SlideShare a Scribd company logo
1 of 8
Download to read offline
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
n. 1

Fev 2014

EDITORIAL

MORTALIDADE INFANTIL

Na primeira edição do ano, este
Boletim destaca a mortalidade
infantil em Florianópolis. Embora
tenha conquistado há anos a menor
taxa de mortalidade infantil entre
as capitais do país, a estabilização
dos últimos anos deixava claro que
tínhamos que avançar. Supreendentemente, a taxa de mortalidade
infantil de 2013 teve uma queda
significativa em relação aos anos
anteriores. Embora este fenômeno
ainda não tenha sido totalmente
compreendido, fica claro que o
aprimoramento das investigações
dos óbitos e do trabalho do Comitê
Floripa pela Vida têm papel estratégico para apoiar a rede de atenção à saúde no município para reduzir ainda mais o ainda expressivo
número de óbitos infantis evitáveis.

A redução da mortalidade infantil faz parte dos Objetivos do Milênio (ODM),
compromisso assumido pelos países integrantes da ONU, do qual o Brasil é
signatário, para o combate à pobreza, à fome, às doenças, ao analfabetismo, à
degradação do meio ambiente e à discriminação contra a mulher, visando o
alcance de patamares mais dignos de vida para a população, uma vez que a
mortalidade infantil reflete as condições de vida da sociedade (UNITED NATIONS
et al., 2000)[1].
Nosso país apresentou nos últimos anos uma redução considerável nessa taxa,
passando de 33,9 óbitos de crianças menores de um ano para cada 1000 nascidos
vivos em 1994 para 13,6/1000 ao término de 2011, o que corresponde a uma
diminuição de 59,8%.
Apresentando valores com menos de dois dígitos desde 2004, a taxa de
mortalidade infantil (TMI) em Florianópolis acompanhou a tendência nacional,
com uma diminuição de 54,3% entre 1994 e 2011. Se estendermos o período
observado até 2013, a diminuição da taxa municipal chega a 71,9% no período. Os
dados parciais do ano de 2013 mostram uma redução de 42,9% na taxa de
mortalidade infantil no município em relação ao ano anterior (Gráfico 1).

Vale a pena destacar que este
número contou com a colaboração
de vários parceiros, cujos nomes
estão listados no quadro ao lado.
A todos eles, muito obrigado!
Ana Cristina Vidor

NESTE Nº:

Editorial 1

40
35

33,9

30
25

22,0

Florianópolis

20
15

Santa Catarina
18,5

Brasil

13,6
11,8
10,6
5,2

10

8,4

5

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

0
1995

Na segunda parte, trazemos a
primeira avaliação da saúde do
trabalhador. Tendo consciência de
que a consistência dos dados ainda
é limitada e reconhecendo a subnotificação relacionada ao assunto,
procuramos compartilhar com os
colegas as informações de que
dispomos até o momento, com o
intuito de chamar a atenção para o
risco a que algumas categorias
profissionais são expostas e para a
importância da notificação destes
agravos. Precisamos ampliar as
notificações para termos um
diagnóstico mais qualificado da
situação e podermos contribuir de
forma mais eficiente com as
políticas de promoção de saúde no
trabalho.

Gráfico 1: Comparativo das taxas de mortalidade infantil em Florianópolis,
Santa Catarina e Brasil, 1994-2013*.

1994

Queremos comemorar os índices
alcançados em Florianópolis em
2013, mas, acima de tudo,
queremos que este progresso seja
sustentável e permanente.

Fonte: SIM/SINASC Florianópolis e DATASUS, Dez 2013. *Dados parciais sujeitos a alteração.
[1] WORLD CONFERENCE ON HUMAN RIGHTS AND MILLENNIUM ASSEMBLY, Sept. 2000. United
Nations Millennium Declaration: General Assembly resolution 55/2 of 8 September 2000.
Disponível em: <http://www2.ohchr.org/english/law/millennium.htm>. Acesso em: abr. 2010.

GVE: Anazuia Zin Battisti, Celeste Pereira Agostinho, Denise Valério da Silva, Flávia
Soares da Cruz, Júlia Maria de Souza, Maria Bernardina Mina, Maria Cristina Itokazu,
Maurício de Garcia Bolze, Tadeu Paiva, Vinicius Paim Brasil, Zeli Maria de Oliveira
Nostrani; PET Vigilância (UFSC): Eduarda Pedroso Rohling, Mirelly Amaral;
Georreferenciamento: Isabela Luclktenberg; Programa Capital Criança e Comitê
Municipal de Mortalidade Infantil e Materna (Floripa pela Vida): Márcia Castanhel,
Vanessa Zacchi; CEREST: Edna Maria Miero, Lucila More, Suzana Schmidt Arruda.

Mortalidade Infantil 1

Saúde do Trabalhador 4

Indicadores 7
n.1 Fev 2014
Gráfico 2: Óbitos fetais e infantis de acordo com o período,
Florianópolis 2006-2013*.

Já levando em conta os dados do ano
de 2013, o Gráfico 2 apresenta a
distribuição dos óbitos infantis por
período: neonatal precoce (menos de 7
dias de vida), neonatal tardio (entre 7 e
27 dias de vida) e pós-neonatal (entre
28 e 364 dias de vida). Observa-se que
a redução no número de óbitos infantis
(de 50 em 2012 para 29 em 2013) se
deu principalmente pela diminuição
significativa dos óbitos no período
neonatal precoce.

2013*

11

4

2012

14

27

2011

7

22

2010

8

16

26

2009

16

9

23

Neonatal precoce

13

15

Neonatal tardio

9

Pós-neonatal

2008

30

2007

12

21

2006

9

26

10
5

0

11

16

20

40

60

Fonte: SIM Florianópolis, Dez 2013. * Dados parciais sujeitos a alteração.

A Tabela 1 mostra a variação da TMI nos Distritos Sanitários (DS) de Florianópolis entre 2010 e 2013. Chamam a
atenção as taxas com dois dígitos no DS Norte (2010), no DS Centro (2011 e 2012) e no DS Leste (2012). Note-se
que, como o número de nascidos vivos é pequeno, a menor variação na quantidade de óbitos pode resultar em
oscilações significativas na TMI de um DS. Os dados mostram, ainda, taxas em relativa estabilidade no DS Sul e em
declínio no DS Continente.
Tabela 1: Taxa de mortalidade infantil por distrito, Florianópolis 2010-2013*.
DS
Centro
Continente
Leste
Norte
Sul
Florianópolis

OI
7
10
4
19
8
48

2010
NV
TMI
789
8,9
1151 8,7
904
4,4
1325 14,3
1132 7,1
5301 9,0

2011
NV
TMI
870 14,9
1244 8,0
869
3,4
1316 8,4
1155 7,8
5454 8,4

OI
13
10
3
11
9
46

OI
12
8
11
10
9
50

2012
NV
TMI
846 14,1
1197 6,7
944 11,6
1311 7,6
1189 7,6
5487 9,1

OI
2
5
4
10
8
29

2013*
NV
877
1142
914
1376
1265
5575

TMI
2,3
4,4
4,4
7,3
6,3
5,2

Legenda: OI: Óbitos Infantis; NV: Nascidos Vivos; TMI: Taxa de Mortalidade Infantil.
Fonte: SIM/SINASC Florianópolis, Dez 2013. *Dados parciais sujeitos a alteração.

Evitabi lidade
Uma questão importante na
avaliação dos óbitos em menores
de 1 ano diz respeito à
possibilidade de evitá-los. A
avaliação quanto à evitabilidade
(Gráficos 3 e 4) é feita pelo Comitê
de Prevenção do Óbito Materno,
Infantil e Fetal (Floripa pela Vida)
por
meio
de
critérios
estabelecidos pelo Ministério da
Saúde. Estas avaliações resultam
em recomendações de melhorias
na assistência à saúde, tanto para
os estabelecimentos de saúde e
para os profissionais envolvidos
como para os gestores municipais.
Os óbitos de 2013 ainda não
foram avaliados em sua totalidade
pelo Comitê e por isso não
constam dos gráficos a seguir.

