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CASA DE PORTUGAL SÃO PAULO


   O SOM DE PORTUGAL
         Curso breve de
       História da Música

                Por
    José Maria Pedrosa Cardoso
SÉCS. XX-XXI:
         OS SONS CONTROVERSOS

 Após o colapso do sistema tonal, as
  experiências, as tensões…
 Em Portugal: hesitações de rumo estético,
  aposta em modelos integralistas, postura
  ideológica…
 Dificuldade na definição de vanguarda musical
A NOVA MÚSICA
   Século XX rupturas e experiências
   Explicações para a mudança:
   Abandono da tonalidade (Liszt, Wagner, Debussy) e
    adopção de novos códigos (escalas, conceitos,
    impresões)
   Novas gramáticas: atonalismo, serialismos
   Novas ideias, novas técnicas: futurismo, m. concreta,
    electro-acústica, electrónica…
   Do nacionalismo ao folclorismo….
A TRANSIÇÃO PORTUGUESA
   Interesse pela música alemã
   Viana da Mota - estuda em Berlim com Scharwenka, em Weimar com Liszt
    e em Frankfurt com Hans von Bulow;
   Bernardo Valentim Moreira de Sá - estuda em Berlim com Joseph Joachim
   Guilhermina Suggia - estuda em Leipzig com Julius Klengel;
   Alexandre Rey Colaço - em Berlim com Barth e Rudorff, entre outros;
   Óscar da Silva - em Leipzig com Ruthart e em Frankfurt com Clara
    Schumann;
   Hernâni Torres - em Leipzig, onde virá a ser professor, com Teichmüller e
    outros;
   Luís Costa - com Viana da Mota (na Alemanha), Stavenhagen, Busoni, entre
    outros.
Instituições e sociedades de concertos: Lisboa/Porto
Lis b o a             1860, Sociedade de            Augusto Neuparth, Guilherme Cossoul
                      Concertos Populares
Lis b o a             1870, Orquestra 24 de         Música sinfónica clássica e romântica.
                      Julho                         Francisco Asenjo Barbieri

            Po rt o   1874, Sociedade de            Bernardo Valentim Moreira de Sá
                      Quartetos do Porto
Lis b o a             1875, Sociedade de            Música de Câmara clássica e romântica.
                      Concertos de Lisboa
            Po rt o   1883, Sociedade de Música     Quarteto Moreira de Sá, integrando
                      de Câmara do Porto            Guilhermina Suggia (integral dos qq. De
                                                    Beethoven…)

Lis b o a             1884, Academia de             Ensino, concertos e orquestra
                      Amadores de Música
            Po rt o   1891, Orpheon Portuense       Bernardo Valentim Moreira de Sá

            Po rt o   1910, Sociedade de            Raimundo de Macedo, 1889-1931,
                      concertos sinfónicos do       pianista e maestro
                      Porto
Lis b o a             1911, Orquestra sinfónica     Pedro Blanch (1ª audição em Portugal da
                      de Lisboa                     IX Sinfonia com o Orfeão Donostiarra…)
1931, Sociedade Coral Duarte Lobo       Ivo Cruz
1933 Emissora Nacional


1934, Orquestra Sinfónica da Emissora   Pedro de Freitas Branco, 1896-         Música
Nacional                                1963.
                                                                                  no
Concertos Sinfónicos                    Pedro de Freitas Branco
                                                                             Estado Novo
Divulgação Musical                      Ema da Câmara Reis
1934, Círculo de Cultura Musical        Elisa de Sousa Pedroso
1937, Orquestra Filarmónica de Lisboa   Ivo Cruz
1940, Reabertura do Teatro de S.        Óperas de Rui Coelho
Carlos, encerrado desde 1927.
1942, Sociedade Sonata                  Lopes Graça e outros
1942, Gabinete de Estudos Musicais da   Proposto por António Ferro
Emissora Nacional
1947, Orquestra Sinfónica do
Conservatório
1951, Concertos Pró-Arte                Conservatório de Lisboa
1956, Fundação Calouste Gulbenkian      Orquestra, Coro, Ballet; festivais
                                        de Música; edições musicais
1963, Companhia portuguesa de ópera     FNAT
no Teatro da Trindade
JOSÉ VIANA DA MOTA (1868-1948)

VIANA DA MOTA,         Estuda na              Música para piano
José                   Alemanha, desde        Lieder
(1868-1948),           1883, com Hans von     Sinfonia «A Patria»,
pianista, professor,   Bülow e com Liszt.     Invocação dos
compositor e           Colabora com           Lusíadas, para coro
musicógrafo            Busoni Residente       e orquestra…
                       em Berlim faz          Escreveu:
                       tournées pela Europa   Música e Músicos
                       e América. Lecciona    alemães, 1941
                       no Conservatório de
                       Genebra. 1917,
                       regressa a Portugal,
                       director e
                       reformador do
                       Conservatório
                       Nacional
Bernardo Valentim MOREIRA DE SÁ, 1853-1924

