticidas químicos e herbicidas e fertilizantes
artificiais na agricultura moderna
o Uso de hormonas e antibióticos em muitas espécies
animais, destinadas ao consumo humano
o Alimentos transgénicos
o Conduziram a novos problemas para a saúde que têm vindo
a agravar-se
Podemos concluir que, de facto, vivemos atualmente
numa "Sociedade de Risco Global"