O Gráfico 3 apresenta a classificação dos óbitos infantis quanto à
evitabilidade entre os anos de 2008 e 2012. Em 2012, o percentual de
evitabilidade foi de 56%.
Gráfico 3: Série histórica de óbitos infantis quanto à evitabilidade,
Florianópolis, 2006-2012.
2012

28

2011

22

23

2010

23

26

Óbitos evitáveis

22

Óbitos inevitáveis
2009

37

2008

37
0

20

10
15
40

60

Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal,
Florianópolis, Dez 2013.

2
n.1 Fev 2014

Os óbitos considerados evitáveis são ainda classificados pelo Comitê como reduzíveis por adequada atenção à
mulher na gestação, por adequada atenção à mulher no parto, por adequada atenção ao recém-nascido e por
ações adequadas de diagnóstico e tratamento precoce. A série histórica dos óbitos infantis evitáveis segundo a
Classificação de Evitabilidade está no Gráfico 4.
Gráfico 4: Óbitos infantis evitáveis por Classificação de Evitabilidade, Florianópolis, 2008-2012.

40

Reduzíveis por ações
adequadas de diagnóstico
e tratamento precoce

35
30

Reduzíveis por adequada
atenção ao recém-nascido

25
20

Reduzíveis por adequada
atenção à mulher no parto

15
10

Reduzíveis por adequada
atenção à mulher na
gestação

5
0
2008

2009

2010

2011

2012

Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, Florianópolis, Dez 2013.

Fatores de r isco
Avaliando os nascidos vivos em Florianópolis no ano de 2012 com ao menos um fator de risco[2] ao nascer (1140
crianças) e observando o número de óbitos neste grupo durante os 12 meses seguintes, pode-se concluir que os
mesmos apresentavam um risco aumentado de 27 vezes de morrer em relação ao grupo controle (RR 27,83 – IC
95% 11,91- 65,01; p < 0,0001). Esses dados enfatizam a importância do atendimento priorizado a essas crianças
por parte das equipes de Saúde da Família.
Georreferenciamento
Outro fator a considerar é a localização geográfica dos óbitos, assim como as diferentes características
socioeconômicas dos Distritos Sanitários e de suas áreas e microáreas de abrangência. A Figura 1 [ver o arquivo
correspondente], que mostra a distribuição espacial dos óbitos infantis nos últimos cinco anos, demonstra a
concentração destes nas áreas com mais domicílios de baixa renda (até 2 salários mínimos), o que é mais claro no
DS Continente e no DS Sul, apontando para a necessidade de maior atenção e investimento de recursos sociais e
de saúde nessas localidades. Em relação ao Centro, apesar da concentração de óbitos na região do Maciço do
Morro da Cruz, também ocorreram vários óbitos em áreas de renda mais alta, como pode ser observado na Figura
2 [ver o arquivo correspondente]. Da mesma forma, no DS Norte os óbitos estão mais concentrados na região do
Rio Vermelho, enquanto a maior concentração de domicílios de baixa renda está na região da Vargem Grande,
Vargem Pequena e Cachoeira do Bom Jesus. Outros fatores envolvendo a distribuição geográfica dos óbitos
infantis estão sendo avaliadas. Entretanto, o fortalecimento das equipes de Saúde da Família nas áreas de
abrangência mais afetadas é essencial para ampliar o entendimento destes fenômenos e melhorar o
acompanhamento das famílias destas regiões.
Apesar dos inúmeros avanços conquistados ao longo dos anos, da melhoria das condições sanitárias e do acesso
aos serviços de saúde, muitos aprimoramentos ainda podem ser implementados na atenção ao binômio mãefilho. Embora preliminares, os dados de 2013 indicam queda na mortalidade infantil em Florianópolis, e devem
servir como estímulo à manutenção do cuidado continuado e à busca de mecanismos de redução nos óbitos
evitáveis, os quais permanecem com um percentual bastante elevado. O atendimento qualificado à gestante, à
parturiente, ao recém-nascido e durante todo o primeiro ano de vida da criança deve permear todo o cotidiano
das equipes de saúde, do planejamento à assistência. ↙.
[2] Fatores de risco definidos pelo Programa Capital Criança e pelo Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal
(Floripa pela Vida): baixo peso ao nascer (< 2500 g); prematuros (< 37 semanas de idade gestacional); asfixia grave (apgar < 7
no 5º minuto de vida); recém-nascido de mãe adolescente (< 19 anos); recém-nascido de mãe com baixa instrução (< 1 ano
de estudos) e malformação congênita e/ou anomalia cromossômica.

3
n.1 Fev 2014

VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR
O trabalho ocupa um importante espaço na vida humana. A atividade profissional é capaz de trazer realização
pessoal e elevar a autoestima, devido ao reconhecimento social e à autoimagem positiva originada a partir de um
bom desempenho profissional1. Por outro lado, o trabalho também pode ser grande fonte de adoecimento do
indivíduo.
Para dar uma ideia da magnitude do risco à saúde que as atividades laborais podem representar, o Gráfico 1
mostra os dados do VIVA Inquérito - Vigilância de Violências e Acidentes, pesquisa realizada periodicamente em
hospitais de urgência/emergência e unidades de pronto atendimento das capitais brasileiras. De acordo com o
inquérito, os atendimentos relacionados ao trabalho corresponderam a uma parcela significativa (15 a 30%) do
total de atendimentos por acidentes entre os residentes de Florianópolis nos períodos avaliados.
Gráfico 1: Proporção de atendimentos por acidente nas urgências/emergências relatados como
relacionados ao trabalho - VIVA Inquérito/Florianópolis.

Fonte: VIVA Inquérito (2006, 2007, 2009 e 2011).

A notificação de eventos, agravos, doenças e acidentes relacionados ao trabalho é compulsória para os
profissionais de saúde (Portaria n. 104/2011 do Ministério da Saúde) e tem por finalidade constituir um banco de
dados de qualidade, que sirva como fonte de informação e conhecimento para o planejamento, a tomada de
decisão e o desenvolvimento de políticas públicas que visem à redução dos riscos de doenças e de outros agravos
relacionados ao trabalho.
Um grande desafio para a qualificação desse sistema de informação é a sensibilização para a notificação. A
dificuldade de estabelecimento de nexo causal entre o problema de saúde e a atividade ocupacional, bem como a
preocupação com as possíveis implicações legais dessas notificações (motivada geralmente por desconhecimento
da legislação implicada), são fatores que podem estar motivando a subnotificação. Mas essa situação vem
melhorando progressivamente, com o aumento da sensibilização dos profissionais de saúde para as questões
relacionadas à saúde ocupacional.
É importante lembrar que, para a notificação, basta a suspeita ou presunção da relação causal entre o
exercício do trabalho e o agravo ou doença.
A partir da notificação, é desencadeada uma investigação (realizada pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica)
que busca confirmar ou descartar o nexo causal, gerando, a partir dessas informações e conforme a situação, uma
série de medidas junto à empresa e ao trabalhador destinadas a prevenir novas ocorrências.
Salientamos que é essencial para o trabalho de vigilância e investigação desses casos que os dados cadastrais
dos usuários estejam sempre atualizados, pois a continuidade da investigação depende do contato com os
mesmos.
1

Edna Paciência Vietta. “O homem se produz e se reproduz pelo trabalho”. Disponível em:
<http://ed238729.no.comunidades.net/index.php?pagina=1364515343>. Acesso em: 28/01/2014.

4
n.1 Fev 2014

No Gráfico 2 são apresentados os números de notificações relacionadas à saúde do trabalhador em nosso
município.
Gráfico 2: Série histórica das notificações de eventos, agravos, acidentes graves e doenças
relacionados ao trabalho em Florianópolis.

766

800
700

300

100

138

200

387

476

400

558

565

500

582

600

0
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013.