MOREIRA DE SÁ,           Discípulo, na            Publicações
Bernardo Valentim,       Alemanha, de Joachim.    principais:
1853-1924, violinista,   Digressões artísticas    História da Música
professor, maestro,      pela América com         (1º volume), 1920
conferencista,           Viana da Mota, Casals,   História da
musicógrafo              tocando com              evolução musical,
                         Guilhermina Suggia,      1924
                         Artur Napoleão, etc…     Palestras musicais e
                         Fundou a Sociedade de    pedagógicas (5
                         Quartetos (1874), a      vols.), 1912-1917
                         Sociedade de Música      Anais do Orpheon
                         de Câmara (1883), o      Portuense:
                         Orpheon Portuense        contribuição para a
                         (1891) e o               Histópria da Música
                         Conservatório de         em Portugal
                         Música do Porto
                         (1917)
Luís de FREITAS BRANCO (1890-1955)
FREITAS BRANCO,         Estuda em Lisboa, em     Música coral sinfónica.
Luís (1890-1955),       Paris e em Berlim        4 sinfonias.
compositor, professor   com Augusto              7 poemas sinfónicos (Paraísos
e musicógrafo           Machado, Mancinelli,     artificiais, Vathek…)
                        Désiré Pâque,            2 suítes alentejanas.
                        Grovlez e                Concerto para violino e orquestra.
                        Humperdinck.             Quarteto de cordas, 2 sonatas para
                        1919, professor do       violino e piano, sonata para
                        Conservatório,           viloncelo e piano.
                        Harmonia e Ciências      10 madrigais camoneanos.
                        Musicais, vice-          10 redondilhas de Camões.
                        director e colaborador   Canções obre poemas de
                        na reforma do            Baudelaire, Antero de Quental,
                        mesmo. Professor na      Mallarmé, Camões, Eugénio de
                        Academia de              Castro…
                        Amadores de Música.      Autor de livros: Elementos de
                                                 Ciências Musicais, 1922
                                                 História Popular da Música, 1943
                                                 D. João IV, Músico, 1956.
ÓSCAR DA SILVA

  ÓSCAR DA           Primeiros estudos no Porto, com    Ópera: D. Mécia, sobre
     SILVA          Miguel Ãngelo Pereira, entre        libreto de Júlio Dantas;
 (Porto, 1870 -     outros, e, em Lisboa, com           Música orquestral:
Leça da Palmeira,   Timóteo da Silveira e Victor        Marcha Triunfal do
      1958)         Hussla. Segue em 1892 para          Centenário da Índia,
    pianista e      Alemanha: em Leipzig estuda         Miriam (poema
   compositor       com Ruthart, entre outros, e , em   sinfónico);
                    Frankfurt, com Clara Schumann.      Música de câmara: um
                    De volta a Lisboa, compões as       Quinteto e um Quarteto
                    primeiras obras de vulto (D.        de cordas, um Quarteto
                    Mécia, Miriam…), ligando-se a       com piano, Saudade,
                    umgrupo de3 intelectuais e          Melodia e Frases, sonata
                    artistas (Teixeira de Pascoais,     para violino e piano.
                    Júlio Dantas…). Visita Estados      Piano: Rapsodia
                    Unidos, e fixa-se no Brasil.        Portuguesa, Imagens,
                    Regressa definitivamente a          Dolorosas, 13 Valsas,13
                    Portugal, em 1954, para editar a    Prelúdios, Românticas,
                    sua obra, com uma pensão da         Humorísticas,
                    Fundação da Casa de Bragança.       Saudades….
                    Conotado com o saudosismo           Canto com piano: Oito
                    nacionalista.                       Romances.
CLÁUDIO       Filho do pintor António         Música orquestral: Prelúdio, Cortal e
CARNEYRO       Carneyro, natural do Porto,     Fuga para cordas (1923); Khroma
 (1895-1963)   estuda inicialmente com         para violeta e orquestra; Prtegões,
compositor e   Carlos Dubini e Lucien          romarias e procissões, Cantarejo e
  professor    Lambert. Já em Paris, estuda    Dançará, Nau Catrineta (música de
               com Charles Widor. Aí voltará   bailado), Palma a Chopin,
               mais tarde, em 1935, para       Portugalesas, Catavento (com piano
               trabalhar com Paul Ducas.       solista), Três poemas (com voz
               Bolseiro do Governo, parte em   solista)
               1926 para os Estados Unidos,    Música de câmara: Partita para Trio
               onde virá a casar-se com        de cordas, três Quartetos, um dos
               Katherine Carneyro. A partir    quais com piano, Trio com piano;
               de 1938 é professor de          Sonata e outras peças com violino e
               Composição no Conservatório     piano, flauta e piano.
               de Música do Porto, onde        Piano: Três poemas em prosa,
               assumirá o cargo de director    Raiana, Bailadeira e Peças infantis.
               desde 1956. Consultor musical   Canto com piano: Velhos cantares,
               do Emissor Regional do Norte,   Do meu quadrante, etc.
               recebeu encomendas do           Música coral: com orquestra, Meu
               Gabinete de Estudos Musicais    Deus; a cappella, Três poemas de
               da Emissora Nacional.           Fernando Pessoa, Dizem, Quatro
                                               rimances populares, Plenilúdio…
LUIZ COSTA (1879-1960)