Se somarmos a estas notificações as que se referem aos acidentes de trabalho não-graves, que são monitorados
em um banco de dados paralelo, saímos de 956 notificações em 2012 para 1509 em 2013. Entre 2012 e 2013
foram criados os Núcleos de Vigilância Epidemiológica dos hospitais Florianópolis e Celso Ramos, e também foram
capacitados pelo CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) vários Centros de Saúde quanto à
importância das notificações relacionadas ao trabalho. Essas ações podem explicar o aumento expressivo de
notificações ocorrido em 2013.
Embora a subnotificação ainda seja uma realidade, já são possíveis algumas avaliações. Por exemplo, destacam-se
entre os três agravos mais notificados em Florianópolis: a) os acidentes com material biológico, b) as lesões por
esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort) e c) os acidentes graves,
que serão detalhados a seguir.
Os acidentes com material biológico são os principais responsáveis pelo aumento do total de notificações desde
2009, o que pode refletir a sensibilidade dos profissionais para sua identificação e notificação. No Gráfico 3
podem ser observadas as ocupações mais frequentemente relatadas como envolvidas em acidentes com material
biológico.
Gráfico 3: Notificações de Acidente com Material Biológico relacionado ao trabalho, segundo a ocupação em Florianópolis.

Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013.

5
n.1 Fev 2014

Do total de 2756 acidentes notificados no período, os técnicos de enfermagem correspondem a 41% das
notificações. Além das profissões destacadas no gráfico, na sequência e com menor importância estão os médicos
clínicos, auxiliares de enfermagem, garis e auxiliares de prótese dentária, nesta ordem. Dos profissionais que
sofreram acidente, 76,6% já estavam vacinados contra Hepatite B, 19,1% não estavam vacinados e 4,7% estavam
com a situação vacinal ignorada.
Em relação às LER/DORT, o Gráfico 4 traz a distribuição das notificações por ocupação, no período de 2008 a
2013.
Gráfico 4: LER/DORT por ocupação, 2008 a 2013.

COZINHADOR DE FRUTAS E LEGUMES
COSTUREIRA DE REPARACAO DE ROUPAS
REPOSITOR DE MERCADORIAS
CAMAREIRO DE HOTEL
PEDREIRO
SERVENTE DE OBRAS
EMPREGADO DOMESTICO NOS SERVICOS GERAIS
COZINHEIRO GERAL
FAXINEIRO
OPERADOR DE CAIXA
0

10

20

30

40

Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013.

Dado o grande número de LER/DORT associadas à profissão de operador de caixa, o CEREST planejou, para 2014,
ações específicas voltadas a esta categoria, visando reforçar medidas de proteção e diminuição do risco de
adoecimento desses profissionais.
Os acidentes de trabalho graves (CID-10 Y96) são aqueles que acarretam mutilação física ou funcional ou que
levam a lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente sério, que pode ter consequências
nefastas ou fatais. São subdivididos em: a) fatais - independentemente do tempo entre o incidente e o óbito,
desde que seja confirmada a correlação, b) acidentes com criança e adolescente menor de 16 anos (exceto o
jovem aprendiz a partir dos 14 anos) - independentemente da gravidade e c) acidentes mutilantes (fraturas,
queimaduras de 2º e 3º grau e amputações, entre outros). No Gráfico 4 é observada a série histórica das
notificações por acidente de trabalho grave em Florianópolis, por ocupação.
Gráfico 5 – Série histórica de Acidentes de Trabalho Graves, por ocupação.

Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013.

6
n.1 Fev 2014

A construção civil é uma importante atividade econômica no estado de Santa Catarina, empregando 54.323
trabalhadores. No ano de 2011, 24% dos acidentes de trabalho relatados no VIVA Inquérito ocorreram em
operários da construção civil, reforçando a informação do SINAN do ano de 2013 no qual este grupo apresentou 5
vezes mais notificações de acidentes de trabalho graves em relação aos demais grupos.
Outra importante fonte de informação sobre acidentes de trabalho graves é o Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM). Entretanto, a baixa qualidade do preenchimento da Declaração de Óbito (DO), especialmente
em relação à omissão da relação do óbito com acidente de trabalho, faz com que seu potencial seja subutilizado.
Apesar dessa limitação, entre os anos de 2006 e 2013, dos 25.239 óbitos ocorridos em Florianópolis, 68 (0,27%)
estavam descritos como relacionados ao trabalho. Já com relação aos moradores de Florianópolis, nesse mesmo
período, das 16.140 declarações de óbito, 45 (0,28%) foram relacionadas ao trabalho, sendo que 40% (18 mortes)
vitimaram trabalhadores da construção civil, reforçando o risco ocupacional desta categoria. Ações voltadas à
proteção desses profissionais são prioritárias e também farão parte da agenda do CEREST para 2014.
É interessante observar que os técnicos de enfermagem ocupam o segundo lugar entre as categorias atingidas
por acidentes de trabalho graves. Entretanto, a avaliação destas notificações identificou que, dos 9 casos
notificados, 4 correspondiam a acidente de trajeto envolvendo motocicleta, o que chama a atenção para o
impacto da violência no trânsito também sobre a saúde do trabalhador, conforme já relatado no Boletim
Epidemiológico 2/2013, disponível neste endereço: <http://goo.gl/ocXUAk>.
O aumento da sensibilização da rede de saúde de Florianópolis para notificar os problemas e eventos
relacionados ao trabalho tende a incrementar a capacidade compreender e atuar sobre os riscos à saúde,
contribuindo para a proteção e promoção da saúde no trabalho. ↙.

MONITORAMENTO DE INDICADORES DE SAÚDE
A Gerência de Vigilância Epidemiológica monitora os indicadores do Pacto Municipal de Saúde e do Contrato
Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) que têm como fonte de dados principalmente os seguintes
sistemas: SINASC (Sistema de Informações de Nascidos Vivos), SIM (Sistema de Informações de Mortalidade),
SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional
de Imunizações), SISCAN (Sistema de Informação de Câncer), SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais
da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral) e VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
Considera-se a população IBGE - Censos (1980, 1991, 2000 e 2010), Contagem (1996) e projeções intercensitárias
(1981 a 2012), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio. Os valores da coluna “2013” correspondem a
dados parciais, uma vez que os sistemas continuam sendo atualizados. ↙.
NOTAS DA TABELA DE INDICADORES
* A fonte destes indicadores é o VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico), um inquérito anual cujos resultados costumam ser divulgados em meados do ano
seguinte ao ano da avaliação.
** Taxa por 100 mil habitantes. As 4 principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis são: doenças do aparelho
circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Houve mudança na forma de cálculo deste
indicador. A partir de 2013, passa-se a considerar apenas a população residente entre 30 e 69 anos, quando
anteriormente eram considerados todos os residentes com menos de 70 anos.
*** A série histórica foi refeita, desta vez considerando todas as notificações, independentemente do
município de residência.
**** Não há informações disponíveis.

7
n.1 Fev 2014
Nome do Indicador

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

% de adultos (≥ 18 anos) que avaliam saúde como ruim

4,1%

3,9%

4,0%

4,3%

4,2%

3,6%

*

Prevalência de Ativ. Física Sufic. no Tempo Livre em adulto

27,5% 28,9%

32,8%

32,9%

32,1%

33,1%

*

Prevalência de Tabagismo em Adultos

18,4% 15,8%

18,2%

16,0%

13,3%

13,6%

*

Prevalência de Diabetes Mellitus

6,1%

4,9%

5,6%

6,5%

6,2%

7,3%

*

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica

20,6% 22,1%

20,5%

22,3%

20,6%

21,7%

*

Prevalência de Obesidade

11,3% 11,4%

13,0%

14,3%

15%

15,7%

*

Incidência de Sífilis Congênita

9

4

7

10

12

13

42

Número de casos de AIDS em menores de 5 anos de idade

2

4

1

1

6

1

0

Taxa de APVP por Causas Externas por mil habitantes

19,7

22,9

19,0

20,3

18,2

17,6

14,7

Taxa de APVP por D. do Ap. Circulatório por mil habitantes

7,8

7,9

7,8

7,4

7,2

7,4

7,9

Taxa de APVP por Neoplasias por mil habitantes

9,9

9,8

9,6

9,4

9,6

10,5

9,9

Taxa de mortalidade Infantil por mil nascidos vivos

7,94

9,93

8,98

9,05

8,43

9,09

5,20

Taxa de mortalidade prematura (<70 anos) pelas 4 DCNT**

129,2

131,0

136,5

126,5

262,3

269,5

256,4

2

0

1

1

2

2

2

Nº de óbitos maternos em determinado período e local
Proporção nascidos vivos - mães c 7 ou + consultas de PN

65,3% 66,5%

67,8%

74,3%

70,0%

68,7%

68,8%

Proporção de Partos Normais

48,3% 47,7%

45,6%

44,4%

43,5%

44,7%

46,5%

Proporção de cura dos casos novos (CN) de hanseníase

100,0% 80,0%

83,3%

66,7%

93,3%

83,3%

70,0%

Proporção de cura de CN de TB pulmonar bacilífera

80,2% 55,8%

64,2%

57,1%

62,5%

63,2%

67,6%

Cobertura vacinal com a vacina tetravalente

88,1% 82,2%

90,7%

86,4%

87,2%

77,6%

75,6%

Proporção de óbitos infantis e fetais investigados

0,0%

1,1%

39,5%

96,1%

100,0% 98,8%

66,7%

Proporção de óbitos maternos investigados

0,0%

0

100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

50,0%

Proporção óbitos de mulher em idade fértil investigados

0,0%

0,0%

99,1%

99,3%

98,1%

100,0%

82,4%

Proporção de óbitos não fetais com causa básica definida

98,8% 98,9%

99,7%

98,8%

98,8%

98,7%

99,1%

Proporção de DNCI encerradas oportunamente

75,0% 77,4%

74,5%

87,0%

93,6%

93,8%

96,6%

5

5

4

15

18

Número de US notificando violência doméstica

6

5

Proporção do CBV Criança com coberturas alcançadas

16,7% 33,3%

33,3%

28,6%

42,9%

14,3%

25,0%

Proporção de exame anti-HIV realizados entre CN de TB

72,0% 75,6%

75,4%

79,6%

82,5%

79,5%

78,4%

387

565

582

558

766

42,1%

86,8%

74,5%

88,2%

35,3%

Casos de agravos relacionados ao trabalho notificados***

138

476

Proporção de contatos de CN de hanseníase examinados

43,6% 30,6%

Razão de ex. citopatológicos do colo do útero (♀ 25 a 64)

****

0,42

0,45

0,41

0,45

0,45

0,35

Razão de mamografias de rastreamento (♀ 50 a 69)

****

0,00

0,09

0,24

0,29

0,28

0,25

Número de testes de sífilis por gestante

****

1,9

1,5

1,2

2,3

2,6

3,1

Prefeitura Municipal de Florianópolis
Secretaria Municipal de Saúde
Diretoria de Vigilância em Saúde
Gerência de Vigilância Epidemiológica
Av. Prof. Henrique da Silva Fontes, 6100
Florianópolis, SC - CEP 88036-700
Plantão 24h: (48) 3212-3907 Cel (48) 9985-2710
Tel: (48) 3212-3910 Fax: (48) 3212-3906
Email: vigilanciaepidemiologica@pmf.sc.gov.br

NA EDIÇÃO DE ABRIL DE 2014:
8

INFLUENZA
CAUSAS E AGRAVOS EXTERNOS: VIOLÊNCIA

More Related Content

What's hot

Crescimento da população humana e sustentabilidade
Crescimento da população humana e sustentabilidadeCrescimento da população humana e sustentabilidade
Crescimento da população humana e sustentabilidadeMaria Paredes
 
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidade
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidadeTrabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidade
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidadeMaria Paredes
 
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivomarquione ban
 
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009Eduardo Gomes da Silva
 
Teste 1
Teste 1Teste 1
Teste 1MINEDU
 
Jornal Setemi News
Jornal Setemi NewsJornal Setemi News
Jornal Setemi NewsSetemi News
 
Jornal dos Economistas / Novembro 2013
Jornal dos Economistas / Novembro 2013Jornal dos Economistas / Novembro 2013
Jornal dos Economistas / Novembro 2013Daniel Dufourt
 
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do Paraiba
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do ParaibaHistoria do ACESSO A SAUDE no Vale do Paraiba
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do ParaibaRicardo Mutuzoc
 
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...Secretaria Especial do Desenvolvimento Social
 
A variável fecundidade
A variável fecundidadeA variável fecundidade
A variável fecundidadealyssonadi
 

What's hot (16)

Crescimento da população humana e sustentabilidade
Crescimento da população humana e sustentabilidadeCrescimento da população humana e sustentabilidade
Crescimento da população humana e sustentabilidade
 
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidade
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidadeTrabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidade
Trabalho escrito crescimento da população humana e sustentabilidade
 
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo
2011 Mapa da Violência - Jovens do Brasil/sumário executivo
 
Apresentação da tese 27032015
Apresentação da tese 27032015Apresentação da tese 27032015
Apresentação da tese 27032015
 
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009
Sus De A A Z 3ª edição Completo 2009
 
Teste 1
Teste 1Teste 1
Teste 1
 
Jornal Setemi News
Jornal Setemi NewsJornal Setemi News
Jornal Setemi News
 
Jornal dos Economistas / Novembro 2013
Jornal dos Economistas / Novembro 2013Jornal dos Economistas / Novembro 2013
Jornal dos Economistas / Novembro 2013
 
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do Paraiba
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do ParaibaHistoria do ACESSO A SAUDE no Vale do Paraiba
Historia do ACESSO A SAUDE no Vale do Paraiba
 
Caderno de Resultados (2011/2014)
Caderno de Resultados (2011/2014)Caderno de Resultados (2011/2014)
Caderno de Resultados (2011/2014)
 
Apresentaçao da ministra - Momento Estratégico de Reflexão (Unicef)
Apresentaçao da ministra - Momento Estratégico de Reflexão (Unicef)Apresentaçao da ministra - Momento Estratégico de Reflexão (Unicef)
Apresentaçao da ministra - Momento Estratégico de Reflexão (Unicef)
 
Dossiê Belo Monte
Dossiê Belo MonteDossiê Belo Monte
Dossiê Belo Monte
 
Mapa da violência 2013
Mapa da violência 2013Mapa da violência 2013
Mapa da violência 2013
 
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...
Apresentação da Ministra - 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Ed...
 
Superação da pobreza da população negra
Superação da pobreza da população negraSuperação da pobreza da população negra
Superação da pobreza da população negra
 
A variável fecundidade
A variável fecundidadeA variável fecundidade
A variável fecundidade
 

Similar to Queda Mortalidade Infantil Florianópolis

MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILA
MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILAMORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILA
MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILAfranciellelauxen01
 
Mortalidade infantil Mairiporã
Mortalidade infantil MairiporãMortalidade infantil Mairiporã
Mortalidade infantil MairiporãGraciela Luongo
 
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.Ministério da Saúde
 
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdf
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdfrelatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdf
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdfAna Maria Marques
 
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014jaciremagoncalves
 
Artigo ods 2016 a 2030
Artigo ods 2016 a 2030Artigo ods 2016 a 2030
Artigo ods 2016 a 2030Sélen Souza
 
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...Fundação de Economia e Estatística
 
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...Ministério da Saúde
 
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)João Alfredo Telles Melo
 
Plano de governo belém (pará) bianca
Plano de governo belém (pará)   biancaPlano de governo belém (pará)   bianca
Plano de governo belém (pará) biancaBi_Oliveira
 
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)Davi Mota
 
Sam tb grupo
Sam tb grupoSam tb grupo
Sam tb grupoSAMBBA
 
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade Infantil
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade InfantilEstimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade Infantil
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade InfantilBiblioteca Virtual
 
GRAVIDEZ na adolescência, impacto social
GRAVIDEZ na adolescência, impacto socialGRAVIDEZ na adolescência, impacto social
GRAVIDEZ na adolescência, impacto socialarmando jonas
 
Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08gisa_legal
 
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasil
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasilBreve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasil
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasilAitana Martins da Silva
 

Similar to Queda Mortalidade Infantil Florianópolis (20)

MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILA
MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILAMORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILA
MORTALIDADE INFANTIL UM ESTUDO REALIZADO PELOS ALUNOS DA UNILA
 
Mortalidade infantil Mairiporã
Mortalidade infantil MairiporãMortalidade infantil Mairiporã
Mortalidade infantil Mairiporã
 
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.
Brasil reduz casos de tuberculose em 3,5% no último ano.
 