   LUIZ COSTA           Natural de S. Pedro de      Composições para piano:
    (1879-1960)         Farelães, estuda no Porto   Poemas do monte, Telas
pianista, compositor,   com B. V. Moreira de Sá.    campesinas, Prelúdios,
      professor         Na Alemanha estuda com      Estudos, uma Sonata.
                        Viana da Mota,              Música de Câmara: um
                        Stavenhagen, Ansorge e      Trio, um Quinteto com
                        Busoni. Professor e         piano, dois quartetos, uma
                        director do Conservatório   Sonata para violoncelo,
                        de Música do Porto.         Sonatinas para violino,
                        Director artístico do       violeta e flauta.
                        Orpheon Portuense, desde    Fantasia para piano e
                        1924.                       orquestra (criada pela sua
                                                    filha Maria Helena de Sá
                                                    e Costa, com a Orqu.
                                                    Sinf. Do Conservatório
                                                    do Porto, dirigida por Ino
                                                    Savini em 1954.
FRANCISCO DE LACERDA (1869-1934),

FRANCISCO DE          Natural de S. Jorge            Poemas sinfónicos
LACERDA (1869-        (Açores).Estuda em Lisboa      Almourol e Alcácer.
1934), compositor e   e Paris, com Vincent d’Indy.   Trovas para canto e
maestro               1904 Direcção dos              piano.
                      concertos de La Baule e, a     Obras para piano,
                      partir de 1912 os Grande       sobretudo Trente six
                      Concertos Clássicos de         histoires pour amuser les
                      Marselha.                      enfants d’un artiste.
                      1913-21, nos Açores,
                      trabalhos de recolha de
                      música tradicional.
                      Em França novamente até
                      1929, voltando doente para
                      Lisboa. Influenciado por
                      Debussy
O FOLCLORISMO
   Trabalhos pioneiros, estudo e recolha:
       Séc. XIX: Fernandes Tomás, César das Neves e Gualdino
        Pais, António Arroio…
       Séc. XX: Rodney Galopp, Gonçalo Sampaio, Armando Leça,
        Artur Santos, Virgílio Pereira, Michel Giacometti, F. Lopes-
        Graça
       Assimilação do popular na M. erudita:
        Leal Moreira, Viana da Mota, Alfredo Keil, Victor Hussla,
        David de Sousa…, Freitas Branco, Joly Braga Santos, Lopes-
        Graça….
F. LOPES-GRAÇA
            Interessado pela Música
             Tradicional desde, pelo
             menos, 1939,
            Faz trabalho de campo
             entre 1947 e 1953
            Projecto para a defesa
             da Música Portuguesa,
             como «expressão da
             cultura nacional»:
                Investigação
                 musicológica
                Prospecção folclórica
                Edição musical
                Gravação fonográfica
MICHEL GIACOMETTI
              Chega a Portugal
               em 1959
              Seus objectivos:
               Investigar e recolher
               a Música Tradicional
               Portuguesa e
                  Criar os
               “Arquivos Sonoros
               Portugueses”
LOPES-GRAÇA + M. GIACOMETTI


                1960, O encontro.
                Da sua colaboração
                  resultou:
                Antologia da Música
                  Regional
                  Portuguesa
                  (196…) e
                Cancioneiro Popular
                  Português (1981)
O ENSINO DA MÚSICA, 1
   Escola de Música do Conservatório Geral de Arte
    Dramática, 1837
   Academia de Amadores de Música, 1884
   Conservatório de Música do Porto (1917)
   Conservatórios Gulbenkian de Braga e Aveiro, 1960…
   Experiência Pedagógica, 1971
   Conservatório de Coimbra, 1985 (c. antecedentes)
   Proliferação de escolas de música: 407,
    www.directorio.iol.pt
O ENSINO DA MÚSICA, 2

 Ensino especializado de Música: indefinição,
  reforma adiada
 Escolas Superiores de Música, ISMAE, ESEs,

 A Música nas Universidades…
A MUSICOLOGIA

 Os pioneiros: L. de Freitas Branco, Sampaio
  Ribeiro, Manuel Joaquim, J: Augusto Alegria.
 A formação em Musicologia: a origem, os
  cursos universitários…
 O estado da investigação musicológica
OS COMPOSITORES NO ESTADO NOVO

 (L. de Freitas Branco, Óscar da Silva, Cláudio
  Carneiro, Luiz Costa…)
 Rui Coelho, Frederico de Freitas, J. Braga
  Santos, J. Croner de Vasconcelos, Armando
  José Fernandes, Manuel Faria…
 Fernando Lopes-Graça
Estudos básicos em Tomar.              M. teatral:
              1923, Conservatório Nacional, com      D. Duardos e Flérida, 1964-69,
              Adriano Merea, Tomás Borba, L. de      cantata-melodrama
                                                     M. coral-sinfónica: Requiem pelas
              Freitas Branco, Viana da Mota.         vítimas do fascismo em Portugal, 1979
              1931 - Ganha concurso para prof. de    História Trágico-Marítima, 1942-1959
              piano no Conservatório, mas é preso    M. orquestral:
              pelas ideias políticas.                2 conc. P. pn; concertino pn;
              1932-36, em Coimbra: ensina na         concertino vla; fantasia pn e orq;
              Academia de Música, estuda na          sinfonieta; sinfonia; Em louvor da
              Faculdade de Letras e colabora com a   paz....
                                                     M. coral:
FERNANDO      Presença.                              Canções Regionais Portuguesas, 24
LOPES-        1937-39 – Em Paris, estuda             séries; 2 Cantatas de Natal; Trovas de
GRAÇA,        Musicologia na Sorbonne.               Coimbra; Em louvor do sol; 3
1906-1994.    1939, em Portugal                      Esconjuros…
pianista,     1941, Academia de Amadores de          M. vocal com pn:
compositor,   Música                                 24 canções populares portuguesas; O
ensaísta,     1942, funda «Sonata», vocacionada      menino de sua Mãe; As mãos e os
                                                     frutos; Sete predicações dos
crítico…      para m. moderna                        Lusíadas….
              1945, faz parte da direcção do MUD e   Música de câmara:
              inicia o Coro de A.M.                  Sonatinas; Canto de amor e de morte;
              1947-53 e 1966-71 – Recolha de m.      Sete lembranças para Vieira da Silva;
              tradicional, em parte com M.           Sete Apotegmas…
              Giacometti                             Música para Piano:
              Após o 25 de Abril, activo na          6 sonatas; 2 sonatinas recuperadas;
                                                     Melodias rústicas portuguesas; In
              Comissão da Reforma do Ensino de       memoriam Bela Bartok; Natais
18…           1900       1910       1920       1930       1940       1950           1960

Debussy 1862-    Debussy, Schön         Berg       Bartok Messia         Varèse,     Xenakis
1918, Prélude…   La Mer   berg          1885-      1881-  en             Poème       1922-,
1894             1908     1874-         1935,      1945,  1908-,         électroni   música
                          1951,         Varèse            Darms          que         estocástica;
                          Stravi        1883-             tadt,          1958;       Cage 1912,
                          nsky          1965,             1945           Boulez e    Musicircus
                          1882-         Arcana                           Stockha     1967…
                          1971,         1927                             usen,
                                                                         obras
                                                                         abertas
1845-1924 Aug.   1902-1980    1910-     1921- F.   1930-      1940- A.   1950-       1960- A.
Machado          Frederico    1974 J.   Correa     Clotilde   Vitorino   Paulo       Chagas Rosa
                 de Freitas   Croner    de         Rosa       de         Brandão
                              Vaconc.   Oliveira              Almeida

1850-1907        1906-1994    1916-     1924-      1934-      1940-      1950-       1960- João
Alfredo Keil     F. Lopes     1983      1988       Filipe     1995       Chr.        Rafael
                 Graça        Manuel    Joly B.    Pires      Jorge      Bochman
                              Faria     Santos                Peixinh    n
                                                              o
1861-1930 João   1906-1983              1926-      1937-      1941-      1951- A.    1960- Miguel
Arroio           A. José                M-         1992 C.    Emanue     Pinho       Azguime
                 Fernandes              Lurdes     Capdevi    l Nunes    Vargas
                                        Martins    ll
1867-1950                               1927-      1937- J.   1941- A.   1959-       1961- Vírgílio
Tomaz Borba                             Filipe     Lopes E    Ferreira   A. Sousa    Melo
                                        de         Silva      d Santos   Dias
1845-1950   1890-1986      1906-1994        1941-            1959-
                                         Joly B. Santos


                                         Emmanuel         João Rafael
                                         Nunes            Pinho-Vargas
                                                          J. P. Oliveira
                          Fernando                        Virg. Melo
                                                          Sérg. Azevedo
                          Lopes                           ….
                          Graça
             Luís de                     Á. Cassuto
             Freitas
Augusto      Branco                      Sér. Azevedo
Machado
e
Tomaz
Borba
                          J. Croner de   Filipe Pires
                          Vasconcelos    M. L. Martins
                                         Filipe de
                                         Sousa
                          Joly Braga     Vit. Almeida
                          Santos         Isabel Soveral
                                         Al. Delgado
             Rui Coelho
             A. Fragoso
ACTUALIDADE E VANGUARDAS