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdf
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdfrelatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdf
relatorio-primeira-infancia-primeiro-sao-jose-de-ribamar (1).pdf
 
Aspectos gerais do dm
Aspectos gerais do dmAspectos gerais do dm
Aspectos gerais do dm
 
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014
Boletim Epidemiologico- tuberculose-v44n2-2014
 
Determinantes saúde e Morte materna
Determinantes saúde e Morte maternaDeterminantes saúde e Morte materna
Determinantes saúde e Morte materna
 
Artigo ods 2016 a 2030
Artigo ods 2016 a 2030Artigo ods 2016 a 2030
Artigo ods 2016 a 2030
 
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...
Fatores de risco e tendências das taxas de mortalidade infantil e da prevalên...
 
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...
RadBrasil registra maior queda de mortalidade na infância entre os países da ...
 
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
 
Nota Técnica 127 - mudanças demográficas e ação sindical
Nota Técnica 127 - mudanças demográficas e ação sindicalNota Técnica 127 - mudanças demográficas e ação sindical
Nota Técnica 127 - mudanças demográficas e ação sindical
 
Plano de governo belém (pará) bianca
Plano de governo belém (pará)   biancaPlano de governo belém (pará)   bianca
Plano de governo belém (pará) bianca
 
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)
Manual programa saúdeemcasa-saúdedoidoso-mg (1)
 
Sam tb grupo
Sam tb grupoSam tb grupo
Sam tb grupo
 
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade Infantil
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade InfantilEstimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade Infantil
Estimativa De Impacto Da AmamentaçãO Sobre A Mortalidade Infantil
 
GRAVIDEZ na adolescência, impacto social
GRAVIDEZ na adolescência, impacto socialGRAVIDEZ na adolescência, impacto social
GRAVIDEZ na adolescência, impacto social
 
Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08
 
Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08Cartilha agsaude08
Cartilha agsaude08
 
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasil
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasilBreve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasil
Breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no brasil
 

More from Tudo Sobre Floripa

Balneabilidade do litoral catarinense
Balneabilidade do litoral catarinenseBalneabilidade do litoral catarinense
Balneabilidade do litoral catarinenseTudo Sobre Floripa
 
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaFloripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaTudo Sobre Floripa
 
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de mar
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de marFlorianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de mar
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de marTudo Sobre Floripa
 
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em FlorianópolisPontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em FlorianópolisTudo Sobre Floripa
 
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em Florianópolis
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em FlorianópolisNúmero de locais impróprios para banho de mar diminui em Florianópolis
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em FlorianópolisTudo Sobre Floripa
 
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiro
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiroCusto de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiro
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiroTudo Sobre Floripa
 
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaFlorianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaTudo Sobre Floripa
 
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em FlorianópolisPontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em FlorianópolisTudo Sobre Floripa
 
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e março
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e marçoDivulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e março
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e marçoTudo Sobre Floripa
 
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa Tudo Sobre Floripa
 
Balneabilidade do Litoral catarinense
Balneabilidade do Litoral catarinenseBalneabilidade do Litoral catarinense
Balneabilidade do Litoral catarinenseTudo Sobre Floripa
 
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016Tudo Sobre Floripa
 
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembro
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembroÍndice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembro
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembroTudo Sobre Floripa
 
Edital de credenciamento nº 022
Edital de credenciamento nº 022Edital de credenciamento nº 022
Edital de credenciamento nº 022Tudo Sobre Floripa
 
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubro
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubroÍndice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubro
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubroTudo Sobre Floripa
 
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de Florianópolis
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de FlorianópolisPrefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de Florianópolis
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de FlorianópolisTudo Sobre Floripa
 
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da Udesc
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da UdescDivulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da Udesc
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da UdescTudo Sobre Floripa
 
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em Florianópolis
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em FlorianópolisAbertas as inscrições para o Powerman Brasil em Florianópolis
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em FlorianópolisTudo Sobre Floripa
 
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do Continente
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do ContinenteDivulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do Continente
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do ContinenteTudo Sobre Floripa
 

More from Tudo Sobre Floripa (20)

Balneabilidade do litoral catarinense
Balneabilidade do litoral catarinenseBalneabilidade do litoral catarinense
Balneabilidade do litoral catarinense
 
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaFloripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Floripa tem 31 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
 
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de mar
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de marFlorianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de mar
Florianópolis segue com 31 pontos impróprios para o banho de mar
 
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em FlorianópolisPontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 31 em Florianópolis
 
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em Florianópolis
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em FlorianópolisNúmero de locais impróprios para banho de mar diminui em Florianópolis
Número de locais impróprios para banho de mar diminui em Florianópolis
 
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiro
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiroCusto de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiro
Custo de Vida de Florianópolis registra nova alta e bate recorde em janeiro
 
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta FatmaFlorianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
Florianópolis tem 30 pontos impróprios para o banho de mar, aponta Fatma
 
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em FlorianópolisPontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em Florianópolis
Pontos impróprios para banho de mar aumentam para 34 em Florianópolis
 
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e março
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e marçoDivulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e março
Divulgada agenda do Caminhão do Peixe para fevereiro e março
 
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa
Prefeitura divulga programação cultural para a quinzena em Floripa
 
Balneabilidade do Litoral catarinense
Balneabilidade do Litoral catarinenseBalneabilidade do Litoral catarinense
Balneabilidade do Litoral catarinense
 
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016
Regulamento do Concurso Rainha do Carnaval 2016
 
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembro
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembroÍndice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembro
Índice de Custo de Vida de Floripa registra alta de 0,76% em novembro
 
Programação de Fim de Ano
Programação de Fim de AnoProgramação de Fim de Ano
Programação de Fim de Ano
 
Edital de credenciamento nº 022
Edital de credenciamento nº 022Edital de credenciamento nº 022
Edital de credenciamento nº 022
 
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubro
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubroÍndice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubro
Índice de Custo de Vida de Florianópolis tem alta de 0,78% em outubro
 
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de Florianópolis
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de FlorianópolisPrefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de Florianópolis
Prefeitura divulga agenda do Caminhão do Peixe de Florianópolis
 
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da Udesc
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da UdescDivulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da Udesc
Divulgada segunda chamada do Vestibular de Inverno 2015 da Udesc
 
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em Florianópolis
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em FlorianópolisAbertas as inscrições para o Powerman Brasil em Florianópolis
Abertas as inscrições para o Powerman Brasil em Florianópolis
 
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do Continente
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do ContinenteDivulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do Continente
Divulgada lista dos vencedores da licitação do Mercado do Continente
 

Queda Mortalidade Infantil Florianópolis

  • 1. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO n. 1 Fev 2014 EDITORIAL MORTALIDADE INFANTIL Na primeira edição do ano, este Boletim destaca a mortalidade infantil em Florianópolis. Embora tenha conquistado há anos a menor taxa de mortalidade infantil entre as capitais do país, a estabilização dos últimos anos deixava claro que tínhamos que avançar. Supreendentemente, a taxa de mortalidade infantil de 2013 teve uma queda significativa em relação aos anos anteriores. Embora este fenômeno ainda não tenha sido totalmente compreendido, fica claro que o aprimoramento das investigações dos óbitos e do trabalho do Comitê Floripa pela Vida têm papel estratégico para apoiar a rede de atenção à saúde no município para reduzir ainda mais o ainda expressivo número de óbitos infantis evitáveis. A redução da mortalidade infantil faz parte dos Objetivos do Milênio (ODM), compromisso assumido pelos países integrantes da ONU, do qual o Brasil é signatário, para o combate à pobreza, à fome, às doenças, ao analfabetismo, à degradação do meio ambiente e à discriminação contra a mulher, visando o alcance de patamares mais dignos de vida para a população, uma vez que a mortalidade infantil reflete as condições de vida da sociedade (UNITED NATIONS et al., 2000)[1]. Nosso país apresentou nos últimos anos uma redução considerável nessa taxa, passando de 33,9 óbitos de crianças menores de um ano para cada 1000 nascidos vivos em 1994 para 13,6/1000 ao término de 2011, o que corresponde a uma diminuição de 59,8%. Apresentando valores com menos de dois dígitos desde 2004, a taxa de mortalidade infantil (TMI) em Florianópolis acompanhou a tendência nacional, com uma diminuição de 54,3% entre 1994 e 2011. Se estendermos o período observado até 2013, a diminuição da taxa municipal chega a 71,9% no período. Os dados parciais do ano de 2013 mostram uma redução de 42,9% na taxa de mortalidade infantil no município em relação ao ano anterior (Gráfico 1). Vale a pena destacar que este número contou com a colaboração de vários parceiros, cujos nomes estão listados no quadro ao lado. A todos eles, muito obrigado! Ana Cristina Vidor NESTE Nº: Editorial 1 40 35 33,9 30 25 22,0 Florianópolis 20 15 Santa Catarina 18,5 Brasil 13,6 11,8 10,6 5,2 10 8,4 5 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 0 1995 Na segunda parte, trazemos a primeira avaliação da saúde do trabalhador. Tendo consciência de que a consistência dos dados ainda é limitada e reconhecendo a subnotificação relacionada ao assunto, procuramos compartilhar com os colegas as informações de que dispomos até o momento, com o intuito de chamar a atenção para o risco a que algumas categorias profissionais são expostas e para a importância da notificação destes agravos. Precisamos ampliar as notificações para termos um diagnóstico mais qualificado da situação e podermos contribuir de forma mais eficiente com as políticas de promoção de saúde no trabalho. Gráfico 1: Comparativo das taxas de mortalidade infantil em Florianópolis, Santa Catarina e Brasil, 1994-2013*. 1994 Queremos comemorar os índices alcançados em Florianópolis em 2013, mas, acima de tudo, queremos que este progresso seja sustentável e permanente. Fonte: SIM/SINASC Florianópolis e DATASUS, Dez 2013. *Dados parciais sujeitos a alteração. [1] WORLD CONFERENCE ON HUMAN RIGHTS AND MILLENNIUM ASSEMBLY, Sept. 2000. United Nations Millennium Declaration: General Assembly resolution 55/2 of 8 September 2000. Disponível em: <http://www2.ohchr.org/english/law/millennium.htm>. Acesso em: abr. 2010. GVE: Anazuia Zin Battisti, Celeste Pereira Agostinho, Denise Valério da Silva, Flávia Soares da Cruz, Júlia Maria de Souza, Maria Bernardina Mina, Maria Cristina Itokazu, Maurício de Garcia Bolze, Tadeu Paiva, Vinicius Paim Brasil, Zeli Maria de Oliveira Nostrani; PET Vigilância (UFSC): Eduarda Pedroso Rohling, Mirelly Amaral; Georreferenciamento: Isabela Luclktenberg; Programa Capital Criança e Comitê Municipal de Mortalidade Infantil e Materna (Floripa pela Vida): Márcia Castanhel, Vanessa Zacchi; CEREST: Edna Maria Miero, Lucila More, Suzana Schmidt Arruda. Mortalidade Infantil 1 Saúde do Trabalhador 4 Indicadores 7
  • 2. n.1 Fev 2014 Gráfico 2: Óbitos fetais e infantis de acordo com o período, Florianópolis 2006-2013*. Já levando em conta os dados do ano de 2013, o Gráfico 2 apresenta a distribuição dos óbitos infantis por período: neonatal precoce (menos de 7 dias de vida), neonatal tardio (entre 7 e 27 dias de vida) e pós-neonatal (entre 28 e 364 dias de vida). Observa-se que a redução no número de óbitos infantis (de 50 em 2012 para 29 em 2013) se deu principalmente pela diminuição significativa dos óbitos no período neonatal precoce. 2013* 11 4 2012 14 27 2011 7 22 2010 8 16 26 2009 16 9 23 Neonatal precoce 13 15 Neonatal tardio 9 Pós-neonatal 2008 30 2007 12 21 2006 9 26 10 5 0 11 16 20 40 60 Fonte: SIM Florianópolis, Dez 2013. * Dados parciais sujeitos a alteração. A Tabela 1 mostra a variação da TMI nos Distritos Sanitários (DS) de Florianópolis entre 2010 e 2013. Chamam a atenção as taxas com dois dígitos no DS Norte (2010), no DS Centro (2011 e 2012) e no DS Leste (2012). Note-se que, como o número de nascidos vivos é pequeno, a menor variação na quantidade de óbitos pode resultar em oscilações significativas na TMI de um DS. Os dados mostram, ainda, taxas em relativa estabilidade no DS Sul e em declínio no DS Continente. Tabela 1: Taxa de mortalidade infantil por distrito, Florianópolis 2010-2013*. DS Centro Continente Leste Norte Sul Florianópolis OI 7 10 4 19 8 48 2010 NV TMI 789 8,9 1151 8,7 904 4,4 1325 14,3 1132 7,1 5301 9,0 2011 NV TMI 870 14,9 1244 8,0 869 3,4 1316 8,4 1155 7,8 5454 8,4 OI 13 10 3 11 9 46 OI 12 8 11 10 9 50 2012 NV TMI 846 14,1 1197 6,7 944 11,6 1311 7,6 1189 7,6 5487 9,1 OI 2 5 4 10 8 29 2013* NV 877 1142 914 1376 1265 5575 TMI 2,3 4,4 4,4 7,3 6,3 5,2 Legenda: OI: Óbitos Infantis; NV: Nascidos Vivos; TMI: Taxa de Mortalidade Infantil. Fonte: SIM/SINASC Florianópolis, Dez 2013. *Dados parciais sujeitos a alteração. Evitabi lidade Uma questão importante na avaliação dos óbitos em menores de 1 ano diz respeito à possibilidade de evitá-los. A avaliação quanto à evitabilidade (Gráficos 3 e 4) é feita pelo Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal (Floripa pela Vida) por meio de critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Estas avaliações resultam em recomendações de melhorias na assistência à saúde, tanto para os estabelecimentos de saúde e para os profissionais envolvidos como para os gestores municipais. Os óbitos de 2013 ainda não foram avaliados em sua totalidade pelo Comitê e por isso não constam dos gráficos a seguir. O Gráfico 3 apresenta a classificação dos óbitos infantis quanto à evitabilidade entre os anos de 2008 e 2012. Em 2012, o percentual de evitabilidade foi de 56%. Gráfico 3: Série histórica de óbitos infantis quanto à evitabilidade, Florianópolis, 2006-2012. 2012 28 2011 22 23 2010 23 26 Óbitos evitáveis 22 Óbitos inevitáveis 2009 37 2008 37 0 20 10 15 40 60 Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, Florianópolis, Dez 2013. 2