 Adesão ao atonalismo (c. 1960-70)
 Diferenciação de poéticas musicais (c.1970-
  80)
 Institucionalização e crise do paradigma
  vanguardista (c. 1980-90)
 O render da (van)guarda: faces da pós-
  modernidade (c. 1990-)
A VIRAGEM VANGUARDISTA
   Referência Darmstadt (c. 1960-c.1970)
   Álvaro Cassuto, Armando Santiago, Filipe Pires, Jorge Peixinho (pioneiro
    e profeta de nova estética…)
   Diferenciação de campos (c. 1970-c.1980):
   Mais abertos e experimentais: A. Vitorino de Almeida, Jorge Peixinho,
    Constança Capdeville, Cândido Lima, Álvaro Salazar, Emmanuel Nunes…
    Clotilde Rosa…
   Mais conservadores: Joly Braga Santos, Álvaro Cassuto, Lopes-Graça
CRISE VANGUARDISTA

 Pós-25 de Abril, emergência de uma nova
  geração de compositores;
 Influência do construtivismo de Emanuel
  Nunes;
 Cautelosa aproximação de Jorge Peixinho e
  Clotilde Rosa ao pós-modernismo
A PÓS-MODERNIDADE

 Depois de 1990, afirmação de novos valores:
 A. Pinho Vargas, Chagas Rosa, Alexandre
  Delgado, Amílcar Vasques Dias, Fernando
  Lapa, Eurico Carrapatoso
 Alunos da ESM: Pedro Rocha, Sérgio Azevedo,
  Carlos Caires, Luís Tinoco

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  • 1. CASA DE PORTUGAL SÃO PAULO O SOM DE PORTUGAL Curso breve de História da Música Por José Maria Pedrosa Cardoso
  • 2. SÉCS. XX-XXI: OS SONS CONTROVERSOS  Após o colapso do sistema tonal, as experiências, as tensões…  Em Portugal: hesitações de rumo estético, aposta em modelos integralistas, postura ideológica…  Dificuldade na definição de vanguarda musical
  • 3. A NOVA MÚSICA  Século XX rupturas e experiências  Explicações para a mudança:  Abandono da tonalidade (Liszt, Wagner, Debussy) e adopção de novos códigos (escalas, conceitos, impresões)  Novas gramáticas: atonalismo, serialismos  Novas ideias, novas técnicas: futurismo, m. concreta, electro-acústica, electrónica…  Do nacionalismo ao folclorismo….
  • 4. A TRANSIÇÃO PORTUGUESA  Interesse pela música alemã  Viana da Mota - estuda em Berlim com Scharwenka, em Weimar com Liszt e em Frankfurt com Hans von Bulow;  Bernardo Valentim Moreira de Sá - estuda em Berlim com Joseph Joachim  Guilhermina Suggia - estuda em Leipzig com Julius Klengel;  Alexandre Rey Colaço - em Berlim com Barth e Rudorff, entre outros;  Óscar da Silva - em Leipzig com Ruthart e em Frankfurt com Clara Schumann;  Hernâni Torres - em Leipzig, onde virá a ser professor, com Teichmüller e outros;  Luís Costa - com Viana da Mota (na Alemanha), Stavenhagen, Busoni, entre outros.
  • 5. Instituições e sociedades de concertos: Lisboa/Porto Lis b o a 1860, Sociedade de Augusto Neuparth, Guilherme Cossoul Concertos Populares Lis b o a 1870, Orquestra 24 de Música sinfónica clássica e romântica. Julho Francisco Asenjo Barbieri Po rt o 1874, Sociedade de Bernardo Valentim Moreira de Sá Quartetos do Porto Lis b o a 1875, Sociedade de Música de Câmara clássica e romântica. Concertos de Lisboa Po rt o 1883, Sociedade de Música Quarteto Moreira de Sá, integrando de Câmara do Porto Guilhermina Suggia (integral dos qq. De Beethoven…) Lis b o a 1884, Academia de Ensino, concertos e orquestra Amadores de Música Po rt o 1891, Orpheon Portuense Bernardo Valentim Moreira de Sá Po rt o 1910, Sociedade de Raimundo de Macedo, 1889-1931, concertos sinfónicos do pianista e maestro Porto Lis b o a 1911, Orquestra sinfónica Pedro Blanch (1ª audição em Portugal da de Lisboa IX Sinfonia com o Orfeão Donostiarra…)
  • 6. 1931, Sociedade Coral Duarte Lobo Ivo Cruz 1933 Emissora Nacional 1934, Orquestra Sinfónica da Emissora Pedro de Freitas Branco, 1896- Música Nacional 1963. no Concertos Sinfónicos Pedro de Freitas Branco Estado Novo Divulgação Musical Ema da Câmara Reis 1934, Círculo de Cultura Musical Elisa de Sousa Pedroso 1937, Orquestra Filarmónica de Lisboa Ivo Cruz 1940, Reabertura do Teatro de S. Óperas de Rui Coelho Carlos, encerrado desde 1927. 1942, Sociedade Sonata Lopes Graça e outros 1942, Gabinete de Estudos Musicais da Proposto por António Ferro Emissora Nacional 1947, Orquestra Sinfónica do Conservatório 1951, Concertos Pró-Arte Conservatório de Lisboa 1956, Fundação Calouste Gulbenkian Orquestra, Coro, Ballet; festivais de Música; edições musicais 1963, Companhia portuguesa de ópera FNAT no Teatro da Trindade
  • 7. JOSÉ VIANA DA MOTA (1868-1948) VIANA DA MOTA, Estuda na Música para piano José Alemanha, desde Lieder (1868-1948), 1883, com Hans von Sinfonia «A Patria», pianista, professor, Bülow e com Liszt. Invocação dos compositor e Colabora com Lusíadas, para coro musicógrafo Busoni Residente e orquestra… em Berlim faz Escreveu: tournées pela Europa Música e Músicos e América. Lecciona alemães, 1941 no Conservatório de Genebra. 1917, regressa a Portugal, director e reformador do Conservatório Nacional
  • 8. Bernardo Valentim MOREIRA DE SÁ, 1853-1924 MOREIRA DE SÁ, Discípulo, na Publicações Bernardo Valentim, Alemanha, de Joachim. principais: 1853-1924, violinista, Digressões artísticas História da Música professor, maestro, pela América com (1º volume), 1920 conferencista, Viana da Mota, Casals, História da musicógrafo tocando com evolução musical, Guilhermina Suggia, 1924 Artur Napoleão, etc… Palestras musicais e Fundou a Sociedade de pedagógicas (5 Quartetos (1874), a vols.), 1912-1917 Sociedade de Música Anais do Orpheon de Câmara (1883), o Portuense: Orpheon Portuense contribuição para a (1891) e o Histópria da Música Conservatório de em Portugal Música do Porto (1917)
  • 9. Luís de FREITAS BRANCO (1890-1955) FREITAS BRANCO, Estuda em Lisboa, em Música coral sinfónica. Luís (1890-1955), Paris e em Berlim 4 sinfonias. compositor, professor com Augusto 7 poemas sinfónicos (Paraísos e musicógrafo Machado, Mancinelli, artificiais, Vathek…) Désiré Pâque, 2 suítes alentejanas. Grovlez e Concerto para violino e orquestra. Humperdinck. Quarteto de cordas, 2 sonatas para 1919, professor do violino e piano, sonata para Conservatório, viloncelo e piano. Harmonia e Ciências 10 madrigais camoneanos. Musicais, vice- 10 redondilhas de Camões. director e colaborador Canções obre poemas de na reforma do Baudelaire, Antero de Quental, mesmo. Professor na Mallarmé, Camões, Eugénio de Academia de Castro… Amadores de Música. Autor de livros: Elementos de Ciências Musicais, 1922 História Popular da Música, 1943 D. João IV, Músico, 1956.