  • 3. n.1 Fev 2014 Os óbitos considerados evitáveis são ainda classificados pelo Comitê como reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação, por adequada atenção à mulher no parto, por adequada atenção ao recém-nascido e por ações adequadas de diagnóstico e tratamento precoce. A série histórica dos óbitos infantis evitáveis segundo a Classificação de Evitabilidade está no Gráfico 4. Gráfico 4: Óbitos infantis evitáveis por Classificação de Evitabilidade, Florianópolis, 2008-2012. 40 Reduzíveis por ações adequadas de diagnóstico e tratamento precoce 35 30 Reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido 25 20 Reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto 15 10 Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação 5 0 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, Florianópolis, Dez 2013. Fatores de r isco Avaliando os nascidos vivos em Florianópolis no ano de 2012 com ao menos um fator de risco[2] ao nascer (1140 crianças) e observando o número de óbitos neste grupo durante os 12 meses seguintes, pode-se concluir que os mesmos apresentavam um risco aumentado de 27 vezes de morrer em relação ao grupo controle (RR 27,83 – IC 95% 11,91- 65,01; p < 0,0001). Esses dados enfatizam a importância do atendimento priorizado a essas crianças por parte das equipes de Saúde da Família. Georreferenciamento Outro fator a considerar é a localização geográfica dos óbitos, assim como as diferentes características socioeconômicas dos Distritos Sanitários e de suas áreas e microáreas de abrangência. A Figura 1 [ver o arquivo correspondente], que mostra a distribuição espacial dos óbitos infantis nos últimos cinco anos, demonstra a concentração destes nas áreas com mais domicílios de baixa renda (até 2 salários mínimos), o que é mais claro no DS Continente e no DS Sul, apontando para a necessidade de maior atenção e investimento de recursos sociais e de saúde nessas localidades. Em relação ao Centro, apesar da concentração de óbitos na região do Maciço do Morro da Cruz, também ocorreram vários óbitos em áreas de renda mais alta, como pode ser observado na Figura 2 [ver o arquivo correspondente]. Da mesma forma, no DS Norte os óbitos estão mais concentrados na região do Rio Vermelho, enquanto a maior concentração de domicílios de baixa renda está na região da Vargem Grande, Vargem Pequena e Cachoeira do Bom Jesus. Outros fatores envolvendo a distribuição geográfica dos óbitos infantis estão sendo avaliadas. Entretanto, o fortalecimento das equipes de Saúde da Família nas áreas de abrangência mais afetadas é essencial para ampliar o entendimento destes fenômenos e melhorar o acompanhamento das famílias destas regiões. Apesar dos inúmeros avanços conquistados ao longo dos anos, da melhoria das condições sanitárias e do acesso aos serviços de saúde, muitos aprimoramentos ainda podem ser implementados na atenção ao binômio mãefilho. Embora preliminares, os dados de 2013 indicam queda na mortalidade infantil em Florianópolis, e devem servir como estímulo à manutenção do cuidado continuado e à busca de mecanismos de redução nos óbitos evitáveis, os quais permanecem com um percentual bastante elevado. O atendimento qualificado à gestante, à parturiente, ao recém-nascido e durante todo o primeiro ano de vida da criança deve permear todo o cotidiano das equipes de saúde, do planejamento à assistência. ↙. [2] Fatores de risco definidos pelo Programa Capital Criança e pelo Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal (Floripa pela Vida): baixo peso ao nascer (< 2500 g); prematuros (< 37 semanas de idade gestacional); asfixia grave (apgar < 7 no 5º minuto de vida); recém-nascido de mãe adolescente (< 19 anos); recém-nascido de mãe com baixa instrução (< 1 ano de estudos) e malformação congênita e/ou anomalia cromossômica. 3
  • 4. n.1 Fev 2014 VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR O trabalho ocupa um importante espaço na vida humana. A atividade profissional é capaz de trazer realização pessoal e elevar a autoestima, devido ao reconhecimento social e à autoimagem positiva originada a partir de um bom desempenho profissional1. Por outro lado, o trabalho também pode ser grande fonte de adoecimento do indivíduo. Para dar uma ideia da magnitude do risco à saúde que as atividades laborais podem representar, o Gráfico 1 mostra os dados do VIVA Inquérito - Vigilância de Violências e Acidentes, pesquisa realizada periodicamente em hospitais de urgência/emergência e unidades de pronto atendimento das capitais brasileiras. De acordo com o inquérito, os atendimentos relacionados ao trabalho corresponderam a uma parcela significativa (15 a 30%) do total de atendimentos por acidentes entre os residentes de Florianópolis nos períodos avaliados. Gráfico 1: Proporção de atendimentos por acidente nas urgências/emergências relatados como relacionados ao trabalho - VIVA Inquérito/Florianópolis. Fonte: VIVA Inquérito (2006, 2007, 2009 e 2011). A notificação de eventos, agravos, doenças e acidentes relacionados ao trabalho é compulsória para os profissionais de saúde (Portaria n. 104/2011 do Ministério da Saúde) e tem por finalidade constituir um banco de dados de qualidade, que sirva como fonte de informação e conhecimento para o planejamento, a tomada de decisão e o desenvolvimento de políticas públicas que visem à redução dos riscos de doenças e de outros agravos relacionados ao trabalho. Um grande desafio para a qualificação desse sistema de informação é a sensibilização para a notificação. A dificuldade de estabelecimento de nexo causal entre o problema de saúde e a atividade ocupacional, bem como a preocupação com as possíveis implicações legais dessas notificações (motivada geralmente por desconhecimento da legislação implicada), são fatores que podem estar motivando a subnotificação. Mas essa situação vem melhorando progressivamente, com o aumento da sensibilização dos profissionais de saúde para as questões relacionadas à saúde ocupacional. É importante lembrar que, para a notificação, basta a suspeita ou presunção da relação causal entre o exercício do trabalho e o agravo ou doença. A partir da notificação, é desencadeada uma investigação (realizada pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica) que busca confirmar ou descartar o nexo causal, gerando, a partir dessas informações e conforme a situação, uma série de medidas junto à empresa e ao trabalhador destinadas a prevenir novas ocorrências. Salientamos que é essencial para o trabalho de vigilância e investigação desses casos que os dados cadastrais dos usuários estejam sempre atualizados, pois a continuidade da investigação depende do contato com os mesmos. 1 Edna Paciência Vietta. “O homem se produz e se reproduz pelo trabalho”. Disponível em: <http://ed238729.no.comunidades.net/index.php?pagina=1364515343>. Acesso em: 28/01/2014. 4
  • 5. n.1 Fev 2014 No Gráfico 2 são apresentados os números de notificações relacionadas à saúde do trabalhador em nosso município. Gráfico 2: Série histórica das notificações de eventos, agravos, acidentes graves e doenças relacionados ao trabalho em Florianópolis. 766 800 700 300 100 138 200 387 476 400 558 565 500 582 600 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013. Se somarmos a estas notificações as que se referem aos acidentes de trabalho não-graves, que são monitorados em um banco de dados paralelo, saímos de 956 notificações em 2012 para 1509 em 2013. Entre 2012 e 2013 foram criados os Núcleos de Vigilância Epidemiológica dos hospitais Florianópolis e Celso Ramos, e também foram capacitados pelo CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) vários Centros de Saúde quanto à importância das notificações relacionadas ao trabalho. Essas ações podem explicar o aumento expressivo de notificações ocorrido em 2013. Embora a subnotificação ainda seja uma realidade, já são possíveis algumas avaliações. Por exemplo, destacam-se entre os três agravos mais notificados em Florianópolis: a) os acidentes com material biológico, b) as lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort) e c) os acidentes graves, que serão detalhados a seguir. Os acidentes com material biológico são os principais responsáveis pelo aumento do total de notificações desde 2009, o que pode refletir a sensibilidade dos profissionais para sua identificação e notificação. No Gráfico 3 podem ser observadas as ocupações mais frequentemente relatadas como envolvidas em acidentes com material biológico. Gráfico 3: Notificações de Acidente com Material Biológico relacionado ao trabalho, segundo a ocupação em Florianópolis. Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013. 5
  • 6. n.1 Fev 2014 Do total de 2756 acidentes notificados no período, os técnicos de enfermagem correspondem a 41% das notificações. Além das profissões destacadas no gráfico, na sequência e com menor importância estão os médicos clínicos, auxiliares de enfermagem, garis e auxiliares de prótese dentária, nesta ordem. Dos profissionais que sofreram acidente, 76,6% já estavam vacinados contra Hepatite B, 19,1% não estavam vacinados e 4,7% estavam com a situação vacinal ignorada. Em relação às LER/DORT, o Gráfico 4 traz a distribuição das notificações por ocupação, no período de 2008 a 2013. Gráfico 4: LER/DORT por ocupação, 2008 a 2013. COZINHADOR DE FRUTAS E LEGUMES COSTUREIRA DE REPARACAO DE ROUPAS REPOSITOR DE MERCADORIAS CAMAREIRO DE HOTEL PEDREIRO SERVENTE DE OBRAS EMPREGADO DOMESTICO NOS SERVICOS GERAIS COZINHEIRO GERAL FAXINEIRO OPERADOR DE CAIXA 0 10 20 30 40 Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013. Dado o grande número de LER/DORT associadas à profissão de operador de caixa, o CEREST planejou, para 2014, ações específicas voltadas a esta categoria, visando reforçar medidas de proteção e diminuição do risco de adoecimento desses profissionais. Os acidentes de trabalho graves (CID-10 Y96) são aqueles que acarretam mutilação física ou funcional ou que levam a lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente sério, que pode ter consequências nefastas ou fatais. São subdivididos em: a) fatais - independentemente do tempo entre o incidente e o óbito, desde que seja confirmada a correlação, b) acidentes com criança e adolescente menor de 16 anos (exceto o jovem aprendiz a partir dos 14 anos) - independentemente da gravidade e c) acidentes mutilantes (fraturas, queimaduras de 2º e 3º grau e amputações, entre outros). No Gráfico 4 é observada a série histórica das notificações por acidente de trabalho grave em Florianópolis, por ocupação. Gráfico 5 – Série histórica de Acidentes de Trabalho Graves, por ocupação. Fonte: Sinan Florianópolis, 20/01/2013. 6
  • 7. n.1 Fev 2014 A construção civil é uma importante atividade econômica no estado de Santa Catarina, empregando 54.323 trabalhadores. No ano de 2011, 24% dos acidentes de trabalho relatados no VIVA Inquérito ocorreram em operários da construção civil, reforçando a informação do SINAN do ano de 2013 no qual este grupo apresentou 5 vezes mais notificações de acidentes de trabalho graves em relação aos demais grupos. Outra importante fonte de informação sobre acidentes de trabalho graves é o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Entretanto, a baixa qualidade do preenchimento da Declaração de Óbito (DO), especialmente em relação à omissão da relação do óbito com acidente de trabalho, faz com que seu potencial seja subutilizado. Apesar dessa limitação, entre os anos de 2006 e 2013, dos 25.239 óbitos ocorridos em Florianópolis, 68 (0,27%) estavam descritos como relacionados ao trabalho. Já com relação aos moradores de Florianópolis, nesse mesmo período, das 16.140 declarações de óbito, 45 (0,28%) foram relacionadas ao trabalho, sendo que 40% (18 mortes) vitimaram trabalhadores da construção civil, reforçando o risco ocupacional desta categoria. Ações voltadas à proteção desses profissionais são prioritárias e também farão parte da agenda do CEREST para 2014. É interessante observar que os técnicos de enfermagem ocupam o segundo lugar entre as categorias atingidas por acidentes de trabalho graves. Entretanto, a avaliação destas notificações identificou que, dos 9 casos notificados, 4 correspondiam a acidente de trajeto envolvendo motocicleta, o que chama a atenção para o impacto da violência no trânsito também sobre a saúde do trabalhador, conforme já relatado no Boletim Epidemiológico 2/2013, disponível neste endereço: <http://goo.gl/ocXUAk>. O aumento da sensibilização da rede de saúde de Florianópolis para notificar os problemas e eventos relacionados ao trabalho tende a incrementar a capacidade compreender e atuar sobre os riscos à saúde, contribuindo para a proteção e promoção da saúde no trabalho. ↙. MONITORAMENTO DE INDICADORES DE SAÚDE A Gerência de Vigilância Epidemiológica monitora os indicadores do Pacto Municipal de Saúde e do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) que têm como fonte de dados principalmente os seguintes sistemas: SINASC (Sistema de Informações de Nascidos Vivos), SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), SISCAN (Sistema de Informação de Câncer), SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral) e VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Considera-se a população IBGE - Censos (1980, 1991, 2000 e 2010), Contagem (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2012), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio. Os valores da coluna “2013” correspondem a dados parciais, uma vez que os sistemas continuam sendo atualizados. ↙. NOTAS DA TABELA DE INDICADORES * A fonte destes indicadores é o VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), um inquérito anual cujos resultados costumam ser divulgados em meados do ano seguinte ao ano da avaliação. ** Taxa por 100 mil habitantes. As 4 principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis são: doenças do aparelho circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Houve mudança na forma de cálculo deste indicador. A partir de 2013, passa-se a considerar apenas a população residente entre 30 e 69 anos, quando anteriormente eram considerados todos os residentes com menos de 70 anos. *** A série histórica foi refeita, desta vez considerando todas as notificações, independentemente do município de residência. **** Não há informações disponíveis. 7
  • 8. n.1 Fev 2014 Nome do Indicador 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 % de adultos (≥ 18 anos) que avaliam saúde como ruim 4,1% 3,9% 4,0% 4,3% 4,2% 3,6% * Prevalência de Ativ. Física Sufic. no Tempo Livre em adulto 27,5% 28,9% 32,8% 32,9% 32,1% 33,1% * Prevalência de Tabagismo em Adultos 18,4% 15,8% 18,2% 16,0% 13,3% 13,6% * Prevalência de Diabetes Mellitus 6,1% 4,9% 5,6% 6,5% 6,2% 7,3% * Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica 20,6% 22,1% 20,5% 22,3% 20,6% 21,7% * Prevalência de Obesidade 11,3% 11,4% 13,0% 14,3% 15% 15,7% * Incidência de Sífilis Congênita 9 4 7 10 12 13 42 Número de casos de AIDS em menores de 5 anos de idade 2 4 1 1 6 1 0 Taxa de APVP por Causas Externas por mil habitantes 19,7 22,9 19,0 20,3 18,2 17,6 14,7 Taxa de APVP por D. do Ap. Circulatório por mil habitantes 7,8 7,9 7,8 7,4 7,2 7,4 7,9 Taxa de APVP por Neoplasias por mil habitantes 9,9 9,8 9,6 9,4 9,6 10,5 9,9 Taxa de mortalidade Infantil por mil nascidos vivos 7,94 9,93 8,98 9,05 8,43 9,09 5,20 Taxa de mortalidade prematura (<70 anos) pelas 4 DCNT** 129,2 131,0 136,5 126,5 262,3 269,5 256,4 2 0 1 1 2 2 2 Nº de óbitos maternos em determinado período e local Proporção nascidos vivos - mães c 7 ou + consultas de PN 65,3% 66,5% 67,8% 74,3% 70,0% 68,7% 68,8% Proporção de Partos Normais 48,3% 47,7% 45,6% 44,4% 43,5% 44,7% 46,5% Proporção de cura dos casos novos (CN) de hanseníase 100,0% 80,0% 83,3% 66,7% 93,3% 83,3% 70,0% Proporção de cura de CN de TB pulmonar bacilífera 80,2% 55,8% 64,2% 57,1% 62,5% 63,2% 67,6% Cobertura vacinal com a vacina tetravalente 88,1% 82,2% 90,7% 86,4% 87,2% 77,6% 75,6% Proporção de óbitos infantis e fetais investigados 0,0% 1,1% 39,5% 96,1% 100,0% 98,8% 66,7% Proporção de óbitos maternos investigados 0,0% 0 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 50,0% Proporção óbitos de mulher em idade fértil investigados 0,0% 0,0% 99,1% 99,3% 98,1% 100,0% 82,4% Proporção de óbitos não fetais com causa básica definida 98,8% 98,9% 99,7% 98,8% 98,8% 98,7% 99,1% Proporção de DNCI encerradas oportunamente 75,0% 77,4% 74,5% 87,0% 93,6% 93,8% 96,6% 5 5 4 15 18 Número de US notificando violência doméstica 6 5 Proporção do CBV Criança com coberturas alcançadas 16,7% 33,3% 33,3% 28,6% 42,9% 14,3% 25,0% Proporção de exame anti-HIV realizados entre CN de TB 72,0% 75,6% 75,4% 79,6% 82,5% 79,5% 78,4% 387 565 582 558 766 42,1% 86,8% 74,5% 88,2% 35,3% Casos de agravos relacionados ao trabalho notificados*** 138 476 Proporção de contatos de CN de hanseníase examinados 43,6% 30,6% Razão de ex. citopatológicos do colo do útero (♀ 25 a 64) **** 0,42 0,45 0,41 0,45 0,45 0,35 Razão de mamografias de rastreamento (♀ 50 a 69) **** 0,00 0,09 0,24 0,29 0,28 0,25 Número de testes de sífilis por gestante **** 1,9 1,5 1,2 2,3 2,6 3,1 Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Saúde Diretoria de Vigilância em Saúde Gerência de Vigilância Epidemiológica Av. Prof. Henrique da Silva Fontes, 6100 Florianópolis, SC - CEP 88036-700 Plantão 24h: (48) 3212-3907 Cel (48) 9985-2710 Tel: (48) 3212-3910 Fax: (48) 3212-3906 Email: vigilanciaepidemiologica@pmf.sc.gov.br NA EDIÇÃO DE ABRIL DE 2014: 8 INFLUENZA CAUSAS E AGRAVOS EXTERNOS: VIOLÊNCIA