  • 10. ÓSCAR DA SILVA ÓSCAR DA Primeiros estudos no Porto, com Ópera: D. Mécia, sobre SILVA Miguel Ãngelo Pereira, entre libreto de Júlio Dantas; (Porto, 1870 - outros, e, em Lisboa, com Música orquestral: Leça da Palmeira, Timóteo da Silveira e Victor Marcha Triunfal do 1958) Hussla. Segue em 1892 para Centenário da Índia, pianista e Alemanha: em Leipzig estuda Miriam (poema compositor com Ruthart, entre outros, e , em sinfónico); Frankfurt, com Clara Schumann. Música de câmara: um De volta a Lisboa, compões as Quinteto e um Quarteto primeiras obras de vulto (D. de cordas, um Quarteto Mécia, Miriam…), ligando-se a com piano, Saudade, umgrupo de3 intelectuais e Melodia e Frases, sonata artistas (Teixeira de Pascoais, para violino e piano. Júlio Dantas…). Visita Estados Piano: Rapsodia Unidos, e fixa-se no Brasil. Portuguesa, Imagens, Regressa definitivamente a Dolorosas, 13 Valsas,13 Portugal, em 1954, para editar a Prelúdios, Românticas, sua obra, com uma pensão da Humorísticas, Fundação da Casa de Bragança. Saudades…. Conotado com o saudosismo Canto com piano: Oito nacionalista. Romances.
  • 11. CLÁUDIO Filho do pintor António Música orquestral: Prelúdio, Cortal e CARNEYRO Carneyro, natural do Porto, Fuga para cordas (1923); Khroma (1895-1963) estuda inicialmente com para violeta e orquestra; Prtegões, compositor e Carlos Dubini e Lucien romarias e procissões, Cantarejo e professor Lambert. Já em Paris, estuda Dançará, Nau Catrineta (música de com Charles Widor. Aí voltará bailado), Palma a Chopin, mais tarde, em 1935, para Portugalesas, Catavento (com piano trabalhar com Paul Ducas. solista), Três poemas (com voz Bolseiro do Governo, parte em solista) 1926 para os Estados Unidos, Música de câmara: Partita para Trio onde virá a casar-se com de cordas, três Quartetos, um dos Katherine Carneyro. A partir quais com piano, Trio com piano; de 1938 é professor de Sonata e outras peças com violino e Composição no Conservatório piano, flauta e piano. de Música do Porto, onde Piano: Três poemas em prosa, assumirá o cargo de director Raiana, Bailadeira e Peças infantis. desde 1956. Consultor musical Canto com piano: Velhos cantares, do Emissor Regional do Norte, Do meu quadrante, etc. recebeu encomendas do Música coral: com orquestra, Meu Gabinete de Estudos Musicais Deus; a cappella, Três poemas de da Emissora Nacional. Fernando Pessoa, Dizem, Quatro rimances populares, Plenilúdio…
  • 12. LUIZ COSTA (1879-1960) LUIZ COSTA Natural de S. Pedro de Composições para piano: (1879-1960) Farelães, estuda no Porto Poemas do monte, Telas pianista, compositor, com B. V. Moreira de Sá. campesinas, Prelúdios, professor Na Alemanha estuda com Estudos, uma Sonata. Viana da Mota, Música de Câmara: um Stavenhagen, Ansorge e Trio, um Quinteto com Busoni. Professor e piano, dois quartetos, uma director do Conservatório Sonata para violoncelo, de Música do Porto. Sonatinas para violino, Director artístico do violeta e flauta. Orpheon Portuense, desde Fantasia para piano e 1924. orquestra (criada pela sua filha Maria Helena de Sá e Costa, com a Orqu. Sinf. Do Conservatório do Porto, dirigida por Ino Savini em 1954.
  • 13. FRANCISCO DE LACERDA (1869-1934), FRANCISCO DE Natural de S. Jorge Poemas sinfónicos LACERDA (1869- (Açores).Estuda em Lisboa Almourol e Alcácer. 1934), compositor e e Paris, com Vincent d’Indy. Trovas para canto e maestro 1904 Direcção dos piano. concertos de La Baule e, a Obras para piano, partir de 1912 os Grande sobretudo Trente six Concertos Clássicos de histoires pour amuser les Marselha. enfants d’un artiste. 1913-21, nos Açores, trabalhos de recolha de música tradicional. Em França novamente até 1929, voltando doente para Lisboa. Influenciado por Debussy
  • 14. O FOLCLORISMO  Trabalhos pioneiros, estudo e recolha:  Séc. XIX: Fernandes Tomás, César das Neves e Gualdino Pais, António Arroio…  Séc. XX: Rodney Galopp, Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Artur Santos, Virgílio Pereira, Michel Giacometti, F. Lopes- Graça  Assimilação do popular na M. erudita: Leal Moreira, Viana da Mota, Alfredo Keil, Victor Hussla, David de Sousa…, Freitas Branco, Joly Braga Santos, Lopes- Graça….
  • 15. F. LOPES-GRAÇA  Interessado pela Música Tradicional desde, pelo menos, 1939,  Faz trabalho de campo entre 1947 e 1953  Projecto para a defesa da Música Portuguesa, como «expressão da cultura nacional»:  Investigação musicológica  Prospecção folclórica  Edição musical  Gravação fonográfica
  • 16. MICHEL GIACOMETTI  Chega a Portugal em 1959  Seus objectivos: Investigar e recolher a Música Tradicional Portuguesa e  Criar os “Arquivos Sonoros Portugueses”
  • 17. LOPES-GRAÇA + M. GIACOMETTI 1960, O encontro. Da sua colaboração resultou: Antologia da Música Regional Portuguesa (196…) e Cancioneiro Popular Português (1981)
  • 18. O ENSINO DA MÚSICA, 1  Escola de Música do Conservatório Geral de Arte Dramática, 1837  Academia de Amadores de Música, 1884  Conservatório de Música do Porto (1917)  Conservatórios Gulbenkian de Braga e Aveiro, 1960…  Experiência Pedagógica, 1971  Conservatório de Coimbra, 1985 (c. antecedentes)  Proliferação de escolas de música: 407, www.directorio.iol.pt
  • 19. O ENSINO DA MÚSICA, 2  Ensino especializado de Música: indefinição, reforma adiada  Escolas Superiores de Música, ISMAE, ESEs,  A Música nas Universidades…
  • 20. A MUSICOLOGIA  Os pioneiros: L. de Freitas Branco, Sampaio Ribeiro, Manuel Joaquim, J: Augusto Alegria.  A formação em Musicologia: a origem, os cursos universitários…  O estado da investigação musicológica
  • 21. OS COMPOSITORES NO ESTADO NOVO  (L. de Freitas Branco, Óscar da Silva, Cláudio Carneiro, Luiz Costa…)  Rui Coelho, Frederico de Freitas, J. Braga Santos, J. Croner de Vasconcelos, Armando José Fernandes, Manuel Faria…  Fernando Lopes-Graça
  • 22. Estudos básicos em Tomar. M. teatral: 1923, Conservatório Nacional, com D. Duardos e Flérida, 1964-69, Adriano Merea, Tomás Borba, L. de cantata-melodrama M. coral-sinfónica: Requiem pelas Freitas Branco, Viana da Mota. vítimas do fascismo em Portugal, 1979 1931 - Ganha concurso para prof. de História Trágico-Marítima, 1942-1959 piano no Conservatório, mas é preso M. orquestral: pelas ideias políticas. 2 conc. P. pn; concertino pn; 1932-36, em Coimbra: ensina na concertino vla; fantasia pn e orq; Academia de Música, estuda na sinfonieta; sinfonia; Em louvor da Faculdade de Letras e colabora com a paz.... M. coral: FERNANDO Presença. Canções Regionais Portuguesas, 24 LOPES- 1937-39 – Em Paris, estuda séries; 2 Cantatas de Natal; Trovas de GRAÇA, Musicologia na Sorbonne. Coimbra; Em louvor do sol; 3 1906-1994. 1939, em Portugal Esconjuros… pianista, 1941, Academia de Amadores de M. vocal com pn: compositor, Música 24 canções populares portuguesas; O ensaísta, 1942, funda «Sonata», vocacionada menino de sua Mãe; As mãos e os frutos; Sete predicações dos crítico… para m. moderna Lusíadas…. 1945, faz parte da direcção do MUD e Música de câmara: inicia o Coro de A.M. Sonatinas; Canto de amor e de morte; 1947-53 e 1966-71 – Recolha de m. Sete lembranças para Vieira da Silva; tradicional, em parte com M. Sete Apotegmas… Giacometti Música para Piano: Após o 25 de Abril, activo na 6 sonatas; 2 sonatinas recuperadas; Melodias rústicas portuguesas; In Comissão da Reforma do Ensino de memoriam Bela Bartok; Natais
  • 23. 18… 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 Debussy 1862- Debussy, Schön Berg Bartok Messia Varèse, Xenakis 1918, Prélude… La Mer berg 1885- 1881- en Poème 1922-, 1894 1908 1874- 1935, 1945, 1908-, électroni música 1951, Varèse Darms que estocástica; Stravi 1883- tadt, 1958; Cage 1912, nsky 1965, 1945 Boulez e Musicircus 1882- Arcana Stockha 1967… 1971, 1927 usen, obras abertas 1845-1924 Aug. 1902-1980 1910- 1921- F. 1930- 1940- A. 1950- 1960- A. Machado Frederico 1974 J. Correa Clotilde Vitorino Paulo Chagas Rosa de Freitas Croner de Rosa de Brandão Vaconc. Oliveira Almeida 1850-1907 1906-1994 1916- 1924- 1934- 1940- 1950- 1960- João Alfredo Keil F. Lopes 1983 1988 Filipe 1995 Chr. Rafael Graça Manuel Joly B. Pires Jorge Bochman Faria Santos Peixinh n o 1861-1930 João 1906-1983 1926- 1937- 1941- 1951- A. 1960- Miguel Arroio A. José M- 1992 C. Emanue Pinho Azguime Fernandes Lurdes Capdevi l Nunes Vargas Martins ll 1867-1950 1927- 1937- J. 1941- A. 1959- 1961- Vírgílio Tomaz Borba Filipe Lopes E Ferreira A. Sousa Melo de Silva d Santos Dias
  • 24. 1845-1950 1890-1986 1906-1994 1941- 1959- Joly B. Santos Emmanuel João Rafael Nunes Pinho-Vargas J. P. Oliveira Fernando Virg. Melo Sérg. Azevedo Lopes …. Graça Luís de Á. Cassuto Freitas Augusto Branco Sér. Azevedo Machado e Tomaz Borba J. Croner de Filipe Pires Vasconcelos M. L. Martins Filipe de Sousa Joly Braga Vit. Almeida Santos Isabel Soveral Al. Delgado Rui Coelho A. Fragoso
  • 25. ACTUALIDADE E VANGUARDAS  Adesão ao atonalismo (c. 1960-70)  Diferenciação de poéticas musicais (c.1970- 80)  Institucionalização e crise do paradigma vanguardista (c. 1980-90)  O render da (van)guarda: faces da pós- modernidade (c. 1990-)
  • 26. A VIRAGEM VANGUARDISTA  Referência Darmstadt (c. 1960-c.1970)  Álvaro Cassuto, Armando Santiago, Filipe Pires, Jorge Peixinho (pioneiro e profeta de nova estética…)  Diferenciação de campos (c. 1970-c.1980):  Mais abertos e experimentais: A. Vitorino de Almeida, Jorge Peixinho, Constança Capdeville, Cândido Lima, Álvaro Salazar, Emmanuel Nunes… Clotilde Rosa…  Mais conservadores: Joly Braga Santos, Álvaro Cassuto, Lopes-Graça
  • 27. CRISE VANGUARDISTA  Pós-25 de Abril, emergência de uma nova geração de compositores;  Influência do construtivismo de Emanuel Nunes;  Cautelosa aproximação de Jorge Peixinho e Clotilde Rosa ao pós-modernismo
  • 28. A PÓS-MODERNIDADE  Depois de 1990, afirmação de novos valores:  A. Pinho Vargas, Chagas Rosa, Alexandre Delgado, Amílcar Vasques Dias, Fernando Lapa, Eurico Carrapatoso  Alunos da ESM: Pedro Rocha, Sérgio Azevedo, Carlos Caires, Luís Tinoco